terça-feira, 31 de julho de 2012

Um Dia - Emmanuel



Um Dia... 

 Emmanuel



Um dia, verás a ti mesmo em plano diferente...

Parecer-te-á, então, haver acordado de um sono profundo e, por isso mesmo, tudo te surpreenderá. Amigos que não vias, há muito tempo, se aproximarão de ti, estendendo-te as mãos. Perguntarás a vários deles: onde estavas que não mais te encontrei? Por que te distanciaste de mim? Todos te abraçarão, com a alegria a lhes fulgurar nos olhos, fitarás as árvores carinhosamente podadas, formando corações que palpitarão de vida, plantas outras, mostrando as frondes entrelaçadas, lembrando mãos que se tocam afetuosamente. Respirarás profundamente, reconhecendo, assim, as qualidades nutrientes do no ambiente em que te virás...

Naquela festa de almas, porém, um homem de olhar manso desce de um torreão brilhante e caminha na direção dele.

Em vão, o recém-chegado tenta retirar dele os olhos magnetizados pelo amor que o desconhecido irradia. Ele caminha serenamente a fixa-lo com bondade, com a familiaridade de quem o conhecia.

- “Ah! – pensou o recém-vindo – decerto que este amigo me conhece, de longo tempo.”

A custo, venceu a própria indecisão, e indagou do companheiro mais próximo:

- “Quem é este homem que está chegando até nós?”

- “É o Mensageiro da Vida.”

Não houve tempo para outras inquirições.

Efetivamente, aquela simpática e estranha personagem lhe endereçou saudações fraternas e segurando-lhe a destra, qual se nela conseguisse ler todas as minudências da sua vida, não lhe perguntou pelo próprio nome, nada arguiu quanto à família a que pertencera ou à posição que exercera...

Apenas pousou nele demoradamente os olhos e perguntou-lhe:

- “Amigo, o que fizeste?”



XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Emmanuel.Do livro “A Semente De Mostarda”



Evitando Obsessões -André Luiz




Evitando Obsessões

André Luiz


Não deixe de sonhar, mas enfrente as suas realidades no cotidiano.


Reduza suas queixas ao mínimo, quando não possa dominá-las de todo.


Fale tranqüilizando a quem ouve.


Deixe que os outros vivam a existência deles, tanto quanto você deseja viver a existência que Deus lhe deu.


Não descreia do poder do trabalho.


Nunca admita que o bem possa ser praticado sem dificuldade.


Cultive a perseverança, na direção do melhor, jamais a teimosia em pontos de vista.


Aceite suas desilusões com realismo, extraindo delas o valor da experiência, sem perder tempo com lamentações improdutivas.


Convença-se de que você somente solucionará os seus problemas se não fugir deles.


Recorde que decepções, embaraços, desenganos e provações são marcos  no caminho de todos e que, por isso mesmo, para evitar o próprio enfaixamento na obsessão o que importa não é o sofrimento que nos visite e sim a nossa reação pessoal diante dele.



XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito André Luiz . Do livro "Paz e Renovação".

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Chão de Rosas - Scheilla






Chão de Rosas

Scheilla


O mundo em que vives assemelha-se a um chão de Rosas, a receber todo o carinho de Jesus e o amor de Deus.


Devemos interromper, de vez em quando, as nossas cogitações comuns, e meditar sobre as oportunidades valiosas que recebemos, como prêmio da vida, ao ingressarmos nos fluidos da carne.


Tudo para nós é ação benfeitora. Tudo que nos cerca são bênçãos do Criador a nos despertar para mais vida.


Começa no mundo espiritual, o carinho com que os benfeitores nos gratificam, ao nos anunciarem a nossa volta.


E, quando queremos e aceitamos essa viagem de aprendizado, somente encontramos afabilidade, atenção e amparo, no arrumo das nossas bagagens.


Todas as estradas são floridas, mesmo que os nossos olhos a vejam em formas de espinhos. Na profundidade, são flores que educam e instruem. É por isso que chamamos o ingresso na carne Chão de Rosas.


Pessoalmente, passamos por situações dolorosas quando na Terra, animando um corpo. Mas, depois, compreendemos que as trilhas pelas quais andamos foram as mais produtivas para a nossa experiência terrena, por tirar delas as mais ricas lições de amor e de vida, para com o coração torturado. Hoje, colhemos os frutos do que pudemos fazer em favor dos desesperados, face às lutas.


Dentro de nós nada falta. Existem todos os recursos apreciáveis, de modo a ajudar-nos, com eficiência, em todas as dificuldades que surgirem em nossos caminhos. Estamos, pois, preparados para a luta, e o dever é lutar contra as nossas imperfeições, transformando-as em atividades do Bem, que vibra, sempre, na consciência, e se nos faz visível em toda parte da vida.


Onde estiveres, meu irmão, encontrar-te-ás num Chão de Rosas, desfrutando do perfume do Amor, fragrância que reacende os corações carentes. Compartilha da caravana da fraternidade, cujo ambiente é o universo. Sê cidadão do mundo sem limites.


Vamos materializar o Bem, em todos os ângulos da existência, e fazer com que o Amor não perca a luminosa estrada dos nossos corações, onde deve nascer o Cristo de Deus a nos mostrar a felicidade.


Tornamos a afirmar que a Terra é, pois, um Chão de Rosas, com as bênçãos de Deus a se mostrarem nas mínimas coisas: desde o pingo d'água, até os oceanos, dos elementos periódicos, aos mundos que circulam na criação do Grande Soberano, dos primeiros movimentos das células isoladas, à maravilhosa harmonia do corpo humano, a manifestar a inteligência racional e iluminada de Evangelho.


Se quiseres, poderás sentir e ver tudo florido, por onde andas, a convidar-te para o banquete celestial, pelas palavras inarticuladas dos ventos, das águas, das árvores, dos pássaros, das estrelas, de tudo que puderes observar, desde que tenhas carinho em teus gestos e amor no coração.


Não percas a oportunidade, tu que estás animando um corpo. Abraça esse Chão de Rosas, como sendo oferta do progresso, e serás abençoado pelos frutos que deverás colher, assinalando a tua vida na correspondência da sementeira que lançaste no seio do solo.


Que Deus e Jesus nos abençoem a todos, onde estivermos, dando início, se ainda não começamos, à prática do Bem, pelo Amor, e da Caridade, por Dever.


MAIA, joão Nunes pelo Espírito Scheilla. Do livro Chão de Rosas.

domingo, 29 de julho de 2012

A verdade que liberta - Momento Espírita





A verdade que liberta


Momento Espírita


"Busque conhecer a verdade e a vivenciá-la no seu dia a dia, e esta verdade assumida e vivida fará de você um homem livre."


Os que ouviram de Jesus esta afirmativa não a entenderam de pronto e imediatamente lhe falaram:


"Nós nunca fomos escravos de ninguém; então seremos livres de quem?"
Jesus, por sua vez, disse mais: "Se você erra, ou comete pecado, é escravo do erro, ou do pecado, até que consiga reparação."


Face à afirmativa do Cristo, podemos concluir que Ele não se referia à escravidão de homens, imposta por outros homens, mas sim à nossa escravidão pela consciência, em decorrência de faltas morais.


Entendendo o pecado como a transgressão das Leis Divinas, fica fácil compreender a afirmativa de Jesus.


E entendendo que liberdade é a "situação ou estado do homem livre, integrado na plenitude da dignidade do ser humano", que tem respeitabilidade, nobreza, autoridade moral, saberemos que liberdade implica em responsabilidade.


O ser humano sempre lutou pela própria libertação.


Levando em conta os ensinos do Homem de Nazaré, enquanto cometermos infrações contra as Leis Divinas, seremos escravos dessas infrações, das suas conseqüências, do mal que provocaram.


Se perante a legislação humana, que ainda tem muitas falhas e é limitada pelo nosso não entendimento pleno de justiça, o infrator deve redimir-se, deve pagar pelo mal feito para obter a liberdade, não poderia ser diferente com relação às Leis Divinas que regem a vida.


Jesus condiciona a libertação definitiva ao conhecimento e vivência da verdade superior.


Podemos dizer, para fixar melhor: da verdade verdadeira.


Na medida em que o homem vai descobrindo a verdade, vai fazendo luz íntima e automaticamente vai se libertando da ignorância e deixando de errar, por já conhecer o correto, o devido.


A ignorância é a grande fomentadora dos falsos conceitos a respeito da Divindade e por conseguinte, das leis que regem a vida.


Um exemplo disto era o horror que o homem pré-histórico tinha dos fenômenos da natureza.


O medo era gerado pela ignorância do processo pelo qual se davam tais fenômenos.


Junto com o conhecimento de tais mecanismos, veio a libertação do medo.


Assim ocorre também nos variados pontos da existência humana.


Quando a peste negra dizimou milhares de vidas em toda a Europa, em princípio acreditava-se que fosse um castigo de Deus imposto aos pecadores de toda ordem.


Todavia, a descoberta da verdade elucidou que a enfermidade era transmitida pelos ratos, e hoje é chamada peste bubônica.


Assim é com relação à autolibertação das criaturas. Cada um possui em si a chave para libertar-se em definitivo dos maus hábitos e equívocos cultivados ao longo das existências.


Para isso, é necessário que conheçamos as Leis de Deus, para que a elas busquemos nos ajustar, de forma que possamos avançar a passos largos na direção da luz.

 ***
                                                              
Quando a verdade brilhar, no caminho das criaturas, se verá que obstáculos e sofrimentos não representam espantalho para os homens, mas sim quadros preciosos de lições sublimes que os aprendizes sinceros nunca podem esquecer.


É necessário que você, apesar das rajadas aparentemente destruidoras do destino, se conserve em pé, com coragem, marchando, firme, ao encontro dos sagrados objetivos da vida.



Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no cap. 119, do livro Vinha de luz, do Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. FEB; Evangelho de João, 8:32 e Evangelho de Lucas, 16:14-17.Disponível em www.momento.com.br.

sábado, 28 de julho de 2012

O Velho da Bicicleta - Caucir de Sá Roriz




O Velho da Bicicleta
Caucir de Sá Roriz

Todas as manhãs de domingo víamos o velhinho na porta da Federação Espírita do Estado de Goiás. Ficava ali, puxando conversa com um e com outro. De fala e roupa simples, denotava ser pessoa de poucos recursos financeiros, mas sua conversa agradável garantia possuir nobre personalidade, cultivada ao longo de sua existência.

Certa feita, confundiram-no com um mendigo. Ao lhe sugerirem que procurasse o pessoal da Promoção social da Casa Espírita, ele gentilmente abriu um sorriso jovial e disse: - "Obrigado, mas eu não preciso".

Quem era, de onde veio, o que fazia ali na Federação todas as manhãs de domingo? Um dia vi o velhinho numa bicicleta já bastante gasta levando no quadro uma criança de aproximadamente 10 nos.

No domingo seguinte perguntei-lhe e ele, prazerosamente, explicou que aquele menino era um dos seus netos que criava e que trazia todos os domingos à Federação para a aula de evangelização.

-Onde o senhor mora?

-Prá lá do campo de futebol do Goiás, respondeu sorrindo.

-E como faz para trazer os dois netinhos?

-Ah, trago um de cada vez . Quando eles eram pequenininhos dava prá levar de uma vez os dois no "camelo"... Mas agora que eles "tão"taludos, preciso fazer duas viagens.

-E não cansa?

-Ué, os médicos não dizem que a gente tem que malhar? Quando eu venho para cá passo por um punhado de gente que "tá"fazendo um cooper".Acho que faço ginástica igual a eles, mas com uma diferença: meus netos vêm aprender para ser pessoas de Bem. E quando chegamos a nossa casa eles me contam o que ouviram aqui. Assim, confiro como está o aprendizado e ainda convivo com eles.

Sorrindo, empurro o cotovelo contra meu braço e disse:

-Em vez de pagar academia para fazer ginástica, eu levo eles de bicicleta e ganho uma aula de graça...

Fiquei ali admirando aquele homem de pouca cultura livresca, mas de alma e sabedoria imensas, bendizendo a existência da Evangelização Espírita e a sua enorme importância.

Fonte:
"Goiás Espírita" SEI - Serviço Espírita de Informações Boletim Semanal - Março/2000 - N.º 168. Disponivel em http://www.sitiodapaz.org.br/Site/1%20site/catalogo/literatura/notas%20interessantes/texto24.htm. Acesso: 28 JUL 2012.

Uma Parábola de Joanna de Ângelis - Celeste Santos e Divaldo Pereira Franco




Uma Parábola de Joanna de Ângelis


Celeste Santos e Divaldo Pereira Franco



Em 1962, Divaldo passou por uma grande provação, ficando vários dias sem condições de conciliar o sono, hora nenhuma, o que lhe trouxera constante dor de cabeça.

Numa ocasião, não suportando mais, quando Joanna lhe apareceu, ele falou:

-Minha irmã, a senhora sabe que estou passando por um grande problema, uma grande injustiça, e não me diz nada?

-Por isso mesmo não te digo nada, porque é uma injustiça. E como injustiça, não tem valor, Divaldo. Tu é quem está dando valor e quem dá valor à mentira, deve sofrer o efeito da mentira. Porque, se tu sabes que não é verdade, porque estás sofrendo? Eu não já escrevi por tuas mãos :"Não valorizes o mal"? Não tenho outro conselho a dar-te.

-Mas, minha irmã, pelo menos me diga umas palavras de conforto moral, porque eu não tenho a quem pedir.

Então, ela falou:

-Vou dar-te palavras de conforto.Não esperes muito.

E contou-lhe a seguinte parábola:
-Havia uma fonte pequena e insignificante, que estava perdida num bosque.Um dia, alguém por ali passando, com sede, atirou um balde e retirou água, sorvendo-a em seguida e se foi. A fonte ficou tão feliz que disse de si para consigo:

-Como eu gostaria de poder dessedentar os viandantes, já que sou uma água preciosa!

E orou a Deus:

-Ajuda-me a dessedentar!

Deus deu-lhe o poder. A fonte cresceu e veio à borda. As aves e os animais começaram a sorvê-la e ela ficou feliz.

A fonte propôs:

- Que bom é ser útil, matar a sede. Eu gostaria de pedir a Deus que me levasse além dos meus limites, para umedecer as raízes das árvores e correr céu aberto.

Veio então a chuva, ela transbordou e tornou-se um córrego. Animais , aves, homens, crianças e plantas beneficiaram-se dela.

A fonte falou:

-Meu Deus, que bom é ser córrego! Como eu gostaria de chegar ao mar! E Deus fez chover abundantemente, informando:

-Segue, porque a fatalidade dos córregos e dos rios é alcançar o delta e atingir o mar. Vai!

E o riacho tornou-se um rio, o rio avolumou as águas.Mas, numa curva do caminho, havia um toro de madeira.

O rio encontrou o seu primeiro impedimento. Em vez de se queixar, tentou passar por baixo, contornar, mas o toro de madeira cerceava-lhe os passos.

Ele parou, cresceu e o transpôs tranquilamente.

Adiante, havia seixos, pequeninas pedras que ele carregou e outras inamovíveis, cujo volume ele não poderia remover.

Ele parou, cresceu e transpôs, até que chegou ao mar.

Compreendeste?

-Mais ou menos.

-Todos nós somos fontes de Deus - disse ela. - E como alguém um dia bebeu da linfa que tu carregavas, pediste para chegar à borda, e Deus, que é amor, atendeu-te.

Quiseste atender aos sedentos, e Deus te mandou os Amigos Espirituais para tanto.

Desejaste crescer, para alcançar o mar e Deus fez que a Sua misericórdia te impelisse na direção do oceano.

Estavas feliz.

Agora, que surgem empecilhos, porque reclamas?

Não te permitas queixas.


Se surge um impedimento em teu caminho, cala, cresce, transpõe-no, porque a tua fatalidade é o mar, se é que queres alcançar o oceano da Misericórdia Divina.

Nunca mais lamentes a respeito a nada.



SANTOS,Celeste;FRANCO, Divaldo Pereira. A Veneranda Joanna de Ângelis. Salvador/Bahia :Leal. 1987.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Sem etiqueta, sem preço - Momento Espírita


Joshua Bell ,  um dos maiores violinistas do mundo



Sem etiqueta, sem preço




A nota é internacional e diz, mais ou menos assim: Aquela poderia ser mais uma manhã como outra qualquer.


Eis que o sujeito desce na estação do metrô de Nova York, vestindo jeans, camiseta e boné.


Encosta-se próximo à entrada. Tira o violino da caixa e começa a tocar com entusiasmo para a multidão que passa por ali, bem na hora do rush matinal.


Mesmo assim, durante os 45 minutos em que tocou, foi praticamente ignorado pelos passantes.


Ninguém sabia, mas o músico era Joshua Bell, um dos maiores violinistas do mundo, executando peças musicais consagradas, num instrumento raríssimo, um Stradivarius de 1713, estimado em mais de 3 milhões de dólares.


Alguns dias antes, Bell havia tocado no Symphony Hall de Boston, onde os melhores lugares custaram a bagatela de mil dólares.


A experiência no metrô, gravada em vídeo, mostra homens e mulheres de andar ligeiro, copo de café na mão, celular no ouvido, crachá balançando no pescoço, indiferentes ao som do violino.


A iniciativa, realizada pelo jornal The Washington Post, era a de lançar um debate sobre valor, contexto e arte.


A conclusão é de que estamos acostumados a dar valor às coisas, quando estão num contexto.


Bell, no metrô, era uma obra de arte sem moldura. Um artefato de luxo sem etiqueta de grife.


Esse é mais um exemplo daquelas tantas situações que acontecem em nossas vidas, que são únicas, singulares e a que não damos importância, porque não vêm com a etiqueta de preço.


Afinal, o que tem valor real para nós, independentemente de marcas, preços e grifes?


É o que o mercado diz que podemos ter, sentir, vestir ou ser?


Será que os nossos sentimentos e a nossa apreciação de beleza são manipulados pelo mercado, pela mídia e pelas instituições que detêm o poder financeiro?


Será que estamos valorizando somente aquilo que está com etiqueta de preço?


Uma empresa de cartões de crédito vem investindo, há algum tempo, em propaganda onde, depois de mostrar vários itens, com seus respectivos preços, apresenta uma cena de afeto, de alegria e informa: Não tem preço.
E é isso que precisamos aprender a valorizar. Aquilo que não tem preço, porque não se compra.


Não se compra a amizade, o amor, a afeição. Não se compra carinho, dedicação, abraços e beijos.


Não se compra raio de sol, nem gotas de chuva.   

                                        
A canção do vento que passa sibilando pelo tronco oco de uma árvore é grátis.
A criança que corre, espontânea, ao nosso encontro e se pendura em nosso pescoço, não tem preço.


O colar que ela faz, contornando-nos o pescoço com os braços não está à venda em nenhuma joalheria. E o calor que transmite dura o quanto durar a nossa lembrança.


*   *   *


O ar que respiramos, a brisa que embaraça nossos cabelos, o verde das árvores e o colorido das flores é nos dado por Deus, gratuitamente.


Pensemos nisso e aproveitemos mais tudo que está ao nosso alcance, sem preço, sem patente registrada, sem etiqueta de grife.


Usufruamos dos momentos de ternura que os amores nos ofertam, intensamente, entendendo que sempre a manifestação do afeto é única, extraordinária, especial.


Fiquemos mais atentos ao que nos cerca, sejamos gratos pelo que nos é ofertado e sejamos felizes, desde hoje, enquanto o dia nos sorri e o sol despeja luz em nosso coração apaixonado pela vida.



Redação do Momento Espírita, a partir de comentário de Willian Hazlitt, que circula pela Internet.Disponível em www.momento.com.br








Joshua Bell tocou anonimamente  no metrô

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Milagre dos bebês - Momento Espírita



Bebês da fotografa Anne Geddes


Milagre dos bebês 



Você já parou para analisar o quanto são interessantes os bebês?


É fascinante perceber como o Criador nos faz voltar ao palco terrestre para uma nova encarnação.


O Espírito velho é revestido por uma embalagem nova, delicada, simpática, que derrete corações e arranca sorrisos em todos os lugares aonde vai.


Os bebês proporcionam, primeiramente aos pais, uma experiência sem igual.


Esse contato com um ser frágil, que inspira cuidados e atenção constante, desenvolve na alma paterna e materna alguns sentidos, uma espécie de sensibilidade nova, que antes não possuíam.


Tentar entender um ser que não fala, que não gesticula e que se expressa de maneiras nada convencionais, é um grande desafio.


Exige que se desenvolva a habilidade da empatia. Exige que se coloque no lugar do outro, que se esqueça um pouco das suas próprias necessidades, e pense nas do bebê em primeiro lugar.


Isso por si só já opera milagres em muitas famílias, pois é uma mudança de vida significativa.


E os pais que não se deixam levar por essas mudanças saudáveis, que não se entregam de corpo e alma a essa experiência, acabam perdendo uma das mais maravilhosas oportunidades da existência.


O milagre dos bebês é o convite de enxergar a vida de outra forma.


Percebem-se mudanças até no convívio social, nas comunidades onde vemos muitos bebês.


Os adultos se relacionam melhor, conversando entre si sobre suas experiências. Passam dicas, dividem preocupações, mas sempre entre sorrisos simpáticos e elogios aos pequenos petizes.


A família tem motivos a mais para se reunir, por vezes esquecendo pequenas querelas, implicâncias e atritos mais sérios, pois o assunto principal passa a ser o nenezinho.


Resumidamente: é uma fase muito importante para a vida de todos. Tanto para os progenitores, familiares, como para o Espírito que volta à Terra.


*   *   *

Se você é pai ou mãe, aproveite bem cada instante. Curta a fase, mergulhe nesse mundo novo de cabeça e sem medo.


Evitemos ter que dizer, algum dia, a triste e preocupante sentença: Meus filhos cresceram e nem percebi!


As crianças são os seres que Deus manda a novas existências. Para que não lhe possam imputar excessiva severidade, dá-lhes Ele todos os aspectos da inocência.


Não foi, todavia, por elas somente que Deus lhes deu esse aspecto de inocência; foi também e sobretudo por seus pais, de cujo amor necessita a fraqueza que as caracteriza.


Esse amor se enfraqueceria grandemente à vista de um caráter aspero e intratável, ao passo que, julgando seus filhos bons e dóceis, os pais lhes dedicam toda a afeição e os cercam dos mais minuciosos cuidados.


Esta é mais uma faceta da sabedoria Divina, que nos mostra que os mecanismos da natureza são inteligentes e bons.


Tudo existe para que possamos crescer. Tudo funciona, no Universo, buscando a harmonia.


Redação do Momento Espírita, com reprodução de parágrafos do item 385, de O livro dos Espíritos, de Allan Kardec, ed. Feb. Disponível em www.momento.com.br

domingo, 22 de julho de 2012

Na Seara de Luz - Dr. Bezerra de Menezes



Na Seara de Luz

Dr. Bezerra de Menezes


Mensagem do Dr. Bezerra de Menezes ao Filhos da alma:


Abençoe-nos Jesus, o Amigo Incomparável de todas as horas.

A sociedade estertora! O materialismo, que vem acionando as massas, saído dos centros de cultura e de pesquisas, desgovernou a consciência humana.

Vivem-se as horas de glórias da Ciência e da Tecnologia, ao tempo em que
se apresentam abismos de dor, nos sentimentos e nas emoções. 

Em toda parte defronta-se o grande paradoxo: conhecimento e aflição!

O Espiritismo chegou no momento azado, quando podia iluminar a Ciência que o confirmaria, no mesmo instante quando o homem saía dos limites do planeta terrestre, na busca de outros céus, de outras moradas, para confirmar a pluralidade dos mundos habitados no Universo.

Graças à promessa de Jesus-Cristo, o Consolador veio extirpar as causas geradoras das lágrimas. Não obstante, o desvario do ser humano prossegue tão grande que, ainda dominado pelo ópio das paixões e embora observando a madrugada nova, permanece ligado às sombras de onde provém.

Não é de estranhar que, na seara de luz permaneçam também alguns recantos
onde se homizia a treva densa, da mesma forma que na sementeira do abençoado trigo da vida, o escalracho misture as suas raízes com aquelas que são geradoras do pão.

Este é um momento muito grave, que vivemos na Terra, exigindo-nos discernimento e definição.

Jamais, porém, esqueçamos das nossas raízes eminentemente cristãs.

A Ciência tem ampliado os horizontes do Universo, mas Jesus comanda os
pensamentos dos homens e mulheres que se encontram nos laboratórios de
pesquisas, para propiciar a felicidade e a esperança em favor das criaturas humanas.

Isto, porque a Ciência, sem Deus, é utopia perigosa gerada pela presunção humana.

A Filosofia e múltiplas escolas do pensamento atendem aos diversos
procedimentos da sociedade terrestre, mas é o pensamento de Jesus, na Filosofia do Amor, que orienta a sociedade no rumo da plenitude.

As religiões multiplicam-se fascinadas pela necessidade de predomínio de umas sobre as outras, mas somente aquelas que apresentarem Jesus, ensejando a fé raciocinada, que estrutura o ser em uma ética do comportamento moral saudável, permitir-lhe-á que desfrute da real plenitude que lhe está reservada.

O Espiritismo, no seu aspecto tríplice, mantém-se como a base que permitirá a construção de uma outra sociedade feliz, que já se instala no Planeta.

Qualquer tentativa de prestigiá-lo, oferecendo primazia a uma em detrimento das outras angulações, significa ameaçar-lhe a estrutura fundamental.

Jesus, meus filhos, é o zênite e o nadir das nossas buscas. Sejamos--Lhe fiéis.

Certamente encontraremos em nossas fileiras Espíritos nobres que ainda não
penetraram no significado pleno da mensagem de que Ele se fez portador, doando a
própria vida e seguindo conosco até aqui, a fim de prosseguir até o momento da perfectibilidade relativa que nos está destinada.

Desse modo, concedamos a todos o direito de optar por aquilo que melhor lhes facultem a razão e a emoção, mas não abdiquemos do caráter cristianíssimo da Doutrina Espírita, a pretexto de arrebanhamento e multiplicação de adeptos, fascinados mas não convencidos da necessidade da transformação moral.

Este é o preço a pagar pela concretização das promessas que Ele nos ofereceu.

Neste momento cabem-vos os deveres de fidelidade, amor e perseverança nos
ideais abraçados, mantendo a segurança de que não marchais a sós.

Nos tumultuados dias em que viveis na Terra, quando buscais asserenar os
ânimos, deter os vendavais e semear as estrelas da esperança, não há outra
alternativa senão prosseguirdes intimoratos e gentis.

Representando algumas comunidades e nações, tendes a grave responsabilidade de viver conforme o estabelecido na Codificação Kardequiana, que não necessita de defensores verbalistas, mas sim, daqueles que introjetem na conduta os seus postulados profundos.

Muito difícil apresenta-se-nos este momento, exigindo-nos maior soma de
testemunhos. Não é, porém, diferente daqueles dias tormentosos, quando o Mestre veio implantar a Era Nova e, através do amor, alterar os rumos do pensamento humano.

Porfiai, portanto, como servidores da última hora que sois, tocados pelo espírito do bem, na preservação do ideal da verdade.

E se for exigido a cada um de vós o contributo do testemunho de amor, que
ninguém se furte a oferecê-lo em benefício de si mesmo, face às derrocadas do passado e diante dos compromissos assumidos em relação ao presente e ao futuro.

Continuai construindo o bem e vivendo-o, pois que outra alternativa não existe neste momento, que é o da grande transição.

Assim pensamos, os Espíritos-espíritas desde a primeira hora, que aqui estamos convosco no serviço da construção do mundo melhor de amanhã.

Muita paz, meus filhos, são os votos do servidor humílimo e paternal de sempre, Bezerra



(Mensagem psicofônica recebida pelo médium Divaldo P. Franco, no dia 30 de outubro de 2002, durante a 9a Reunião Ordinária do Conselho Espírita Internacional, realizada na cidade do Porto, em Portugal). 


Fonte:

REFORMADOR. disponível em http://portalespirito.com/Reformador/2003/reformador-2003-01.pdf. Acesso: 22 JUL 2012.