terça-feira, 30 de abril de 2013

Convite à Paciência - Joanna de Ângelis







Convite à Paciência


Joanna de Ângelis



“... Em muita paciência, em aflições, em necessidades, em angústias.”
(2ª Epístola aos Coríntios: capítulo 6º, versículo 4.)



Antiga lenda nórdica narra que alguém perguntou a um sábio como poderia ele explicar a eternidade do tempo e do espaço.



O missionário meditou, e apontando colossal montanha de granito que desafiava as alturas, respondeu com simplicidade:



 “ Suponhamos que uma avezita se proponha a desbastar a rocha imponente, paulatina, insistentemente, atritando o bico de encontro à pedra.



Quando houver destruído tudo, estará apenas iniciando a eternidade...”


*

A paciência é o fator que representa, de maneira mais eficiente, o equilíbrio do homem que se candidata a qualquer mister.



Fácil é o entusiasmo do primeiro impulso, comum é o desencanto da terceira hora.



A paciência é a medida metódica e eficaz que ensina a produzir no momento exato a tarefa correta.



Diante do que devemos fazer, não poucas vezes somos acionados pelos implementos da precipitação.



Frente às tarefas acumuladas e aos problemas, indispensável façamos demorado exame e cuidada reflexão antes de apressar atitudes.



Precipitação traduz desarmonia, perturbação, com agravante desconsideração ao tempo.



A paciência significa auto-confiança.



A pirâmide se ergueu bloco a bloco.



As construções grandiosas resultaram da colocação de peça sobre peça.



As gigantescas sequóias se desenvolveram célula a célula.



O que hoje não consigas, perseverando com dignidade e paciência, lograrás amanhã.



Paciência não quer dizer amolentamento, mas dinâmica eficiente e nobre de produzir diante dos deveres que nos competem desdobrar.



Ao lado de alguém que nos subestima — paciência.



Entre as dores que nos chegam — paciência.



Ante o rebelde que nos atormenta — paciência.



O tempo é mestre eficiente que a todos ensina, no momento próprio, com a lição exata plasmando o de que cada um necessita a benefício de si mesmo.



Jesus, acompanhando e inspirando o progresso da Terra, pacientemente espera que o homem se volte para Ele, a fim de que, encarregado da nossa felicidade, possa dirigir-nos pelo caminho que leva a Deus.



Em qualquer circunstância, pois, paz e paciência para o êxito do empreendimento encetado.





FRANCO, Divaldo Pereira pelo Espírito Joanna de Ângelis. Convites da Vida , CAP. 34, p. 29.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Convite à Alegria - Joanna de Ângelis





Convite à Alegria

Joanna de Ângelis



“Mas eu vos tornarei a ver e o vosso coração se encherá de alegria e  essa alegria ninguém vo-la tirará.” (João: capítulo 16º, versículo 22).




A constrição dos muitos problemas a pouco e pouco vem deixando ressaibos de amarguras e tens a impressão de que os melhores planos traçados nos painéis da esperança, agora são lembranças que a dura realidade  venceu.



Tantos esforços demoradamente envidados parecem redundar em lamentáveis escombros.



A fortuna fácil que alguns amigos granjearam e o êxito na ribalta social por outros lobrigado, afirmam o que consideras o fracasso das tuas aspirações.



Na jornada quotidiana “marcas passos”.



Na disputa das posições segues ladeira acima.



No círculo das amizades cais na “rampa do desprezo”.



No reduto da família és um “estranho em casa.



Aguilhões e escolhos surgem, multiplicam-se e estás a ponto de desistir.



Mesmo assim, cultiva a alegria.



Sorri ante a dadivosa oportunidade de ascender em espírito, quando outros estacionam ou decaem.



Exulta por dispores do tesouro que é a oportunidade feliz de não apenas te libertares das dívidas como também granjeares títulos de enobrecimento interior.



Rejubila-te com a honra de liberar-te quando outros se comprometem.



Triunfos e lauréis são antes responsabilidades e empréstimos de que somente poucos, quase raros espíritos conseguem desincumbir-se sem gravames ou insucessos dolorosos.



O sol que oscula a fonte e rocia a pétala da rosa é o mesmo que aquece o charco e o transforma, em nome do Nosso Pai, como a dizer-nos que o Seu amor nos chega sempre em qualquer situação e lugar em que nos encontremos.



Recorda a promessa de Jesus de voltar a encontrar-se contigo, dando-te a alegria que ninguém poderá tomar.



Cultiva, assim, a alegria, que independe das coisas de fora, mas que nasce na fonte cantante e abençoada do solo do coração e verte linfa abundante como rio de paz, por todos os dias até a hora da libertação, começo feliz da via por onde seguirás na busca da ventura plena.





FRANCO, Divaldo Pereira pelo Espírito Joanna de Ângelis. Convites da Vida Cap.1 , p. 3.

domingo, 28 de abril de 2013

O choro da estrela - Momento Espírita






O choro da estrela




Conta uma lenda que, certo dia, caminhava Deus, sossegadamente, pelo Universo.



Contemplava a Sua criação, verificando se tudo estava correndo bem.



Em certo ponto de Sua caminhada, deparou com uma estrela, num choro convulsivo.



Aproximou-se e com Seu carinho de Pai, perguntou:



Por que você chora, minha filha?



A estrela, em pranto, mal conseguia falar:



Sabe, meu Pai, estou triste.


Não consigo achar uma razão para a minha existência.



O sol, com todo o seu brilho, fornece calor, luz e energia.



Serve especialmente ao planeta azul e as pessoas ali o esperam todos os dias, alegrando-se com o seu surgimento.



As estrelas cadentes alimentam os sonhos dos românticos que as contemplam, maravilhados.



Os cometas geram dúvidas e mistérios, movimentando cientistas de todo lugar para os estudar e analisar.


Todos são importantes.



Todos, menos eu.



Eu fico aqui parada, sem utilidade nenhuma.



Deus ouviu tudo atentamente.


Com paciência, decidiu explicar para a estrela os porquês de sua existência.



Porém, nesse instante, uma voz interrompeu o diálogo.


Era uma voz que vinha de longe, uma voz infantil.



Era uma criança, que caminhava com sua mãe, em um dos planetas da região.



A criança dizia: Veja, mamãe! O dia já vai nascer!



A mãe ficou um tanto confusa.



Como podia uma criança que mal sabia as horas, saber que o sol logo nasceria, se tudo ainda estava escuro?



Como você sabe disso, meu filho?



E a criança alegre respondeu:



Veja aquela estrela, mamãe!



Papai me disse que ela anuncia o novo dia.



Ela sempre aparece um pouco antes do sol, e aponta o lugar de onde o sol vai sair.



Ouvindo aquilo, a estrela se pôs a chorar. Mas de emoção.



Não era mais preciso que Deus lhe explicasse o motivo da sua existência.



Como tudo o que Ele criou, ela também tinha uma razão de ser.



Era a estrela que anunciava o novo dia.


E com o novo dia, se renovam sempre as esperanças, os sonhos.



Ela servia para orientar os homens, indicando-lhes o caminho a percorrer.



Quando a vissem, eles poderiam ter certeza que logo mais o sol surgiria, abrilhantando tudo, espancando a escuridão da noite, secando as estradas da chuva torrencial das horas anteriores, aquecendo as manhãs frias.



A estrela, sentindo-se imensamente útil, encheu-se de felicidade e brilhou com mais intensidade.



Descobrira, enfim, como ela era importante e indispensável ao ciclo da vida.


*   *   *



Todos temos uma razão para existir, mesmo que ainda não a tenhamos descoberto.



Alguns nascem para ser estrela de outras vidas, orientando-as na caminhada.



Outros nascem para iluminar estradas, conduzir mentes, acalentar corações.



Muitos nascem para ser o suporte de outros, em sua trajetória de glórias e sucessos.



Se você ainda não descobriu porque está na Terra, eleja a si próprio estrela de luz e comece a semear amor e espalhar alegrias ao seu redor.



Assim, você iluminará a sua própria vida, iluminando todos que estão à sua volta.





Redação do Momento Espírita, com base no artigo O choro da estrela, de autoria ignorada. Disponível em www.momento.com.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Ajude Sempre - André Luiz


  



Ajude Sempre


André Luiz



Diante da noite, não acuse as trevas. Aprenda a fazer lume.


*
Em vão condenará você o pântano. Ajude-o a purificar-se.


*
No caminho pedregoso, não atire calhaus nos outros. Transforme os calhaus em obras úteis.


*
Não amaldiçoe o vozerio alheio. Ensine alguma lição proveitosa, com o silêncio.


*
Não adote a incerteza perante as situações difíceis. Enfrente-as com a consciência limpa.  Debalde censurará você o espinheiro.  Remova-o com bondade.


*
Não critique o terreno sáfaro. Ao invés disso, dê-lhe adubo.


*
Não pronuncie más palavras contra o deserto. Auxilie a cavar um poço sob a areia escaldante. Não é vantagem desaprovar onde todos desaprovaram. Ampare o seu irmão com a boa palavra.


*
É sempre fácil observar o mal e identificá-lo. Entretanto, o que o Cristo espera de nós outros é a descoberta e o cultivo do bem para que o Divino Amor seja glorificado.




XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito André Luiz .Agenda Cristã, Cap.12, p.31.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Canção para Jesus - Meimei







Canção para Jesus

Meimei




Desejava, Jesus, ter um grande armazém de bondade constantes, maior que todos que conheço para entregar sem preço às criaturas de qualquer idade, as encomendas de felicidade, sem perguntar a quem.



Eu, desejava ter um braço mágico que afagasse os doentes sem qualquer distinção e um lar onde coubessem todas as criancinhas para que não sentissem solidão.



Desejava Senhor, um parque de amor com flores que cantassem, embalando os pequeninos que se encontram no leito sem poderem sair e uma loja de esperança para todas as mães.



Eu queria ter comigo, uma estrela em cuja luz nunca pudesse ver os defeitos do próximo e dispor de uma fonte cristalina de água suave e doce, que pudesse apagar toda palavra que não fosse vida e felicidade.



Eu queria plantar um jardim de união junto de cada moradia para que as criaturas se inspirassem no perfume da paz e da alegria.



Eu queria, Jesus, ter os teus olhos retratados nos meus a fim de achar nos outros que me cercam, filhos de Deus e meus irmãos que devo compreender e respeitar.



Desejava, Senhor, que a benção do natal estivesse entre nós, dia a dia, e queria ter sido uma gota de orvalho na noite em que nasceste a refletir, na pequenez de minha condição, a luz que vinha da canção entoada nos céus:



- Glória a Deus nas alturas, paz na terra, boa vontade em tudo, agora e sempre.





XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Meimei.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Crianças - Emmanuel






Crianças


Emmanuel



"Vede, não desprezeis alguns destes pequeninos..." - Jesus. (MATEUS, 18:10).




Quando Jesus nos recomendou não desprezar os pequeninos, esperava de nós não somente medidas providenciais alusivas ao pão e a vestimenta.



Não basta alimentar minúsculas bocas famintas ou agasalhar corpinhos enregelados. É imprescindível o abrigo moral que assegure ao espírito renascente o clima de trabalho necessário à sua sublimação.



Muitos pais garantem o conforto material dos filhinhos, mas lhe relegam a alma a lamentável abandono.



A vadiagem na rua fabrica delinqüentes que acabam situados no cárcere ou no hospício, mas o relaxamento espiritual no reduto doméstico gera demônios sociais de perversidade e loucura que em muitas ocasiões, amparados pelo dinheiro ou pelos postos de evidência, atravessam largas faixas do século, espalhando miséria e sofrimento, sombra e ruína, com deplorável impunidade à frente da justiça terrestre.



Não desprezes, pois, a criança, entregando-a aos impulsos de natureza animalizada.



Recorda que todos nos achamos em processo de educação e reeducação, diante do Divino Mestre.



O prato de refeição é importante no desenvolvimento da criatura, todavia, não podemos esquecer "que nem só do pão vive o homem".



Lembremo-nos da nutrição espiritual dos meninos, através de nossas atitudes e exemplos, avisos e correções, em tempo oportuno, de vez que desamparar moralmente a criança, nas tarefas de hoje, será condená-la ao menosprezo de si mesma, nos serviços de que se responsabilizará amanhã.





XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Emmanuel.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

AUTOCURA - Joanna de Ângelis





AUTOCURA

Joanna de Ângelis 




Diante de sofrimentos advindos, particularmente, de enfermidades, deve-se levar em consideração alguns fatores, a fim de propiciar-se a autocura.





1 -Observe o seu pensamento, o seu teor referencial, a fim de que irradie energias positivas, saudáveis


A atitude imediata é desejar-se a saúde com fervor, não porque se queira libertar-se da doença, pura e simplesmente. A libertação de uma enfermidade, se não produz o engajamento do paciente em atividades psíquicas e físicas positivas, faculta a presença de outras doenças.


O anseio por adquirir a saúde deve estar acompanhado de objetivos edificantes, que podem ser colimados, e não do interesse imediato pelos prazeres que se deseje fluir, descarregando ondas de energia negativa nos intricados mecanismos perispirituais responsáveis pela ação posterior.


Esse desejo de saúde é firmado na crença e na certeza de que o "Pai não quer a destruição do pecador, mas, a do pecado"; e quem defrauda a lei deve recompor-se perante ela.


A firmeza do desejo, sem ansiedades nem tormento, a fim de que se não tome uma imposição, mas sim, uma solicitação, concede tranquilidade ao enfermo, constituindo um primeiro resultado precedente a cura. De imediato, deve-se concentrar na saúde, considerar-lhe a validade, a abundância de possibilidades edificantes que propicia, de realizações produtivas, de efeitos benéficos para si e para a coletividade.


Ao concentrar-se nela, que se entregue de corpo e alma aos resultados que advirão, deixando-se impregnar pelo otimismo com irrestrita confiança em Deus, trabalhando mentalmente pela restauração das forças combalidas em continuo esforço a favor do bem-estar.


O ciúme,

A rebeldia,

A irritação,

A ansiedade e o inconformismo,


devem ser rejeitados, sempre que se insinuem nas paisagens mentais, por serem portadores de raios destruidores que atingem os fulcros celulares e os desarranjam, alterando-lhes o ritmo e a multiplicação.


As idéias enobrecedoras, os planos de futura ação benéfica, são portadores de energia equilibrante, que estimula os complexos campos celulares, propiciando-lhes harmonia e produtividade.


Nesse esforço, é de bom alvitre visualizar a saúde e incorporá-la.


O indivíduo deve concentrar-se numa visão saudável, projetando-se no tempo em condições de equilíbrio; ver-se recuperado, assumindo responsabilidades e desenvolvendo as atividades que pretende encetar.


Essa projeção mental reestrutura os mecanismos do perisprito, afetado, recompondo-lhe o campo, e que resultam os efeitos em forma de saúde, de harmonia e entusiasmo.


Os pacientes, em geral, com as exceções naturais, sempre visualizam o estado de agravamento do mal que os aflinge, atirando no organismo projéteis mentais destrutivos.


Não poucas vezes, Jesus afirmou aqueles doentes que O buscavam, se quiseres, já que queres, concluindo:


- Levanta-te e anda, vê-se limpo, conforme a enfermidade com que se faziam objeto. Naquele momento, o enfermo saía do campo vibratório de sombras, no qual se homiziava, e abria-se a energia vigorosa do Benfeitor Divino, que lhe alterava a área de desordem, restaurando-lhe a saúde.


Assim, visualizar-se com saúde no futuro e programar-se em ação constituem fatores fundamentais para a autocura.




2 -Manter a sintonia mental com a fonte de poder


Todo o amor procede de Deus, a Fonte do Poder. Como consequência, a sintonia mental do paciente com a Causalidade se torna imprescindível para a recuperação da saúde.


Sendo a enfermidade o resultado da desarmonia vibratória dos órgãos que compõe a maquinaria orgânica, permitindo a proliferação dos elementos destrutivos, todo trabalho de regularização deve partir da energia para o corpo, do espírito para a matéria.


Desse modo, a identificação mental do necessitado com a Fonte Geradora de Vida torna-se essencial para o restabelecimento da harmonia.


Assim, o cultivo das idéias positivas favorece a identificação com as faixas vibratórias mais elevadas, produzindo a sintonia necessária com o Poder Supremo.


A oração é outro veículo por meio do qual se produz a sintonia mental com Deus. Ela faculta uma análise das necessidades humanas em relação às finalidades essenciais da existência, ao tempo em que propicia o relaxar das tensões, estimulando as forças enfraquecidas e renovando-as, graças ao que se abrem as possibilidades de recuperação da saúde.


Habituado aos pensamentos vulgares, agindo sob impulsos de depressão ou de violência, o individuo intoxica-se de vibrações deletérias, que mais o perturbam e o enfermam.


A mudança de diretriz mental, as fixações de idéias saudáveis geram uma psicosfera harmoniosa que produz condições propiciatórias ao bem-estar, em sintonia inicial com a saúde.


Quem aspira ao oxigênio puro mais se desintoxica, ampliando a própria capacidade respiratória.


De igual modo, a sintonia mental com a Fonte o Poder propicia reabastecimento de energias saudáveis, que reinstalam no organismo o equilíbrio perdido, restabelecendo a harmonia vibratória que fomenta o predomínio dos agentes da saúde.


Mesmo diante da aparente demora de recuperação é justo que se processe a sintonia, que somente benefícios emocionais, psíquicos e orgânicos proporcionam.


O ser deve elevar-se a Deus, não apenas para pedir e buscar benefícios imediatos, mas, também, para manter-se em harmonia com a própria vida.


Tal estado de sintonia abre as portas da percepção extrafisica à inspiração, ao equilíbrio e à coragem para enfrentar quaisquer vicissitudes e situações aflingentes imprevisíveis ou não.


Quando alguém se eleva a Deus, ergue com o seu gesto toda a humanidade. A sintonia com Ele, Fonte de Poder, é causa de felicidade e fator de paz.





3 - Cuidar do descanso, da dieta, da higiene, mantendo ordem nas atividades




Descanso:

O descanso físico é de alta importância no programa da autocura, todavia, o repouso mental, advindo da harmonia dos pensamentos, torna-se vital, um fator imprescindível para a instalação da saúde.


Uma mente em repouso não significa em ociosidade, antes, em ação positiva, que gera equilíbrio.


Esse, proporciona descanso das excitações, das emoções e sensações perturbadoras, geratrizes de doenças, de sofrimentos.


As leituras edificantes e otimistas, ricas de esperança, propiciam repouso mental e físico, predispondo o organismo a calma, a harmonia.


Esse descanso, igualmente pode ser conseguido, por uma alimentação bem balanceada, na qual se evitem os excessos de qualquer natureza, especialmente aqueles de assimilação difícil, muito ricos em calorias e de digestão demorada.


Alimentação para a vida, respeitando os limites impostos pela enfermidade, ao invés da vida para a alimentação, que complica as funções do organismo alquebrado, que necessita de todas as resistências para vencer o estado de desgaste.




Higiene:


A higiene também desempenha papel preponderante na reconquista da saúde. Ela faculta mais ampla eliminação de toxinas, ao tempo que proporciona agradável sensação de leveza.


A higiene física também impõe a de natureza mental, cujo complexo, quando poluído pelas preferências perniciosas, exterioriza a desagregação das engrenagens orgânicas, a semelhança de ferrugem em pecas mecânicas que se devem ajustar harmoniosamente.


Esses fatores põem ordem nas atividades que a doença não interrompe, ou naquela é que, não obstante o problema da saúde merece reflexão, programação para posterior execução.


Quem não se programa sofre as surpresas da improvisação com os danos, porventura, presentes.


O leito de enfermidade é lugar para acuradas meditações e estabelecimento de metas, que a agitação do cotidiano em outra situação não permite.


Ao mesmo tempo, a revisão dos atos e comportamentos torna-se oportuna, buscando descobrir a gênese de alguns dos males ora desencadeados ou os efeitos das ações impensadas que geraram os distúrbios agora sofridos.


A degenerescência orgânica é fácil e rápida, enquanto que a sua recuperação e complexa e demorada.


Toda construção e reedificação exigem tempo e experiência, não ocorrendo o mesmo com a ação destrutiva.


A vida saudável, portanto, são os esforços concentrados para a manutenção dos equipamentos da maquinaria corporal, sob equilibrado comando do espírito.


Certamente encontramos corpos sadios e de aparência harmoniosa, sob a direção de espíritos frívolos, ignorantes e até perversos.


É natural a ocorrência, que passará a um plano lamentável no futuro, em razão do seu mau uso atual, exigindo lenta e sofrida recuperação mediante enfermidades dilaceradoras, dolorosas.


É da Lei Divina, pois ninguém malbarata o patrimônio da vida, sem experimentar as suas funestas conseqüências.


Da mesma forma, com frequência, são encontrados corpos mutilados e padecentes, nos quais habitam espíritos sadios, ditosos.


São eles os mestres da abnegação, que acima dos limites orgânicos, sem qualquer angústia, lecionam coragem diante da, do e ressarcem antigos débitos, que ficaram nas páginas do tempo e agora se apresentam para proporcionar a libertação total de quem os adquiriu.


Em toda a Criação vige a lei de igualdade, graças a qual ninguém frui de felicidade em caráter de exceção.


A luta é o clima por onde passam todos os seres na via de evolução.



4 - Canalização dos pensamentos e das emoções para o amor, a compaixão, a justiça, a equanimidade e a paz


A preservação do pensamento otimista predispõe a um estado emocional receptivo à saúde.


Fácil, pois, se torna canalizá-lo para as expressões nobilitantes do amor, da compaixão, da justiça, da equanimidade e da paz.




Amor:


O amor, que é o elo mágico que unirá todas as criaturas um dia, deve ser cultivado na condição de experiência nova, que o exercício converterá em um hábito, em um estado normal do espírito.


A sua força restaura a confiança nos homens e na vida, porquanto, a sua presença conduz estímulos, facultando que, periodicamente, o sangue receba renovação de cargas de adrenalina, produzindo revigoramento orgânico.


Através da sua ótica os acontecimentos apresentam angulações antes não percebidas, permitindo que as emoções não se entorpeçam, nem se exaltem, ao mesmo tempo em que predispõe o individuo a compaixão, fator humanizador da criatura.


Quando as forças conjugadas do medo e da ira, da mágoa e da vingança, do ciúme e do ódio começam a perturbar a emoção, o sentimento de compaixão pelo algoz, apresentando-o frágil e vulnerável, evita que o desequilíbrio trabalhe em favor da agressividade por parte da vítima.


Esta passa a ver o seu adversário como sendo um doente da alma, que ignora a gravidade do próprio mal, e, ao invés de derrapar na animosidade, envolve-o em ondas de simpatia, de compreensão, não lhe devolvendo o malefício que dele recebeu.


No quadro das doenças que abalam os homens, encontramos instalados no perispirito varias matrizes de ódio, de ressentimento, de azedume, em relação a outras pessoas.




Compaixão:


O amor propicia a compaixão que se gostaria de receber, caso a situação fosse oposta, diminuindo a intensidade do golpe recebido e anulando-lhe os efeitos danosos.


Ela fala sobre a justiça inexorável de Deus que alcança a todos e propõe a bondade para com o opositor, concientizando-o, embora indiretamente, de que o mal é sempre pior para quem o pratica.




Justiça:


A justiça, por sua vez, jaz insculpida na consciência de cada pessoa que pode ser anestesiada por algum tempo, jamais, porém, impossibilitada de manifestar-se. O equivocado conhece o seu erro, mesmo quando disfarça, e assim procede porque lhe sabe a procedência


Encobrir uma ferida não impede que ela permaneça decompondo a área, na qual se encontra instalada.


A justiça na consciência impõe a reparação do delito e das suas conseqüências infelizes, induzindo as vítimas a que não assumam a postura de cobradores, já que as leis soberanas dispõem de recursos que impedem se contraiam novos, quando se corrigem velhos débitos.


Para culminar o seu objetivo, tem ela que ser estruturada na equanimidade, que discerne como aplicá-la, sem o contributo emocional da paixão de qualquer natureza, porém com a finalidade superior de corrigir sem desforço e recuperar sem maus-tratos.




Equanimidade:


O sentimento de equanimidade nasce da razão que discerne e da emoção que compreende, fazendo que o recurso, o método de reeducação seja o mesmo para todos os incursos nos seus códigos, não sendo severa em demasia para uns e generosa em excesso para com os outros.


A sua linha reta de ação abrange na mesma faixa todos os infratores, prodigalizando-lhes idêntico tratamento.


A consciência de amor em equanimidade propõe a paz, que tira as tensões e inspira o prosseguimento da ação.


Estado íntimo de harmonia, irradia-se em sucessivas ondas de tranquilidade que se exteriorizam, promovendo a absorção e fixação das energias saudáveis no organismo.


O pensamento canalizado para a paz se torna uma onda que sincroniza com a Fonte de Poder, contribuindo para o entendimento geral e a fraternidade, que é o passo inicial do amor entre as criaturas.


No processo de autocura, o espírito recupera as energias gastas, vitaliza, mediante a ação do pensamento, os fulcros perispirituais e predispõe-se ao resgate pelo amor, sem a intenção de negociar benefícios, antes, com a de se tornar elemento útil no concerto social, membro ativo do progresso geral e não um peso desagradável qual infeliz na economia do grupo humano onde se encontra.


Co-autor da sua recuperação, ele haure da Fonte providencial do amor de Deus as energias sãs, saindo das sombras da enfermidade para as luzes da saúde, disposto a contribuir decisivamente em favor do mundo melhor de hoje e de amanha, renovado, esclarecido e feliz.



Transcrito por Rochelle Raupp.



Fonte:

FRANCO, Divaldo Pereira pelo Espírito Joanna de Ângelis . Plenitude.Capitulo 9, paginas. 89 a 98. Salvador/BA:Alvorada.


Disponível em :http://www.forumespirita.net/fe/fluidoterapia/processo-de-autocura/. Acesso: 22 ABR 2013.