quinta-feira, 30 de abril de 2015

Saúde Integral - Joanna de Ângelis




Saúde Integral



Joanna de Ângelis



A sofisticação tecnológica da Medicina atual ainda permanece na insustentável tese de que o homem é as células que lhe constituem a organização somática.



Negando, por sistema, a realidade do ser integral, - espírito, perispírito e matéria - detém-se na conceituação ultrapassada, na qual o cérebro gera o pensamento, e a Vida cessa quando se dá o fenômeno da anóxia, alguns minutos depois da parada cardíaca...



Desde Hipócrates, passando por Aécio e Galeno, a visão dualista somente vem encontrando confirmação e respeito, não se podendo mais negar a interação espírito-matéria, mente-corpo, como termos da equação existencial.



Face a essa constatação, convenciona-se que a saúde é mais do que a ausência de doença no organismo, sendo um conjunto de fatores propiciatórios ao bem estar psicológico, econômico e social.



O paradigma da atualidade em torno da saúde leva o médico a examinar o paciente não mais como uma cobaia, ou alguém aflito de quem se deve libertar, mas como portador de muitos problemas que, não raro, a doença exterioriza, mascarando-os nas gêneses profundas do estado patológico.



Volve-se, desse modo, ao antigo sacerdócio médico, graças ao qual ele se torna amigo do paciente, seu confidente, seu companheiro, ajudando-o a drenar as emoções negativas recalcadas, a fim de dar campo à catarse liberativa das angústias e tormentos que sofre, para que, então, nele se instale de volta a saúde.



A saúde integral independe das drogas químicas e dos tratamentos cirúrgicos, não obstante esses sejam ainda valiosos instrumentos para sua aquisição.



Forçoso reconhecer-se que o ser atual é um somatório de experiências próximas e remotas.


Tanto lhe constituem fatores degenerativos os conflitos próximos, da atual encarnação, quanto os transatos, das existências pretéritas.



Examinado desse ponto de vista, compreender-se-á a gama larga de fatores predisponentes como preponderantes, para o estabelecimento da enfermidade ou da saúde.



Cumpre que se conscientizem os indivíduos em geral, e os enfermos em particular, que cada criatura é o resultado das realizações morais, espirituais da sua mente, como já observavam os gregos antigos...



A disposição para o otimismo ou para a autodestruição responderá pelos seus futuros comportamentos.



Nesse sentido, o Evangelho de Jesus é um excelente tratado de psicoterapia, cuja aplicação resultará em bem-estar e harmonia.



Toda a mensagem de Jesus é vazada no conhecimento profundo do homem, considerando sua realidade transpessoal, na qual ressaltam o Espírito e sua condição de imortalidade.



Lentamente, face ao volume das aflições que dominam as paisagens humanas, e às enfermidades psicossomáticas de difícil diagnose, que levam a estados lamentáveis, a criatura sente-se convidada à valorização da vida, à descoberta dos seus recursos éticos, auto-estima, ao auto-aprimoramento.



O amor, nesse cometimento, assume papel preponderante, em razão das energias que libera no sistema imunológico, fortalecendo-o, no sistema nervoso simpático e nos glóbulos brancos, fundamentais na luta pela preservação da saúde.



A visualização mental otimista, gerando energias que combatam ou anulem a enfermidade, produz endorfinas que atenuam a dor, auxiliando as células à remissão da doença.



Bombardeios mentais através da visualização, sobre tumores de origem cancerígena, logram alteração profunda no seu desenvolvimento, conseguindo mesmo eliminá-los.


Todavia, se o sentimento de amor acompanha a descarga psíquica da vontade, estimulando as células saudáveis a se manterem em ritmo de equilíbrio enquanto as outras se consomem, a vibração da força transformadora será mais potente e portadora de resultados eficientes.



Nesse aspecto, o querer é imprescindível e o crer essencial, face à continuidade do fluxo mental, sem vacilações, suspeitas e receios que lhe interrompam essa continuidade.



A harmonia mental que decorre da relaxação confiante produz, também, o benéfico estado alfa, quando o cérebro libera ondas do mesmo nome no ritmo de oito a doze ciclos por segundo, ensejando a restauração da saúde, quando se está enfermo, ou a preservação dela, quando se encontra saudável.



Nesse campo, o auto-descobrimento corajoso propicia a eliminação dos mecanismos do ego que levam à fuga da responsabilidade e do respeito por si mesmo, ensejando consciência de quem se é, do que se deve realizar e como se poderá fazê-lo.



A visão junguiana de saúde é conclusiva, convidando a uma revisão de paradigmas na Medicina tradicional e na tecnologia médica atual, redescobrindo os pacientes como pessoas necessitadas de amor, que se auto-punem por ignorância e se auto-destroem por desequilíbrio emocional, mediante pugnas íntimas incessantes...



O amor, que pertencia às áreas da sociologia e da filosofia, além das análises literárias, passa hoje a ser elemento fundamental para os conteúdos do comportamento e da conduta na preservação da sanidade.



Mantendo-se, desse modo, a recomendação do Evangelho sobre o amor a Deus, ao próximo e a si mesmo, na condição de experiência humana, mesmo que se instalem focos infecciosos no corpo ou se expressem distúrbios orgânicos de vária ordem, o paciente se torna terapeuta de si mesmo, auxiliando o médico e este àquele, a fim de que a meta essencial seja lograda - a alegria de viver saudavelmente.



Pode-se, portanto, experimentar saúde integral, mesmo que algum órgão se encontre comprometido, sem que isso altere o ser em profundidade, consciente que o fenômeno biológico da morte somente encerra o ciclo carnal, jamais a Vida.



A visão médica, com paradigmas holísticos em torno da saúde e da doença, faculta a possibilidade de uma perfeita interação corpo-alma, em razão do controle da mente sobre a matéria.



Uma organização fisiopsíquica sadia resulta da perfeita identificação entre o Espírito e o soma, como decorrência das reencarnações anteriores ou das conquistas atuais, preparando a existência em marcha para a plenitude.






FRANCO, Divaldo Pereira. Da obra: Momentos Enriquecedores.Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.Salvador, BA: LEAL, 1994.

segunda-feira, 27 de abril de 2015

A Reivindicação - Hilário Silva





A Reivindicação

Hilário Silva



Há muito aspirava Saturnino Peixoto ao interesse de algum homem público para favorecê-lo na abertura de certa estrada.


Para isso, conversou, estudou, argumentou...


Concluiu, por fim que a pessoa indicada seria o deputado Otaviano, recém-eleito, homem ao qual se referiam todos da melhor maneira, pela atenção e carinho com que se dedicava à solução dos problemas da extensa região que representava.


Depois de ouvir o escrivão da cidade, Saturnino redigiu longa carta-memorial, minudenciando a reivindicação. E ficou aguardando a resposta.


Correram dias, semanas, meses. Nenhum aviso.


Revoltado, Saturnino começou a exprobrar a conduta política do deputado que nem sequer lhe respondera à carta.


Sempre que se lembrava do assunto, criticava o político, censurando-o asperamente, a envolver todos os homens públicos em condenação desabrida.


Nada valiam ponderações da companheira, Dona Estefânia, espírita convicta, que lhe pedia perdoar e esquecer.


Transcorreram três anos, até que a solicitação caducou.


Saturnino, obrigado a desistir da ideia, guardou, contudo, profundo ressentimento do legislador que terminava o mandato.


Certo dia, porém, revolvia os guardados de velha prateleira no escritório, quando encontrou, surpreendido, entre livros e papéis relegados à traça, o memorial que escrevera ao deputado, dentro de envelope sobrescritado, selado e recoberto de pó.


Saturnino se esquecera de enviar a carta...




XAVIER, Francisco Cândido; VIEIRA, Waldo pelo Espírito  Hilário Silva. Frases e mensagens Espíritas.

sábado, 25 de abril de 2015

Nas Trilhas do Bem - COMEAM 2015 Parte 01








Yasmin Madeira visita a COMEAM Confraternização das Mocidades Espiritas Amazonense.

Vídeo produzido pelo Clube de Arte, em parceria com a TvNovaLuz.






sexta-feira, 24 de abril de 2015

Fascinação Amorosa - Richard Simonetti










Fascinação Amorosa



Richard Simonetti


Só pensava nela. Cérebro em circuito fechado. A jovem namorada, de estonteante beleza, ocupava-lhe todos os espaços mentais. Última lembrança ao dormir. A primeira, ao despertar.



Levantava-se com ela, passava o dia pensando nela, por ela suspirava... Em seus devaneios imaginava-se a retê-la em seus braços, aspirando seu perfume, cobrindo-a de carícias, fundindo-se ambos em ardentes abraços.


Às vezes desligava-se. Eram momentos fugidios, como breves intervalos separando músicas num disco. Logo recuperava-lhe a imagem, assustado como quem houvesse sofrido a perda da respiração por momentos.


Contava os dias e as horas que os separavam. A seu lado pedia a Deus que parasse o relógio do tempo, a fim de que pudesse desfrutar indefinidamente a ventura de sua presença.


Sempre acontecia o inverso: Juntos, as horas ganhavam asas. Separados, fluíam com a lentidão das tartarugas.


Com incontáveis variações, encontramos na literatura universal envolvimentos passionais semelhantes. Um paraíso, quando tudo corre bem. Um inferno, se surgem problemas. Semelhantes experiências situam-se nos domínios da fascinação quando, a partir da atração física, instala-se o desejo irrefreável de comunhão carnal, em paroxismos passionais.
George Bernard Shaw, teatrólogo inglês, dizia, referindo-se ao casamento, que um dos paradoxos da sociedade humana é que pessoas apaixonadas são obrigadas a jurar que continuarão naquele estado excitado, anormal e tresloucado até que a morte as separe.


Muitas uniões efêmeras ocorrem a partir de envolvimentos passionais, principalmente entre jovens, empolgados por recíproca fascinação, quando se rendem ao domínio dos hormônios.


Justamente por inspirar-se nos instintos, a fascinação amorosa é a mais freqüente, responsável por casamentos precipitados, adultérios, separações, crimes e tragédias sem fim.


Proclama a sabedoria popular que a paixão é cega, o que exprime uma realidade. Paixão e bom senso raramente seguem juntos.


Por isso os Espíritos obsessores estimam envolver as pessoas passionais, torturando-as com anseios amorosos irrealizáveis ou usando-as para exercer sua ação nefasta, criando estranhas e perigosas situações.





SIMONETTI, Richard . FEAL . Disponível em www.feal.com.br.

quinta-feira, 23 de abril de 2015

PRECE COM PRESSA




Sabe quando chega a hora de fazer uma PRECE mas você tá é com PRESSA? 

Quem nunca?!

"A prece é sempre agradável a Deus quando ditada pelo coração, porque a intenção é tudo para ele. 

A prece do coração é preferível à que podes ler, por mais bela que seja, se a leres mais com os lábios do que com o pensamento. 

A prece é agradável a Deus quando é proferida com fé, com fervor e sinceridade." 


Pergunta 658 do Livro dos Espíritos.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Doutrina Ímpar - Yvonne do Amaral Pereira





Doutrina Ímpar
     

Yvonne do Amaral Pereira



O Espiritismo é uma doutrina complexa e completa.


É original na sua estrutura, porque reúne em um todo harmônico os postulados da ciência, as diretrizes da filosofia e os instrumentos ético-morais da religião.


Única, na sua formulação, é portadora de propostas simples que estão ao alcance de todos os níveis de cultura, ao tempo em que atende as exigências mais severas da razão e da lógica.


De fácil entendimento pelos simples de inteligência e os mansos de coração, penetra-lhes o cerne da alma como um bálsamo suavizador na ardência da ignorância.


Abrindo um leque de inúmeras vertentes, tem a ver com os ma is diversos ramos do conhecimento, completando-os com os seus conteúdos profundos, porque remonta às causas de todas as ocorrências, a fim de entender-lhes os efeitos.


Enquanto a ciência, em geral examina nos efeitos as causas, o Espiritismo foi revelado pelo mundo real, anterior, facultando a compreensão da esfera física, sua transitoriedade e suas razões de existir.


Para bem ser entendido exige o estudo e a reflexão cuidadosos, abrangendo o conhecimento geral, que ilumina com os conceitos libertadores de crendices e de superstições.


Partindo-se da sua base - a crença em Deus e na imortalidade da alma - a comunicabilidade dos Espíritos é axiomática, pois que se constitui com recurso experimental que lhes comprova a sobrevivência ao fenômeno da morte.


A reencarnação logo se apresenta viável instrumento de que ss utiliza a Justiça Divina para reeducar, corrigir e conduzir todos aqueles que se tornarem infratores ante as Leis Soberanas, tomb ando nos gravames que os empurram aos abismos da inferioridade moral por onde transitam, e de que se deveriam libertar.


Na prática mediúnica - sublime recurso de iluminação! - alarga os horizontes do ser humano para entender os desafios e os enigmas existenciais, logicando em torno dos malogros e desditas de que ninguém passa na Terra sem os experimentar.


A mensagem evangélica de que se faz portador, atualizando-a com as revelações do Além-túmulo, confirma a grandeza de Jesus e dos Seus ensinamentos, restaurando-Lhe a luminosa diretriz do amor como a mais eficaz terapia para a vida de todas as criaturas humanas.


É nesse campo de nobres realizações que atinge a sua magnitude, facultando o diálogo com os imortais, o conhecimento da vida extra-física, os objetivos essenciais da reencarnação, os comportamentos saudáveis para o despertar lúcido após a jornada no corpo somático.


Pergunte-se a alguém que trazia o coração dilacerado pela dor da pe rda física de um ser amado, sobre o conforto libertador e indescritível que hauriu após a comunicação mediúnica com esse afeto de retorno, vivo e exuberante, e ele não terá palavras fáceis para traduzi-lo.


Suas explicações a respeito do sofrimento, o bem que proporciona ao calceta, ensejando-lhe esperança de renovação e de recuperação, ao infeliz, brindando oportunidade de recompor-se e ser ditoso, ao padecente sem esperança de recuperação que descobre a continuidade da vida após a disjunção molecular, são as mais nobres respostas de qualidade que nenhuma outra doutrina pode oferecer.


Arrancando das tenazes férreas da obsessão o paciente agora em equilíbrio, ei-lo que se rejubila e dispõe de expressões para bendizê-lo, agradecendo a dádiva do raciocínio lúcido e da alegria de poder voltar a voar pela imaginação na direção do infinito...


Ao mesmo tempo, aquele que se encontrava nas sombras da ignorância, sem haver descoberto o sentido existencial, a pós haver fruído as harmonias do Espiritismo, exultante, não consegue sopitar o júbilo infindo e a felicidade do bem-estar e da paz que ora o visitam.


Desencarcerando os desencarnados em aflição, que se arrojavam à loucura, por não entenderem o fenômeno da morte e da vida, faculta-lhes a visão perfeita das possibilidades que se lhes encontram ao alcance para manter-se em equilíbrio.


As suas avenidas culturais, alargadas pelos tratores do conhecimento e do sentimento, ensejam as caminhadas exitosas aos viandantes que antes se estremunhavam nos dédalos sombrios dos conflitos íntimos e do martírio dos sofrimentos que se entregavam nos corredores estreitos da aflição...


As lágrimas enxugadas e as dores lenidas nas mulheres e nos homens aflitos modificam totalmente o contexto social que se apresenta calmo, ensejando a construção de melhores condutas para o futuro da humanidade.


Nunca podem ser contabilizados os benefícios que propicia e a luz d a caridade que esparze, fulgurando nos corações é como um permanente Sol mantendo a vida em todas as suas expressões.


Uma palavra espírita é valioso tesouro para a solução de muitos sucessos desafiadores e de caráter agressivo, infeliz.


Um pensamento espírita bem direcionado é corrente vigorosa que vitaliza, erguendo os combalidos que não suportaram o fragor das lutas.


Uma atitude espírita de socorro transforma-se em lição viva que traduz a qualidade dos seus ensinamentos vigorosos.


Que tem o materialismo, no entanto, para oferecer-lhes, além do desencanto, da fatalidade ignóbil de haverem sido esses desditosos eleitos para a desgraça, conforme apregoa? Apresentando o suicídio ou o mergulho no prazer exaustivo, como saída da agonia, são as torpes soluções de que dispõe para as vidas ressequidas e atormentadas, tornando-se verdugo cruel do pensamento e do sentimento humano.


O Espiritismo não é uma doutrina passadista ou conformista , porquanto estimula a busca dos valiosos recursos da ciências nos seus múltiplos aspectos para solucionar os enigmas existenciais e ajudar a vencer os desafios normais, enquanto oferece conforto mortal, resistência e coragem para prosseguir-se na luta sem jamais desistir, sempre jovial e confiante nos resultados finais.


Não mantém a ingenuidade nem a ignorância, jamais estimulando à postergação do que se deve fazer quando se apresenta difícil no momento, antes oferece as ferramentas para a execução do trabalho que está destinado a cada indivíduo, iluminando-lhe a mente com a inspiração do bem e renovando-lhe os sentimentos com o prazer de encontrar-se vivo no corpo, portanto, com infinitas possibilidades de superar os impedimentos que surgem pelo caminho da evolução.


A sua lógica decorrente da filosofia atende a todas as necessidades e interrogações do pensamento, não deixando de elucidar os dramas existenciais, a origem do ser, do sofrimento e o seu desti no.


O ser humano tem buscado, através da história, uma religião que console sem iludir, iluminando-lhe a existência e oferecendo-lhe robustez de ânimo para o enfrentamento das vicissitudes que todos experimentam durante a trajetória material.


Por muito tempo ludibriado pelas doutrinas ortodoxas que escravizam as mentes e atemorizam os corações, terminou por tombar na negação, cansando-se de cerimônias e de extravagantes conceitos dogmáticos.


Apoiando-se na ciência e na sua extraordinária contribuição, sente, não poucas vezes, o vazio interior que o inquieta, buscando soluções químicas para os conflitos que podem ser resolvidos pela oração, pela meditação,. pela ação do bem, pelo auto-encontro...


Por fim, chegou-lhe o Espiritismo e abriu-lhe os braços generosos com as suas informações de sabedoria, propondo-se a albergar a imensa mole humana no seu seio, sem qualquer tipo de dependência psicológica fora da razão ou promessa salvacionista se m o concurso pessoal de cada qual.


O Espiritismo é a ciência religiosa dos tempos modernos e das criaturas que anelam por uma religião científica, a fim de que, abraçadas, essas duas alavancas do progresso ofereçam a filosofia especial para a conquista da felicidade.






FRANCO, Divaldo Pereira pelo Espírito Yvonne do Amaral Pereira . Página psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, na sessão mediúnica da noite de 18 de junho de 2008, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia.

terça-feira, 21 de abril de 2015

Não Jogue Pela Janela - Cenyra Pinto






Não Jogue Pela Janela


Cenyra Pinto





Não jogue pela janela, como traste inútil, tudo de bom e belo que você recebeu de alguém, só porque esse alguém lhe ofereceu, uma vez, algo que lhe desagradou.




Valorize o que é bom e não seja ingrato, desprezando o que já lhe causou agrado, apenas por uma pequena coisa que lhe entristeceu.




Aprenda a aceitar a fraqueza humana como natural, porque certamente você também comete faltas.




Se você esquece e apaga tudo de bom que recebeu e que nunca lhe tocou a insensibilidade, a ponto de ser grato; se por um acontecimento que lhe desagradou, enraiveceu-se tanto, a ponto de maltratar a quem já lhe deu tantas provas de amizade, está provado que a sua capacidade de amar e reconhecer a bondade é muito pequena ante a força que tem de se ressentir.




Aprenda a valorizar as coisas boas e mantê-las vivas na sua mente, não as apagando só porque o portador dessas coisas boas, num momento de invigilância, lhe desagradou.




A criatura humana é, por vezes, portadora de uma incumbência desagradável como a de testar seus companheiros de luta terrena, o que faz, quase sempre inconscientemente, sem sequer pensar que está executando uma tarefa.




E, assim, quando cai em si e vê que fez algo que a sua consciência condena, decepciona-se consigo mesmo e se entristece.




A vida é assim mesmo. Uns testando os outros, até que a sensibilidade se equilibre e não haja mais necessidade desses exercícios.




Acorde, meu irmão.




Quando você receber o que lhe desagrada, pense que foi você o instrumento de provocação. Lembre-se de que todos nós somos falíveis.




Não jogue pela janela momentos tão bons, tão belos, por um pequeno desencontro.




Não guarde mágoas.




Procure apagar tudo que enfeia a sua trajetória terrena e procure orná-la com flores de compreensão e do amor.



PINTO, Cenyra . “...A Verdade e a Vida”.

sábado, 18 de abril de 2015

Hoje comemoramos os 158 anos do lançamento de "O livro dos espíritos"






Hoje comemoramos os 158 anos do lançamento de "O livro dos espíritos"


A data de 18 de abril foi escolhida para ser o dia do Espírita, por ser a o dia de lançamento de O livro dos espíritos. 


A primeira obra da Doutrina Espírita, codificada pelo professor Hippolyte Léon Denizard Rivail, que mais tarde adotou o pseudônimo de Allan Kardec.




Saiba mais sobre esta obra neste artigo do Reformador 













O advento do consolador

Cairbar Schutel



O mundo passava por momentos decisivos, transformadores, oferecendo condições para o surgimento de uma nova humanidade. 


Ao mesmo tempo, ocorria o rompimento com ideias cristalizadas do passado no campo da religião e da cultura.


No século imediatamente anterior à Codificação, foram lançados os alicerces da renovação do pensamento ocidental com os chamados iluministas que definiram uma arena de fermentação de ideais arrojados, apontando para um futuro glorioso no qual o homem assumiria o comando de si mesmo, aprendendo a valorizar a liberdade de pensar, falar e agir.


O do século dezoito que apresentou o início de uma nova era, propriamente dita. 


O homem foi sacudido pelo vendaval das mudanças ocorridas nos diferentes campos do saber humano. 


Discutiu-se muito, surgiram as ciências diversificadas tanto na área das relações humanas como nas voltadas para o estudo das conexões nervosas, com o objetivo de melhor compreender a mente. 


A religião, anteriormente abalada em seus fundamentos, encontrava-se oscilante, de um lado, entre católicos fielmente vinculados aos ditames da igreja de Roma ou aos renovadores da contra reforma protestante,os jesuítas,e de outro, aos adeptos da igreja Reformada que, então, se auto intitulavam reformadores.


O Cristo era, então, o centro para onde convergiam todas as discussões, os debates, as disputas e as intrigas. 


Homens de fé, teólogos respeitáveis, ou simples sacerdotes eram tomados por um frenesi, uma agitação febril, muitas vezes doentio, sempre com o intuito de demonstrar a grandeza e a superioridade das interpretações teologais.


Entre estes, poucos se deixavam manter-se no silêncio e na oração, buscando Jesus no íntimo do ser. 


Angustiados, vezes sem conta se viam jogados de um lado para outro, como frágil barco na tempestade.


O século seguinte, o dezenove, nasceu desse caldo de idéias revolucionárias. 


Muitas rebeliões e revoluções surgiram, em conseqüência, no velho continente europeu para ao final, delinear e organizar as nações do mundo atual. 


O século dezenove, século das revoluções liberais passou à história como uma época de construção civil, política, sobretudo religiosa.


Foi quando Jesus saiu dos altares e dos púlpitos, reuniu seus servos fieis e estabeleceu que era chegado o momento de materializar o Consolador, por Ele prometido, no mundo das formas. 


A Humanidade encontrava-se mais lúcida, já detinha valores morais e conhecimentos suficientes para começar a exercitar a lei de amor, explicitada no seu Evangelho de luz e amor.


Sob os sons vibrantes de novas clarinadas, uma etérea e argêntea luz espalhou-se pelo Planeta, e, um exército de servidores, constituídos por soldados devotados e compromissados com o Bem Maior, organizou-se uma invasão em todos os recantos, convidando a Humanidade para receber o Cristo no coração, servindo ao próximo, amando e protegendo-o.


Médiuns surgiram aos borbotões para trazer à Terra a mensagem Sublime do Céu.


Em l8 de abril de 1859 um coro de Espíritos peregrinos, uniram-se em cântico celestial para fazer o mundo conhecer o Livro dos Espíritos. 


Livro imortal, gravado no infinito com chispas de luzes do coração amoroso do Senhor.


A Verdade chegou por meio do zelo, cuidado, amor e muito senso de responsabilidade do Sr. Hippolite Leon Denizard Rivail que, sob o impacto da luz e do amor de Jesus abstraiu-se de si mesmo, livrando-se daquela personalidade de mestre lionês para se converter no humilde servidor, denominado Allan Kardec.


O Livro dos Espíritos foi forjado, assim, nas oficinas divinas e continua representando o legado espiritual do Cristo para Humanidade.



Cairbar Schutel.



Mensagem psicográfica recebida no dia 16.04.15, na FEB, por Marta Antunes.







sexta-feira, 17 de abril de 2015

Ação da Amizade - Joanna de Ângelis







Ação da Amizade


Joanna de Ângelis




A amizade é o sentimento que imanta as almas unas às outras, gerando alegria e bem-estar.


A amizade é suave expressão do ser humano que necessita intercambiar as forças da emoção sob os estímulos do entendimento fraternal. Inspiradora de coragem e de abnegação.




A amizade enfloresce as almas, abençoando-as com resistências para as lutas.




Há, no mundo moderno, muita falta de amizade!




O egoísmo afasta as pessoas e as isola.




A amizade as aproxima e irmana.




O medo agride as almas e infelicita.




A amizade apazigua e alegra os indivíduos.




A desconfiança desarmoniza as vidas e a amizade equilibra as mentes, dulcificando os corações.




Na área dos amores de profundidade, a presença da amizade é fundamental.




Ela nasce de uma expressão de simpatia, e firma-se com as raízes do afeto seguro, fincadas nas terras da alma.




Quando outras emoções se estiolam no vaivém dos choques, a amizade perdura, companheira devotada dos homens que se estimam.




Se a amizade fugisse da Terra, a vida espiritual dos seres se esfacelaria.




Ela é meiga e paciente, vigilante e ativa.




Discreta, apaga-se, para que brilhe aquele a quem se afeiçoa.




Sustenta na fraqueza e liberta nos momentos de dor.




A amizade é fácil de ser vitalizada.




Cultivá-la, constitui um dever de todo aquele que pensa e aspira, porquanto, ninguém logra êxito, se avança com aridez na alam ou indiferente ao elevo da sua fluidez.




Quando os impulsos sexuais do amor, nos nubentes, passam, a amizade fica.




Quando a desilusão apaga o fogo dos desejos nos grandes romances, se existe amizade, não se rompem os liames da união.




A amizade de Jesus pelos discípulos e pelas multidões dá-nos, até hoje, a dimensão do que é o amor na sua essência mais pura, demonstrando que ela é o passo inicial para essa conquista superior que é meta de todas as vidas e mandamento maior da Lei Divina.








FRANCO, Divaldo Pereira pelo Espírito Joanna de Ângelis. Momentos de Esperança . Salvador, BA: LEAL. Cap. 9.


terça-feira, 14 de abril de 2015

Retornou à Pátria Espiritual Oswaldo Pizzi






Retornou à Pátria Espiritual Oswaldo Pizzi


No último dia 11 de abril,  retornou à Pátria Espiritual o nosso tão estimado companheiro de ideal espírita Oswaldo Pizzi, em um final de semana marcado por um evento espírita tão significativo para o Movimento Espírita de Petrópolis “ A Praça Florida de Livros”.


Há décadas ocupou diferentes cargos na nossa tão querida União Espírita Allan Kardec , presidindo a instituição , como membro da diretoria, como expositor , como dirigente de reunião mediúnica, médium passista e outros.


No último ano,  dentro das suas possibilidades e a saúde física permitia , comparecia às reuniões, sempre em companhia de sua esposa Helcy dos Santos Pizzi, sua fiel companheira de caminhada.


 O dinamismo e entusiasmo pautaram suas ações, sempre no desejo de realizar algo melhor em benefício da Doutrina Espírita e da nossa querida UEAK.


Sua característica era o sorriso largo, o abraço apertado, exteriorizando energias benfazejas vindas do grande coração.


Por sua experiência, conhecimento, ativa dedicação e fidelidade aos postulados espíritas,  Oswaldo Pizzi contribuiu de forma inestimável para a causa espírita.


Que as bênçãos de Jesus e dos Amigos Espirituais o envolvam, neste momento de transição, para que seu despertar no Plano Espiritual seja sereno,  assim como à sua tão querida esposa e trabalhadora espírita Helcy dos Santos Pizzi e aos demais familiares.


Queremos deixar aqui registrado a nossa gratidão pelo período de convivência, no reconhecimento de uma vida voltada à Doutrina Espírita e ao bem comum.


Siga em paz, querido amigo! Leve o nosso carinho e agradecimento pelo privilégio de podermos dispor da sua amizade.

A História da Águia - Autor Desconhecido






A História da Águia



A águia é a ave que possui maior longevidade da espécie. 


Chega a viver setenta anos.


Mas para chegar a essa idade, aos quarenta anos ela tem que tomar uma séria e difícil decisão. 


Aos quarenta ela está com as unhas compridas e flexíveis, não consegue mais agarrar suas presas das quais se alimenta. 


O bico alongado e pontiagudo se curva. 


Apontando contra o peito estão as asas, envelhecidas e pesadas em função da grossura das penas, e voar já é tão difícil!


Então a águia só tem duas alternativas: Morrer, ou enfrentar um dolorido processo de renovação que irá durar cento e cinquenta dias.


Esse processo consiste em voar para o alto de uma montanha e se recolher em um ninho próximo a um paredão onde ela não necessite voar. 


Então, após encontrar esse lugar, a águia começa a bater com o bico em uma parede até conseguir arrancá-lo.


Após arrancá-lo, espera nascer um novo bico, com o qual vai depois arrancar suas unhas. 


Quando as novas unhas começam a nascer, ela passa a arrancar as velhas penas. 


E só cinco meses depois sai o formoso vôo de renovação e para viver então mais trinta anos.


Em nossa vida, muitas vezes, temos de nos resguardar por algum tempo e começar um processo de renovação. 


Para que continuemos a voar um vôo de vitória, devemos nos desprender de lembranças, costumes, velhos hábitos que nos causam dor.


Somente livres do peso do passado, poderemos aproveitar o resultado valioso que a renovação sempre nos traz.



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Considerações


Este texto deve ser lido como uma fábula e  não como fonte de informação científica, tendo em vista que segundo alguns ornitólogos, o processo de automutilação é raro, ocorrendo apenas em casos de aves que são levadas ao cativeiro e também devido ao stress excessivo, que quando não devidamente tratado, poderá levá-las a morte .

*

Não podemos desconsiderar os ensinamentos contidos na tão conhecida fábula de Esopo  “A cigarra e a formiga”,   que embalou nossos sonhos infantis e persistem até hoje em nossa memória.

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A história de renovação da águia é uma lenda, mas seu símbolo tornou-se referência e suas histórias são utilizadas em RH, é símbolo dos USA, entre outras analogias. 

*

Somos seres humanos racionais, porém capazes de alçar vôos cada vez mais altos, vencer desafios, renovar, quebrar paradigmas…

*

“A Águia com seu perfil austero, olhar focado para frente, sem deixar de ver o que está ao seu lado, atinge sempre seus objetivos e metas”.










Um lindo vídeo motivacional para permear nossos dias em busca da vitória sobre nossas limitações, em busca do nosso crescimento espiritual.


Que possamos  deixar a nossa águia íntima nascer a cada dia ...