Auxiliar espontaneamente é
refletir a Vida Divina por intermédio da vida de nosso “eu”, que se dilata e
engrandece, à proporção que nos desdobramos no impulso de auxiliar.
A Eterna Providência é o
reservatório do Amor Infinito, em doação permanente, solicitando canais de
expressão que o distribuam, aos quais provê com matemática precisão.
É necessário, porém, estejamos de
atalaia no celeiro de nós mesmos, a fim de que não impeçamos o eterno dar-se de
Nosso Pai, dando incessantemente dos bens de que Ele nos enriquece.
Quem observa os princípios da
eletricidade não ignora que o fluxo constante da força, para a consecução dos
benefícios que ela produz, reclama um circuito completo.
Se não houvesse pólos positivos e
negativos, não disporíamos do favor da luz e do movimento.
Quem conhece igualmente o
manancial sabe que a água, para manter-se pura, exige escoadouro.
Toda obstrução, por isso mesmo,
significa inércia e enfermidade.
A lei do auxílio permite a
solicitação, mas determina a expansão para que a ajuda não desajude.
O sangue que não circula gera a
necrose que traduz cadaverização dentro do corpo vivo.
O homem que saiba governar muitos
bens reunidos, construindo com eles a base do trabalho e da educação de muitos,
é qual represa em lide, no campo social, missionário do progresso que as leis
da vida nutrem de esperança e saúde, segurança e alegria; ao passo que o
detentor de numerosos bens, sem qualquer serventia para a comunidade, é um
sorvedouro em sombra à margem do caminho, usurário infeliz que as mesmas leis
da vida cercam de angústia e medo, solidão e secura.
O amparo que recolhemos
corresponde ao amparo que dispensamos.
E o amparo que dispensamos está
invariavelmente seguido de vastos acréscimos potenciais para a hipótese de nos
fazermos mais úteis.
Lembremo-nos de que refletir as
bênçãos de Deus no socorro espontâneo ao próximo, sem o tambor da vaidade a
estimular-nos o exclusivismo, é atrair os reflexos de Deus para aqueles que nos
cercam e que, igualmente em silêncio, se deslocam ao nosso encontro,
prestando-nos assistência efetiva.
Ajudar com o sentimento, com a
idéia, com a palavra e com a ação, ajudar a todos e melhorar sempre é invocar,
em nosso favor, o apoio integral da vida.
Não nos esqueçamos, pois, de que
o auxilio que prestamos às criaturas, sem exigência e sem paga, é a nossa
rogativa silenciosa ao Socorro Divino, que nos responde, invariável, com a luz
da cooperação e do suprimento.
XAVIER, Francisco Cândido pelo
Espírito Emmanuel. Pensamento e Vida, cap.23, p.40.
Quando fugimos ao dever, precipitamo-nos no sentimento de
culpa, do qual se origina o remorso, com múltiplas manifestações, impondo-nos
brechas de sombra aos tecidos sutis da alma.
E o arrependimento, incessantemente fortalecido pelos
reflexos de nossa lembrança amarga, transforma-se num abcesso mental,
envenenando-nos, pouco a pouco, e expelindo, em torno, a corrente miasmática de
nossa vida íntima, intoxicando o hausto espiritual de quem nos desfruta o
convívio.
A feição do ímã, que possui campo magnético específico, toda
criatura traz consigo o halo ou aura de forças criativas ou destrutivas que lhe
marca a índole, no feixe de raios invisíveis que arroja de si mesma.
É por esse halo que estabelecemos as nossas ligações de
natureza invisível nos domínios da afinidade.
Operando a onda mental em regime de circuito, por ela
incorporamos, quando moralmente desalentados, os princípios corrosivos que
emanam de todas as Inteligências, encarnadas ou desencarnadas, que se entrosem
conosco no âmbito de nossa atividade e influência.
Projetando as energias dilacerantes de nosso próprio
desgosto, ante a culpa que adquirimos, quase sempre somos subitamente visitados
por silenciosa argumentação interior que nos converte o pesar, inicialmente alimentado
contra nós mesmos, em mágoa e irritação contra os outros.
É que os reflexos de nossa defecção, a torvelinharem junto
de nós, assimilam, de imediato, as indisposições alheias, carreando para a
acústica de nossa alma todas as mensagens inarticuladas de revolta e desânimo,
angústia e desespero que vagueiam na atmosfera psíquica em que respiramos,
metamorfoseando- nos em autênticos rebelados sociais, famintos de insulamento
ou de escândalo, nos quais possamos dar pasto à imaginação virulada pelas
mórbidas sensações de nossas próprias culpas.
É nesse estado negativo que, martelados pelas vibrações de
sentimentos e pensamentos doentios, atingimos o desequilíbrio parcial ou total
da harmonia orgânica, enredando corpo e alma nas teias da enfermidade, com a
mais complicada diagnose da patologia clássica.
A noção de culpa, com todo o séquito das perturbações que
lhe são consequentes, agirá com os seus reflexos incessantes sobre a região do
corpo ou da alma que corresponda ao tema do remorso de que sejamos portadores.
Toda deserção do dever a cumprir traz consigo o
arrependimento que, alentado no espírito, se faz acompanhar de resultantes
atrozes, exigindo, por vezes, demoradas existências de reaprendizado e
restauração.
Cair em culpa demanda, por isso mesmo, humildade viva para o
reajustamento tão imediato quanto possível de nosso equilíbrio vibratório, se não
desejamos o ingresso inquietante na escola das longas reparações.
É por essa razão que Jesus, não apenas como Mestre Divino
mas também como Sábio Médico, nos aconselhou a reconciliação com os nossos adversários,
enquanto nos achamos a caminho com eles, ensinando-nos a encontrar a verdadeira
felicidade sobre o alicerce do amor puro e do perdão sem limites.
XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Emmanuel. Pensamento
e Vida, cap.22, p.39.
O hábito é uma esteira de reflexos
mentais acumulados, operando constante indução à rotina.
Herdeiros de milênios, gastos na
recapitulação de muitas experiências análogas entre si, vivemos, até agora,
quase que à maneira de embarcações ao gosto da correnteza, no rio de hábitos
aos quais nos ajustamos sem resistência.
Com naturais exceções, todos adquirimos
o costume de consumir os pensamentos alheios pela reflexão automática, e, em
razão disto, exageramos as nossas necessidades, apartando-nos da simplicidade
com que nos seria fácil erguer uma vida melhor, e formamos em torno delas todo
um sistema defensivo à base de crueldade, com o qual ferimos o próximo,
dilacerando consequentemente a nós mesmos.
Estruturamos, assim, complicado
mecanismo de cautela e desconfiança, para além da justa preservação, retendo,
apaixonadamente, o instinto da posse e, com o instinto da posse, criamos os
reflexos do egoísmo e do orgulho, da vaidade e do medo, com que tentamos inutilmente
fugir às Leis Divinas, caminhando, na maioria das circunstâncias, como
operários distraídos e infiéis que desertassem da máquina preciosa em que devem
servir gloriosamente, para cair, sufocados ou inquietos, nas engrenagens que
lhes são próprias.
Nesse círculo vicioso, vive a
criatura humana, de modo geral, sob o domínio da ignorância acalentada, procurando
enganar-se depois do berço, para desenganar-se depois do túmulo, aprisionada no
binômio ilusão-desilusão, com que despende longos séculos, começando e
recomeçando a senda em que lhe cabe avançar.
Não será lícito, porém, de modo
algum, desprezar a rotina construtiva.
É por ela que o ser se levanta no
seio do espaço e do tempo, conquistando os recursos que lhe enobrecem a vida.
A evolução, contudo, impõe a
instituição de novos costumes, a fim de que nos desvencilhemos das fórmulas
inferiores, em marcha para ciclos mais altos de existência.
É por esse motivo que vemos no
Cristo — divino marco da renovação humana —todo um programa de transformações
viscerais do espírito.
Sem violência de qualquer
natureza, altera os padrões da moda moral em que a Terra vivia há numerosos
milênios.
Contra o uso da condenação metódica, oferece a prática do perdão.
A tradição de raça opõe o
fundamento da fraternidade legítima.
No abandono à tristeza e ao
desânimo, nas horas difíceis, traz a noção das bem-aventuranças eternas para os
aflitos que sabem esperar e para os justos que sabem sofrer.
Toda a passagem do Senhor, entre
os homens, desde a Manjedoura, que estabelece o hábito da simplicidade, até a
Cruz afrontosa que cria o hábito da serenidade e da paciência, com a certeza da
ressurreição para a vida eterna, o apostolado de Jesus é resplendente conjunto
de reflexos do caminho celestial para a redenção do caminho humano.
Até agora, no mundo, a nossa
justiça cheira a vingança e o nosso amor sabe a egoísmo, pelo reflexo
condicionado de nossas atitudes irrefletidas nos milênios que nos precedem o
“hoje”.
Não podemos desconhecer, todavia,
que somente adotando a bondade e o entendimento, com a obrigação de educar-nos e
com o dever de servir, como hábitos automáticos nos alicerces de cada dia,
colaborando para a segurança e felicidade de todos, ainda mesmo à custa de
nosso sacrifício, é que refletiremos em nós a verdadeira felicidade, por estarmos
nutrindo o verdadeiro bem.
XAVIER, Francisco Cândido pelo
Espírito Emmanuel. Pensamento e Vida, cap.20, p.35-36.
A sociedade humana pode ser comparada a imensa floresta de
criações mentais, onde cada espírito, em processo de evolução e acrisolamento, encontra
os reflexos de si mesmo.
Aí dentro os princípios de ação e reação funcionam exatos.
As pátrias, grandes matrizes do progresso, constituem
notáveis fulcros da civilização ou expressivos redutos de trabalho, em que
vastos grupos de almas se demoram no serviço de auto-educação, mediante o
serviço à comunidade, emigrando, muita vez, de um país para outro, conforme se
lhes faça precisa essa ou aquela aquisição nas linhas da experiência.
O lar coletivo, definindo afinidades raciais e interesses do
clã, é o conjunto das emoções e dos pensamentos daqueles que o povoam.
Entre as fronteiras vibratórias que o definem, por
intermédio dos breves aprendizados “berço túmulo”, que denominamos existências
terrestres, transfere-se a alma de posição a posição, conforme os reflexos que
haja lançado de si mesma e conforme aqueles que haja assimilado do ambiente em
que estagiou.
Atingida a época de aferição dos próprios valores, quando a
morte física determina a extinção da força vital corpórea, emprestada ao
espírito para a sua excursão de desenvolvimento e serviço, reajuste ou
elevação, na esfera da carne, colhemos os resultados de nossa conduta e, bastas
vezes, é preciso recomeçar o trabalho para regenerar atitudes e purificar
sentimentos, na reconstrução de nossos destinos.
Dessa forma, os corações que hoje oprimem o próximo, a se
prevalecerem da galeria social em que se acastelam, na ilusória supremacia do
ouro, voltam amanhã ao terreno torturado da carência e do infortúnio,
recolhendo, em impactos diretos, os raios de sofrimento que semearam no solo
das necessidades alheias.
E se as vitimas e os verdugos não souberem exercer largamente
o perdão recíproco, encontramos no mundo social verdadeiro círculo vicioso em
que se entrechocam, constantemente, as ondas da vingança e do ódio, da
dissensão e do crime, assegurando clima favorável aos processos da
delinquência.
Sociedades que ontem escravizaram o braço humano são hoje
obrigadas a afagar, por filhos do próprio seio, aqueles que elas furtaram à
terra em que se lhes situava o degrau evolutivo. Hordas invasoras que talam os
campos de povos humildes e inermes, neles renascem como rebentos do chão
conquistado, garantindo o refazimento das instituições que feriram ou
depredaram.
Agrupamentos separatistas, que humilham irmãos de cor,
voltam na pigmentação que detestam, arrecadando a compensação das próprias
obras.
Citadinos aristocratas, insensíveis aos problemas da classe
obscura, depois de respirarem o conforto de avenidas suntuosas costumam
renascer em bairros atormentados e anônimos, bebendo no cálix do pauperismo os
reflexos da crueldade risonha com que assistiram, noutro tempo, à dor e à
dificuldade dos filhos do sofrimento.
Em todas as épocas, a sociedade humana é o filtro gigantesco
do espírito, em que as almas, nos fios da experiência, na abastança ou na
miséria, na direção ou na subalternidade, colhem os frutos da plantação que
lhes é própria, retardando o passo na planície vulgar ou acelerando-o para os
cimos da vida, em obediência aos ditames da evolução.
XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Emmanuel. Pensamento
e Vida, cap.18, p.32.
Prosperidade na Terra quer dizer fortuna, felicidade.
Grande parte das criaturas, almejando-lhe a posse, pleiteia
relevo, autoridade, domínio...
Gastam-se largos patrimônios da existência para
conquistar-lhe o prestigio e não falta quem surja no prélio estudando as forças
ocultas para incorporar-lhe o bafejo.
Milhões dos homens de hoje vivem à cata de ouro e
predominância, com o mesmo empenho com que antigamente, em aprendizados mais
simples, se entregavam aos misteres primitivos de caça e pesca.
E que, na procura desse ou daquele valor da vida,
mobilizamos a energia mental, constituída à base de nossas emoções e desejos.
O espelho do coração, constantemente focado no rumo dos
objetos e situações que buscamos, traz-nos à rota os elementos que nos ocupam a
alma.
Não esqueçamos, todavia, que, na laboriosa jornada para a
Glória Divina, nos confundimos sempre com aquilo que nos possui a atenção,
demorando-nos nesse ou naquele setor de luta, conforme a extensão e duração de
nossos propósitos.
Como no filme cinematográfico, em que a história narrada é
feita pelos quadros que se sucedem, ininterruptos, a experiência que nos é
peculiar, nessa ou naquela fase da vida, constitui-se dos reflexos repetidos de
nossos sentimentos, gerando ideias contínuas que acabam plasmando os temas de nossa
luta, aos quais se nos associa a mente, identificando-se, de modo quase absoluto,
com as criações dela mesma, à maneira da tartaruga que na carapaça, formada por
ela própria, se isola e refugia.
Em razão disso, o conceito de prosperidade no mundo é sempre
discutível, porquanto nem todos sabem possuir, elevar-se ou comandar com
proveito para os sagrados objetivos da Criação.
Muita gente, pela reflexão mental incessante em torno dos
recursos amoedados, progride em títulos materiais; entretanto, se os não
converte em fatores de enriquecimento geral, cava abismos dourados nos quais se
submerge, gastando longo tempo para libertar-se do azinhavre da usura.
Legiões de pessoas no século ferem o solo da vida, com
anseios repetidos de saliência individual, e adquirem vasto renome na ciência e
na religião, nas letras e nas artes; contudo, se não movimentam as suas
conquistas no amparo e na educação dos companheiros da senda humana, quase
sempre, muito embora fulgurem nas galerias da genialidade, sofrem o retorno das
ondas mentais de extravagância que emitem, caindo em perigosos labirintos de purgação.
Há, por isso, muita prosperidade aparente, mais deplorável
que a miséria material em si mesma, porque a mesa vazia e o fogão sem lume
podem ser caminhos de louvável reparação, enquanto o banquete opíparo e a bolsa
farta, em muitas ocasiões, apenas significam avenidas de licença que correm
para o despenhadeiro da culpa, de onde só conseguiremos sair ao preço de longos
estágios na perturbação e na sombra.
Muitos religiosos perguntam por que motivo protegeria Deus o
progresso material dos ímpios.
Em verdade, porém, semelhante fortuna não
existe, de vez que a prosperidade, ausente da reta conduta, não passa de
apropriação indébita e é como roupa brilhante cobrindo chagas ocultas, que
exigem a formação de reflexos contrários aos enganos que as originaram, a fim
de que a prosperidade legítima, a expressar-se em serviço e cultura, amor e
retidão, confira ao espírito o reflexo dominante da luz.
XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Emmanuel. Pensamento
e Vida, cap.19, p.33-34.
A vocação é a soma dos reflexos da experiência que trazemos
de outras vidas.
É natural que muitas vezes sejamos iniciantes, nesse ou
naquele setor de serviço, diante da evolução das técnicas de trabalho que
sempre nos reclamam novas modalidades de ação; todavia, comumente, retomamos no
berço a senda que já perlustramos, seja para a continuação de uma
obra deter minada, seja para corrigir nossos próprios caminhos.
De qualquer modo, o titulo profissional, em todas as
ocasiões, é carta de crédito para a criação de reflexos que nos enobreçam.
O administrador, o juiz, o professor, o médico, o artista, o
marinheiro, o operário e o lavrador estão perfeitamente figurados naquela
parábola dos talentos de que se valeu o Divino Mestre para convidar-nos
ao exame das responsabilidades próprias perante os empréstimos da Bondade
Infinita.
Cada espírito recebe, no plano em que se encontra, certa
quota de recursos para honrar a Obra Divina e engrandecê-la.
Acontece, porém, que, na maioria das circunstâncias, nos
apropriamos indebitamente das concessões do Senhor, usando-as no jogo
infeliz de nossas paixões desgovernadas, no aloucado propósito de nos
ante-pormos ao próprio Deus.
Daí a colheita dos reflexos amargos de nossa conduta, quando
se nos desgasta o corpo terrestre, com o doloroso constrangimento
do regresso às dificuldades do recomeço, em que o instituto da reencarnação
funciona com valores exatos.
E como cada região profissional abrange variadas linhas de
atividade, o juiz que criou reflexos de crueldade, perseguindo inocentes,
costuma voltar ao mesmo tribunal, onde exercera as suas luzidas funções, com
as lágrimas de réu condenado injustamente, para sofrer no próprio espírito
e na própria carne as flagelações que impôs, noutro tempo, a vítimas indefesas.
O médico que abusou das possibilidades que lhe foram entregues, retorna
ao hospital que espezinhou, como apagado enfermeiro, defrontado por ásperos
sacrifícios, a fim de ganhar o pão.
O grande agricultor que dilapidou as
energias dos cooperadores humildes que o Céu lhe concedeu, para os
serviços do campo, vem, de novo, à gleba que explorou com vileza de sentimento,
na condição de pobre lidador, padecendo o sistema de luta em que prendeu
moralmente as esperanças dos outros.
Artistas eméritos, que transformaram
a inteligência em trilho de acesso a desregramentos inconfessáveis, reaparecem
como anônimos companheiros do pincel ou da ribalta, debaixo de inibições
por muito tempo insolúveis, à feição de habilidosos trabalhadores de última
classe.
Mulheres dignificadas por nomes distintos, confiadas ao vicio e à
dissipação, com esquecimento dos mais altos deveres que lhes marcam a rota,
freqüentemente voltam aos lares que deslustraram, na categoria de ínfimas
servidoras, aprendendo duramente a reconquistar os títulos veneráveis de
esposa e mãe...
E, comumente, de retorno suportam preterição e hostilidade,
embaraços e desgostos, por onde passem, experimentando sublimes
aspirações e frustrações amargosas, porquanto é da Lei venhamos a colher
os reflexos de
nossas próprias ações, implantados no ânimo alheio,
retificando em nós mesmos o manancial da emoção e da ideia, para que nos
ajustemos à corrente do bem, que parte de Deus e percorre todo o Universo para
voltar a Deus.
XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Emmanuel. Pensamento
e Vida, cap.16, p.29-30.
A saúde é assim como a posição de uma residência que
denuncia as condições do morador, ou de um instrumento que reproduz em
si o zelo ou a desídia das mãos que o manejam.
A falta cometida opera em nossa mente um estado de
perturbação, ao qual não se reúnem simplesmente as forças desvairadas de
nosso arrependimento, mas também as ondas de pesar e acusação da
vítima e de quantos se lhe associam ao sentimento, instaurando
desarmonias de vastas proporções nos centros da alma, a percutirem sobre a nossa
própria instrumentação.
A cólera e o desespero, a crueldade e a intemperança criam
zonas mórbidas de natureza particular no cosmo orgânico, impondo
às células a distonia pela qual se anulam quase todos os recursos de
defesa, abrindo-se leira fértil à cultura de micróbios patogênicos nos órgãos
menos habilitados à resistência.
É assim que, muitas vezes, a tuberculose e o câncer, a lepra
e a ulceração aparecem como fenômenos secundários, residindo a causa
primária no desequilíbrio dos reflexos da vida interior.
Todos os sintomas mentais depressivos influenciam as células
em estado de mitose, estabelecendo fatores de desagregação.
Por outro lado, importa reconhecer que o relaxamento da
nutrição constrange o corpo a pesados tributos de sofrimento.
Enquanto encarnados, é natural que as vidas infinitesimais
que nos constituem o veículo de existência retratem as substâncias
que ingerimos.
Nesse trabalho de permuta constante adquirimos imensa
quantidade de bactérias patogênicas que, em se instalando comodamente no
mundo celular, podem determinar moléstias infecciosas de variegados
caracteres, compelindo-nos a recolher, assim, de volta, os resultados de
nossa imprevidência.
Mas não é somente aí, no domínio das causas visíveis, que se
originam os processos patológicos multiformes.
Nossas emoções doentias mais profundas, quaisquer que sejam,
geram estados enfermiços.
Os reflexos dos sentimentos menos dignos que alimentamos
voltam-se sobre nós mesmos, depois de convertidos em ondas mentais,
tumultuando o serviço das células nervosas que, instaladas na pele, nas
vísceras, na medula e no tronco cerebral, desempenham as mais avançadas funções
técnicas;
acentue-se, ainda, que esses reflexos menos felizes, em se
derramando sobre o córtex encefálico, produzem alucinações que podem variar
da fobia oculta à loucura manifesta, pelas quais os reflexos daqueles
companheiros encarnados ou desencarnados, que se nos conjugam ao modo de proceder e
de ser, nos atingem com sugestões destruidoras, diretas ou indiretas,
conduzindo-nos a deploráveis fenômenos de alienação mental, na obsessão
comum, ainda mesmo quando no jogo das aparências possamos aparecer como
pessoas
espiritualmente sadias.
Não nos esqueçamos, assim, de que apenas o sentimento reto
pode esboçar o reto pensamento, sem os quais a alma adoece pela carência de equilíbrio interior, imprimindo no aparelho somático os
desvarios e as perturbações que lhe são consequentes.
XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Emmanuel. Pensamento
e Vida, cap.15, p.27-28.
Colônia Espiritual, cidade espiritual, comunidade espiritual
ou mundos transitórios é o lugar onde vivem os espíritos após a morte.
Existem
vários tipos de colônias espirituais, temos: Colônias correcionais, de estudo e
desenvolvimento das artes, socorristas, pesquisa no autoconhecimento e
científicas e várias outras.
Lá os espíritos trabalham, mandam mensagens
espirituais para as pessoas encarnadas, se recuperam, preparam-se para encarnar
novamente, além de muitas outras coisas.
O conhecimento da existência de cidades espirituais somente
foi aceito, entendido amplamente (na nossa era e na sociedade ocidental) a
partir dos gregos com a existência do Olimpo_ a morada dos deuses, local onde
seres espirituais viviam, moravam, trabalhavam, sonhavam e conspiravam.
Esta
ideia original e imperfeita foi depois melhorada por Sócrates e Platão.
Mais recentemente, outra ideia muito pálida foi trazida por
Allan Kardec nas respostas dos espíritos, onde se falou da existência de
“acampamentos espirituais”.
Há alguns anos, através de Chico Xavier, as noções mais
detalhadas da rotina das cidades espirituais vieram a ser conhecidas e
divulgadas.
Outras informações de grande importância foram vindo ao
conhecimento nos últimos 45 anos, não apenas das atividades locais destas
colônias-cidades, mas de todo o contexto planetário nesta transição de eras que
passamos.
Iniciou-se também um grande esforço da Grande Fraternidade Branca
junto aos novos servidores de Luz planetária e começaram a surgir uma imensa
literatura mundial sobre esta realidade.
A verdade é que milhares de colônias
existem em torno da Terra cada uma em determinada faixa de vibração.
**
Colônia Regeneração: Localizada nas proximidades de Goiânia
até Brasília, esta Comunidade trabalha com a recuperação de espíritos mutilados
no períspirito, além de proceder com atendimentos fluídico concentrados,
terapias, academias, tudo com o intuito de renovação interior.
*
Colônia Amigos da Dor: Encontra-se no norte de Minas e
extremo sul da Bahia, é uma das mais antigas colônias em terras brasileiras.
Realiza socorro a recém-desencarnados através de missas. Os espíritos
servidores dessa Colônia prestam atendimento em igrejas, santas casas de
misericórdia.
*
Colônia Redenção: Se situa no leste da Bahia em formato mais
ou menos triangular.
Sendo uma grande referência no mundo espiritual, criada na
época da escravatura, para receber espíritos de escravos movidos pela
vingança.
Esta Colônia realiza um grande
trabalho em laboratório fluídico por intermédio de seus socorristas na Terra.
Encontra-se lá um arquivo com as mais lindas histórias e exemplos de amor que o
mundo já viu, começando pela história de Jesus em cenas vivas.
*
Colônia Arco-Íris: localizada na região norte do Brasil,
indo de Porto Velho (RO) a Manaus (AM) em linha reta.
Seus servidores oferecem
grande amparo aos encarnados e são conhecidos como “filhos do arco-íris”.
*
Colônia Raios do Amanhecer: Localizada na parte central do
planeta, tendo maiores núcleos no Brasil, no norte do Amapá.
Seus diferentes
núcleos espalhados por vários países representam uma atividade diferente.
No
Brasil se parece com um grande parque infantil, pois é um mundo espiritual de
crianças.
*
Colônia Bom Retiro: Localiza-se no Paraná tendo um formato
de losango.
Além de dar socorro aos desencarnados, ela tem como principal
função dar a volta ao reequilíbrio do espírito.
*
Colônia Padre Chico: Situada no Triângulo Mineiro, é também
conhecida no mundo espiritual como Colônia das Margaridas.
É uma colônia muito
movimentada, pois nela tem espíritos abrigados para socorro e para trabalhar em
nome de Cristo.
*
Colônia da Praia: Fica no sudeste do Espírito Santo.
É
voltada para atividades espirituais que atuam na ecologia terrena, desenvolvem
estudo e mantém observação atuando no equilíbrio exercido pelo Oceano.
*
Colônia Nova Esperança: Localizada bem próximo de Palmelo
(GO), esta Colônia tem como função a catalogação de todos os espíritos que
entram, saem e que permanecem no planeta, que hoje em dia é de aproximadamente
30 bilhões de espíritos, aí vive Eurípedes Barsanulfo.
*
Colônia das Águas: Situa-se próxima à entrada do rio
Amazonas, sua especialidade é receber os desencarnados por problemas
circulatórios e que foram afetados no períspírito.
*
Colônia Morada do Sol: Encontrada na parte leste do Brasil e
se estendendo até o norte da Bahia, coordena equipes espalhadas pelo planeta,
os servidores levam amparo aos portadores de “doenças tropicais” encarnados.
*
Colônia das Flores: uma das maiores colônias espirituais,
ela inicia na parte centra de Santa Catarina indo até Goiás, tendo pontos no
Paraná e adentrando São Paulo. Especializada em socorro aos desencarnados
vítimas de câncer e que geralmente conservam esta impressão no períspírito.
*
Colônia Gramado: Está sobre o Rio Grande do Sul, com vários
núcleos de atendimento socorrista, como se fosse um conjunto de
cidades-satélite da Colônia.
Entre elas destacam-se as Colônias “Das
Orquídeas”, “Dos Girassóis”, “Do Guaíba” e “Estrela d´Alva”.
O conjunto de
todas elas recebe o nome de “Colônia Gramado”.
A Colônia desenvolve também um
trabalho específico – técnicas de estudo relacionadas com a “coluna vertebral”,
“coordenação motora das pernas e pés”.
Muitos dos profissionais dessa área
encarnados têm afinidades com esta colônia recebendo dela muita influência, em
especial os que fazem “cirurgias de hérnia de disco”, para se aprimorarem as
técnicas dessa enfermidade.
Cuidam também de serviços relacionados com
“paralisias”.
*
Colônia das Montanhas: Encontrada no noroeste de Minas
Gerais, próximo à divisa de Goiás. Adentrando o sudoeste entre a Serra Bonita
(MG) e a Serra da Capivara (BA) e a Serra dos Gaúchos (MG), envolve toda a área
do Parque Nacional Grande Sertão Veredas, onde envolve as águas dos rios
Urucaia e Pardo com seus afluentes.
*
Colônia Estudo e Vida: Fica no Mato Grosso do Sul e parte da
Bolívia. Tem por finalidade o estudo da vida.
Possibilita que todos os
espíritos tenham autoconhecimento para compreender próprios conflitos e
desencontros para qualquer assunto.
*
Colônia das Violetas: Situada entre Amazonas, Tocantins,
Paraná e Mato Grosso, está Colônia realiza técnicas voltadas para a cura de
enfermidades cardíacas.
*
Colônia do Sol Nascente: No sudoeste do estado de São Paulo,
esta Comunidade apresenta um setor de preparação do espírito para reencarnar,
aguardando um momento determinado por Deus.
*
Colônia do Abacateiro: Abrangendo os estados de Goiás e Mato
Grosso, esta Cidade Espiritual é toda cercada por abacateiros e desenvolve
técnicas e atendimentos renais, tanto no períspirito quanto no auxílio a todos
os processos de enfermidade renal.
*
Colônia do Rouxinol: Ao norte do Brasil, no Maranhão, a
Colônia passa uma profunda sensação de paz e ali ficam espíritos que
desencarnaram após longo período de enfermidade ou que tiveram morte súbita.
*
Colônia do Moscoso: Encontra-se na parte centro-leste do
Espírito Santo, esta Comunidade tem o formato de um retângulo e com
características orientais, fundada por Moscos (povos que habitavam o Mar Negro
e o Mar Cáspio).
A Colônia desenvolve técnicas que auxiliam o espírito a
desenvolver a autodescoberta, como essência divina.
*
Nosso Lar: Está
localizada acima do Rio de Janeiro, sobre uma extensa região (entre as cidades do Rio Janeiro e
Campos/Itaperuna), em faixa que pode ser
definida como a periferia do Umbral.
Tem a forma
de uma estrela de seis pontas. Para maiores informações, ler o livro Nosso Lar
(Chico Xavier) e assistir ao filme de mesmo nome.
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Alvorada Nova: possui atualmente mais de 250 mil habitantes e está localizada acima da cidade
de Santos-SP, onde vive Irmã Scheilla.
É
uma cidade espiritual criada há mais tempo que a maioria das colônias que
permeiam as zonas umbralinas desse Planeta.
Foi planejada há muitos séculos por
aqueles que, sendo os Engenheiros Construtores de Jesus, conhecem a Terra do
seu passado longínquo ao seu futuro distante.
O Brasil nem mesmo existia na
face do globo e “ALVORADA NOVA” já estava fixando seus alicerces através dos trabalhadores
de Cristo que sabiam da destinação do nosso país, em face da importância da sua
localização nas camadas vibratórias ao redor do Planeta.
Participaram no seu
crescimento as pessoas conhecidas na Terra pelos nomes de D.Pedro II e Gandhi.
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São Sebastião: sobre São Sebastião do Paraíso-MG
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Perseverança: sobre a Cidade de São Paulo
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Instituto de Confraternização Universal: localizada sobre a
grande São Paulo.
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Novos Horizontes: localizada sobre a Serra do Curral, em
Belo Horizonte, conforme o livro “Em Novos Horizontes”
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Porto da Paz: sobre a cidade de Recife em Pernambuco, foi
criada há mais de 200 anos por benfeitores de Jesus.
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Lar da Benção: destinada ao cuidado de espíritos de crianças
preparando-as para uma nova encarnação, é uma importante colônia educativa,
misto de escola de mães e domicílio dos pequeninos, que regressam da esfera
carnal, onde encontram apoio para se refazer.
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Casa Anália Franco: Possui imensos jardins nunca desertos,
pois as crianças recebem as lições em plena natureza.
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Colônia do Enlevo: esta colônia é um estado de consciência,
que plasma estruturas extra física em níveis diferentes de manifestação.
Os
seus prédios parecem cristais.Quem vive nessa colônia é detentor de passes
luminosos, com mestrado na Luz.
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Colônia Gordemonio: Habitada por espíritos transviados e
malfazejos na prática do vampirismo.
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Colônia Mansão da Paz: Notável escola de reajuste, situada
em regiões inferiores e dirigida pelo instrutor Druso.
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Colônia Socorrista Moradia: É uma das mais antigas, está
ligada a zona bem inferiores para atendimento à população do Umbral, assim
denominada a região espiritual habitada por espíritos trevosos.
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Fraternidade do Cálice: Dirigida por Maria Madalena, atende
hansenianos, criaturas desvalidas e mulheres sem família. O seu emblema é um
cálice estampado na túnica.
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Fraternidade do Coração: Um grupo de sete entidades, que,
juntamente com Eurípedes, está formando esse novo grupo fraternal.
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Fraternidade dos Essênios: Dirigida por Mestre Hilarion.
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Fraternidade dos Filhos do Sol: Possivelmente é o local onde
está Noel Rosa.
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Legiões do Reino: cidade dos espíritos angelicais, que vivem
no quarto plano, onde não há vibrações dolorosas, estão ligados aos planos mais
altos.
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Câmaras de Desnicotinização: Não é exatamente uma colônia, mas centros de tratamento
especializado para caos graves de contaminação por nicotina de recém
desencarnados e também para espíritos ex-fumantes que se encontram atualmente
no umbral.
Atualmente, existem apenas seis câmeras de desnicotinização, ao
longo de todo o planeta Terra, em média, uma câmara para cada continente.
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Além das mais conhecidas, existem outras pequenas colônias:
Colônia Espírita São Tarcísio,
Colônia Espiritual Maria do Nazareth (recolhe
suicidas),
Colônia Espírita Irmão Nóbrega,
Casa Dr. Bezerra de Menezes,
Casa
Transitória de Fabiano,
Cidade Alvorada Nova III, Colônia Capela,
Colônia Casa
do Saber,
Colônia da Música,
Colônia da Praia,
Colônia das Águas,
Colônias das
Violetas,
Colônia do Músicos,
Colônia Espiritual Aruanda,
Colônia Estudo e Vida,
Colônia Flor de Lis,
Colônia Grande Coração,
Colônia Morada do Sol,
Colônia Renascer,
Colônia São
Vicente de Paulo,
Colônia Sol Nascente,
Colônia Triângulo Rosa e
Cruz
Fraternidade dos Samaritanos.
Fonte
CEMARIA DE NAZARE. Disponível em http://www.ceamariadenazare.net/colonias-espirituais-sobre-o-brasil. Acesso: 11 OUT 2015.