quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Auxílio - Emmanuel




Auxílio

Emmanuel


Auxiliar espontaneamente é refletir a Vida Divina por intermédio da vida de nosso “eu”, que se dilata e engrandece, à proporção que nos desdobramos no impulso de auxiliar.


A Eterna Providência é o reservatório do Amor Infinito, em doação permanente, solicitando canais de expressão que o distribuam, aos quais provê com matemática precisão.


É necessário, porém, estejamos de atalaia no celeiro de nós mesmos, a fim de que não impeçamos o eterno dar-se de Nosso Pai, dando incessantemente dos bens de que Ele nos enriquece.


Quem observa os princípios da eletricidade não ignora que o fluxo constante da força, para a consecução dos benefícios que ela produz, reclama um circuito completo.


Se não houvesse pólos positivos e negativos, não disporíamos do favor da luz e do movimento.


Quem conhece igualmente o manancial sabe que a água, para manter-se pura, exige escoadouro.


Toda obstrução, por isso mesmo, significa inércia e enfermidade.


A lei do auxílio permite a solicitação, mas determina a expansão para que a ajuda não desajude.


O sangue que não circula gera a necrose que traduz cadaverização dentro do corpo vivo.


O homem que saiba governar muitos bens reunidos, construindo com eles a base do trabalho e da educação de muitos, é qual represa em lide, no campo social, missionário do progresso que as leis da vida nutrem de esperança e saúde, segurança e alegria; ao passo que o detentor de numerosos bens, sem qualquer serventia para a comunidade, é um sorvedouro em sombra à margem do caminho, usurário infeliz que as mesmas leis da vida cercam de angústia e medo, solidão e secura.


O amparo que recolhemos corresponde ao amparo que dispensamos.


E o amparo que dispensamos está invariavelmente seguido de vastos acréscimos potenciais para a hipótese de nos fazermos mais úteis.


Lembremo-nos de que refletir as bênçãos de Deus no socorro espontâneo ao próximo, sem o tambor da vaidade a estimular-nos o exclusivismo, é atrair os reflexos de Deus para aqueles que nos cercam e que, igualmente em silêncio, se deslocam ao nosso encontro, prestando-nos assistência efetiva.


Ajudar com o sentimento, com a idéia, com a palavra e com a ação, ajudar a todos e melhorar sempre é invocar, em nosso favor, o apoio integral da vida.


Não nos esqueçamos, pois, de que o auxilio que prestamos às criaturas, sem exigência e sem paga, é a nossa rogativa silenciosa ao Socorro Divino, que nos responde, invariável, com a luz da cooperação e do suprimento.





XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Emmanuel. Pensamento e Vida, cap.23, p.40.

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Culpa - Emmanuel





Culpa

Emmanuel


Quando fugimos ao dever, precipitamo-nos no sentimento de culpa, do qual se origina o remorso, com múltiplas manifestações, impondo-nos brechas de sombra aos tecidos sutis da alma.


E o arrependimento, incessantemente fortalecido pelos reflexos de nossa lembrança amarga, transforma-se num abcesso mental, envenenando-nos, pouco a pouco, e expelindo, em torno, a corrente miasmática de nossa vida íntima, intoxicando o hausto espiritual de quem nos desfruta o convívio.


A feição do ímã, que possui campo magnético específico, toda criatura traz consigo o halo ou aura de forças criativas ou destrutivas que lhe marca a índole, no feixe de raios invisíveis que arroja de si mesma.


É por esse halo que estabelecemos as nossas ligações de natureza invisível nos domínios da afinidade.


Operando a onda mental em regime de circuito, por ela incorporamos, quando moralmente desalentados, os princípios corrosivos que emanam de todas as Inteligências, encarnadas ou desencarnadas, que se entrosem conosco no âmbito de nossa atividade e influência.


Projetando as energias dilacerantes de nosso próprio desgosto, ante a culpa que adquirimos, quase sempre somos subitamente visitados por silenciosa argumentação interior que nos converte o pesar, inicialmente alimentado contra nós mesmos, em mágoa e irritação contra os outros.


É que os reflexos de nossa defecção, a torvelinharem junto de nós, assimilam, de imediato, as indisposições alheias, carreando para a acústica de nossa alma todas as mensagens inarticuladas de revolta e desânimo, angústia e desespero que vagueiam na atmosfera psíquica em que respiramos, metamorfoseando- nos em autênticos rebelados sociais, famintos de insulamento ou de escândalo, nos quais possamos dar pasto à imaginação virulada pelas mórbidas sensações de nossas próprias culpas.


É nesse estado negativo que, martelados pelas vibrações de sentimentos e pensamentos doentios, atingimos o desequilíbrio parcial ou total da harmonia orgânica, enredando corpo e alma nas teias da enfermidade, com a mais complicada diagnose da patologia clássica.


A noção de culpa, com todo o séquito das perturbações que lhe são consequentes, agirá com os seus reflexos incessantes sobre a região do corpo ou da alma que corresponda ao tema do remorso de que sejamos portadores.


Toda deserção do dever a cumprir traz consigo o arrependimento que, alentado no espírito, se faz acompanhar de resultantes atrozes, exigindo, por vezes, demoradas existências de reaprendizado e restauração.


Cair em culpa demanda, por isso mesmo, humildade viva para o reajustamento tão imediato quanto possível de nosso equilíbrio vibratório, se não desejamos o ingresso inquietante na escola das longas reparações.


É por essa razão que Jesus, não apenas como Mestre Divino mas também como Sábio Médico, nos aconselhou a reconciliação com os nossos adversários, enquanto nos achamos a caminho com eles, ensinando-nos a encontrar a verdadeira felicidade sobre o alicerce do amor puro e do perdão sem limites.



XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Emmanuel. Pensamento e Vida, cap.22, p.39.

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Hábito - Emmanuel





Hábito

Emmanuel


O hábito é uma esteira de reflexos mentais acumulados, operando constante indução à rotina.


Herdeiros de milênios, gastos na recapitulação de muitas experiências análogas entre si, vivemos, até agora, quase que à maneira de embarcações ao gosto da correnteza, no rio de hábitos aos quais nos ajustamos sem resistência.


Com naturais exceções, todos adquirimos o costume de consumir os pensamentos alheios pela reflexão automática, e, em razão disto, exageramos as nossas necessidades, apartando-nos da simplicidade com que nos seria fácil erguer uma vida melhor, e formamos em torno delas todo um sistema defensivo à base de crueldade, com o qual ferimos o próximo, dilacerando consequentemente a nós mesmos.


Estruturamos, assim, complicado mecanismo de cautela e desconfiança, para além da justa preservação, retendo, apaixonadamente, o instinto da posse e, com o instinto da posse, criamos os reflexos do egoísmo e do orgulho, da vaidade e do medo, com que tentamos inutilmente fugir às Leis Divinas, caminhando, na maioria das circunstâncias, como operários distraídos e infiéis que desertassem da máquina preciosa em que devem servir gloriosamente, para cair, sufocados ou inquietos, nas engrenagens que lhes são próprias.


Nesse círculo vicioso, vive a criatura humana, de modo geral, sob o domínio da ignorância acalentada, procurando enganar-se depois do berço, para desenganar-se depois do túmulo, aprisionada no binômio ilusão-desilusão, com que despende longos séculos, começando e recomeçando a senda em que lhe cabe avançar.


Não será lícito, porém, de modo algum, desprezar a rotina construtiva.


É por ela que o ser se levanta no seio do espaço e do tempo, conquistando os recursos que lhe enobrecem a vida.


A evolução, contudo, impõe a instituição de novos costumes, a fim de que nos desvencilhemos das fórmulas inferiores, em marcha para ciclos mais altos de existência.


É por esse motivo que vemos no Cristo — divino marco da renovação humana —todo um programa de transformações viscerais do espírito.


Sem violência de qualquer natureza, altera os padrões da moda moral em que a Terra vivia há numerosos milênios. 


Contra o uso da condenação metódica, oferece a prática do perdão.


A tradição de raça opõe o fundamento da fraternidade legítima.


No abandono à tristeza e ao desânimo, nas horas difíceis, traz a noção das bem-aventuranças eternas para os aflitos que sabem esperar e para os justos que sabem sofrer.


Toda a passagem do Senhor, entre os homens, desde a Manjedoura, que estabelece o hábito da simplicidade, até a Cruz afrontosa que cria o hábito da serenidade e da paciência, com a certeza da ressurreição para a vida eterna, o apostolado de Jesus é resplendente conjunto de reflexos do caminho celestial para a redenção do caminho humano.


Até agora, no mundo, a nossa justiça cheira a vingança e o nosso amor sabe a egoísmo, pelo reflexo condicionado de nossas atitudes irrefletidas nos milênios que nos precedem o “hoje”.


Não podemos desconhecer, todavia, que somente adotando a bondade e o entendimento, com a obrigação de educar-nos e com o dever de servir, como hábitos automáticos nos alicerces de cada dia, colaborando para a segurança e felicidade de todos, ainda mesmo à custa de nosso sacrifício, é que refletiremos em nós a verdadeira felicidade, por estarmos nutrindo o verdadeiro bem.




XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Emmanuel. Pensamento e Vida, cap.20, p.35-36.

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Sociedade - Emmanuel







Sociedade

Emmanuel


A sociedade humana pode ser comparada a imensa floresta de criações mentais, onde cada espírito, em processo de evolução e acrisolamento, encontra os reflexos de si mesmo.


Aí dentro os princípios de ação e reação funcionam exatos.


As pátrias, grandes matrizes do progresso, constituem notáveis fulcros da civilização ou expressivos redutos de trabalho, em que vastos grupos de almas se demoram no serviço de auto-educação, mediante o serviço à comunidade, emigrando, muita vez, de um país para outro, conforme se lhes faça precisa essa ou aquela aquisição nas linhas da experiência.


O lar coletivo, definindo afinidades raciais e interesses do clã, é o conjunto das emoções e dos pensamentos daqueles que o povoam.


Entre as fronteiras vibratórias que o definem, por intermédio dos breves aprendizados “berço túmulo”, que denominamos existências terrestres, transfere-se a alma de posição a posição, conforme os reflexos que haja lançado de si mesma e conforme aqueles que haja assimilado do ambiente em que estagiou.


Atingida a época de aferição dos próprios valores, quando a morte física determina a extinção da força vital corpórea, emprestada ao espírito para a sua excursão de desenvolvimento e serviço, reajuste ou elevação, na esfera da carne, colhemos os resultados de nossa conduta e, bastas vezes, é preciso recomeçar o trabalho para regenerar atitudes e purificar sentimentos, na reconstrução de nossos destinos.


Dessa forma, os corações que hoje oprimem o próximo, a se prevalecerem da galeria social em que se acastelam, na ilusória supremacia do ouro, voltam amanhã ao terreno torturado da carência e do infortúnio, recolhendo, em impactos diretos, os raios de sofrimento que semearam no solo das necessidades alheias.


E se as vitimas e os verdugos não souberem exercer largamente o perdão recíproco, encontramos no mundo social verdadeiro círculo vicioso em que se entrechocam, constantemente, as ondas da vingança e do ódio, da dissensão e do crime, assegurando clima favorável aos processos da delinquência.


Sociedades que ontem escravizaram o braço humano são hoje obrigadas a afagar, por filhos do próprio seio, aqueles que elas furtaram à terra em que se lhes situava o degrau evolutivo. Hordas invasoras que talam os campos de povos humildes e inermes, neles renascem como rebentos do chão conquistado, garantindo o refazimento das instituições que feriram ou depredaram.


Agrupamentos separatistas, que humilham irmãos de cor, voltam na pigmentação que detestam, arrecadando a compensação das próprias obras.


Citadinos aristocratas, insensíveis aos problemas da classe obscura, depois de respirarem o conforto de avenidas suntuosas costumam renascer em bairros atormentados e anônimos, bebendo no cálix do pauperismo os reflexos da crueldade risonha com que assistiram, noutro tempo, à dor e à dificuldade dos filhos do sofrimento.


Em todas as épocas, a sociedade humana é o filtro gigantesco do espírito, em que as almas, nos fios da experiência, na abastança ou na miséria, na direção ou na subalternidade, colhem os frutos da plantação que lhes é própria, retardando o passo na planície vulgar ou acelerando-o para os cimos da vida, em obediência aos ditames da evolução.




XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Emmanuel. Pensamento e Vida, cap.18, p.32.

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Prosperidade - Emmanuel






Prosperidade

Emmanuel



Prosperidade na Terra quer dizer fortuna, felicidade.


Grande parte das criaturas, almejando-lhe a posse, pleiteia relevo, autoridade, domínio...


Gastam-se largos patrimônios da existência para conquistar-lhe o prestigio e não falta quem surja no prélio estudando as forças ocultas para incorporar-lhe o bafejo.


Milhões dos homens de hoje vivem à cata de ouro e predominância, com o mesmo empenho com que antigamente, em aprendizados mais simples, se entregavam aos misteres primitivos de caça e pesca.


E que, na procura desse ou daquele valor da vida, mobilizamos a energia mental, constituída à base de nossas emoções e desejos.


O espelho do coração, constantemente focado no rumo dos objetos e situações que buscamos, traz-nos à rota os elementos que nos ocupam a alma.


Não esqueçamos, todavia, que, na laboriosa jornada para a Glória Divina, nos confundimos sempre com aquilo que nos possui a atenção, demorando-nos nesse ou naquele setor de luta, conforme a extensão e duração de nossos propósitos.


Como no filme cinematográfico, em que a história narrada é feita pelos quadros que se sucedem, ininterruptos, a experiência que nos é peculiar, nessa ou naquela fase da vida, constitui-se dos reflexos repetidos de nossos sentimentos, gerando ideias contínuas que acabam plasmando os temas de nossa luta, aos quais se nos associa a mente, identificando-se, de modo quase absoluto, com as criações dela mesma, à maneira da tartaruga que na carapaça, formada por ela própria, se isola e refugia.


Em razão disso, o conceito de prosperidade no mundo é sempre discutível, porquanto nem todos sabem possuir, elevar-se ou comandar com proveito para os sagrados objetivos da Criação.


Muita gente, pela reflexão mental incessante em torno dos recursos amoedados, progride em títulos materiais; entretanto, se os não converte em fatores de enriquecimento geral, cava abismos dourados nos quais se submerge, gastando longo tempo para libertar-se do azinhavre da usura.


Legiões de pessoas no século ferem o solo da vida, com anseios repetidos de saliência individual, e adquirem vasto renome na ciência e na religião, nas letras e nas artes; contudo, se não movimentam as suas conquistas no amparo e na educação dos companheiros da senda humana, quase sempre, muito embora fulgurem nas galerias da genialidade, sofrem o retorno das ondas mentais de extravagância que emitem, caindo em perigosos labirintos de purgação.


Há, por isso, muita prosperidade aparente, mais deplorável que a miséria material em si mesma, porque a mesa vazia e o fogão sem lume podem ser caminhos de louvável reparação, enquanto o banquete opíparo e a bolsa farta, em muitas ocasiões, apenas significam avenidas de licença que correm para o despenhadeiro da culpa, de onde só conseguiremos sair ao preço de longos estágios na perturbação e na sombra.


Muitos religiosos perguntam por que motivo protegeria Deus o progresso material dos ímpios. 


Em verdade, porém, semelhante fortuna não existe, de vez que a prosperidade, ausente da reta conduta, não passa de apropriação indébita e é como roupa brilhante cobrindo chagas ocultas, que exigem a formação de reflexos contrários aos enganos que as originaram, a fim de que a prosperidade legítima, a expressar-se em serviço e cultura, amor e retidão, confira ao espírito o reflexo dominante da luz.




XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Emmanuel. Pensamento e Vida, cap.19, p.33-34.

sábado, 17 de outubro de 2015

Vocação - Emmanuel




Vocação

Emmanuel



A vocação é a soma dos reflexos da experiência que trazemos de outras vidas.


É natural que muitas vezes sejamos iniciantes, nesse ou naquele setor de serviço, diante da evolução das técnicas de trabalho que sempre nos reclamam novas modalidades de ação; todavia, comumente, retomamos no berço a senda que já perlustramos, seja para a continuação de uma obra deter minada, seja para corrigir nossos próprios caminhos.


De qualquer modo, o titulo profissional, em todas as ocasiões, é carta de crédito para a criação de reflexos que nos enobreçam.


O administrador, o juiz, o professor, o médico, o artista, o marinheiro, o operário e o lavrador estão perfeitamente figurados naquela parábola dos talentos de que se valeu o Divino Mestre para convidar-nos ao exame das responsabilidades próprias perante os empréstimos da Bondade Infinita.


Cada espírito recebe, no plano em que se encontra, certa quota de recursos para honrar a Obra Divina e engrandecê-la.


Acontece, porém, que, na maioria das circunstâncias, nos apropriamos indebitamente das concessões do Senhor, usando-as no jogo infeliz de nossas paixões desgovernadas, no aloucado propósito de nos ante-pormos ao próprio Deus.


Daí a colheita dos reflexos amargos de nossa conduta, quando se nos desgasta o corpo terrestre, com o doloroso constrangimento do regresso às dificuldades do recomeço, em que o instituto da reencarnação funciona com valores exatos.


E como cada região profissional abrange variadas linhas de atividade, o juiz que criou reflexos de crueldade, perseguindo inocentes, costuma voltar ao mesmo tribunal, onde exercera as suas luzidas funções, com as lágrimas de réu condenado injustamente, para sofrer no próprio espírito e na própria carne as flagelações que impôs, noutro tempo, a vítimas indefesas. 


O médico que abusou das possibilidades que lhe foram entregues, retorna ao hospital que espezinhou, como apagado enfermeiro, defrontado por ásperos sacrifícios, a fim de ganhar o pão. 


O grande agricultor que dilapidou as energias dos cooperadores humildes que o Céu lhe concedeu, para os serviços do campo, vem, de novo, à gleba que explorou com vileza de sentimento, na condição de pobre lidador, padecendo o sistema de luta em que prendeu moralmente as esperanças dos outros. 


Artistas eméritos, que transformaram a inteligência em trilho de acesso a desregramentos inconfessáveis, reaparecem como anônimos companheiros do pincel ou da ribalta, debaixo de inibições por muito tempo insolúveis, à feição de habilidosos trabalhadores de última classe. 


Mulheres dignificadas por nomes distintos, confiadas ao vicio e à dissipação, com esquecimento dos mais altos deveres que lhes marcam a rota, freqüentemente voltam aos lares que deslustraram, na categoria de ínfimas servidoras, aprendendo duramente a reconquistar os títulos veneráveis de esposa e mãe...


E, comumente, de retorno suportam preterição e hostilidade, embaraços e desgostos, por onde passem, experimentando sublimes aspirações e frustrações amargosas, porquanto é da Lei venhamos a colher os reflexos de
nossas próprias ações, implantados no ânimo alheio, retificando em nós mesmos o manancial da emoção e da ideia, para que nos ajustemos à corrente do bem, que parte de Deus e percorre todo o Universo para voltar a Deus.



XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Emmanuel. Pensamento e Vida, cap.16, p.29-30.


quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Saúde - Emmanuel




Saúde

Emmanuel


A saúde é assim como a posição de uma residência que denuncia as condições do morador, ou de um instrumento que reproduz em si o zelo ou a desídia das mãos que o manejam.


A falta cometida opera em nossa mente um estado de perturbação, ao qual não se reúnem simplesmente as forças desvairadas de nosso arrependimento, mas também as ondas de pesar e acusação da vítima e de quantos se lhe associam ao sentimento, instaurando desarmonias de vastas proporções nos centros da alma, a percutirem sobre a nossa própria instrumentação.


Semelhante descontrole apresenta graus diferentes, provocando lesões funcionais diversas.


A cólera e o desespero, a crueldade e a intemperança criam zonas mórbidas de natureza particular no cosmo orgânico, impondo às células a distonia pela qual se anulam quase todos os recursos de defesa, abrindo-se leira fértil à cultura de micróbios patogênicos nos órgãos menos habilitados à resistência.


É assim que, muitas vezes, a tuberculose e o câncer, a lepra e a ulceração aparecem como fenômenos secundários, residindo a causa primária no desequilíbrio dos reflexos da vida interior.


Todos os sintomas mentais depressivos influenciam as células em estado de mitose, estabelecendo fatores de desagregação.


Por outro lado, importa reconhecer que o relaxamento da nutrição constrange o corpo a pesados tributos de sofrimento.


Enquanto encarnados, é natural que as vidas infinitesimais que nos constituem o veículo de existência retratem as substâncias que ingerimos.


Nesse trabalho de permuta constante adquirimos imensa quantidade de bactérias patogênicas que, em se instalando comodamente no mundo celular, podem determinar moléstias infecciosas de variegados caracteres, compelindo-nos a recolher, assim, de volta, os resultados de nossa imprevidência.


Mas não é somente aí, no domínio das causas visíveis, que se originam os processos patológicos multiformes.


Nossas emoções doentias mais profundas, quaisquer que sejam, geram estados enfermiços.


Os reflexos dos sentimentos menos dignos que alimentamos voltam-se sobre nós mesmos, depois de convertidos em ondas mentais, tumultuando o serviço das células nervosas que, instaladas na pele, nas vísceras, na medula e no tronco cerebral, desempenham as mais avançadas funções técnicas;


acentue-se, ainda, que esses reflexos menos felizes, em se derramando sobre o córtex encefálico, produzem alucinações que podem variar da fobia oculta à loucura manifesta, pelas quais os reflexos daqueles companheiros encarnados ou desencarnados, que se nos conjugam ao modo de proceder e de ser, nos atingem com sugestões destruidoras, diretas ou indiretas, conduzindo-nos a deploráveis fenômenos de alienação mental, na obsessão comum, ainda mesmo quando no jogo das aparências possamos aparecer como pessoas
espiritualmente sadias.


Não nos esqueçamos, assim, de que apenas o sentimento reto pode esboçar o reto pensamento, sem os quais a alma adoece pela carência de equilíbrio interior, imprimindo no aparelho somático os desvarios e as perturbações que lhe são consequentes.




XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Emmanuel. Pensamento e Vida, cap.15, p.27-28.

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Wagner Paixão - Cidades Espirituais





Wagner Paixão - Cidades Espirituais - parte 1





Wagner Paixão - Cidades Espirituais - Parte 2








Colônias Espirituais 



Colônia Espiritual, cidade espiritual, comunidade espiritual ou mundos transitórios é o lugar onde vivem os espíritos após a morte. 


Existem vários tipos de colônias espirituais, temos: Colônias correcionais, de estudo e desenvolvimento das artes, socorristas, pesquisa no autoconhecimento e científicas e várias outras. 


Lá os espíritos trabalham, mandam mensagens espirituais para as pessoas encarnadas, se recuperam, preparam-se para encarnar novamente, além de muitas outras coisas.


O conhecimento da existência de cidades espirituais somente foi aceito, entendido amplamente (na nossa era e na sociedade ocidental) a partir dos gregos com a existência do Olimpo_ a morada dos deuses, local onde seres espirituais viviam, moravam, trabalhavam, sonhavam e conspiravam. 


Esta ideia original e imperfeita foi depois melhorada por Sócrates e Platão.


Mais recentemente, outra ideia muito pálida foi trazida por Allan Kardec nas respostas dos espíritos, onde se falou da existência de “acampamentos espirituais”.


Há alguns anos, através de Chico Xavier, as noções mais detalhadas da rotina das cidades espirituais vieram a ser conhecidas e divulgadas. 


Outras informações de grande importância foram vindo ao conhecimento nos últimos 45 anos, não apenas das atividades locais destas colônias-cidades, mas de todo o contexto planetário nesta transição de eras que passamos. 


Iniciou-se também um grande esforço da Grande Fraternidade Branca junto aos novos servidores de Luz planetária e começaram a surgir uma imensa literatura mundial sobre esta realidade. 


A verdade é que milhares de colônias existem em torno da Terra cada uma em determinada faixa de vibração.

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Colônia Regeneração: Localizada nas proximidades de Goiânia até Brasília, esta Comunidade trabalha com a recuperação de espíritos mutilados no períspirito, além de proceder com atendimentos fluídico concentrados, terapias, academias, tudo com o intuito de renovação interior.

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Colônia Amigos da Dor: Encontra-se no norte de Minas e extremo sul da Bahia, é uma das mais antigas colônias em terras brasileiras. 


Realiza socorro a recém-desencarnados através de missas. Os espíritos servidores dessa Colônia prestam atendimento em igrejas, santas casas de misericórdia.

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Colônia Redenção: Se situa no leste da Bahia em formato mais ou menos triangular. 


Sendo uma grande referência no mundo espiritual, criada na época da escravatura, para receber espíritos de escravos movidos pela vingança.  

Esta Colônia realiza um grande trabalho em laboratório fluídico por intermédio de seus socorristas na Terra. 


Encontra-se lá um arquivo com as mais lindas histórias e exemplos de amor que o mundo já viu, começando pela história de Jesus em cenas vivas.

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Colônia Arco-Íris: localizada na região norte do Brasil, indo de Porto Velho (RO) a Manaus (AM) em linha reta. 


Seus servidores oferecem grande amparo aos encarnados e são conhecidos como “filhos do arco-íris”.

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Colônia Raios do Amanhecer: Localizada na parte central do planeta, tendo maiores núcleos no Brasil, no norte do Amapá. 


Seus diferentes núcleos espalhados por vários países representam uma atividade diferente. 


No Brasil se parece com um grande parque infantil, pois é um mundo espiritual de crianças.

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Colônia Bom Retiro: Localiza-se no Paraná tendo um formato de losango. 


Além de dar socorro aos desencarnados, ela tem como principal função dar a volta ao reequilíbrio do espírito.


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Colônia Padre Chico: Situada no Triângulo Mineiro, é também conhecida no mundo espiritual como Colônia das Margaridas. 


É uma colônia muito movimentada, pois nela tem espíritos abrigados para socorro e para trabalhar em nome de Cristo.

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Colônia da Praia: Fica no sudeste do Espírito Santo. 


É voltada para atividades espirituais que atuam na ecologia terrena, desenvolvem estudo e mantém observação atuando no equilíbrio exercido pelo Oceano.

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Colônia Nova Esperança: Localizada bem próximo de Palmelo (GO), esta Colônia tem como função a catalogação de todos os espíritos que entram, saem e que permanecem no planeta, que hoje em dia é de aproximadamente 30 bilhões de espíritos, aí vive Eurípedes Barsanulfo.


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Colônia das Águas: Situa-se próxima à entrada do rio Amazonas, sua especialidade é receber os desencarnados por problemas circulatórios e que foram afetados no períspírito.

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Colônia Morada do Sol: Encontrada na parte leste do Brasil e se estendendo até o norte da Bahia, coordena equipes espalhadas pelo planeta, os servidores levam amparo aos portadores de “doenças tropicais” encarnados.


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Colônia das Flores: uma das maiores colônias espirituais, ela inicia na parte centra de Santa Catarina indo até Goiás, tendo pontos no Paraná e adentrando São Paulo. Especializada em socorro aos desencarnados vítimas de câncer e que geralmente conservam esta impressão no períspírito.

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Colônia Gramado: Está sobre o Rio Grande do Sul, com vários núcleos de atendimento socorrista, como se fosse um conjunto de cidades-satélite da Colônia. 


Entre elas destacam-se as Colônias “Das Orquídeas”, “Dos Girassóis”, “Do Guaíba” e “Estrela d´Alva”. 


O conjunto de todas elas recebe o nome de “Colônia Gramado”. 


A Colônia desenvolve também um trabalho específico – técnicas de estudo relacionadas com a “coluna vertebral”, “coordenação motora das pernas e pés”. 


Muitos dos profissionais dessa área encarnados têm afinidades com esta colônia recebendo dela muita influência, em especial os que fazem “cirurgias de hérnia de disco”, para se aprimorarem as técnicas dessa enfermidade. 


Cuidam também de serviços relacionados com “paralisias”.

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Colônia das Montanhas: Encontrada no noroeste de Minas Gerais, próximo à divisa de Goiás. Adentrando o sudoeste entre a Serra Bonita (MG) e a Serra da Capivara (BA) e a Serra dos Gaúchos (MG), envolve toda a área do Parque Nacional Grande Sertão Veredas, onde envolve as águas dos rios Urucaia e Pardo com seus afluentes.


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Colônia Estudo e Vida: Fica no Mato Grosso do Sul e parte da Bolívia. Tem por finalidade o estudo da vida. 

Possibilita que todos os espíritos tenham autoconhecimento para compreender próprios conflitos e desencontros para qualquer assunto.

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Colônia das Violetas: Situada entre Amazonas, Tocantins, Paraná e Mato Grosso, está Colônia realiza técnicas voltadas para a cura de enfermidades cardíacas.

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Colônia do Sol Nascente: No sudoeste do estado de São Paulo, esta Comunidade apresenta um setor de preparação do espírito para reencarnar, aguardando um momento determinado por Deus.

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Colônia do Abacateiro: Abrangendo os estados de Goiás e Mato Grosso, esta Cidade Espiritual é toda cercada por abacateiros e desenvolve técnicas e atendimentos renais, tanto no períspirito quanto no auxílio a todos os processos de enfermidade renal.

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Colônia do Rouxinol: Ao norte do Brasil, no Maranhão, a Colônia passa uma profunda sensação de paz e ali ficam espíritos que desencarnaram após longo período de enfermidade ou que tiveram morte súbita.

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Colônia do Moscoso: Encontra-se na parte centro-leste do Espírito Santo, esta Comunidade tem o formato de um retângulo e com características orientais, fundada por Moscos (povos que habitavam o Mar Negro e o Mar Cáspio). 

A Colônia desenvolve técnicas que auxiliam o espírito a desenvolver a autodescoberta, como essência divina.

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Nosso Lar: Está localizada acima do Rio de Janeiro,  sobre uma extensa região (entre as cidades do Rio Janeiro e Campos/Itaperuna), em faixa que  pode ser definida como a periferia do Umbral.


Tem a forma de uma estrela de seis pontas. Para maiores informações, ler o livro Nosso Lar (Chico Xavier) e assistir ao filme de mesmo nome.



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Alvorada Nova: possui atualmente mais de 250 mil habitantes e está localizada acima da cidade de Santos-SP, onde vive Irmã Scheilla.  


É uma cidade espiritual criada há mais tempo que a maioria das colônias que permeiam as zonas umbralinas desse Planeta. 


Foi planejada há muitos séculos por aqueles que, sendo os Engenheiros Construtores de Jesus, conhecem a Terra do seu passado longínquo ao seu futuro distante. 


O Brasil nem mesmo existia na face do globo e “ALVORADA NOVA” já estava fixando seus alicerces através dos trabalhadores de Cristo que sabiam da destinação do nosso país, em face da importância da sua localização nas camadas vibratórias ao redor do Planeta. 


Participaram no seu crescimento as pessoas conhecidas na Terra pelos nomes de D.Pedro II e Gandhi.

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São Sebastião: sobre São Sebastião do Paraíso-MG

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Perseverança: sobre a Cidade de São Paulo

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Instituto de Confraternização Universal: localizada sobre a grande São Paulo.

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Novos Horizontes: localizada sobre a Serra do Curral, em Belo Horizonte, conforme o livro “Em Novos Horizontes”

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Porto da Paz: sobre a cidade de Recife em Pernambuco, foi criada há mais de 200 anos por benfeitores de Jesus.

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Lar da Benção: destinada ao cuidado de espíritos de crianças preparando-as para uma nova encarnação, é uma importante colônia educativa, misto de escola de mães e domicílio dos pequeninos, que regressam da esfera carnal, onde encontram apoio para se refazer.

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Casa Anália Franco: Possui imensos jardins nunca desertos, pois as crianças recebem as lições em plena natureza.

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Colônia do Enlevo: esta colônia é um estado de consciência, que plasma estruturas extra física em níveis diferentes de manifestação. 


Os seus prédios parecem cristais.Quem vive nessa colônia é detentor de passes luminosos, com mestrado na Luz.

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Colônia Gordemonio: Habitada por espíritos transviados e malfazejos na prática do vampirismo.

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Colônia Mansão da Paz: Notável escola de reajuste, situada em regiões inferiores e dirigida pelo instrutor Druso.

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Colônia Socorrista Moradia: É uma das mais antigas, está ligada a zona bem inferiores para atendimento à população do Umbral, assim denominada a região espiritual habitada por espíritos trevosos.

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Fraternidade do Cálice: Dirigida por Maria Madalena, atende hansenianos, criaturas desvalidas e mulheres sem família. O seu emblema é um cálice estampado na túnica.

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Fraternidade do Coração: Um grupo de sete entidades, que, juntamente com Eurípedes, está formando esse novo grupo fraternal.

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Fraternidade dos Essênios: Dirigida por Mestre Hilarion.

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Fraternidade dos Filhos do Sol: Possivelmente é o local onde está Noel Rosa.

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Legiões do Reino: cidade dos espíritos angelicais, que vivem no quarto plano, onde não há vibrações dolorosas, estão ligados aos planos mais altos.

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Câmaras de Desnicotinização: Não é exatamente uma  colônia, mas centros de tratamento especializado para caos graves de contaminação por nicotina de recém desencarnados e também para espíritos ex-fumantes que se encontram atualmente no umbral. 

Atualmente, existem apenas seis câmeras de desnicotinização, ao longo de todo o planeta Terra, em média, uma câmara para cada continente.

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Além das mais conhecidas, existem outras pequenas colônias: 

Colônia Espírita São Tarcísio, 

Colônia Espiritual Maria do Nazareth (recolhe suicidas), 

Colônia Espírita Irmão Nóbrega, 

Casa Dr. Bezerra de Menezes, 

Casa Transitória de Fabiano, 

Cidade Alvorada Nova III, Colônia Capela, 

Colônia Casa do Saber, 

Colônia da Música, 

Colônia da Praia, 

Colônia das Águas, 

Colônias das Violetas, 

Colônia do Músicos, 

Colônia Espiritual Aruanda,  

Colônia Estudo e Vida, 

Colônia Flor de Lis, 

Colônia Grande Coração, 

Colônia Morada do Sol, 

Colônia Renascer, 

Colônia São Vicente de Paulo, 

Colônia Sol Nascente, 

Colônia Triângulo Rosa e 

Cruz Fraternidade dos Samaritanos.




Fonte

CEMARIA DE NAZARE. Disponível em http://www.ceamariadenazare.net/colonias-espirituais-sobre-o-brasil. Acesso: 11 OUT 2015.