segunda-feira, 30 de novembro de 2015

D.Isabel de Aragão - A Rainha das Rosas Ana Maria Spranger Luiz




"Deus me deu trono para fazer a caridade..."




D.Isabel de Aragão - A Rainha das Rosas


Ana Maria Spranger Luiz


Divaldo, de certa feita, viu-se ao lado de Auta de Souza, que o convidava para
uma excursão promovida pela antiga rainha de Portugal, D. Isabel, conhecida pela sua bondade e abnegada prática da caridade.


Oportuno recordar que o rei, D. Diniz, não gostava das incursões da rainha, levando pão e moedas para as populações necessitadas.


Certa vez foi espreitá-la para surpreendê-la em desobediência...


Viu quando ela se dirigia à dispensa do palácio e enchia o avental de alimentos.
Ele se postou então à sua espera.


"- Onde vai Senhora? O que leva aí em seu avental?




- interpelou o rei quando D. Isabel saía apressadamente."




"- São flores, Senhor meu! "



"- Quero vê-las! Flores em Janeiro?"


Quando D. Isabel de Aragão, mãe do futuro rei de Portugal, D.Afonso, espanhola de nascimento e portuguesa pelo coração, a rainha das rosas, também chamada de Rainha Santa, mostrou o avental, caíram, num fenômeno

maravilhoso de efeitos físicos, rosas de diferentes cores...


Consta que o rei nunca mais tentou impedir a rainha de praticar a caridade.


Auta de Souza avisa a Divaldo que pisasse nas pegadas da rainha durante a excursão.


Eis que chegaram a uma região em que se ouviam gritos de desespero.


A caravana vai passando e Divaldo, amparado por Auta de Souza, vê que equipes socorristas, atendendo a ordens de D. Isabel, recolhem muitos dos que clamavam por socorro.


Eram os que se mostravam verdadeiramente arrependidos.


Recorda Divaldo, entre outros detalhes da excursão, ter visto também que D. Isabel lançava na direção dos aflitos uma rosa, da qual saíam, então, flocos de luz que pareciam aliviar a angústia daqueles sofredores. Era quando os padioleiros, sob as ordens diretas de D. Isabel, acorriam para recolherem os mais arrependidos.


"- Recordei-me até das descrições de Dante Alighieri sobre o Inferno", diz Divaldo.


Tocado pelas cenas, indaga de Auta de Souza para onde iam aqueles Espíritos recolhidos nas padiolas?

"- Muitos são atendidos nos agrupamentos espíritas existentes na Terra, para que depois possam ser levados a estâncias outras na Espiritualidade."




"- E quando não havia ainda agrupamentos espíritas, antes do advento do Espiritismo?"




" - Os médiuns eram levados, com a aquiescência deles, e com a permissão de Jesus, às zonas intermediárias, onde colaboravam no socorro dos sofredores.


Não te esqueças, Divaldo, de que somos, todos nós, amparados pela Misericórdia do Pai Celestial."


E Divaldo concluiu dizendo que ficou, depois, e durante muito tempo, e ainda hoje, meditando na responsabilidade dos médiuns, na necessidade do estudo permanente, na dedicação devotada às tarefas; meditando também que devemos orar, sobretudo antes do sono reparador, para que enquanto o corpo repousa, todos possamos trabalhar na seara de Jesus.



sábado, 28 de novembro de 2015

Alegria, fonte de saúde e paz - ESE






Alegria, fonte de saúde e paz




Alegrai-vos quando Deus vos enviar para a luta (ESE, capítulo V, item 8).



Ser alegre não requer uma vida isenta de preocupações ou de problemas, posto que a alegria é um estado de espírito, baseada na certeza do dever cumprido.


Entendendo a Lei de Causa e Efeito, é possível compreender que alegria gera otimismo e coragem para superar os desafios. 


Além disso, bom humor aproxima as pessoas e possibilita ver o lado positivo dos acontecimentos. 


Quem cativa simpatia, cultiva esperança, surpreendendo-se positivamente com os resultados de suas escolhas.


O estado mental se reflete na harmonia e equilíbrio do corpo físico e espiritual. 


Rir produz efeitos positivos em vários órgãos; uma gargalhada expande o tórax, estimula os nervos, a circulação e o cérebro. 


O bom humor também ativa os mecanismos imunológicos e eleva a serotonina, produzindo bem-estar, além de contribuir para a saúde física e mental daqueles com quem se convive.



A alegria é um hábito a ser cultivado, caracterizando-se como manifestação de fé no futuro e na justiça divina. 


Cada um deve decidir por uma atitude de alegria perante a vida, renovando o propósito diariamente, a fim de que, plantando alegrias, colha paz interior e felicidade.




quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Confia Sempre - Meimei







Confia Sempre


Meimei 


Não percas a tua fé entre as sombras do mundo.



Ainda que os teus estejam sangrando, segue para frente,


erguendo-a por luz celeste, acima de ti mesmo.



Crê e trabalha.



Esforça-te no bem e espera com paciência.




Tudo passa e tudo se renova na terra, mas o que vem do céu permanecerá.




De todos os infelizes, os mais desditosos são os que perderam a confiança em Deus e em si mesmos, porque o maior infortúnio é sofrer a privação da fé e prosseguir vivendo.



Eleva, pois, o teu olhar e caminha.



Luta e serve.



Aprenda e adianta-te.



Brilha a alvorada além da noite.



Hoje, é possível que a tempestade te amarfanhe o coração e te tormente o ideal, aguilhoando-te com a morte.




Não te esqueças, porém, de que amanhã será outro dia.








XAVIER,  Francisco Cândido pelo Espírito Meimei.


segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Amélie Gabrielle Boudet : Homenagem pelos 220 Anos




"Sua existência inteira foi um poema cheio de coragem, perseverança, caridade e sabedoria".


Amélie Gabrielle Boudet : Homenagem pelos 220 Anos




As mulheres, na História da Humanidade, sempre estiveram em planos secundários. Desenvolveram suas funções e contribuíram para a História, nas mais variadas formas. Umas criaram os grandes reis, outras, homens ilustres, nas áreas das ciências, artes, na política. 


E, tivemos aquelas que, nos bastidores, deram suporte para que vultos eminentes brilhassem.


Uma, em especial, esteve presente no século XIX. 


Filha única de Julien-Louis Boudet e Julie-Louise Seigneat de Lacombe, nasceu Amélie Gabrielle Boudet, no dia 23 de novembro de 1795, em Thiais, cidade do menor e mais populoso Departamento francês, o Sena. 


Desde muito cedo, demonstrou interesse pelos estudos. Vivaz e alegre, recebeu fina educação.


Foi professora de Letras e Belas Artes, tinha dotes para poesia e desenho, escreveu três livros: Contos primaveris (1825); Noções de desenho (1826) e O essencial em belas artes (1828).


Vivendo em Paris, no mundo das letras e do ensino, quis o destino que um dia a Srta. Amélie Boudet deparasse com o prof. Hippolyte Léon Denizard Rivail.4


Logo se fez por ele notar, com seu sorriso terno e bondoso, sua gentileza e graciosidade. 


O contrato de casamento foi celebrado em 6 de fevereiro de 1832. 


Amélie  tinha nove mais do que Rivail, mas tal era a sua jovialidade física e espiritual, que a olhos vistos aparentava a mesma idade do marido.4


O Prof Rivail fundou, em Paris, o Instituto Técnico e Amélie se lhe associou, nessa afanosa tarefa educacional. Em 1835, o Instituto precisou ser fechado e entrou em liquidação. A Kardec ficaram dívidas a serem saldadas, o que fez, com nobreza.


Como só as grandes mulheres conseguem, Amélie, corajosamente, se colocou ao lado do marido. Rivail passou a fazer a contabilidade de casas comerciais e traduções. 


Ela, sabedora do coração generoso e preocupado do marido com a instrução de crianças e jovens, colaborava na preparação de cursos gratuitos, ministrados na própria residência do casal, à noite, e que funcionaram de 1835 a 1840.


Madame Rivail, além de conselheira, foi a inspiradora de vários projetos que o marido pôs em execução. 


Leymarie, que privava da convivência do casal, declarou que o Professor tinha em grande consideração as opiniões de sua esposa.


Graças ao esforço de ambos, alcançaram uma posição financeira satisfatória. 


Agora, Rivail poderia se dedicar à esposa que, na sua humildade e elevação de espírito jamais reclamara coisa alguma.4


Mas havia uma missão muito maior destinada a esses dois corações que se amavam e que amavam a Humanidade. 


O chamado se deu, em 1854, com o fenômenos das mesas girantes, que Rivail passou a observar e pesquisar.


Amélie se tornou, então, a secretária do esposo, secundando-o na nova e árdua missão da Codificação da Doutrina Espírita, estimulando-o e incentivando-o.


Lançado O livro dos Espíritos, em 18 de abril de 1857, assinando como Allan Kardec, foi no apartamento do casal que se efetuavam sessões bastante concorridas, exigindo de Madame Rivail uma série de cuidados e atenções que, por vezes, a deixavam extenuada.


Disse Kardec a respeito dela: 


(…) Minha mulher (…) aderiu plenamente aos meus intentos e me secundou na minha laboriosa tarefa, como o faz ainda, através de um trabalho frequentemente acima de suas forças, sacrificando, sem pesar, os prazeres e as distrações do mundo aos qual sua posição de família a havia habituado.1


Pelo espaço de trinta e sete anos, ela foi a companheira amante e fiel do seu marido. 


Acompanhou nas viagens, sempre que suas forças lhe permitiram.


Com a morte de Kardec, ela deu continuidade ao seu trabalho, com desinteresse e devotamento, fundando a Sociedade para a continuação das obras Espíritas de Allan Kardec, destinada à vulgarização do Espiritismo, por todos os meios permitidos pelas leis. 


Assim, a Revue Spirite continuou a ser publicada, como as demais obras de Kardec e todos os livros que tratassem a respeito da Doutrina Espírita.


Durante o Processo dos Espíritas, no ano de 1875, que levou o Espiritismo à barra dos tribunais, ela foi convocada a depor. Tratada de forma desrespeitosa pelo juiz,  de maneira firme, respondeu às questões e defendeu a memória de Kardec.


Todos os literatos adotam pseudônimos. Meu marido jamais pilhou coisa alguma.2


Ele desencarnara há seis anos, respeitado por eminentes figuras do pensamento mundial. 


Fora professor e autor de obras didáticas de elevada reputação, tinha livros traduzidos em várias línguas modernas.


Era mais um testemunho doloroso a que fora chamada.


Contam os que a conheceram que, aos oitenta e sete anos, lia sem precisar de óculos e escrevia corretamente e com letra firme.


Por volta das cinco horas da manhã do dia 21 de janeiro de 1883, tranquilamente e com o doce sorriso que sempre lhe brindava os lábios, a grande sucessora de Allan Kardec se despediu do corpo.


O sepultamento foi simples, conforme pedira, saindo o féretro de sua residência na Vila Ségur, para o cemitério Père-Lachaise,  a doze quilômetros de distância, no dia 23 de janeiro.


Nas homenagens,  entre tantos, falaram Leymarie e Gabriel Delanne, todos fazendo sobressair os reais méritos da sucessora de Allan Kardec. Também foi lida,  pelo Sr. Lecoq,  comunicação mediúnica de Antônio de Pádua, recebida em 22 de janeiro, na qual ele descrevia a brilhante recepção de Amélie por Allan Kardec e elevados amigos da Espiritualidade.


A 26 daquele mesmo mês, o conceituado médium parisiense Cordurié recebeu, espontaneamente, uma mensagem assinada por Madame Allan Kardec. Singela na forma, bela no conceito, tinha um sopro de imortalidade e comprovava que a vida continua.





Bibliografia:

1 KARDEC, Allan. Revista Espírita, junho de 1865. FEB, Brasília, DF.

2.LEYMARIE, Madame P.-G. Processo dos espíritas. FEB, Rio de Janeiro, RJ.

3.PONTES, Demóstenes Jesus de L.. A epopeia de uma vida. CEAC, Bauru, SP.

4.-WANTUIL, Zêus. Grandes espíritas do Brasil. FEB, Rio de Janeiro, DF.



FONTE


ISHIYAMA, Mary .FEPARANA . Mundo Espírita. Disponível em http://www.mundoespirita.com.br/?materia=amelie-gabrielle-boudet. Acesso: 08 NOV 2015.










domingo, 22 de novembro de 2015

O Prazer de Ser Bom - Momento Espírita






O Prazer de Ser Bom





O desejo da felicidade é inerente ao homem.
A busca do bem-estar constitui um dos fatores do progresso.
Foi labutando para eliminar sensações desagradáveis que a humanidade desenvolveu seu intelecto e habilidades.
Caso o ser humano não procurasse fugir da dor e do desconforto, ainda estaria nas cavernas.


Contudo, por mais que se procure incessantemente descobrir remédios e soluções para as dores, é impossível ignorar a fragilidade da vida material.
Tudo o que envolve a matéria encontra-se em contínuo processo de metamorfose.
Todos os homens adoecem, envelhecem e morrem.
As pessoas esforçam-se para conquistar bons empregos, mas nada lhes assegura que os manterão para sempre.


A maior parte de nossos amores, sejam familiares ou amigos, não ficará conosco até o final da vida.
A estabilidade financeira constitui objeto de preocupação de quase todos nós, mas a fortuna é transitória e incerta.
Ao longo do tempo, famílias ricas caem na miséria.
Ao mesmo tempo, muitos pobres enriquecem.


Esse contínuo alterar das condições materiais não evidencia crueldade da vida.
A divindade não se compraz em brincar com os homens, para os desnortear.
O persistente modificar e despedaçar que envolve a vida na terra destina-se a chamar a atenção dos homens para o que realmente importa.


Ao final de tudo, o que restará?
A beleza física fenece com o tempo.
As elevadas posições sociais gradualmente perdem sua importância ou são ocupadas por outros.
A riqueza material não é levada para o além-túmulo.


A única bagagem que o espírito leva para a vida imortal são as suas conquistas morais.
Quem consegue, por entre as ilusões do mundo, desenvolver bondade, compaixão, pureza e retidão de caráter, permanece para sempre assim.
Na Terra, no plano espiritual ou nas encarnações futuras, as virtudes acompanham o espírito.


E a verdade é que ser bom dá muito prazer.
Trata-se do inverso do que ocorre com a maldade e os vícios de toda ordem, que somente ensejam dor e sofrimento.
Jamais se viu uma alma genuinamente bondosa mudar seu rumo ou arrepender-se de sua bondade.
Contudo, inúmeras criaturas levianas ou maldosas, com freqüência, alteram o seu comportamento.
É um evidente sinal de que as virtudes causam prazer, ao passo que as imperfeições apenas infelicitam


Afinal, ninguém desiste do que é realmente bom.
As pessoas que conseguem enfrentar situações complicadas com serenidade causam admiração.
Sabe-se como é difícil se manter tranqüilo em meio às crises do mundo.
A harmonia e a paz são conquistas preciosas, que não surgem de um momento para o outro.


Quem hoje se mostra tranqüilo, certamente gastou muito tempo disciplinando o próprio caráter.
Entretanto, viver em harmonia é extremamente prazeroso.
O ódio, o rancor e a ira desgastam profundamente o ser humano.
Quem consegue livrar-se desses vícios torna-se muito mais feliz.
Então, o equilíbrio felicita a criatura, o mesmo ocorrendo com todas as outras virtudes.


O homem que vence a posse e ama pelo prazer de ver feliz o ser amado desenvolve imenso bem-estar.
Ele não mais se angustia tentando controlar a vida de seu amor.
Convém refletirmos sobre essa realidade, fazendo uma análise criteriosa de nosso caráter.
Como desejamos a felicidade, é importante desenvolver em nós a única causa de permanente alegria:
O amor ao bem e às virtudes em geral.
Pensemos nisso!




Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita.Disponível em www.momento.com.br.

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Guarda Contigo - Irmão José









Guarda Contigo

Irmão José



A consciência do dever cumprido.

A certeza de nunca ter prejudicado alguém de maneira deliberada.


A tranqüilidade de quem sempre procurou ser justo.


A alegria de quem jamais se corrompeu em seus próprios princípios.

A paz íntima de quem nunca contemporizou com a finalidade de auferir vantagens passageiras.

A convicção de quem, embora não tendo feito tudo que devia, se esforçou ao máximo para tanto.

A indefinível sensação de bem-estar que experimenta quem não é omisso diante da necessidade alheia.

A ventura de quem não perdeu ocasião alguma de ser útil.

A serenidade de quem perseverou até o limite de suas forças para não ceder às sugestões do mal.

A nobreza de caráter de quem rende culto à Verdade.

A segurança de quem se reconhece trilhando o melhor caminho e dele não se afasta.

A indômita coragem dos que continuam lutando para vencerem a si mesmos.





BACELLI, Carlos A. pelo Espírito Irmão José. Do livro Dias Melhores .

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Lucrará Fazendo Assim - André Luiz










Lucrará Fazendo Assim 


André Luiz




Reconforte o desesperado.Você não escapará às tentações do desânimo nos círculos de luta.


Levante o caído.Você ignora onde seus pés tropeçarão.




Estenda a mão ao que necessita de apoio.


Chegará seu dia de receber cooperação.


Ampare o doente.Sua alma não está usando um corpo invulnerável.




Esforce-se por entender o companheiro menos esclarecido.Nem sempre você dispõe de recursos para compreender como é indispensável.


Acolha o infortunado.Nem sempre o céu estará inteiramente azul para seus olhos.


Tolere o ignorante e ajude-o.Lembre-se de que há Espíritos Sublimes que nos suportam e socorrem com heróica bondade.


Console o triste.Você não pode relacionar as surpresas da própria sorte.


Auxilie o ofensor com os seus bons pensamentos.Ele nos ensina quão agressivos e desagradáveis somos ao ferir alguém.


Seja benévolo para com os dependentes.Não se esqueça de que o próprio Cristo foi compelido a obedecer.



XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito André Luiz. "Agenda Cristã".

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Amor - Emmanuel






Amor

Emmanuel


O amor puro é o reflexo do Criador em todas as criaturas.


Brilha em tudo e em tudo palpita na mesma vibração de sabedoria e beleza.


É fundamento da vida e justiça de toda a Lei.


Surge, sublime, no equilíbrio dos mundos erguidos à glória da imensidade, quanto nas flores anônimas esquecidas no campo.


Nele fulgura, generosa, a alma de todas as grandes religiões que aparecem, no curso das civilizações, por sistemas de fé à procura da comunhão com a Bondade Celeste, e nele se enraíza todo o impulso de solidariedade entre os homens.


Plasma divino com que Deus envolve tudo o que é criado, o amor é o hálito dEle mesmo, penetrando o Universo.


Vemo-lo, assim, como silenciosa esperança do Céu, aguardando a evolução de todos os princípios e respeitando a decisão de todas as consciências.


Mercê de semelhante bênção, cada ser é acalentado no degrau da vida em que se encontra.


O verme é amado pelo Senhor, que lhe concede milhares e milhares de séculos para levantar-se da viscosidade do abismo, tanto quanto o anjo que o representa junto do verme.


A seiva que nutre a rosa é a mesma que alimenta o espinho dilacerante.


Na árvore em que se aninha o pássaro indefeso, pode acolher-se a serpente com as suas armas de morte.


No espaço de uma penitenciária, respira, com a mesma segurança, o criminoso que lhe padece as grades de sofrimento e o correto administrador que lhe garante a ordem.


O amor, repetimos, é o reflexo de Deus, Nosso Pai, que se compadece de todos e que a ninguém violenta, embora, em razão do mesmo amor infinito com que nos ama, determine estejamos sempre sob a lei da responsabilidade que se manifesta para cada consciência, de acordo com as suas próprias obras.


E, amando-nos, permite o Senhor perlustrarmos sem prazo o caminho de ascensão para Ele, concedendo-nos, quando impensadamente nos consagramos ao mal, a própria eternidade para reconciliar-nos com o Bem, que é a Sua Regra Imutável.


Herdeiros dEle que somos, raios de Sua Inteligência Infinita e sendo Ele Mesmo o Amor Eterno de Toda a Criação, em tudo e em toda parte, é da legislação por Ele estatuída que cada espírito reflita livremente aquilo que mais ame, transformando-se, aqui e ali, na luz ou na treva, na alegria ou na dor a que empenhe o coração.


Eis por que Jesus, o Modelo Divino, enviado por Ele à Terra para clarear-nos a senda, em cada passo de seu Ministério tomou o amor ao Pai por inspiração de toda a vida, amando sem a preocupação de ser amado e auxiliando sem qualquer ideia de recompensa.


Descendo à esfera dos homens por amor, humilhando-se por amor, ajudando e sofrendo por amor, passa no mundo, de sentimento erguido ao Pai Excelso, refletindo-lhe a vontade sábia e misericordiosa.


E, para que a vida e o pensamento de todos nós lhe retratem as pegadas de luz, legou-nos, em nome de Deus, a sua fórmula inesquecível:


- “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei.”



XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Emmanuel. Pensamento e Vida, cap.30, p.50-51.


terça-feira, 10 de novembro de 2015

Oração - Emmanuel






Oração

Emmanuel


A oração é divino movimento do espelho de nossa alma no rumo da Esfera Superior, para refletir-lhe a grandeza.


Reportamo-nos aqui ao apelo vivo do espírito às Potências Celestes, quer vestido na fórmula verbal, quer absolutamente sem ela, na silenciosa mensagem da vibração.


Imaginemos a face de um espelho voltada para o Sol, desviando-lhe O fulgor na direção do abismo.


Esta, na essência, é a função da prece, buscando o Amor Divino para concentrar-lhe a claridade sobre os vales da ignorância e do sofrimento, da miséria e do ódio, que ainda se estendem no mundo.


Graduada, desde o mais simples desejo, a exteriorizar-se dos mais ínfimos seres, até a exaltação divina dos anjos, nada se faz na Terra sem o impulso da aspiração que orienta o passo de todas as criaturas...


No corpo ciclópico do Planeta, a oração é o movimento que o mantém na tela cósmica; no oceano, é o fenômeno da maré, pelo qual as águas aspiram ao grande equilíbrio.


Na planta, é a chamada fototaxia ou anseio com que o vegetal se levanta para a luz, incorporando-lhe os princípios; no animal, é o instinto de curiosidade e indagação que lhe alicerçam as primeiras conquistas da inteligência, tanto quanto, no homem comum, é a concentração natural, antes de qualquer edificação no caminho humano.


O professor planeando o ensinamento e o médico a ensimesmar-se no estudo para sanar determinada moléstia, o administrador programando a execução desse ou daquele serviço, e o engenheiro engolfado na confecção de uma planta para certa obra, estão usando os processos da oração, refletindo na própria mente os propósitos da educação e da ciência de curar, da legislação e do progresso, que fluem do plano invisível, à feição de imagens abstratas, antes de se revelarem substancialmente ao mundo.


Orar é identificar-se com a maior fonte de poder de todo o Universo, absorvendo-lhe as reservas e retratando as leis da renovação permanente que governam os fundamentos da vida.


A prece impulsiona as recônditas energias do coração, libertando-as com as imagens de nosso desejo, por intermédio da força viva e plasticizante do pensamento, imagens essas que, ascendendo às Esferas Superiores, tocam as inteligências visíveis ou invisíveis que nos rodeiam, pelas quais comumente recebemos as respostas do Plano Divino, porquanto o Pai Todo-Bondoso se manifesta igualmente pelos filhos que se fazem bons.


A vontade que ora, tange o coração que sente, produzindo reflexos iluminativos através dos quais o espírito recolhe em silêncio, sob a forma de inspiração e socorro íntimo, o influxo dos Mensageiros Divinos que lhe presidem o território evolutivo, a lhe renovarem a emoção e a ideia, com que se lhe aperfeiçoa a existência.


Dispomos na oração do mais alto sistema de intercâmbio entre a Terra e o Céu.


Pelo divino circuito da prece, a criatura pede o amparo do Criador e o Criador responde à criatura pelo princípio inelutável da reflexão espiritual, estendendo-lhe os Braços Eternos, a fim de que ela se erga dos vales da vida fragmentária para os cimos da Vida Vitoriosa..




XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Emmanuel. Pensamento e Vida, cap.26, p.44.

domingo, 8 de novembro de 2015

Divaldo Pereira Franco : Conversa Fraterna




Divaldo Franco e   o garoto abandonado na Mansão do Caminho :importância da educação moral evangélica


Divaldo Franco, conta a história de um garoto, que foi abandonado aos 6 meses de idade, na instituição Mansão do Caminho, onde ele dirige. 


Este garoto, aos 4 anos de idade, fazia faquinhas e ameaçava as voluntárias que ajudavam Divaldo a tomar conta das crianças. 


Ele dizia que queria enfiar a faca em alguém para sentir o sangue quente escorrer em suas mãos.


Divaldo perguntava como ele sabia que o sangue era quente, e ele respondia que não sabia como, mas ele tinha certeza que era quente.


Quando este garoto completou 12 anos, as voluntárias que auxiliavam Divaldo tinham medo dele. Divaldo então, fez uma terapia de choque. 


Chamou o garoto e disse que ele teria que ir embora da instituição. 


O garoto assustou, pediu desculpas e prometeu não ameaçar mais. 


Estudou e foi evangelizado pela instituição espírita Mansão do Caminho.


Aos 18 anos, o menino pediu a emancipação. 


Divaldo disse:


- Dou sua emancipação com uma condição: 


quando você desejar matar alguém, você vem aqui e me mata.


- Mas, tio? . . . - disse o garoto assustado.


- Sim porque eu falhei. 


A sociedade me entregou você com 6 meses, a sociedade nos dá tudo, você não tem nada contra a sociedade, espero, porque a sociedade é a humanidade. Se você matar alguém, é porque eu falhei. 


Antes me mate, por causa do meu fracasso em relação a você.


O garoto concordou, e foi embora. 


Após 10 anos, eles se reencontraram. 


Divaldo então, aproveitou e perguntou se ele sentiu vontade de matar.


O garoto disse que sim, mas que toda vez que sentiu essa vontade, ele via o rosto de Divaldo na sua frente dizendo: 


"Venha e me mate primeiro", então, ele se desarmava. 


Ele agradeceu dizendo que, se não fosse Divaldo e o Espiritismo, ele estaria num cárcere. 


Divaldo, então, esclareceu:


- Agradeça a sua consciência, que assimilou toda a educação moral evangélica que recebeu na Mansão do Caminho. 


Você fez bom uso do livre arbítrio. 


Hoje, você pode entender, por isso vou lhe contar que, os bons espíritos me disseram que você foi um criminoso na encarnação anterior, meu filho. 


Você trazia no inconsciente a lembrança do sangue jorrando em sua mão quando esfaqueava alguém. 


Estava tão dentro de você, que explodia na sua memória atual, eram flashes do passado.


Resumo de uma história verídica vivenciada pelo médium espírita Divaldo P. Franco. Retirado do livro "Conversa Fraterna" FEB.