domingo, 23 de novembro de 2025

Diante do Tempo - Emmanuel


 Diante do Tempo

Emmanuel

Tema principal

Reunião pública de 15-12-1961.

1ª Parte — Cap. V — Item 5.

 

Contempla o mundo a que voltaste, através da reencarnação, para resgatar o passado e construir o futuro.

 

Sol que brilha, nuvem que passa, vento que ondula, terra expectante, árvore erguida, fonte que corre, fruto que alimenta e flor que perfuma utilizam a riqueza das horas para servir. 


Aproveita, igualmente, os minutos, para fazeres o melhor.


Perdeste nobres aspirações em desenganos esmagadores; 


no entanto, as esperanças renascem no coração dilacerado, à maneira de rosas sobre ruínas.

 

Perdeste créditos valiosos na insolvência passageira que te aflige o caminho; 


todavia, o trabalho dar-te-á recursos multiplicados para conquistas novas.

 

Perdeste felizes ocasiões de prosperidade e alegria, à vista da calúnia com que te ferem ; 


mas, no culto da tolerância, removerás a maledicência, demandando níveis mais altos.

 

Perdeste familiares queridos que te largaram à solidão; 


no entanto, recuperá-los-ás tão logo consigas sazonar os frutos do entendimento, na esfera da própria alma.

 

Perdeste afetos sublimes na fronteira da morte; 


todavia, reaverás todos eles, um dia, quando te sentires de espírito libertado, nos Planos da Grande Luz.

 

Perdeste dons preciosos, na enfermidade que te flagela;


mas o próprio corpo físico é santuário que se refaz.

 

Observa, contudo, o que fazes do tempo e vale-te dele para instalar bondade e compreensão, discernimento e equilíbrio, em ti mesmo, porque o dia que deixas passar, vazio e inútil, é, realmente, um tesouro perdido que não mais voltará.

 

XAVIER, Francisco Cândido ditada pelo Espírito Emmanuel  . Justiça divina : estudos e dissertações em torno da obra “O Céu e o Inferno”, de Allan Kardec. , cap 82 . Jesus Cristo : Ilustração Reproduzida da Internet.


sábado, 22 de novembro de 2025

Na Luz da Justiça - Emmanuel



 Na Luz da Justiça

Emmanuel

Tema principal

Reunião pública de 8-12-1961.

1ª Parte — Cap. VII — Item 3 — §21.

 

A justiça humana, conquanto respeitável; 


frequentemente julga os fatos que considera puníveis pelos derradeiros lances de superfície, mas a Justiça Divina observa todas as ocorrências, desde os menores impulsos que lhes deram começo.


Identificaste os culpados pelas tragédias, minuciosamente descritas na imprensa; 


no entanto, muitas vezes tudo ignoras, acerca das inteligências que as urdiram na sombra.

 

Viste pais e mães, aparentemente felizes e vigorosos, tombarem na desencarnação prematura, minados por sofrimentos indefiníveis; 


mas não enxergaste os filhos inconsequentes que lhes exauriram as forças.

 

Anotaste os companheiros que desertaram da construção espiritual, censurando-lhes o esmorecimento e o recuo; 


todavia, não te apercebeste dos amigos levianos que lhes exterminaram a tenra sementeira de luz, no apontamento escarnecedor.

 

Reprovaste os que se renderam à perturbação e à loucura, estranhando-lhes a suposta fraqueza; 


entretanto, não chegaste a conhecer os verdugos risonhos, do campo social e doméstico, que os ficharam no cadastro do manicômio.

 

Acusaste os irmãos que caíram em desdita e falência, classificando-os na lista dos celerados; 


contudo, nem de leve assinalaste a presença daqueles que os sitiaram no beco da aflição sem remédio.


Não queremos, com isso, consagrar o regime da irresponsabilidade.

 

Todos respiramos, no Universo, ante a luz da Justiça.

 

O autor de uma falta, naturalmente, responderá por ela.

 

Nos tribunais da imortalidade, cada Espírito devedor resgata as suas próprias contas. 


No entanto, em todas as circunstâncias, saibamos semear o bem, esparzir o bem, sustentar o bem e cooperar para o bem, de vez que as nossas ações provocam nos outros, ações semelhantes, e, se aquele que faz o mal é passível de pena, aquele que organiza o mal, conscientemente, sofrerá pena maior.


 XAVIER, Francisco Cândido ditada pelo Espírito Emmanuel  . Justiça divina : estudos e dissertações em torno da obra “O Céu e o Inferno”, de Allan Kardec. , cap 81. Ilustração Reproduzida da Internet. 

 

quarta-feira, 19 de novembro de 2025

Evolução e Livre Arbítrio - Emmanuel


Evolução e Livre Arbítrio

Emmanuel

Tema principal

Reunião pública de 11-12-1961.

1ª Parte — Cap. I — Item 5.


Porque há dores necessárias no erguimento da vida, há quem se acolha à faixa da negação.

 

Ainda agora, muitos cientistas e religiosos, encastelados em absurdos afirmativos, parecem interessados em se anteporem ao próprio Deus.

 

Gigantes do raciocínio constroem máquinas com que investem o espaço cósmico, em arrojados desafios, para dizerem que a vida é a matéria suposta onipotente, enquanto que milhares de pregoeiros da fé levantam cadeias teológicas, tentando apresar a mente humana ao poste do fanatismo.

 

Na área de semelhantes conflitos, padece o homem o impacto de crises morais incessantes.

 

Não te emaranhes, porém, no labirinto.

 

O mundo está criado, mas não terminado.

 

De ponta a ponta da Terra, vibra, candente, a forja da evolução. 


Problemas solucionados abrem campo a novos problemas. 


Horizontes abertos descerram horizontes mais amplos. 


E, na arena da imensa luta, o Espírito é a obra prima do Universo, em árduo burilamento.


O Criador não vive fora da Criação.


A criatura humana, contudo, ainda infinitamente distante da Luz Total, pode ser comparada ao aprendiz limitado aos exercícios da escola.

 

Cada civilização é precioso curso de experiências e cada individualidade, segundo a justiça, deve estruturar a sua própria grandeza.

 

Examinando o livre arbítrio que a Divina Lei nos faculta, consideremos que nós mesmos, imperfeitos quais somos, não furtamos, impunemente, uns dos outros, a liberdade de conhecer e realizar.

 

Pais responsáveis, não trancafiamos os filhos em urnas de afeto exclusivo, com a desculpa de amor.

 

Professores honestos, não tomamos o lugar do discípulo, ofertando-lhe privilégios, a título de ternura.

 

Médicos idôneos, não exoneramos o enfermo dos arriscados processos da cirurgia, a pretexto de compaixão.

 

Recebe, pois, o quadro das provações aflitivas em que te encontras, como sendo o maior ensejo de crescimento e de elevação que a Bondade Infinita, por agora, te pode dar.


Não te importe o materialismo a dementar-se no próprio caos. Sabes que o homem não é planta sem raiz, nem barco à matroca.

 

Os que negam a Causa das Causas, reajustam, para lá do sepulcro, visão e entendimento, emotividade e conceito.

 

Enquanto observas, no caminho, perturbação e sofrimento, à guisa de poeira e sucata em prodigiosa oficina, tranquiliza-te e espera, porquanto, aprendendo e servindo, sentirás em ti mesmo a presença do Pai.

 

XAVIER, Francisco Cândido ditada pelo Espírito Emmanuel  .Justiça divina : estudos e dissertações em torno da obra “O Céu e o Inferno”, de Allan Kardec. , cap 82. Livre Arbítrio : Ilustração Reproduzida da Internet. Foto : Rede Fonte.