segunda-feira, 29 de dezembro de 2025

Amigos e Inimigos - Emmanuel

 


Amigos  e Inimigos

Emmanuel

 

O amigo é uma bênção.


O inimigo, entretanto, é também um auxílio, se nos dispomos a aproveitá-lo.

 

O companheiro enxerga os nossos acertos, estimulando-nos na construção do melhor de que sejamos capazes.


O adversário identifica os nossos erros, impelindo-nos a suprimir a parte menos desejável de nossa vida.

 

O amigo se rejubila conosco, diante de pequeninos trechos de tarefa executada.



O inimigo nos aponta a extensão da obra que nos compete realizar.

 

O companheiro nos dá força.


O adversário nos mede a resistência.

 

Quem nos estima, frequentemente categoriza nossos sonhos por serviços feitos, tão-só para induzir-nos a trabalhar.


Quem nos hostiliza, porém, não nos nega valor, porquanto não nos ignora e sim nos combate, reconhecendo-nos a presença em ação.

 

Na fase deficitária da evolução que ainda nos caracteriza, precisamos do amigo que nos encoraja e do inimigo que nos observa.


Sem o companheiro, estaremos sem apoio e, sem o adversário, ser-nos-á indispensável enorme elevação para não tombar em desequilíbrio. Isso porque o amigo traz a cooperação e o inimigo forma o teste.

 

Qualquer servidor de consciência tranquila se regozija com o amparo do companheiro, mas deve igualmente honrar-se com a crítica do adversário que o ajuda na solução dos problemas do reajuste.

 

Jesus foi peremptório em nos recomendando:


"Amai os vossos inimigos". 


Saibamos agradecer a quem nos corrige as falhas, guardando-nos o passo em caminho melhor.


XAVIER , Francisco Cândido Xavier ditado por Espíritos Diversos. Passos da vida, Cap. 2.Imagem Reproduzida da Internet.




domingo, 28 de dezembro de 2025

Ainda Hoje - Meimei

 

 

Ainda Hoje

Meimei

 

Irritavas-te, ainda hoje, no justo momento da caridade.

 

E pensavas contigo mesmo: 


"valerá suportar a bílis do companheiro encolerizado, desculpar o insulto da ignorância, sofrer sem revolta aos golpes da violência e ajudar aos que me incomodam na via pública?"

 

Refletias a extensão do mal e confiavas- te ao desespero.

 

Entretanto, não se pode julgar o campo pelo talo de erva, nem avaliar espiritualmente a multidão pelo movimento da praça.

 

O amigo que te oferece o semblante áspero guarda provavelmente um espinho de aflição a espicaçar-lhe o peito, a pessoa que te injuria talvez padeça lastimável cegueira, a mão que te fere expõe o próprio desequilíbrio e esses rostos ulcerados que te pedem consolo trazem também consigo um coração suspirando por Deus.

 

Deixa que a bondade se externe por ti, estendendo a fonte da esperança e a melodia da bênção.

 

Silencia a palavra candente e apaga todo impulso de crueldade.

 

Ergue ainda hoje os que caíram.

 

Amanhã, é provável necessites escudar - te naqueles que levantas.

 

Reflitamos no Eterno Amigo que passou na Terra, compreendendo e servindo, sem descrer do amor, embora sozinho nos supremos testemunhos da própria fé.

 

Ampara, alivia, ilumina e socorre sempre.

 

Todo auxílio na obra do bem é uma prece silenciosa. 


E, toda vez que auxilias, o anjo da caridade está perto, orando também por ti.

 

XAVIER , Francisco Cândido Xavier ditado por Espíritos Diversos. Passos da vida, Cap. 1.Imagem Reproduzida da Internet.


sábado, 27 de dezembro de 2025

Ridículo Silêncio - Emmanuel

 


Ridículo Silêncio

Emmanuel


Há muitas espécies de provação para a dignidade pessoal e numerosos gêneros de defesa.


Há feridas que atingem a honorabilidade de família, golpes que vibram sobre a realização individual, calúnias que envolvem o nome, acusações gratuitas, comentários desairosos à reputação, análises mentirosas de situações respeitáveis e escândalos do ridículo.


Na maioria das experiências dessa natureza, o ruído é justo e a retificação adequada.


Nas contrariedades familiares, é fácil estabelecer programas novos e corrigir normas de conduta.


Na perseguição ao trabalho honroso, basta recorrer aos frutos substanciosos e ricos da obra realizada.


Na calúnia, socorre-se o homem reto do esclarecimento natural.


Na acusações gratuitas, a verdade simples responde pelos acusados aos perseguidores cruéis.


Nos falatórios da rua, a realidade modifica a opinião popular.


No jogo das aparências, com que se procura envenenar as situações dignas, não é difícil demonstrar a nobreza dos fatos, focalizando outros prismas.


Para isso, há um exercício de servidores da justiça do mundo que, com rapidez ou lentidão, atende a reclamações e mobiliza providências compatíveis com os acontecimentos mais estranhos.


Mas, autoridade alguma da Terra garante facilidades à defesa contra os escândalos do ridículo. 


Para suportar, dignamente, esse gênero de provação somente Jesus oferece o padrão necessário. 


A reação não serve, o protesto complica, transforma-se a reclamação em escândalo novo, converte-se o rumor em incêndio de consequências imprevisíveis. 


A criatura bem intencionada, sob a perseguição do ridículo, não tem outro recurso senão recordar o Cristo, incompreendido pelas autoridades de seu tempo, ironizado pelos ignorantes e injuriados pela multidão, compreendendo que todo homem responderá pelos seus atos a Deus, no tribunal do foro íntimo, e que a mais alta defesa contra o sarcasmo do mundo é o silêncio da perfeita confiança no Divino Poder.


XAVIER, Francisco Cândido Ditados por Espíritos Diversos. Coletâneas do além, p.6. Jesus Cristo:  Ilustração Reproduzida da Internet.