quarta-feira, 2 de julho de 2025

Tranquilidade - André Luiz



Tranquilidade

André Luiz

Cap. XXV – Item 9


1 – Comece o dia na luz da oração.

O amor de Deus nunca falha.


2 – Aceite qualquer dificuldade sem discutir.

Hoje é o tempo de fazer o melhor.


3 – Trabalhe com alegria.

O preguiçoso, ainda mesmo quando se mostre num pedestal de ouro maciço, é um cadáver que pensa.


4 – Faça o bem o quanto possa.

Cada criatura transita entre as próprias criações.


5 – Valorize os minutos.

Tudo volta, com exceção da hora perdida.


6 – Aprenda a obedecer no culto das próprias obrigações.

Se você não acredita na disciplina, observe um carro sem freio.


7 – Estime a simplicidade.

O luxo é o mausoléu dos que se avizinham da morte.


8 – Perdoe sem condições.

Irritar-se é o melhor processo de perder.


9 – Use a gentileza, mas de modo especial dentro da própria casa.

Experimente atender os familiares como você trata as visitas.


10 – Em favor de sua paz conserve fidelidade a si mesmo.

Lembre-se de que, no dia do Calvário, a massa aplaudia a causa triunfante dos crucificadores, mas o Cristo, solitário e vencido, era a causa de Deus.


XAVIER, Francisco Cândido; Waldo Vieira Por Espíritos Diversos. Espírito da verdade, cap 37. Jesus Cristo:  Ilustração Reproduzida da Internet. Arte: Day RV. 


terça-feira, 1 de julho de 2025

O Filho do Orgulho - Cairbar Schutel



O Filho do Orgulho

Cairbar Schutel

Cap. VII – Item 11


O melindre – filho do orgulho – propele a criatura a situar-se acima do bem de todos. É a vaidade que se contrapõe ao interesse geral.


Assim, quando o espírita se melindra, julga-se mais importante que o Espiritismo e pretende-se melhor que a própria tarefa libertadora em que se consola e esclarece.


O melindre gera a prevenção negativa, agravando problemas e acentuando dificuldades, ao invés de aboli-los. 


Essa alergia moral demonstra má vontade e transpira incoerência, estabelecendo moléstias obscuras nos tecidos sutis da alma.


Evitemos tal sensibilidade de porcelana, que não tem razão de ser.


Basta ligeira observação para encontrá-la a cada passo:


É o diretor que tem a sua proposição refugada e se sente desprestigiado, não mais comparecendo às assembleias.


O médium advertido construtivamente pelo condutor da sessão, quanto à própria educação mediúnica, e que se ressente, fugindo às reuniões.


O comentarista admoestado fraternalmente para abaixar o volume da voz e que se amua na inutilidade.


O colaborador do jornal que vê o artigo recusado pela redação e que se supõe menosprezado, encerrando atividades na imprensa.


A cooperadora da assistência social esquecida, na passagem de seu aniversário, e se mostra ferida, caindo na indiferença.


O servidor do templo que foi, certa vez, preterido na composição da mesa orientadora da ação espiritual e se desgosta por sentir-se infantilmente injuriado.


O doador de alguns donativos cujo nome foi omitido nas citações de agradecimento e surge magoado, esquivando-se a nova cooperação.


O pai relembrado pela professora das aulas de moral cristã, com respeito ao comportamento do filho, e que, por isso, se suscetibiliza, cortando o comparecimento da criança.


O jovem aconselhado pelo irmão amadurecido e que se descontenta, rebelando-se contra o aviso da experiência.


A pessoa que se sente desatendida ao procurar o companheiro de cuja cooperação necessita, nos horários em que esse mesmo companheiro, por sua vez, necessita de trabalhar a fim de prover a própria subsistência. 


O amigo que não se viu satisfeito ante a conduta do colega, na instituição, e deserta, revoltado, englobando todos os demais em franca reprovação, incapaz de reconhecer que essa é a hora de auxílio mais amplo.


O espírita que se nega ao concurso fraterno somente prejudica a si mesmo.


Devemos perdoar e esquecer se quisermos colaborar e servir.


A rigor, sob as bênçãos da Doutrina Espírita, quem pode dizer que ajuda alguém? 


Somos sempre auxiliados.


Ninguém vai a um templo doutrinário para dar, primeiramente.


Todos nós aí comparecemos, antes de tudo, para receber, sejam quais forem as circunstâncias.


Fujamos à condição de sensitivas humanas, convictos de que a honra reside na tranquilidade da consciência, sustentada pelo dever cumprido.


Com a humildade não há o melindre que piora aquele que o sente, sem melhorar a ninguém.


Cabe-nos ouvir a consciência e segui-la, recordando que a suscetibilidade de alguém sempre surgirá no caminho, alguém que precisa de nossas preces, conquanto curtas ou aparentemente desnecessárias.


E para terminar, meu irmão, imagine se um dia Jesus se melindrasse com os nossos incessantes desacertos...


XAVIER, Francisco Cândido; Waldo Vieira Por Espíritos Diversos. Espírito da verdade, cap 36. Jesus Cristo:  Ilustração Reproduzida da Internet. 


segunda-feira, 30 de junho de 2025

Se Você Fizer Força - André Luiz

 


Se Você Fizer Força

André Luiz

Cap. XXVII – Item 8

 

Diz você que não pode respirar o clima de luta na experiência doméstica;


entretanto, se fizer força no cultivo da renúncia santificante, fará da própria casa um refúgio de amor.

 

Diz você que não mais suporta o amigo desajustado, mas se fizer força, no exercício da tolerância, é possível consiga convertê-lo amanhã em colaborador ideal.

 

Diz você experimentar imenso cansaço, diante do chefe atrabiliário e inconsequente; 


contudo, se fizer força, sustentando a paciência, obterá nele, ainda hoje, um amigo fiel.

 

Diz você que não adianta ensinar o bem; 


no entanto, se fizer força para exemplificar o que ensina, atingirá realizações de valor inimaginável.

 

Diz você que se nota assaltado por enorme desânimo na pregação construtiva; 


entretanto, se fizer força, na sementeira da educação, transfigurará o seu verbo em facho de luz.

 

Diz você estar desistindo da caridade, ante os golpes da ingratidão; 


mas se fizer força para prosseguir, ajudando sem exigência, surpreenderá na caridade a perfeita alegria.

 

Diz você que está doente e nada consegue de nobre e útil; 


no entanto, se fizer força para superar as próprias deficiências, vencerá a enfermidade, avançando em serviço e merecimento.

 

Diz você que conversação já lhe esgotou a reserva nervosa e dispõe-se à retirada para o repouso justo; 


contudo, se fizer força para continuar atendendo aos ouvintes, olvidando a própria fadiga, ninguém pode prever a extensão da colheita de bênçãos que virá da sua plantação de gentileza e bondade.

 

O grande bem de todos é feito nos pequenos sacrifícios de cada um.

 

E se fizermos força para viver, segundo os bons conselhos que articulamos para uso dos outros, em breve tempo transformaremos a Terra em luminoso caminho para a glória real.

 

XAVIER, Francisco Cândido; Waldo Vieira Por Espíritos Diversos. Espírito da verdade, cap 35. Planeta Terra:  Ilustração Reproduzida da Internet.