quarta-feira, 19 de novembro de 2025

Evolução e Livre Arbítrio - Emmanuel


Evolução e Livre Arbítrio

Emmanuel

Tema principal

Reunião pública de 11-12-1961.

1ª Parte — Cap. I — Item 5.


Porque há dores necessárias no erguimento da vida, há quem se acolha à faixa da negação.

 

Ainda agora, muitos cientistas e religiosos, encastelados em absurdos afirmativos, parecem interessados em se anteporem ao próprio Deus.

 

Gigantes do raciocínio constroem máquinas com que investem o espaço cósmico, em arrojados desafios, para dizerem que a vida é a matéria suposta onipotente, enquanto que milhares de pregoeiros da fé levantam cadeias teológicas, tentando apresar a mente humana ao poste do fanatismo.

 

Na área de semelhantes conflitos, padece o homem o impacto de crises morais incessantes.

 

Não te emaranhes, porém, no labirinto.

 

O mundo está criado, mas não terminado.

 

De ponta a ponta da Terra, vibra, candente, a forja da evolução. 


Problemas solucionados abrem campo a novos problemas. 


Horizontes abertos descerram horizontes mais amplos. 


E, na arena da imensa luta, o Espírito é a obra prima do Universo, em árduo burilamento.


O Criador não vive fora da Criação.


A criatura humana, contudo, ainda infinitamente distante da Luz Total, pode ser comparada ao aprendiz limitado aos exercícios da escola.

 

Cada civilização é precioso curso de experiências e cada individualidade, segundo a justiça, deve estruturar a sua própria grandeza.

 

Examinando o livre arbítrio que a Divina Lei nos faculta, consideremos que nós mesmos, imperfeitos quais somos, não furtamos, impunemente, uns dos outros, a liberdade de conhecer e realizar.

 

Pais responsáveis, não trancafiamos os filhos em urnas de afeto exclusivo, com a desculpa de amor.

 

Professores honestos, não tomamos o lugar do discípulo, ofertando-lhe privilégios, a título de ternura.

 

Médicos idôneos, não exoneramos o enfermo dos arriscados processos da cirurgia, a pretexto de compaixão.

 

Recebe, pois, o quadro das provações aflitivas em que te encontras, como sendo o maior ensejo de crescimento e de elevação que a Bondade Infinita, por agora, te pode dar.


Não te importe o materialismo a dementar-se no próprio caos. Sabes que o homem não é planta sem raiz, nem barco à matroca.

 

Os que negam a Causa das Causas, reajustam, para lá do sepulcro, visão e entendimento, emotividade e conceito.

 

Enquanto observas, no caminho, perturbação e sofrimento, à guisa de poeira e sucata em prodigiosa oficina, tranquiliza-te e espera, porquanto, aprendendo e servindo, sentirás em ti mesmo a presença do Pai.

 

XAVIER, Francisco Cândido ditada pelo Espírito Emmanuel  .Justiça divina : estudos e dissertações em torno da obra “O Céu e o Inferno”, de Allan Kardec. , cap 82. Livre Arbítrio : Ilustração Reproduzida da Internet. Foto : Rede Fonte.

 

terça-feira, 18 de novembro de 2025

Compaixão e Justiça - Emmanuel


Compaixão e Justiça

Emmanuel

Tema principal

Reunião pública de 4-12-1961.

1ª Parte — Cap. VII — Item 3 — § 29.


O Amor Universal favorece o levantamento da escola, mas, se te negas a aprender, ninguém te pode arrancar às trevas da ignorância.

 

A Divina Presciência estabelece regras e meios para a higiene, mas, se desertas do cuidado para contigo, albergarás, no próprio corpo, largo pasto à imundície.

 

A Infinita Bondade inspira a elaboração do remédio que te alivie ou cure as doenças, nessa ou naquela circunstância difícil, mas, se recusas o medicamento, continuarás sofrendo o desequilíbrio.

 

A Eterna Sabedoria promove a fabricação de extintores e encoraja a educação de bombeiros, mas, se ateias fogo na própria casa, padecerás, de imediato, os resultados do incêndio.

 

A Providência Vigilante suscita a formação de recursos para o cultivo e defesa da gleba, mas, se foges do trabalho, a breve tempo terás, no próprio campo, vasta coleção de espinheiros e serpentes.

 

Deus dá a semente, mas pede serviço para que o pão apareça; 


espalha ensinamentos, mas pede estudo para que haja aprimoramento do Espírito.

 

Não procures enganar a ti mesmo, aguardando compaixão sem justiça.

 

Anota os fenômenos da existência e reconhecerás que a vida te concede guias e explicadores, estradas e máquinas; 


no entanto, exige que penses com a própria cabeça e andes com os próprios pés.

 

Afirma Allan Kardec: 


“Certo, a misericórdia de Deus é infinita, mas não é cega.”

 

E Jesus, encarecendo a responsabilidade que nos supervisiona os caminhos, adverte-nos no versículo trinta e três do capítulo treze, no Evangelho de Marcos: “Olhai, vigiai e orai…” 

 

Observemos que o apelo à prudência não inclui simplesmente o “vigiai” e o “orai”, e, sim, começa, com ampla objetividade, pelo imperativo categórico: “Olhai.”


XAVIER, Francisco Cândido ditada pelo Espírito Emmanuel  . Justiça divina : estudos e dissertações em torno da obra “O Céu e o Inferno”, de Allan Kardec. , cap 80. Ilustração Reproduzida da Internet.


segunda-feira, 17 de novembro de 2025

Tarefas - Emmanuel


Tarefas

Emmanuel

Tema principal

Reunião pública de 1-12-1961.

1ª Parte — Cap. IX — Item 22.

 

 

Os Espíritos Puros desempenham missões gloriosas; 


contudo, embora as imperfeições que ainda nos assinalam, todos temos função pessoal e intransferível nas engrenagens do mundo.

  

Não te afirmes à margem, nem te dês por inútil.

 

Não alegues impedimento, nem desertes da atividade que a vida te reservou.

 

Repara as lições que vertem, silenciosas, do livro da natureza.

 

Se os vermes parassem de trabalhar, por se reconhecerem insignificantes, o solo ressecar-se-ia, infecundo, incapaz de solucionar os problemas humanos.

 

Se as sementes invejassem a posição das árvores maduras e generosas que lhes presidem à espécie, desistindo, por isso, do esforço obscuro na germinação e no crescimento, em pouco tempo a esterilidade anularia os recursos da Terra.

 

Se as papoulas deixassem de produzir, revoltadas contra aqueles que lhes deturpam a essência nos mercados de ópio, deixariam de aliviar as dores do enfermo desesperado.

 

Se as fontes singelas fugissem de sustentar os grandes rios e as grandes represas, a pretexto de se notarem humildes, ante as grossas correntes que lhes formam a imensidade, o homem não contaria com esse ou aquele maior cabedal de força.


Honremos o posto de ação em que fomos localizados.

 

Diante da Lei, não há serviço aviltante.

 

As mãos que assinam decretos não vivem sem aquelas outras que preparam a mesa.

 

Os braços que conduzem arados são apoios daqueles outros que movem as máquinas poderosas.

 

Suor na indústria é sustento de todos.

 

Asseio na rua é proteção à comunidade.

 

Não vale amontoar rótulos passageiros, nem atabalhoar-se com muitos compromissos ao mesmo tempo.


Importa, acima de tudo, fazer bem o que se deve fazer.

 


XAVIER, Francisco Cândido ditada pelo Espírito Emmanuel  . Justiça divina : estudos e dissertações em torno da obra “O Céu e o Inferno”, de Allan Kardec. , cap 79. Jesus Cristo: Ilustração Reproduzida da Internet. Arte :Monifath99.