sábado, 18 de maio de 2024

Convite a Esperança -Joanna de Ângelis





Convite a Esperança

Joanna de Ângelis

“Tudo suporta,, tudo crê, tudo espera, tudo sofre.” (1ª Epístola aos Coríntios: capítulo 13º, versículo 7.)



Não obstante estejam carrancudas as nuvens do teu céu, prenunciando borrasca próxima aflitiva, espera.


Após a tempestade que, talvez advenha, talvez não, defrontarás dia claro  pelo caminho.


Embora a soledade amarga a fazer-te sofrer fel e dor como  se já não suportasses mais a lenta e silenciosa agonia, espera.


Amanhã, possivelmente dois braços amigos estarão envolvendo-te e voz veludosa cantará aos teus ouvidos gentil canção…


Mesmo que tudo conspire contra os propósitos abraçados, ameaçando planos zelosamente cuidados, espera.


Há surpresas que constituem interferência Divina,  modificando paisagens humanas, alterando rumos considerados  corretos.


Apesar de a chibata caluniosa fazer-te experimentar reproche e desconsideração, arrojando-teà rua do descrédito, espera.


A verdade chega após a calamidade  da intrujice para demonstrara grandeza da sua força, renovando conceituações.


À borda do abismo do desespero, incompreendido e em sofrimento, estuga o passo e espera.


Reconsidera atitudes mentais e recomeça o labor.
O futuro se consolida mediante as realizações do presente..


Esperança expressa integração no organograma da vida.


O rio muda o curso, a montanha desaparece, a árvore fenece, o grão germina, enquanto esperam…


A mão grandiloquente do tempo tudo muda.


O que agora parece sombras, logo mais surge e ressurge  em ouro fulvo de luz.


Espera, diz o Evangelho, e ama.


Espera, responde a vida, e serve.


Espera, proclamam os justos, e perdoa.


Espera no dever distribuindo consolo e compreensão, porquanto, a fim de que houvesse a gloriosa ascensão do Senhor, na montanha da Betânia, aconteceram a traição infame, o cerco da inveja, a gritaria do julgamento arbitrário e a Cruz odienta, que em sublime esperança o Justo transformou na excelsa catapulta para o Reino dos Céus.




FRANCO, Divaldo Pereira pelo Espírito Joanna de Ângelis. Convites da Vida.

sexta-feira, 17 de maio de 2024

Convite à Edificação - Joanna de Ângelis




Convite à Edificação

Joanna de Ângelis


“... O amor edifica.” (1ª Epístola aos Coríntios: capítulo 8º, versículo 1).



Aqui, escombros acumulados refletindo desolação e queda.


Ali, montanhas de resíduos, assoberbando terrenos baldios.


Além, poluição multiplicando miasmas, em ameaça à vida.


Em toda parte desagregação em regime de urgência, desvalorizando os estímulos otimistas, como se tudo marchasse para um aniquilamento imediato, avassalador...


O erro moral em aceitação tácita, tranqüila.


A conivência com as vantagens da extravagância, favorecendo clima de alucinação e balbúrdia perturbadora..


Não obstante as calamidades, medram as flores da esperança, no mesmo campo terrestre.


O pantanal renovado pela drenagem reverdesce-se.


A aridez desértica socorrida pela irrigação torna-se pomar e jardim.


Os muros velhos, desolados, sob tépido beijo solar da primavera, enflorecem-se.


Assim a vida.


Do caos aparente em que o mal governa, a construção nova do bem, a edificação legítima da felicidade.


Não te consideres marginalizado nestes dias, porque teus olhos fitam paisagens lúgubres em que o desencanto moral se demora vencedor e a
aflição conduz triunfante.


Operário da ação nobilitante, possuis recursos valiosos para a obra superior.


Necessário, apenas, que te disponhas.


Do terreno revolvido surge a sementeira feliz, dos destroços das demoliçôes nasce a construção atraente.


Edifica o teu lar de paz onde estejas, sem a preocupação de retificar tudo de um só golpe.


Não te agastes com os ociosos, que nada fazem nem te irrites com os incompreensíveis, que te dificultam a marcha.


Produze a tua quota, mesmo que ela seja a humilde cooperação da gentileza, da paciência, do tijolo modesto ou da colher de cimento da boa vontade, fazendo a tua parte.


Insta contigo próprio a fim de executares o serviço edificante.


Exige-te mais esforço.


Concede-te a oportunidade feliz.


Pondera acuradamente e resolve-te superar quaisquer limites, sejam dificuldades, incapacidade, problemas...


Acima de tudo lembra-te, também, de reedificar-te interiormente consoante o ensino do Senhor, facultando que nasça do “homem velho”, que todos somos, acostumados aos erros e gravames, o “homem novo”, idealista, sonhador do bem, colocado a posto para o amanhã feliz. E tem em mente que só “o amor edifica”.




FRANCO, Divaldo Pereira pelo Espírito Joanna de Angelis. Convites da vida, Cap. 15, p .13-14 , 1972.

quinta-feira, 16 de maio de 2024

Convite à Disciplina - Joanna de Ângelis




Convite à Disciplina

Joanna de Ângelis


“Somos servos inúteis, fizemos o que devíamos fazer.”(Lucas: capítulo 17º, versículo 10).


Os néscios não conseguem entendê-la.


Os preguiçosos supõem marginalizá-la.


Os ingratos desconsideram-na.


Os frívolos transferem-na no tempo e na oportunidade.


Os atormentados teimam por evitá-la.


Os vândalos corrompem-na.


Os pervertidos pensam mudar-lhe a estrutura, confundindo o teor em que se apresenta.


Mas, incorruptível, a disciplina traça linhas diretivas e vigorosas, trabalhando o diamante bruto do espírito, a fim de expungílo de toda jaça e torná-lo de real lavor.


Enxameiam em todo lugar os homens que a conspurcam, enlouquecidos pela tirania do “eu” ou amesquinhados sob o peso da irresponsabilidade.


Nos dias modernos, muitas pessoas acreditam que manter disciplina em relação a si mesmas, como ao próximo e à comunidade,  bases que são da Humanidade , é esforço vão, tendo em vista a vitória dos usurpadores, das
facções poderosas que se utilizam da força e da astúcia dos donos dos monopólios, como da impiedade...


No entanto o mentiroso a si mesmo se engana;


o tirano a si próprio se prejudica;


o avaro constrói;


o presídio dourado da loucura pessoal;


o criminoso jugula-se à hediondez;

o explorador condiciona-se à insaciabilidade.


Ninguém engana, realmente, ninguém.


É da Lei Divina que somente sofre o que o homem deve.


Desde que se apresente em condição de vítima expunge, enquanto o algoz adquire débito para ulterior aflição.


Face a isso, disciplina-te no exercício dos pequenos labores para fruíres as alegrias que te conduzirão aos eloquentes deveres que libertam e acalmam.


Disciplina é impositivo de a levantamento moral fomentador do progresso, base da paz, de que ninguém pode prescindir.


Se as tuas disciplinas morais por enquanto se apresentam como pesada canga, persevera e insiste nelas até que te chegue o instante liberativo em que se transformarão em prazer de plenitude e gozo de harmonia pessoal decorrente do júbilo de todos pelo que hajas produzido e conseguido.



FRANCO, Divaldo Pereira pelo Espírito Joanna de Angelis. Convites da vida, Cap. 14, p .13 , 1972.