O Assistido
Emmanuel
Diante daqueles a quem socorres, não admitas que a caridade
seja prerrogativa unicamente de tua parte.
Enumera os bens que recolhes daqueles a quem amparas.
Habitualmente doamos aos companheiros necessitados algo do
que nos sobra, deles recebendo muito do que nos falta.
*
É preciso não esquecer que da pessoa a quem assistimos
obtemos benefícios substanciais, como sejam:
a verificação de nossas próprias vantagens;
o conhecimento das responsabilidades que nos competem, à
frente dos outros;
o aviso salutar, com relação aos deveres que nos cabem, na
preservação dos bens da vida;
a paciência com os nossos obstáculos e males menores;
o ensinamento da provação com que somos defrontados;
a aquisição de experiência;
as vibrações de simpatia;
o auxílio que recebemos para sustentar mais amplo auxílio
aos outros;
o consolo nos sofrimentos que, porventura, nos fustiguem;
o crédito moral que se registra, a nosso favor, na memória
dos espíritos encarnados e desencarnados que amparam a criatura em crises e
empeços maiores que os nossos.
*
Serve a benefício dos semelhantes, tanto quanto possas e
como possas, em bases da consciência tranquila, sempre que encontres o próximo
baldo de equilíbrio, espoliado de esperança, sedento de paz ou cansado de
angústia, nas trilhas do cotidiano, porque a caridade é sempre maior nos
dividendos para aquele que dá.
Por isso mesmo, temos no Evangelho do Senhor a advertência inesquecível: "mais vale dar que receber."
Por isso mesmo, temos no Evangelho do Senhor a advertência inesquecível: "mais vale dar que receber."
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Caridade. Ditado pelo Espírito Emmanuel.
Ar aras, SP: IDE, 1978.
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