Você e os Outros
André Luiz
Amigo, atendamos ao apelo da fraternidade.
Abra a própria alma às manifestações generosas para com
todos os seres, sem trancar-se na torre de falsas situações, à frente do mundo.
A pretexto de viver com dignidade, não caminhe indiferente
ao passo dos outros.
Busque relacionar-se com as pessoas de todos os níveis sociais,
erguendo amigos além das fronteiras do lar, da fé religiosa e da profissão.
Evite a circunspeção constante e a tristeza sistemática que
geram a frieza e sufocam a simpatia.
Não menospreze a pessoa mau vestida nem a pessoa bem posta.
Não crie exceções na gentileza, para com o companheiro menos
experiente ou menos educado, nem humilhe aquele que atenta contra a gramática.
Não deixe meses, sem visitar e falar aos irmãos menos
favorecidos, como quem lhes ignora os sofrimentos.
Não condiciones as relações com os outros ao paletó e à
gravata, às unhas esmaltadas e aos sapatos brilhantes, que possam mostrar.
Não se escravize a títulos convencionais nem amplie as
exigências da sua posição em sociedade.
Dê atenção a quem lhe peça, sem criar empecilhos.
Trave conhecimento com os vizinhos, sem solenidade e sem
propósitos de superioridade.
Faça amizades desinteressadamente.
Aceite o favor espontâneo e preste serviço, também sem
pensar em remuneração.
Saiba viver com todos, para que o orgulho não lhe solape o
equilíbrio.
Quem se encastela na própria personalidade é assim como o
poço de água parada, que envenena a si mesmo.
Seja comunicativo.
Sorria à criança.
Cumprimente o velhinho.
Converse com o doente.
Liberte o próprio coração, destruído as barreiras de
conhecimento e fé, título e tradição, vestimenta e classe social, existentes
entre você e as criaturas e a felicidade, que você fizer para os outros, será
luz da felicidade sempre maior, brilhando em seu caminho.
XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito André Luiz.
Apostilas da Luz, cap. 6, p. 07.
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