Desespero
Emmanuel
Provocações e problemas, habitualmente, são testes de
resistência, necessários
à evolução e aprimoramento da própria vida.
A paciência é a escora íntima que auxilia a criatura a
atravessá-los com o proveito devido.
O desespero, entretanto, é sobretaxa de sofrimento que a
pessoa impõe a si mesma, complicando todos os processos de apoio que
conduziriam à tranqüilidade e ao refazimento.
O desespero é comparável a certo tipo de alucinação,
estabelecendo as maiores
dificuldades para aqueles que o hospedam na própria alma.
Em conflitos domésticos, inspira as vítimas dela a
pronunciar frases inoportunas,
muitas vezes separando os entes amados, ao invés de uni-los.
Nos eventos sociais que demandam prudência e serenidade, suscita a requisição de
medidas que prejudicariam a vida comunitária se fossem posta em prática no imediatismo
com que são exigidas.
Nas reivindicações justas, costuma antecipar declarações e
provocar acontecimentos que lhes caberiam atingir.
Nas moléstias do corpo físico, por vezes
encoraja o desrespeito pela dosagem dos medicamentos, no doente que precisa da
disciplina, em favor da própria
cura.
Disse Jesus:
“Bem-aventurados os aflitos porque serão
consolados,” mas ruge reconhecer que os aflitos inconformados, sempre acomodados
com o desespero, acima de tudo, são enfermos que se candidatam a socorro e
medicação.
XAVIER ,Francisco Cândido ditado pelo Espírito Emmanuel. Hoje
, p. 05.
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