Suicídio
Divaldo Pereira Franco
No ano de 1994, um jovem americano chamado Mike Emme, com 17 anos, suicidou-se dirigindo o seu carro amarelo.
Seus familiares e amigos distribuíram no funeral cartões com fitas amarelas oferecendo mensagens de consolo e solidariedade às pessoas que estivessem enfrentando o mesmo sofrimento do jovem e, de imediato, a mensagem se ampliou pelo mundo.
O mês de
setembro, dedicado à prevenção do suicídio, foi denominado amarelo(*).
A prevenção ao suicídio é um dever que não pode ser adiado,
considerando-se esta terrível pandemia, que vem destruindo existências
preciosas em toda parte do planeta.
Tem-se procurado entender por que o século da ciência e da tecnologia nos seus mais altos níveis apresenta, simultaneamente, os conflitos do vazio existencial, da indiferença pela vida e a fuga terrível pelo autocídio.
As estatísticas são assustadoras, exigindo providências
urgentes, especialmente nos lares, cuja estrutura moral vem-se deteriorando com
velocidade.
A destruição da família, o desrespeito às tradições, a desconsideração
à velhice, a sexolatria, o exagerado culto ao corpo e a violência têm
substituído todos os valores que constituem pilotis de segurança emocional,
deixando sem sentido a existência.
O ser humano encontra-se numa terrível encruzilhada, sem haver
conseguido encontrar um rumo digno para sair da situação em que se debate,
tombando no desânimo e na frustração, que o levam à depressão, ao suicídio.
Torna-se urgente a volta ao lar, à escola e aos ideais que
dão sentido emocional e espiritual à existência física.
Ao lado deles, a fé religiosa, que vem desaparecendo com a
volúpia do materialismo, também responde pelo tremendo caos que nos assusta.
A irresponsabilidade de alguns indivíduos frustrados e
perturbados mentalmente faz a exaltação ao suicídio como ato de coragem e de
desprezo pela vida.
A cada 40 segundos ocorre um suicídio, alcançando o índice
de 800 mil por ano, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).
São muitas as causas do suicídio, especialmente as de natureza mental, começando pelo transtorno de humor.
Além dos psiquiátricos,
existem os de natureza obsessiva, provocados por Espíritos do mal.
Busquemos todos enfrentar o problema abordando-o com
clareza, explicando os efeitos infinitamente perturbadores para aqueles que
fogem da luta e sofrem no Além, bem como estimulando ao respeito pelos valores
da educação e da vida.
O suicídio não resolve os dramas existenciais, porque a vida
prossegue e cada qual é feliz ou desgraçado na Espiritualidade, conforme haja
vivido e desencarnado.
Se nos permitirmos o desenvolvimento do amor, lograremos
realizar a existência feliz.
FONTE:
FRANCO, Divaldo Pereira. Artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, 2 de setembro de 2020.
*
Descrição da imagem:
Foto de Divaldo Franco sorrindo.
Ao fundo imagem da capa do Jornal A TARDE desfocada.
Canto superior esquerdo um laço de fita amarela representando a campanha contra o suicídio Setembro Amarelo.
Abaixo tarja amarela clara com texto e a marca da Mansão do Caminho.
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