Convite à Decisão
Joanna de Ângelis
“Nenhum servo pode servir a dois senhores.” (Lucas: capítulo
16º, versículo 13).
Será possível o consórcio da Espiritualidade com as ambições
mundanas?
Será crível amar as estrelas e demorar-se no charco?
Pode-se estudar o bem e cultivar a ilusão?
Permite-se o concurso da saúde no organismo debilitado?
É factível a dedicação à caridade e o comércio com a
rebeldia?
Disse Jesus com propriedade inalterável:
—“Não se serve bem a dois senhores.”
Sem dúvida não nos encontramos diante da necessidade de
construir comunidades novas em que a ojeriza ao mundo se patenteie pela fuga
aos cometimentos humanos.
Não estamos diante de uma imposição para que se edifiquem
células quistosas no organismo social, em que os seus membros se transformem em
marginais da vida contemporânea.
Desejamos aclarar
quanto à necessidade de que aquele que encontrou a rota luminosa da Verdade,
por um princípio de coerência natural, não se deve permitir engodos.
Desde que não se podem coadunar realidades que se
contrapõem, tu que conheces os objetivos da vida não deves permitir fixações e
posições falsas que já deverias ter abandonado a benefício da paz interior,
enquanto conivindo com atitudes dúbias, navegando no mar das indecisões,
estarás na crista e nas baixadas das ondas das dúvidas sob as contingências das
posições emocionais em atropelo.
O convite do Cristo tem sido sempre imperioso.
Tomando-se da charrua não se deve olhar para trás.
Diante do desejo da retificação, marchar para o bem e não
tornar ao pecado...
Imprescindível decidas o que desejas da vida, como
conduzires a vida, qual a idéia que fazes da vida e por fim marcha na direção
da Vida que venhas a eleger como rota para a verdadeira Vida.
FRANCO, Divaldo Pereira pelo Espírito Joanna de Angelis.
Convites da vida, Cap. 10, p .10 , 1972.
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