sábado, 29 de junho de 2024

Convite à Oração - Joanna de Ângelis

 



Convite à Oração 

Joanna de Ângelis


 “Senhor, ensina-nos a orar.”

(Lucas: capítulo 11,versículo 1).


 Nenhum motivo, por mais ponderável, conforme suponhas, pode constituir impedimento.


Razões expressivas não há que se transformem em empeço.

 

Atribulações que te assoberbem não significarão óbice ao ministério renovador.

 

Todas as coisas sob a sua claridade mudam de aspecto e as características antes deprimentes, sombrias, sofrem significativas transformações, ressurgindo com tonalidades mui diversas.

 

Ante a dúvida ou a ulceração moral constitui-se segurança e bálsamo refazente.

 

Mister, porém, fazer uma pausa no turbilhão, permitindo que o carro do desespero continue correndo, sem brida para encontrar o local de realizá-la.

 

Exige, como todas as coisas, condições adequadas para culminar o objetivo superior de que se encarrega.

 

É possível improvisá-la qual se fora um atendimento de urgência, em situação de combate.

 

Terapêutica preciosa, porém, solicita maior dosagem de cuidados para colimar resultados mais poderosos.

 

Esse antídoto, a qualquer mal, é a oração, a pausa refazente em que o espírito aturdido salta as barreiras impeditivas colocadas pelas turbações de toda ordem, a fim de alcançar as usinas inspirativas do Mundo Excelso.

 

Arrimo dos fracos, amparo dos combalidos, sustento dos sofredores, dínamo dos heróis, vitalidade dos santos, perseverança dos sábios, coragem dos mártires, a oração é o interfone por meio do qual o homem fala aos Ouvidos Divinos e por cujos fios recebe as sublimes respostas.

 

Faze um intervalo nas lutas quanto te permitam as possibilidades e convida-te à oração, a fim de poderes prosseguir intimorato pelo caminho da redenção. Lobrigarás, então, melhor entendimento sobre coisas, fatos e pessoas.

 

 

FRANCO, Divaldo Pereira pelo Espírito Joanna de Ângelis. Convites da vida, Cap. 31, p .27-28, 1972.Jesus Cristo, ilustração Reproduzida da Internet.


terça-feira, 25 de junho de 2024

Convite ao Desprendimento - Joanna de Ângelis




Convite ao Desprendimento 

Joanna de Ângelis

 

"Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem os consomem, e onde os ladrões penetram e roubam..." (Mateus: 6-19.)

 

Desprendimento na qualidade de desapego, não de estroinice nem dissipação.

 

Todo e qualquer motivo que ata à retaguarda sob condicionamentos retentivos se transforma em cadeia escravizante.


Os objetos a que o homem se apega valem os preços que lhes são emprestados, constituindo-se elos a impedirem o avanço do possuidor, na direção do futuro...


Desapego, portanto, em forma de libertação do liame pessoal egoístico e tormentoso que constitui presídio e patíbulo para quem se fixa negativamente como para aquele que se faz vítima afetiva.

 

Liberta-se das aflições constritivas, asfixiantes, para marchar com segurança.

 

Doa com alegria quanto possas, generosamente.

 

O que distribuis com equilíbrio e lucidez multiplica-se,  o que reténs reduz-se.

 

Abundância, como excesso engendram miséria e loucura.

 

Distende assim, mão generosa na alfândega da fraternidade, mas liberta-te da emotividade desregrada, da posse afetuosa e objetos,  animais e pessoas, porquanto mais carinhos que te mereçam,  mais devoção que lhes dês,  chegará o dia de atravessares o portal do túmulo,  fazendo-o soledade, livre de amarras ou jungido ao que se demorará,  a desgastar-se pela ferrugem, pelo azinhavre, corroído ou simplesmente  em trânsito por outras mãos ante a tua tormentosa impossibilidade de reter e interferir.


 FRANCO, Divaldo Pereira pelo Espírito Joanna de Ângelis .Convites da Vida.

 

segunda-feira, 24 de junho de 2024

Convite à Esperança - Joanna de Ângelis


 

Convite à Esperança


Joanna de Ângelis

 

“Tudo suporta, tudo crê, tudo espera, tudo sofre.” (1ª Epístola aos Coríntios: capítulo 13º, versículo 7).

 

Não obstante estejam carrancudas as nuvens do teu céu, prenunciando borrasca próxima aflitiva, espera.

 

Após a tempestade que, talvez advenha, talvez não, defrontarás dia claro pelo caminho.

 

Embora a soledade amarga a fazer-te sofrer fel e dor como se já não suportasses mais a lenta e silenciosa agonia, espera.

 

Amanhã, possivelmente dois braços amigos estarão envolvendo-te e voz veludosa cantará aos teus ouvidos gentil canção...

 

Mesmo que tudo conspire contra os propósitos abraçados, ameaçando planos zelosamente cuidados, espera.

 

Há surpresas que constituem interferência Divina, modificando paisagens humanas, alterando rumos considerados corretos.

 

Apesar de a chibata caluniosa fazer-te experimentar reproche e desconsideração, arrojando-te à rua do descrédito, espera.

 

A verdade chega após a calamidade da intrujice para demonstrar a grandeza da sua força, renovando conceituações.

 

À borda do abismo do desespero, incompreendido e em sofrimento, estuga o passo e espera.

 

Reconsidera atitudes mentais e recomeça o labor.

 

O futuro se consolida mediante as realizações do presente..

 

Esperança expressa integração no organograma da vida.

 

O rio muda o curso, a montanha desaparece, a árvore fenece, o grão germina, enquanto esperam...

 

A mão grandiloquente do tempo tudo muda.

 

O que agora parece sombras, logo mais surge e ressurge em ouro fulvo de luz.

 

Espera, diz o Evangelho, e ama.

 

Espera, responde a vida, e serve.

 

Espera, proclamam os justos, e perdoa.

 

Espera no dever distribuindo consolo e compreensão, porquanto, a fim de que houvesse a gloriosa ascensão do Senhor, na montanha da Betânia, aconteceram a traição infame, o cerco da inveja, a gritaria do julgamento arbitrário e a Cruz odienta, que em sublime esperança o Justo transformou na excelsa catapulta para o Reino dos Céus.

 

FRANCO, Divaldo Pereira pelo Espírito Joanna de Angelis. Convites da vida, Cap. 18, p .16 ,

sábado, 22 de junho de 2024

Ligação Mental - Emmanuel

 


 

Ligação Mental


Emmanuel

 

O progresso na Terra de hoje, compele a criatura a resguardar profunda atenção, para com duas atitudes essenciais à própria segurança no comportamento comum: ligar e desligar.

*

É preciso saber desligar o carro no momento preciso, desligar as tomadas de força elétrica no instante exato, isolar o fogão, silenciar os aparelhos de voz, quando necessário.

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A imagem é das mais oportunas, em nos referindo à tensão emocional que caracteriza a maioria das pessoas na vida terrestre contemporânea.

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Recorda : tens o teu mundo íntimo a preservar.

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Impraticável a execução integral de qualquer tarefa sem a paz de espírito.

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Para isso é imperioso desligar o pensamento das questões que te possam afligir sem necessidade.

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Nunca te desinteressares do bem a ser levado a efeito.

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Participar, quanto possível, das iniciativas que visem a melhorar o recanto em que vives e acentuar a felicidade de todos.

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Entretanto, é indispensável desfocar a mente de tudo o que se nos faça prejudicial ou inútil à própria existência.

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Caminhos que não são nossos, pontos de vista diferentes daqueles que nos orientam os passos, amigos conscientes e responsáveis que se afastam do melhor a fazer;

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familiares que voluntariamente nos menosprezam;

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deficiências alheias, compromissos que não nos digam respeito, tentações que não se nos coadunam com o modo de ser, preocupações com o supérfluo, convites à aventura e assuntos outros que os noticiários infelizes te despejam à porta, em bases de sensacionalismo, são temas em cujo desdobramento, os nossos créditos de tempo cairiam na vala das horas perdidas.

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Quanto mais amplos os domínios da evolução, mais vigilância se nos pede ao senso de escolha.

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Em favor de tua segurança e em auxílio à tua rentabilidade de trabalho, é preciso aprendas, na esfera do pensamento, a ligar e a desligar para essa ou aquela experiência a fim de bem sentir e melhor produzir.

 

XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Emmanuel.  Amigo, p.08.


sexta-feira, 21 de junho de 2024

Convite à Edificação - Joanna de Ângelis




Convite à Edificação
 


Joanna de Ângelis


“... O amor edifica.” (1ª Epístola aos Coríntios: capítulo 8º, versículo 1).


Aqui, escombros acumulados refletindo desolação e queda.

 

Ali, montanhas de resíduos, assoberbando terrenos baldios.

 

Além, poluição multiplicando miasmas, em ameaça à vida.

 

Em toda parte desagregação em regime de urgência, desvalorizando os estímulos otimistas, como se tudo marchasse para um aniquilamento imediato, avassalador...

 

O erro moral em aceitação tácita, tranqüila.

 

A conivência com as vantagens da extravagância, favorecendo clima de alucinação e balbúrdia perturbadora..

 

Não obstante as calamidades, medram as flores da esperança, no mesmo campo terrestre.

 

O pantanal renovado pela drenagem reverdesce-se.

 

A aridez desértica socorrida pela irrigação torna-se pomar e jardim.

 

Os muros velhos, desolados, sob tépido beijo solar da primavera, enflorecem-se.

 

Assim a vida.

 

Do caos aparente em que o mal governa, a construção nova do bem, a edificação legítima da felicidade.

 

Não te consideres marginalizado nestes dias, porque teus olhos fitam paisagens lúgubres em que o desencanto moral se demora vencedor e a

aflição conduz triunfante.

 

Operário da ação nobilitante, possuis recursos valiosos para a obra superior.

 

Necessário, apenas, que te disponhas.

 

Do terreno revolvido surge a sementeira feliz, dos destroços das demolições nasce a construção atraente.

 

Edifica o teu lar de paz onde estejas, sem a preocupação de retificar tudo de um só golpe.

 

Não te agastes com os ociosos, que nada fazem nem te irrites com os incompreensíveis, que te dificultam a marcha.

 

Produze a tua quota, mesmo que ela seja a humilde cooperação da gentileza, da paciência, do tijolo modesto ou da colher de cimento da boa vontade, fazendo a tua parte.

 

Insta contigo próprio a fim de executares o serviço edificante.

 

Exige-te mais esforço.

 

Concede-te a oportunidade feliz.

 

Pondera acuradamente e resolve-te superar quaisquer limites, sejam dificuldades, incapacidade, problemas...

 

Acima de tudo lembra-te, também, de reedificar-te interiormente consoante o ensino do Senhor, facultando que nasça do “homem velho”, que todos somos, acostumados aos erros e gravames, o “homem novo”, idealista, sonhador do bem, colocado a posto para o amanhã feliz. 


E tem em mente que só “o amor edifica”.

 

 

FRANCO, Divaldo Pereira pelo Espírito Joanna de Angelis. Convites da vida, Cap. 15, p .13-14 , 1972.

 

terça-feira, 18 de junho de 2024

Convite à Decisão - Joanna de Ângelis





Convite à Decisão

 

Joanna de Ângelis

 

“Nenhum servo pode servir a dois senhores.” 

(Lucas: capítulo 16º, versículo 13).

 

Será possível o consórcio da Espiritualidade com as ambições mundanas?

 

Será crível amar as estrelas e demorar-se no charco?

 

Pode-se estudar o bem e cultivar a ilusão?

 

Permite-se o concurso da saúde no organismo debilitado?

 

É factível a dedicação à caridade e o comércio com a rebeldia?

 

Disse Jesus com propriedade inalterável:

 

—“Não se serve bem a dois senhores.”

 

Sem dúvida não nos encontramos diante da necessidade de construir comunidades novas em que a ojeriza ao mundo se patenteie pela fuga aos cometimentos humanos.

 

Não estamos diante de uma imposição para que se edifiquem células quistosas no organismo social, em que os seus membros se transformem em marginais da vida contemporânea.

 

Desejamos aclarar quanto à necessidade de que aquele que encontrou a rota luminosa da Verdade, por um princípio de coerência natural, não se deve permitir engodos.

 

Desde que não se podem coadunar realidades que se contrapõem, tu que conheces os objetivos da vida não deves permitir fixações e posições falsas que já deverias ter abandonado a benefício da paz interior, enquanto conivindo com atitudes dúbias, navegando no mar das indecisões, estarás na crista e nas baixadas das ondas das dúvidas sob as contingências das posições emocionais em atropelo.

 

O convite do Cristo tem sido sempre imperioso.

 

Tomando-se da charrua não se deve olhar para trás.

 

Diante do desejo da retificação, marchar para o bem e não tornar ao pecado...

 

Imprescindível decidas o que desejas da vida, como conduzires a vida, qual a ideia que fazes da vida e por fim marcha na direção da Vida que venhas a eleger como rota para a verdadeira Vida.

 


FRANCO, Divaldo Pereira pelo Espírito Joanna de Angelis. Convites da vida, Cap. 10, p .10 , 1972.

 

 

segunda-feira, 17 de junho de 2024

Convite à Caridade - Joanna de Ângelis

 


Convite à Caridade


Joanna de Ângelis


 

“Filho, vai hoje trabalhar na minha Vinha.” 

(Mateus: capítulo 21º, versículo 28).

 

Enquanto a saúde enfloresce as tuas possibilidades de bem-estar, reserva um dia por mês, ao menos, para visitar os irmãos enfermos, que ressarcem pesados tributos pretéritos, muitas vezes em dolorosa soledade, com o espírito tomado de apreensões e angústias.

 

Companheiros tuberculosos que expungem em leitos de asfixiante espera, em duros intervalos de hemoptises rudes.

 

Amigos leprosos em isolamento compulsório, acompanhando a dissolução dos tecidos que se desfazem em purulência desagradável.

 

Irmãos cancerosos sem esperança de recuperação orgânica entre dores ásperas ansiedades.

 

Homens e mulheres em delírios de loucura ou presos por cruéis obsessões coercitivas, longe da lucidez, à margem do equilíbrio, em desoladora situação.

 

Crianças surpreendidas por enfermidades que as ferreteiam impiedosamente, roubando-lhes o frescor juvenil e macerando-as vigorosamente.

 

Anêmicos e penfigosos, operados em situação irreversível e distônicos vários que enxameiam nos leitos dos hospitais públicos e particulares, nos Nosocômios de Convênio governamental ou em Clínicas diversas sob azorrague incessante.

 

Seja teu o sorriso de cordialidade franca, através da lembrança de uma palavra fraterna, de uma flor delicada, de uma pergunta gentil em que esteja expresso o interesse pela sua recuperação, de uma prece discreta ao lado do seu leito, de uma vibração refazente com que podes diminuir os males que inquietam esses seres em necessário resgate.

 

Lembra-te, porém, que acima do bem que lhes possas fazer, a ti fará muito bem verificar o de que dispões e pouco consideras, bem precioso e de alto valor com que o Senhor te concede a honra de crescer: a saúde!

 

Vai desde hoje trabalhar na vinha do Senhor.

 

Caridade para com os que sofrem, em última análise é caridade para

contigo mesmo.

 


FRANCO, Divaldo Pereira pelo Espírito Joanna de Angelis. Convites da vida, Cap. 6, p .6-7, 1972.

 

sábado, 15 de junho de 2024

Convite à Felicidade - Joanna de Ângelis

 



Convite à Felicidade

 

Joanna de Ângelis

 

 

“O meu reino não é deste mundo.”(João: capítulo 18º,



 versículo 36).

 

Desnecessária a fortuna a fim de frui-la.

 

Secundária a juventude de modo a gozá-la.

 

Dispensável o poder para experimentá-la.

 

A felicidade independe dos valores externos, sempre transitórios, sem maior significação, além daquela que se lhes atribuem.


Quando na velhice, o homem repassa as evocações, os sucessos e lamenta a juventude vencida.

 

Na enfermidade, considera os tesouros da saúde e sofre-lhe a ausência.

 

Diante da constrição da pobreza lembra as dádivas das moedas e experimenta amargura por não as possuir.

 

Sob condições de dependência, padece não ser forte no mundo dos negócios ou da política, deixando-se afligir desnecessariamente.

 

Acicatado por problemas morais, angustia-se ao verificar o júbilo alheio daqueles que transitam guindados a situações de destaque ou exibindo sorrisos de tranqüilidade.

 

Isto por ignorar o testemunho de aflição que cada um deve doar no panorama da evolução inadiável, de que ninguém se pode eximir.

 

Felicidade é construção demorada, que se realiza interiormente a tributo de laboriosa ação sacrificial.

 

Sem características externas, a seu turno, quando invade o ser, exterioriza-se qual luz brilhante aprisionada em redoma de delicado cristal...

 

Mesmo quando o homem consegue adicionar a juventude, o poder, a fortuna e a saúde aparente a felicidade não está implicitamente com ele.

 

Por essa razão, lecionou Jesus que o Seu Reino não é deste mundo, como a corroborar que a felicidade não pode ser encontrada na Terra, por ser ainda o Orbe o domicílio expiatório e de provações onde todos forjamos a felicidade real, que virá só futuramente.

 

Realiza o teu quinhão de dever com devotamento e faze sempre o melhor a fim de que o aplauso da consciência tranqüila te conduza ao pórtico da felicidade real.

 

Não te exasperes face à desdita aparente.

 

Nem te apegues ao júbilo momentâneo também ilusório.

 

De tudo e todos os estados retira o proveito da aprendizagem e, assim fazendo, a pouco e pouco perceberás que a felicidade é consequência da autoiluminação libertadora, como decorrência do amor exercido em plenitude fraternal.

 

FRANCO, Divaldo Pereira pelo Espírito Joanna de Angelis. Convites da vida, Cap. 23, p .20-21, 1972.