Ante os Espíritos Puros
Emmanuel
Tema principal
Reunião pública de 27-10-1961.
1ª Parte — Cap. VIII — Item 14.
Mentalizas a natureza divina dos Espíritos puros e queres
partilhar-lhes o banquete de luz.
Sonhas trajar-te de esplendor e esparzir sobre os homens os
dons infinitos da bondade celeste.
Entretanto, ai de nós!
Espíritos vinculados ainda à Terra, somos,
por enquanto, consciências endividadas, a entrechocar-nos na sombra de débitos
clamorosos, compelidos ao barro das próprias imperfeições.
Apesar disso, porém, é possível começar, desde logo, a escalada ao fulgor dos cimos.
Não podes, hoje, erguer as mãos, sustando o curso da
tempestade; contudo, guardas contigo os meios de asserenar a procela de dor que
zurze o coração dos companheiros em sofrimento.
É impossível, de um instante para outro, transmitir para o mundo as mensagens divinatórias das supremas revelações;
no entanto, bastará
leve esforço e acenderás o alfabeto em muitos cérebros que tateiam na noite da
ignorância.
Diligenciarias debalde, agora, materializar os entes sublimes da Esfera Superior, ante os olhos terrestres;
todavia, nada te impede
concretizar o caldo reconfortante para os doentes abandonados que esmorecem de
fome.
Na atualidade, resultaria infrutífero qualquer empreendimento de tua parte, no sentido de alimpar o próximo verminado de chagas, pronunciando simples ordem verbal;
contudo, ninguém te furta o ensejo de alentar-lhe a
esperança ou lavar-lhe as feridas.
Em vão buscarias, à pressa, renovar milagrosamente o ânimo envenenado de entidades embrutecidas, transformadas em obsessores intransigentes;
no entanto, consegues aliviar, em bálsamos de oração e de amor,
a mente desorientada, fronteiriça à loucura.
Reflete nos Mensageiros Divinos, respeita-lhes a missão e
roga-lhes apoio, na caminhada, mas não tentes obter de improviso as
responsabilidades que lhes pesam nos ombros.
Não reclames para teus braços o serviço do Sol.
Cumpre os deveres que te competem.
Para isso, não te digas cansado, nem te proclames inútil.
O verme, infinitamente distante do pensamento que te coroa, é o
servo esquecido que aduba a terra, para que a terra te forneça o pão.
XAVIER, Francisco Cândido ditada pelo Espírito Emmanuel . Justiça divina : estudos e dissertações em torno da obra “O Céu e o Inferno”, de Allan Kardec. , cap 69. Reproduzida da Internet.

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