terça-feira, 11 de novembro de 2025

Ante os Espíritos Puros - Emmanuel



Ante os Espíritos Puros  

Emmanuel

Tema principal

Reunião pública de 27-10-1961.

1ª Parte — Cap. VIII — Item 14.

 

Mentalizas a natureza divina dos Espíritos puros e queres partilhar-lhes o banquete de luz.

 

Sonhas trajar-te de esplendor e esparzir sobre os homens os dons infinitos da bondade celeste.

 

Entretanto, ai de nós! 


Espíritos vinculados ainda à Terra, somos, por enquanto, consciências endividadas, a entrechocar-nos na sombra de débitos clamorosos, compelidos ao barro das próprias imperfeições.

 

Apesar disso, porém, é possível começar, desde logo, a escalada ao fulgor dos cimos.

 

Não podes, hoje, erguer as mãos, sustando o curso da tempestade; contudo, guardas contigo os meios de asserenar a procela de dor que zurze o coração dos companheiros em sofrimento.

 

É impossível, de um instante para outro, transmitir para o mundo as mensagens divinatórias das supremas revelações; 


no entanto, bastará leve esforço e acenderás o alfabeto em muitos cérebros que tateiam na noite da ignorância.

 

Diligenciarias debalde, agora, materializar os entes sublimes da Esfera Superior, ante os olhos terrestres; 


todavia, nada te impede concretizar o caldo reconfortante para os doentes abandonados que esmorecem de fome.

 

Na atualidade, resultaria infrutífero qualquer empreendimento de tua parte, no sentido de alimpar o próximo verminado de chagas, pronunciando simples ordem verbal; 


contudo, ninguém te furta o ensejo de alentar-lhe a esperança ou lavar-lhe as feridas.

 

Em vão buscarias, à pressa, renovar milagrosamente o ânimo envenenado de entidades embrutecidas, transformadas em obsessores intransigentes; 


no entanto, consegues aliviar, em bálsamos de oração e de amor, a mente desorientada, fronteiriça à loucura.

 

Reflete nos Mensageiros Divinos, respeita-lhes a missão e roga-lhes apoio, na caminhada, mas não tentes obter de improviso as responsabilidades que lhes pesam nos ombros.

 

Não reclames para teus braços o serviço do Sol.


Cumpre os deveres que te competem.

 

Para isso, não te digas cansado, nem te proclames inútil.

 

O verme, infinitamente distante do pensamento que te coroa, é o servo esquecido que aduba a terra, para que a terra te forneça o pão.

 

XAVIER, Francisco Cândido ditada pelo Espírito Emmanuel  . Justiça divina : estudos e dissertações em torno da obra “O Céu e o Inferno”, de Allan Kardec. , cap 69.  Reproduzida da Internet. 

 

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