O Natal do Cristo
Emmanuel
A Sabedoria da Vida situou o Natal de Jesus frente do Ano
Novo, na memória da Humanidade, como que renovando as oportunidades do amor
fraterno, diante dos nossos compromissos com o Tempo.
Projetam-se anualmente, sobre a Terra os mesmos raios
excelsos da Estrela de Belém, clareando a estrada dos corações na esteira dos
dias incessantes, convocando- nos a alma, em silêncio, à ascensão de todos os
recursos para o bem supremo.
A recordação do Mestre desperta novas vibrações no
sentimento da Cristandade.
Não mais o estábulo simples, nosso pr6prio espírito, em cujo
íntimo o Senhor deseja fazer mais luz...
Santas alegrias nos procuram a alma, em todos os campos do
idealismo evangélico Natural o tom festivo das nossas manifestações de
confiança renovada, entretanto, não podemos olvidar o trabalho renovador a que
o Natal nos convida, cada ano, não obstante o pessimismo cristalizado de muitos
companheiros, que desistiram temporariamente da comunhão fraternal.
E o ensejo de novas relações, acordando raciocínios
enregelados com as notas harmoniosas do amor que o Mestre nos legou.
E a oportunidade de curar as nossas próprias fraquezas
retificando atitudes menos felizes, ou de esquecer as faltas alheias para
conosco, restabelecendo os elos da harmonia quebrada entre nós e os demais, em
obediência à lição da desculpa espontânea, quantas vezes se fizerem
necessárias.
È o passo definitivo para a descoberta de novas sementeiras
de serviço edificante, atrav6s da visita aos irmãos mais sofredores do que n6s
mesmos e da aproximação com aqueles que se mostram inclinados à cooperação no
progresso, a fim de praticarmos, mais intensivamente, o princípio do
"amemo-nos uns aos outros".
Conforme a nossa atitude espiritual ante o Natal, assim
aparece o Ano Novo à nossa vida.
O aniversário de Jesus precede o natalício do Tempo.
Com o Mestre, recebemos o Dia do Amor e da Concórdia.
Com o tempo, encontramos o Dia da Fraternidade Universal.
O primeiro renova a alegria.
O segundo reforma a responsabilidade.
Comecemos oferecendo a Ele cinco minutos de pensamento e
atividade e, a breve espaço, nosso espírito se achará convertido em altar vivo
de sua infinita boa vontade para com as criaturas, nas bases da Sabedoria e do
Amor.
Não nos esqueçamos.
Se Jesus não nascer e crescer, na manjedoura de nossa alma,
em vão os Anos Novos se abrirão iluminados para nós.
XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Emmanuel. Fonte de
Paz. Espíritos Diversos, Cap.1. IDE.
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Nascimento especial
Todos os anos, os
cristãos comemoram o Natal no dia 24 para 25 de dezembro. A história nos diz
que Jesus, nosso Mestre, em verdade não nasceu nesse dia e aponta algumas datas
prováveis, especificando dia, mês e ano.
Afinal, quando realmente terá nascido Jesus? E onde? Em
Nazaré ou em Belém?
Se perguntarmos a Francisco de Assis o que ele sabe a
respeito do nascimento de Jesus, ele nos responderá:
Jesus nasceu no dia em que, na praça de Assis, entreguei
minha bolsa, minhas roupas e até meu nome para segui-Lo, pois sabia que Ele é a
fonte inesgotável de amor.
Se indagarmos ao Apóstolo Pedro quando se deu o nascimento
de Jesus, ele nos dirá:
Jesus nasceu no pátio do palácio de Caifás, na noite em que
o galo cantou pela terceira vez, no momento em que eu negava outra vez ao meu
Mestre.
Foi nesse instante que minha consciência despertou para a
verdadeira vida.
Se questionarmos a Joana de Cusa sobre onde e quando nasceu
Jesus, ela nos falará:
Jesus nasceu no dia em que, amarrada ao poste do circo em
Roma, ouvi o povo gritar:
"Nega! Nega! Renuncia a Ele!"
E o soldado, com a tocha acesa, dizendo:
"Este teu Cristo te ensinou apenas a morrer?"
Nesse instante em que senti o fogo subir pelo meu corpo e eu
pude, com certeza e sinceridade responder:
"Não me ensinou só isso. Ele também me ensinou a te
amar."
Foi então que nasceu Jesus.
Se interrogarmos a Lázaro onde e quando nasceu Jesus, a sua
resposta será:
Jesus nasceu em Betânia, na tarde em que me visitou o túmulo
e ordenou-me:
"Lázaro! Levanta e vem para fora!"
Nesse momento, eu compreendi quem Ele era e Ele nasceu em
mim.
Mas, o doutor da lei, Saulo, transformado em Paulo de Tarso,
nos afirmará:
Jesus nasceu na estrada de Damasco, em pleno meio-dia,
quando a luz que o envolvia me cegou e ouvi a Sua voz:
"Saulo, Saulo, por que me persegues?"
Foi aí que passei a enxergar um mundo novo e lhe disse:
"Senhor, o que queres que eu faça?"
A mulher samaritana, da cidade de Sicar, nos dirá que Jesus
nasceu junto à fonte de Jacob, na tarde em que ela O encontrou e Ele lhe
ofereceu a beber da água viva, que sacia toda a sede, pois vem do amor de Deus
e santifica as criaturas.
Naquela tarde, Fotina descobriu que Jesus era o Filho de
Deus e modificou a sua vida.
Finalmente, Maria de Nazaré, sorrindo, nos falará que Jesus
nasceu quando Se escondeu das estrelas nas sombras da Terra.
Quando O segurou pela primeira vez nos braços e sentiu que
ali se cumpria a promessa de um novo tempo. Aquele menino, enviado por Deus,
vinha para ensinar aos homens, seus irmãos, a Lei maior do amor.
* * *
Se já te permites banhar pelas claridades do Evangelho,
permite que Jesus nasça em teu coração.
Deixa que as vibrações Dele te cheguem ao Espírito e espalha
o perfume da Sua presença, na senda por onde avanças na busca da vida.
Refaze, mentalmente, o caminho percorrido, desde que a
sinfonia da Boa Nova te alcançou e propõe-te a viver a mensagem do Mestre que é
o teu Modelo e Guia, Jesus.
Então, Ele finalmente nascerá em ti.
Redação do Momento Espírita com base em texto atribuído a
Vinícius (Pedro de Camargo) e no verbete Natal, do livro Repositório de
sabedoria, v. 2, pelo Espírito Joanna de
Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal. Disponível em
www.momento.com.br.
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