A Tempestade
Casimiro Cunha
Quando o ar sufocante, quando a sombra tudo invade, eis que chegam de repente os carros da tempestade.
Trovões, coriscos, estalos, granizos, treva.
Aspereza; são convulsões dolorosas das forças da Natureza.
Velhas copas opulentas, antigas frondes em festa, tombam gritando assustadas na escuridão da floresta.
Os furações implacáveis matam flores, levam ninhos; a corrente do aguaceiro muda a face dos caminhos.
Mas no dia que sucede ás sombras da convulsão, a terra é limpa e tranquila.
O céu é claro-azulado, o dia é de linda cor, tudo chama novamente a nova expressão de amor.
Quem não teve em sua vida a tempestade também?
Depois de tudo arrasado, floresceu, de novo, o bem.
Aflições e desencanto, renovação de ideais, desilusões dolorosas, desabamentos fatais.
Deus, porém, jamais esquece de atender e renovar; apenas pede aos seus filhos a energia de esperar.
Caso venha a tempestade, guarda a força calma e sã.
Deus é Pai.
Ora e confia.
A vida volta amanhã.
XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Casimiro Cunha. Cartilha da natureza. São Paulo/SP:Butterflay editora Ltda,2002, ed.1. Cap 50, p.51.
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