Visitas
Fernando Worm
Ele entra na casa humilde.
Uma mãe com quatro filhos deficientes, todos eles sofrendo
de paralisia.
"Chico, está tudo ruim, a vida anda difícil.
Chico Xavier aponta para um quinto filho, este adotivo da
mulher:
- Olha que lindos olhos tem esse menino. Como é inteligente
e é seu amigo. Vamos pensar em coisa boa, gente. E maré baixa ou maré alta,
vamos com Deus.
Duas ou três casas adiante Chico Xavier e seus caravaneiros
entram numa casa de pau-a-pique, chão de terra batida.
A mulher recebe um
rancho de mantimentos, dois travesseiros e um cobertor, mas nem isto a alegra e
passa a lastimar-se das adversidades do dia-a-dia.
O otimismo do médium é contagiante:
A irmã conhece a estória daquele pedaço de barro que exala
doce perfume?
- Um dia, tendo alguém perguntado a razão de tanta
fragrância ele respondeu:
- É que durante certo tempo fui chão num depósito de rosas.
Alegrando aqui, consolando ali, espalhando esperanças na
maioria , a visitação estendeu-se por toda a manhã.
A alegria e o encantamento de todos à simples passagem de
Chico Xavier fazia ele emergir à mente o simbolismo da música A Banda, de Chico
Buarque de Holanda.
Texto de Fernando Worm, escrito em julho de 1976, publicado
no livro "Lições de Sabedoria - Chico Xavier nos 23 anos
da Folha Espírita", de Marlene Nobre.
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