quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Com Deus me deito, com Deus me levanto - Momento Espírita




Com Deus me deito, com Deus me levanto



Numa antiga oração popular, ensinada às crianças para que seja orada antes de dormir, encontramos uma expressão muito interessante:


Com Deus me deito, com Deus me levanto...


Eis então algumas considerações importantes inspiradas neste costume:


Com Deus me deito...


Que importante anelo para alguém que se prepara para o sono!


Tendo em vista que ao dormir, ao se penetrar o universo do sono e dos sonhos, ninguém pode garantir a qualidade deste transe, a harmonização com Deus faz-se fundamental.


Cada pessoa que se desprende do corpo físico, passa a travar contato com os variados tipos espirituais.


Amigos uns, inimigos outros, comparsas do pretérito reencarnatório, incontáveis.


Por causa disso, torna-se primordial criar-se o hábito benfazejo de orar, antes de dormir, entregando a mente, os raciocínios e os sentimentos às mãos do Criador.


Quando alguém mergulha nesse rio do sono, não tem idéia de com quem deparará.


É o que nos ajuda a entender os sonhos suaves, cheios de estesias, repletos de alegrias, que levam muita gente a dizer que chega a ter vontade de não despertar.


Há, por outro lado, os conhecidos pesadelos, que não são, senão, o resultado do contato angustiante e perturbador com adversários ou inimigos, cobradores, em vários níveis, das condutas daquele que dorme.


Deitar-se com Deus, então, transforma-se em providência muito feliz, com o fito de libertar-se de qualquer perseguição sombria.


Com Deus me levanto...


Em realidade, a referência é ao ato de despertar do sono.


É fundamental alguém aprender a levantar-se com Deus, num mundo em que, de costume, muitos indivíduos anseiam por levantar-se admitindo a não necessidade de cogitar Deus.


Quantos indivíduos, caídos na rua da amargura, rogam a ajuda divina para erguer-se da dificuldade em que se acham?


Mãos anônimas, mãos amigas, benfeitores humanos, socorristas encarnados, atendentes sociais, todo este plantel de almas do bem representa a presença de Deus junto aos irmãos que sofrem.


Tanto caminho, tanta ajuda, tanto apoio impulsionarão o sofredor para que ele se levante, e se levante com Deus.


Quantos experimentam dramas econômico-financeiros, fazendo-se endividados, inadimplentes, desgastados sociais, desacreditados, muito embora a sua honestidade, a sua consciência dos próprios deveres?


Esses companheiros anseiam pelo socorro de amigos e de instituições bancárias que lhes retirem do pescoço o nó, que lhes ofertem algum oxigênio.


Assim livrando-os da sufocação em que se acham, para que se levantem, e se levantem com Deus.


Qualquer que seja a queda humana, material ou moral, a possibilidade de levantar-se com Deus, com o apoio do Mundo Superior, será sempre a melhor maneira de se levantar no Planeta.


*   *   *


A oração é uma das melhores maneiras de nos colocarmos em sintonia com os amigos espirituais.


Eis um hábito muito salutar: travar conversas constantes, onde quer que estejamos, com nosso Espírito Protetor, e com os Espíritos afins que nos acompanham diariamente.


Mantendo-nos em sintonia com os bons Espíritos, através de pensamentos elevados, de alegria, gratidão e amor, conseguiremos ouvir suas inspirações, e delas nos utilizarmos para nosso bem.


Contemos mais com este recurso fabuloso que temos: a prece, e nos surpreendamos com os bons resultados obtidos.




Redação do Momento Espírita com base no cap. Levanta-te com Deus, do livro

Em nome de Deus, do Espírito José Lopes Neto, psicografado por Raul Teixeira, ed. Fráter. Disponível em www.momento.com.br

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Lar, um lugar para voltar - Momento Espírita




Lar, um lugar para voltar



Você já se deu conta da importância do seu lar?


Não nos referimos ao valor financeiro da sua casa, mas da importância do aconchego do lar.


Na correria do nosso dia-a-dia, muitos de nós não pensamos no que significa ter um lar para voltar, ao final de um dia de trabalhos intensos e cansativos.


No entanto, o lar é a base segura de todos aqueles que possuem esse grande tesouro.


Temos acompanhado as histórias de pessoas que obtiveram grande sucesso nas artes, na música, nos esportes, e todos eles apontam a união familiar como ponto de apoio seguro.


Existem pessoas que lutaram com dificuldades, passaram por necessidades de toda ordem, mas lograram êxito graças ao carinho e à dignidade dos pais que ofereceram suporte para vencer os obstáculos.


Por essa razão, o lar é um elemento indispensável como base para uma carreira de sucesso.


Não importa o tamanho da construção nem o material de que é feito, mas importa que seja um verdadeiro ninho de amor, afeto e amizade.


Pode ser uma mansão ou uma tapera...


Um bangalô ou um barraco singelo...


Pode faltar o pão, mas não deve faltar o abraço de ternura de uma mãe dedicada...


Pode faltar uma cama confortável, mas não devem faltar os braços fortes de um pai que ampara e orienta...


Pode faltar o luxo, mas não deve faltar o toque delicado de uma mãe caprichosa.


Pode faltar muita coisa, mas não pode faltar o diálogo amigo que estreita os laços e se faz ponte de entendimento em todas as situações.


A casa pode ser frágil e não oferecer resistência contra a chuva fria, mas o lar deve ser bastante resistente para suportar as investidas das drogas e de todos os vícios.


A construção pode balançar com os açoites dos ventos impiedosos, mas o lar deve se manter firme, mesmo diante das investidas mais ásperas da indignidade e da desonra.


Se você nunca havia pensado nisso, pense agora.


E, à noitinha, enquanto o sol se despede do dia e o manto escuro da noite se estende sobre a cidade e você, vencido pelo cansaço, avistar seu lar de portas abertas e um familiar de braços abertos para dizer:


Olá! Como foi seu dia? - perceberá como é importante poder voltar para casa.


Com chuva ou com sol, lá está o nosso lar para nos acolher e nos dar abrigo.


Por essa razão, valorizemos esse refúgio seguro no qual passamos a maior parte de nossas vidas, valorizando também aqueles que compartilham conosco desse pequeno oásis e fazendo com que ele possa ser um verdadeiro porto seguro.


E nunca nos esqueçamos de que o lar, mesmo quando assinalado pelas dores decorrentes do aprimoramento das arestas dos que o constituem, é oficina purificadora onde se devem trabalhar as bases seguras da Humanidade de todos os tempos.




Redação do Momento Espírita. Disponível no CD Momento Espírita, v. 4, ed. Fep. Disponível em www.momento.com.br.


terça-feira, 29 de outubro de 2013

Não precisa ir ao cemitério para orar pelos mortos - Gerson Simões Monteiro





Não precisa ir ao cemitério para orar pelos mortos


Gerson Simões Monteiro


Se você tem dúvidas em ir ou não ao cemitério no Dia de Finados para orar em favor dos parentes e amigos desencarnados, posso afirmar que não é preciso, pois podemos orar pelos espíritos onde estivermos.


A oração pode ser feita em nossas casas, nos hospitais, nos templos religiosos...


Não importa o lugar, desde que a prece seja sincera e feita de coração.


E mais, se eu já não ia ao cemitério na data de Finados, agora muito menos, depois de tomar conhecimento de uma carta enviada por um "morto" através do médium Chico Xavier.


O espírito, cujo corpo foi enterrado no dia dois de novembro, relata o sufoco por que passou diante da grande perturbação do ambiente espiritual da necrópole, pois foi pressionado por espíritos que foram atraídos pela presença dos vivos que visitavam o cemitério.


Além dessa informação surpreendente, existem outras nessa carta psicografada por Chico Xavier, publicada no livro Cartas e Crônicas, disponível na livraria Do CEERJ – Tel: 2224-1244).


Vale destacar, ainda, a sugestão do "morto" ao final de sua mensagem, no sentido de pedirmos a Jesus para não sermos enterrados num dia dois de novembro.


Qualquer data, diz ele, será bem melhor!


A propósito, certa amiga me contou que, após a morte de sua mãe, passou a orar diante de sua sepultura, sempre no Dia de Finados.


Certa feita, quando começou a se arrumar para ir ao cemitério, viu descer do teto do seu quarto uma luz azul muito bonita, surgindo, sem que ela esperasse, o espírito de sua genitora, falando-lhe:


"Minha filha, não precisa sair de casa para orar por mim: eu não estou lá dentro do túmulo.


Mas se você quiser me homenagear, pegue o dinheiro que gastaria com o ônibus, e compre pão e leite para a nossa comadre, que como você sabe, está passando sérias necessidades".


Ao entregar os alimentos à comadre, a nossa amiga viu novamente a alma de sua mãe, feliz com o seu gesto caridoso.


Hoje em dia, ao invés de ir ao cemitério, ela compra pão e leite e doa a uma família carente.


"Quando faço isso, em intenção à mamãe – diz ela – sinto uma alegria tão grande que chego a sentir sua presença perto de mim".


Portanto, ajudar alguém em intenção do morto é a melhor prece que podemos fazer em sua homenagem.


O falecido vai ficar muito feliz com essa atitude.





Gerson Simões Monteiro   Vice-Presidente da FUNTARSO


E-mail: gerson@radioriodejaneiro.am.br

Fui ajudá-lo a chorar - Momento Espírita




Fui ajudá-lo a chorar


Como anda seu envolvimento com as outras pessoas?


Você é daqueles que se fecha em seus problemas, em suas dificuldades, nem sequer querendo saber se existe alguém à sua volta que precisa de ajuda?


Ou você é daquelas almas que já consegue se envolver com as dores alheias, procurando diminuí-las, ou pelo menos não deixando que alguém sofra na solidão?


Há uma certa passagem que pode ilustrar isso. Foi vivida pelo autor Leo Buscaglia, quando, certa vez, foi convidado a ser jurado de um concurso numa escola. O tema da competição era: A criança que mais se preocupa com os outros.


O vencedor foi um menino cujo vizinho – um senhor de mais de oitenta anos – acabara de ficar viúvo. Ao notar o velhinho no seu quintal, em lágrimas, o garoto pulou a cerca, sentou-se no seu colo e ali ficou por muito tempo.


Quando voltou para sua casa, a mãe lhe perguntou o que dissera ao pobre homem.


Nada. – Disse o menino – Ele tinha perdido a sua mulher, e isso deve ter doído muito. Eu fui apenas ajudá-lo a chorar.


*   *   *


A pureza do coração das crianças é sempre fonte de ensinamentos profundos.


Geralmente costumamos dizer que não estamos aptos a ajudar alguém, por não sermos capazes, ou porque sabemos tão pouco para consolar.


Para muitos, essa é uma posição de fuga, uma desculpa que encontramos para mascarar o egoísmo que ainda grita dentro de nossa alma, dizendo que precisamos primeiro cuidar de nós mesmos, e que os outros são menos importantes.


Para outros, isso reflete a falta de esclarecimento, pois precisamos compreender que todos temos capacidade de auxiliar.


Não nos preocupemos se não conhecemos palavras bonitas para dizer, ou se não podemos conceber uma saída miraculosa para uma dificuldade que alguém atravesse.


Nossa companhia, nosso ombro amigo, nosso dizer Estou aqui com você, são atitudes muito importantes.


Muitas vezes, o que as pessoas precisam é de alguém para chorar ao seu lado, para estar ali, afastando o fantasma da solidão para longe, e não permitindo que os pensamentos depressivos tomem conta de seu senso.


Outras vezes, mais importante que os conselhos, que as lições de moral, é o nosso abraço apertado, nosso tempo para ouvir o desabafo de alguém.


Não precisamos ter todas as respostas e soluções dos problemas do mundo em nossas mãos, para conseguir ajudar.


Os verdadeiros heróis são aqueles que ofertam o que têm, o que sabem, e, mais do que tudo, ofertam seus sentimentos, suas lágrimas aos outros.


 Você sabia?


 Você sabia que não precisamos dizer Meus pêsames, às pessoas, quando enfrentam a morte de um ente querido?


O dicionário nos diz que a palavra pêsames, significa pesar pelo falecimento ou infortúnio de alguém. Assim sendo, torna-se um termo muito pesado, já que aprendemos a compreender a morte, não como um desastre, um infortúnio, e sim uma passagem, uma mudança na vida daquele que parte, e daqueles que ficam.


Não nos preocupemos em ter algo para dizer. Um abraço fala mais do que mil palavras. Uma prece silenciosa é como uma brisa suave consolando os corações que passam por esse momento.





Redação do Momento Espírita, com base no cap. O que mais se preocupava, do livro Histórias para pais, filhos e netos, de Paulo Coelho, ed. Globo. Disponível em www.momento.com.br.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Amor com liberdade - Momento Espírita




Amor com liberdade



 Quando duas pessoas se unem pelo matrimônio não formam um todo único. Embora cada um aceite o outro, nenhum deles tem o direito de exigir ou impor seus interesses e os seus conteúdos.


A união conjugal é espontânea e nenhum dos elementos do par estará totalmente liberado como antes da união.


Cada um deverá à outra parte atenção e respeito, o que motivará a nobreza de dar satisfação dos seus atos, tanto quanto a participação nas realizações individuais.


Tudo isso sem que ninguém se sinta forçado, coagido ou constrangido a qualquer atitude.


Anne Morrow era tímida e delicada como uma borboleta. Filha do embaixador do México, conheceu um jovem aventureiro em visita à fronteira do Sul, a serviço do Departamento de Estado dos Estados Unidos.


O jovem viajava para promover a aviação. Por onde quer que passasse, atraía o olhar e a atenção de toda a gente. Ninguém esquecia que ele havia ganhado 40 mil dólares por ter sido o primeiro homem a atravessar o Atlântico pelo ar.


O valente piloto e a tímida princesa se apaixonaram perdidamente.


Quando Anne passou a se chamar Sra. Charles Lindbergh, não foi ofuscada pela sombra do marido. O amor que os uniria nos 47 anos seguintes foi um amor sólido, maduro, posto à prova em meio a triunfos e tragédias.


Nunca o casal conseguiu gozar a tranquilidade do anonimato. Lindbergh era sempre notícia, onde quer que fosse. Era um herói nacional, sempre em evidência.


Ela, entretanto, em vez de se ressentir, se sobressaiu como uma das autoras mais conhecidas dos Estados Unidos, uma mulher extremamente respeitada por seus próprios méritos.


A receita de sucesso de sua carreira ela descreve da seguinte maneira:


O amor profundo é a grande força libertadora e o sentimento mais comum que liberta...


O ideal é que o homem e a mulher apaixonados deem liberdade um ao outro para que ambos conheçam mundos novos e diferentes.


Eu não fui exceção à regra. O simples fato de sentir-me amada foi inacreditável e modificou meu mundo, meus sentimentos em relação à vida e a mim mesma.


Adquiri confiança, força e praticamente um novo caráter. O homem com quem eu ia me casar acreditava em mim e no que eu era capaz de fazer e, por conseguinte, descobri que podia fazer mais do que imaginava.


Estamos falando do amor de um marido, um amor forte o bastante para transmitir confiança e, ao mesmo tempo, generoso para ceder.


Sempre próximo para abraçar e, ao mesmo tempo, solto para se deixar enlevar. Com suficiente magnetismo para prender e, ao mesmo tempo, magnânimo a ponto de dar asas... para permitir o voo da esposa.


Nunca teve crises de ciúme quando alguém aplaudia o talento dela e admirava a sua competência.


O homem seguro de si guardou a rede de caçar borboletas para que a sua borboleta pudesse bater asas e voar.


*   *   *


Ser homem ou mulher, nas engrenagens da reencarnação, são posições escolhidas ou sugeridas no Mundo dos invisíveis, a fim de que o Espírito possa desempenhar-se bem no conjunto dos seus compromissos do progresso.


Um não é mais importante do que o outro e ambos são convocados pelas Leis do Infinito para o avanço moral, o crescimento intelectual, enfim, o desenvolvimento de todas as virtudes potenciais do íntimo.


A união deve propiciar o entrelaçamento das mãos, apoiando-se um ao outro na empresa conjugal, para que proliferem as bênçãos de harmonia e ternura que cada um dos consorciados merece viver.




Redação do Momento Espírita, com base no cap. Amor sem repressão,  de Charles R. Swindoll, do livro Histórias para aquecer o coração da mulher,  de Alice Gray, ed. United Press e cap. 7, do livro Vereda familiar, pelo  Espírito Thereza de Brito, psicografia de J. Raul Teixeira, ed. Fráter. Disponível em www.momento.com.br.


domingo, 27 de outubro de 2013

Ofereça a primeira flor - Momento Espírita




Ofereça a primeira flor



Quando tudo parecer caminhar errado, seja você a dar o primeiro passo certo.


Se tudo parecer escuro, se nada puder ser visto, acenda você a primeira luz, a pequena lâmpada.


Quando todos estiverem chorando, tente você o primeiro sorriso. Seja você um coração que compreenda, estenda braços que confortem.


Se a vida inteira for um imenso não, parta você em busca do primeiro sim, ao qual tudo de positivo deverá seguir.


Quando alguém estiver angustiado na procura, observe bem o que se passa, pois talvez seja em busca de você mesmo que esse irmão esteja.


Quando a terra estiver seca, que sua mão seja a primeira a regá-la.


Quando a flor estiver murcha, seja a primeira mão a separar o joio, a arrancar a praga, a acariciar a flor.


Se sua porta estiver fechada, busque você a primeira chave.


Se o vento sopra frio, que seu calor humano seja a primeira proteção e o primeiro abrigo.


Se o pão for apenas massa, e não estiver assado, seja você o primeiro forno para transformá-lo em alimento.


Não atire a primeira pedra em quem erra. De acusadores o mundo está cheio. Nem, por outro lado, aplauda o erro.


Ofereça sua mão, primeiro, para levantar quem caiu, e dê sua atenção para mostrar o caminho de volta, compreendendo que o perdão regenera, que é a compreensão edificada que o possibilita e que o entendimento reconstrói.


Toda escada tem um degrau, para baixo ou para o alto.


Toda escada tem um primeiro passo, para frente ou para trás.


Toda vida tem um primeiro gosto de vitória ou derrota.


Ofereça pois, você, com ternura e vontade de entender, quando tudo for pedra, a primeira e decisiva flor.


*   *   *


A vida de muitos de nós é uma constante espera.


Esperamos pela oportunidade, pelo alento, pelo amor, pelo sucesso.


Esperamos pela riqueza, pela certeza; esperamos pelo perdão; esperamos por dias melhores; esperamos pela paz no mundo.


Será que esperar, muitas vezes, não é simplesmente aceitar tudo como está, ou simplesmente se acomodar?


A mensagem que nos convida a oferecer a primeira flor, fala-nos sobre iniciativa, sobre a coragem de deixar a inércia espiritual para trás.


Os grandes Espíritos que habitaram e habitam a Terra e são chamados por nós de mártires, de heróis, todos foram almas de iniciativa, que ousaram dar os primeiros passos, mesmo sendo, por vezes, passos difíceis de serem dados.


Assim, quando as oportunidades surgirem, ofereça você a primeira flor, e caso elas não apareçam, aí já estará sua chance de criá-las.





Redação do Momento Espírita com base em texto de autoria ignorada. Disponível em www.momento.com.br.

sábado, 26 de outubro de 2013

A decisão - Momento Espírita




A decisão


Charles Chaplin não foi somente um grande comediante, criativo, que nos legou peças raras do cinema. Soube legar mensagens de piedade, de compaixão, mesmo numa época em que o cinema ainda era mudo.


Servindo-se da possibilidade que detinha, criou o personagem Carlitos, doce, ingênuo e trapalhão, tudo ao mesmo tempo.  Contudo, com um detalhe indiscutível: uma imensa capacidade de amar.


Sabendo tecer críticas sem se tornar agressivo, Charles Chaplin legou ao mundo um acervo considerável de peças cinematográficas, até hoje vistas e revistas.


Mas, não somente fez cinema. Como ser humano, desde cedo, sofreu muito, vivenciando na infância a dor da orfandade paterna e a doença mental de sua mãe.


Triunfando, apesar de todas as adversidades, ele escreveu belas páginas e, uma delas fala exatamente em como superar os obstáculos da vida. Chama-se:


A decisão:


Hoje levantei cedo pensando no que tenho a fazer, antes que o relógio marque meia-noite. É minha função escolher que tipo de dia vou ter hoje.


Posso reclamar porque está chovendo ou agradecer às águas por lavarem a poluição.


Posso ficar triste por não ter dinheiro ou me sentir encorajado para administrar minhas finanças, evitando o desperdício.


Posso reclamar sobre minha saúde ou dar graças por estar vivo.


Posso me queixar dos meus pais por não terem me dado tudo o que eu queria, ou posso ser grato por ter nascido.


Posso reclamar por ter que ir trabalhar ou agradecer por ter trabalho.


Posso sentir tédio com as tarefas da casa ou agradecer a Deus por ter um teto para morar.


Posso lamentar decepções com amigos ou me entusiasmar com a possibilidade de fazer novas amizades.


Se as coisas não saíram como planejei, posso ficar feliz por ter hoje para recomeçar.


O dia está na minha frente esperando para ser o que eu quiser.


E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma. Tudo depende de mim.


*   *   *

Você já parou para pensar em como pode decidir pela sua felicidade ou infelicidade, a cada dia?


Já se deu conta de que tudo depende da forma como você  encara o que acontece?


Há tantos momentos na sua vida que você desperdiça e passa na inutilidade ou na reclamação.


Momentos que podem se transformar em aflições ou em alegrias.


Num momento você pode resolver vencer ou se entregar à derrota; libertar-se das velhas fórmulas de queixas ou prosseguir acabrunhado e triste.


Lembre-se: a cada segundo você pode decidir o momento seguinte. Por isso, resolva-se pela escolha da melhor parte porque este é o seu momento de decisão.





Redação do Momento Espírita, com extratos do texto A decisão, de Charles Chaplin e   do livro Momentos de decisão, pelo Espírito Marco Prisco, psicografia de Divaldo Franco, ed. Leal. Disponível em www.momento.com.br.  

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Dias de solidão - Momento Espírita




Dias de solidão



Tem dias em que a gente se sente como quem partiu ou morreu.


Quando o poeta da música popular escreveu esses versos, explicitava na canção o sentimento que muitas vezes se apodera de nossa alma.


São aqueles dias onde a alma se perde na própria solidão, encontrando o eco do vazio que ressoa intenso em sua intimidade.


São esses dias em que a alma parece querer fazer um recesso das coisas da vida, das preocupações, responsabilidades e compromissos, para simplesmente ficar vazia.


Não há quem não tenha esses dias de escuridão dentro de si.


Fruto algumas vezes de experiências emocionais frustrantes, onde a amargura e o dissabor nos relacionamentos substituem as alegrias de bem-aventuranças anteriores.


Outras vezes são os problemas econômicos ou as circunstâncias sociais que nos provocam dissabores e colocam sombras na alma.


A incompreensão no seio familiar, a inveja no círculo de amizades, a competição e rivalidade desmedida entre companheiros de trabalho provocam distonias de grande porte em algumas pessoas.


Nada mais natural esses dissabores. Jesus, sabiamente, nos advertiu dizendo que no mundo só encontraríamos aflições.


Tendo em vista a condição moral de nosso planeta, as aflições e dificuldades são questões naturais e, ainda necessárias para a experiência evolutiva de cada um de nós.


Dessa forma, é ilusório imaginarmos que estaríamos isentos desses embates ou acreditarmo-nos inatacáveis pela perversidade, despeito ou inferioridade alheia.


Assim, nesses momentos faz-se necessário enfrentar a realidade, sem deixar-se levar pelo desânimo ou infelicidade.


Se são dias difíceis os que estejamos passando, que sejam retos nosso proceder e nossas ações.


Permanecer fiel aos compromissos e aos valores nobres é nosso dever perante a vida.


Os embates que surjam não devem ser justificativas para o desânimo, a queixa e o abandono da correta conduta ou ainda, o atalho para dias de depressão e infelicidade.


Aquele que não consegue vencer a noite escura da alma, dificilmente conseguirá saudar a madrugada de luz que chega após a sombra, que parece momentaneamente vencedora.


Somente ao insistirmos, ao enfrentarmos, ao nos propormos a bem agir frente a esses momentos, teremos as recompensas conferidas àquele que se propõe enfrentar-se para crescer.

*   *   *

Se os dias que lhe surgem são desafiadores, lembre-se de que mesmo Jesus enfrentou a noite escura da alma, em alguns momentos, porém, sempre em perfeita identificação com Deus, a fim de espalhar a claridade sublime do Seu amor entre aqueles que não O entendiam.




Redação do Momento Espírita, com base no cap. 7,  do livro Atitudes renovadas, pelo Espírito  Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal. Disponível em www.momento.com.br.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Chegou a primavera - Momento Espírita




Chegou a primavera


Você já deve ter ido, certamente, a muitas festas de casamento, formaturas, eventos sociais, onde os arranjos florais estão sempre presentes.


Aliás, são sempre muitas flores, muitos enfeites, cada vez mais criativos e bem elaborados.


Mas você já parou para pensar para onde vão todos aqueles ornamentos no dia seguinte? Pois é... Na maioria, vão para o lixo! Flores ainda belas, vigorosas, no auge de seu brilho são desperdiçadas todos os dias.


Felizmente algumas pessoas se sentiram incomodadas com isso e resolveram tomar uma atitude positiva.


Profissionais que trabalham na área de cenografia e decoração de eventos e campanhas publicitárias, criaram o projeto flor gentil.


Trata-se de uma ONG que reaproveita flores da decoração de casamentos e outras festas, transformando-as em novos arranjos que são entregues a idosos em casas de repouso.


A iniciativa conta com diversos voluntários que participam, desde o recolhimento dos arranjos usados nas festas, passando por uma pequena seleção das flores, até a elaboração dos singelos novos buquês que ganharão outro lar em breve.


Já são diversos os lares de idosos que recebem, periodicamente, a visita das flores. Ver a reação daqueles corações ao receberem o singelo mimo é emocionante.


Como pode um simples buquê levar tanta alegria, tanta cor àquelas vidas!


A expressão de surpresa e júbilo de uma dessas senhoras resume bem a emoção. Chegou a primavera!! – Disse radiante.


Outro fator interessante é que nenhum buquê é igual ao outro e todos são lindíssimos e muito bem elaborados. Cada idoso recebe o seu, único, especial.


Os voluntários do projeto contam como é gratificante a tarefa que fazem, e como ela afeta, poderosamente, quem oferece as flores e não apenas quem as recebe.


São flores que abrem portas, criam laços e fortalecem quem tem cada vez menos condições de lidar sozinho com seus problemas.


São flores que levam cores para a vida já tão preto e branco daqueles corações.


A idealizadora do projeto confessa que, quando vai embora, após cada visita, costuma dar uma última olhadela para trás e ver como a paisagem se transformou.


Os sorrisos que deixou e as flores que agora colorem aquele ambiente. Nada fica como antes...


São as flores da gentileza... É a primavera nascendo a qualquer momento do ano.


*   *   *


Você já levou a primavera para a vida de alguém?


Flores inesperadas, uma visita de surpresa, uma carta, um e-mail gentil.


São tantas as formas de transformar, de alegrar o dia das outras pessoas!


Encontre a sua. Encontre o seu caminho das flores, das cores, dos gestos que demonstram que você se importa, se interessa...


Encontre o outro. Encontre a vida além da sua vida. Participe da vida do outro. Um estranho, quem sabe...


Quem é capaz de dizer quando um estranho se transformará num grande amor?


Aliás, todo grande amor foi um dia um estranho... Até que enfim, chegou a primavera.






Redação do Momento Espírita. Disponível em www.momento.com.br.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Falando aos pássaros - Momento Espírita





Falando aos pássaros



Em tempos em que se fala a respeito de meio ambiente, ecologia, mundo sustentável, pensamos em quantas criaturas no mundo já nos exemplificaram a importância de viver em harmonia com o meio ambiente.


Mesmo porque nós, criaturas humanas, fazemos parte desse meio. Lembramos de Francisco de Assis que, no Século XIII tinha cuidados extremos com os animais.


Animais selvagens, maltratados por outras pessoas, costumavam fugir para junto dele. Em sua presença, encontravam refúgio.


Frequentemente libertava cordeiros da ameaça da morte porque sentia compaixão. Chegava a retirar minhocas da estrada para que não fossem esmagadas pelos passantes.


Ele chamava a todos os animais de irmãos e irmãs.


Narram seus biógrafos, com leves alterações de forma e conteúdo, que certa feita, regressando a Assis, parou na estrada a uns dez quilômetros da cidade.


Estava aborrecido com a indiferença de muita gente. Anunciou que provavelmente seria ouvido com mais respeito pelos pássaros.


Ele viu uma multidão de pássaros reunidos: pombos, corvos e gralhas.


Foi em sua direção, deixando seus companheiros na estrada. Quando estava bem perto das aves, saudou-as:


Que o Senhor vos dê a paz.


Surpreendeu-se porque os pássaros não voaram. Mexeram e viraram seus pescoços e ficaram ali, esperando.


Cheio de alegria, Francisco lhes pediu que ouvissem as suas palavras. E discursou:


Meus irmãos pássaros, vocês devem louvar seu Criador. E amá-Lo sempre.


Ele lhes dá penas para vestir, asas para voar e tudo de que necessitam.


Deus lhes dá um lar na pureza do ar. E, embora vocês não plantem, nem realizem colheitas, Ele mesmo os protege e cuida.


Os pássaros abriram as asas e os bicos e continuaram olhando para ele.


Francisco passou por entre eles, indo e vindo, tocando suas cabeças e corpos com sua túnica.


Ao finalizar sua fala, os abençoou e lhes deu permissão para que voassem a outro lugar.


Alguns dirão que isso é lenda. Mas é de conhecimento geral que certos homens e mulheres possuem um vínculo singular com animais.


Pessoas sem qualquer treinamento especial, muito frequentemente, parecem saber os gestos ou tons de voz que são tranquilizadores.


E os animais sentem a simpatia, a delicadeza, a boa vontade e reagem a isso de maneiras consideradas, por vezes, maravilhosas.


O que ressalta do fato é que com sua atitude, Francisco ensinava que todas as criaturas na Terra merecem respeito.


Lecionava o amor pela natureza e que podemos estabelecer laços com todos os seres viventes.


Pensemos nisso pois já aprendemos que tudo em a natureza se encadeia por elos que ainda não podemos apreender.


E apoiemos, quanto possível, os movimentos e as organizações de proteção aos animais, através de atos de generosidade cristã e humana compreensão.


Lembremos: a luz do bem deve fulgir em todos os planos.





Redação do Momento Espírita, com base no cap. Oito (1209-1210) do livro Francisco de Assis, o santo relutante, de Donald Spoto, ed. Objetiva; no item 604 de O livro dos Espíritos, de Allan Kardec, ed. Feb e no cap. 33 do livro Conduta espírita, pelo Espírito André Luiz, psicografia de Waldo Vieira, ed. Feb. Disponível em www.momento.com.br.