domingo, 30 de junho de 2019

Minha Nada Mole Encarnação - 10 Fatos sobre Allan Kardec






Este vídeo é tão especial que eu nem sei... 

Allan Kardec pra gente é mais do que o codificador da Doutrina, que tanto nos consola. 

Ele é um exemplo de coragem, renúncia e dedicação! 

E foi muito emocionante ir até o cenário do filme Kardec, no Rio de Janeiro, ver de perto a reprodução dessa história! 

Confira aqui com a gente como foi incrível!


* O filme Kardec - a história por trás do nome -  estreou em 16 de maio, nos cinemas do Brasil. 


Direção: Wagner de Assis; 


Mais sobre o filme: https://www.febnet.org.br/blog/geral/...
* Trailer do filme: https://www.youtube.com/watch?v=cE7VL...


http://www.febtv.com.br
#minhanadamoleencarnacao #febtv #allankardec


DESENCARNAÇÃO DE DIMAS

Reserva-te alguns momentos de silêncio - Joanna de Ângelis





Reserva-te alguns momentos de silêncio

Joanna de Ângelis


No tumulto que toma conta do mundo e das pessoas, reserva-te alguns momentos de silêncio, que se transformem em quietude interior.


A agitação, a balbúrdia, o falatório, desarmonizam os centros emocionais do equilíbrio.


Cala mais do que fala.


Reflexiona antes de expender a tua opinião.


Ouve a zoada e alija-te do burburinho, preservando-te em paz.


Este comportamento é salutar para todos os momentos da tua vida.





FRANCO, Divaldo Pereira pelo Espírito Joanna de Ângelis. Vida Feliz, p.52.

Ergue-Te - Emmanuel






Ergue-Te

Emmanuel


Caíste em depressão?

Ergue-te no trabalho.

O tempo disponível

É riqueza em teus braços.

Não permitas que o tédio

Faça treva em teus dias.

Trabalha e ajuda a alguém

Que sofra mais que nós.

Pensa no Sol que ampara

Do verme aos grandes mundos.

Se desejares servir

Já tens vaga com Deus.




XAVIER , Francisco Cândido pelo Espírito Emmanuel, “Deus Sempre”.

sábado, 29 de junho de 2019

Reabilitação - Joanna de Ângelis







Reabilitação 

Joanna de Ângelis


Depois que cometas um erro e tenhas consciência dele, começa a reabilitação.


Nada de entregar-te ao desalento ou ao remorso.


Da mesma forma como não deves insistir no propósito inferior, não te podes deixar consumir pelo arrependimento.


Este tem somente a função de conscientizar-te do mal feito.


Perdoa-te, encoraja-te e dá início à tarefa de reequilíbrio pessoal, diminuindo e reparando os prejuízos causados.




FRANCO, Divaldo Pereira pelo Espírito Joanna de Ângelis. Vida Feliz, p.51.

As rosas do infinito





As rosas do infinito



Em deslumbrante paisagem das Esferas Superiores do mundo espiritual, realizava-se singular exposição.


A paisagem exuberante fora carinhosamente preparada para a ocasião.


Flores de todos os tipos enfeitavam o ambiente numa festa de cores e perfumes.


Diversos mensageiros ali se apresentavam, trazendo os buquês de flores das suas virtudes para uma importante avaliação de méritos.


Os exemplares eram colocados, cada um a seu tempo, sobre uma toalha de linho translúcido para que pudesse se processar a análise das luzes que os coroavam.


O primeiro grupo se aproximou trazendo uma braçada de rosas, tecidas com as emoções do carinho materno que, lançadas sobre a toalha expediram suaves irradiações de azul indefinível, e os anjos abençoaram o devotamento das mães, que preservam os tesouros de Deus, na posição de heroínas desconhecidas.


Em seguida, alegre comissão juvenil trouxe para exame um delicado ramalhete de açucenas, estruturadas nos sonhos e esperanças dos jovens que sabem manter fidelidade ao Criador, e raios verdes de brilho intraduzível se projetaram em todas as direções.


Logo após, lindas crianças foram portadoras de formosa auréola de jasmins, nascidos da ternura infantil, e que, depostos sobre a toalha, emitiram alvíssima luz, semelhante a fios de aurora sobre a neve.


Depois, pequeno agrupamento de criaturas iluminadas trouxe bela grinalda de cravos rubros, colhidos na renunciação dos sábios e dos heróis, a serviço da Humanidade, que exteriorizaram filigranas de luz avermelhada, quais se fossem rubis etéreos.


Em último lugar, compareceu a mais humilde comissão da festa.


Quatro almas, revelando características de extrema simplicidade, surgiram com um ramo singelo e triste. Eram rosas mirradas, de cor arroxeada, mostrando manchas esbranquiçadas ao longo de hastes espinhosas.


Depostas sobre a toalha, inflamaram-se de luz brilhante, a irradiar-se do recinto até a imensidão dos céus.


Inesperada comoção encheu de lágrimas os olhos espantados da enorme assembleia.


E porque alguns dos presentes chorassem com interrogações imanifestas, o grande juiz da exposição esclareceu emocionado:


Estas flores são as rosas de amor que raros trabalhadores do bem cultivam nas sombras. São pérolas de sentimento puro, de fraternidade real, da suprema consagração à virtude, do amor incondicional ao próximo.


Somente as almas libertas de todo o egoísmo conseguem servir a Deus, em meio às trevas e ao desespero.


Os espinhos que se destacam nas hastes agressivas simbolizam as dificuldades superadas...


As pétalas roxas significam o arrependimento e a consolação dos que já se transferiram da desolação para a esperança...


E os pontos brancos expressam o pranto silencioso e aflitivo dos heróis anônimos que sabem cultivar flores de virtudes no pântano, e servir sem reclamar...


E, entre cânticos de alegria, as rosas luminosas das virtudes cultivadas em meio aos sofrimentos terrenos, subiram rutilantes ao infinito...


*   *   *


As flores mais sublimes para o céu nascem na Terra, e são plantadas por criaturas que sabem viver para a vitória do bem.


São cultivadas com o suor do trabalho incessante e com as lágrimas silenciosas do próprio sacrifício.




Redação do Momento Espírita com base no cap. 25 do livro Contos e apólogos, pelo Espírito Irmão X, psicografia de  Francisco Cândido Xavier, ed. Feb. Disponível em www.momento.com.br.

sexta-feira, 28 de junho de 2019

Enquanto alguém estiver sendo acusado - Joanna de Ângelis







Enquanto alguém estiver sendo acusado 

Joanna de Ângelis


Enquanto alguém estiver sendo acusado, mantêm-te em silêncio.


Os acontecimentos quando estouram, têm antecedentes que são ignorados pela maioria dos circunstantes.


As coisas nem sempre são conforme se apresentam, mas consoante são nos seus valores íntimos.


Não faças coro com as acusações expostas.


O delinquente e o infeliz pecador, merecem, quando menos, comiseração
e oportunidade de reeducação.




FRANCO, Divaldo Pereira pelo Espírito Joanna de Ângelis. Vida Feliz, p.50.

Em Seu Auxílio - André Luiz






Em Seu Auxílio


André Luiz



Conserve a própria fé, por tal modo, que você não possa se afligir, excessivamente, em nenhuma dificuldade.

*

Guarde otimismo, com tamanha elevação que os contratempos da vida não lhe venham a ferir.

*

Habitue-se à tolerância com tanta fidelidade, que consiga se ver sempré na posição da pessoa menos simpática, evitando ressentimento ou a censura.

*

Cultive o amor ao próximo, com tanto empenho que você não consiga fixar-se em qualquer aversão.

*

Creia na influência e na vitória do bem, com tanta convicção, que não possa prender-se à qualquer idéia do mal.

*

Sustente a própria compreensão, de tal maneira, que não disponha de meios para ver inimigos e sim amigos e instrutores, em toda parte.

*

Resguarde-se no trabalho, com tanta dedici ção ao bem, que não conte com qualquer ensejo de atrapalhar aos outros.

*

Faça o melhor que puder, em qualquer situação, com tamanho devotamento à felicidade alheia que não sofra arrependimento ou remorso, em tempos de crise.

*

Atenda à harmonia, onde estiver, com tanta pontualidade, que não encontre motivos para perder a própria segurança.

*

Consagre-se a descobrir o "lado bom" das criaturas e das situações, com tanta pertinácia, que não ache oportunidade para criticar a ninguém.

*

Se fizermos isso, estejamos certos de que assim venceremos.





XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito André Luiz.

quinta-feira, 27 de junho de 2019

A tua felicidade é possível - Joanna de Ângelis







A tua felicidade é possível

Joanna de Ângelis



A tua felicidade é possível.


Crê nesta realidade e trabalha com afinco para consegui-la.


Não a coloques nas coisas, nos lugares, nem nas pessoas, a fim de que não te decepciones.


A felicidade é um estado íntimo, defluente do bem-estar que a vida digna e sem sobressaltos proporciona.


Mesmo que te faltem dinheiro, posição social de relevo e saúde, podes ser feliz, vivendo com resignação e confiança em Deus.




FRANCO, Divaldo Pereira pelo Espírito Joanna de Ângelis. Vida Feliz, p.53.

Prosperidade - Emmanuel






Prosperidade

Emmanuel



Prosperidade na Terra quer dizer fortuna, felicidade.


Grande parte das criaturas, almejando-lhe a posse, pleiteia relevo, autoridade, domínio...


Gastam-se largos patrimônios da existência para conquistar-lhe o prestigio e não falta quem surja no prélio estudando as forças ocultas para incorporar-lhe o bafejo.


Milhões dos homens de hoje vivem à cata de ouro e predominância, com o mesmo empenho com que antigamente, em aprendizados mais simples, se entregavam aos misteres primitivos de caça e pesca.


E que, na procura desse ou daquele valor da vida, mobilizamos a energia mental, constituída à base de nossas emoções e desejos.


O espelho do coração, constantemente focado no rumo dos objetos e situações que buscamos, traz-nos à rota os elementos que nos ocupam a alma.


Não esqueçamos, todavia, que, na laboriosa jornada para a Glória Divina, nos confundimos sempre com aquilo que nos possui a atenção, demorando-nos nesse ou naquele setor de luta, conforme a extensão e duração de nossos propósitos.


Como no filme cinematográfico, em que a história narrada é feita pelos quadros que se sucedem, ininterruptos, a experiência que nos é peculiar, nessa ou naquela fase da vida, constitui-se dos reflexos repetidos de nossos sentimentos, gerando ideias contínuas que acabam plasmando os temas de nossa luta, aos quais se nos associa a mente, identificando-se, de modo quase absoluto, com as criações dela mesma, à maneira da tartaruga que na carapaça, formada por ela própria, se isola e refugia.


Em razão disso, o conceito de prosperidade no mundo é sempre discutível, porquanto nem todos sabem possuir, elevar-se ou comandar com proveito para os sagrados objetivos da Criação.


Muita gente, pela reflexão mental incessante em torno dos recursos amoedados, progride em títulos materiais; entretanto, se os não converte em fatores de enriquecimento geral, cava abismos dourados nos quais se submerge, gastando longo tempo para libertar-se do azinhavre da usura.


Legiões de pessoas no século ferem o solo da vida, com anseios repetidos de saliência individual, e adquirem vasto renome na ciência e na religião, nas letras e nas artes; contudo, se não movimentam as suas conquistas no amparo e na educação dos companheiros da senda humana, quase sempre, muito embora fulgurem nas galerias da genialidade, sofrem o retorno das ondas mentais de extravagância que emitem, caindo em perigosos labirintos de purgação.


Há, por isso, muita prosperidade aparente, mais deplorável que a miséria material em si mesma, porque a mesa vazia e o fogão sem lume podem ser caminhos de louvável reparação, enquanto o banquete opíparo e a bolsa farta, em muitas ocasiões, apenas significam avenidas de licença que correm para o despenhadeiro da culpa, de onde só conseguiremos sair ao preço de longos estágios na perturbação e na sombra.


Muitos religiosos perguntam por que motivo protegeria Deus o progresso material dos ímpios. 


Em verdade, porém, semelhante fortuna não existe, de vez que a prosperidade, ausente da reta conduta, não passa de apropriação indébita e é como roupa brilhante cobrindo chagas ocultas, que exigem a formação de reflexos contrários aos enganos que as originaram, a fim de que a prosperidade legítima, a expressar-se em serviço e cultura, amor e retidão, confira ao espírito o reflexo dominante da luz.




XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Emmanuel. Pensamento e Vida, cap.19, p.33-34.

quarta-feira, 26 de junho de 2019

Hábito - Emmanuel





Hábito

Emmanuel


O hábito é uma esteira de reflexos mentais acumulados, operando constante indução à rotina.


Herdeiros de milênios, gastos na recapitulação de muitas experiências análogas entre si, vivemos, até agora, quase que à maneira de embarcações ao gosto da correnteza, no rio de hábitos aos quais nos ajustamos sem resistência.


Com naturais exceções, todos adquirimos o costume de consumir os pensamentos alheios pela reflexão automática, e, em razão disto, exageramos as nossas necessidades, apartando-nos da simplicidade com que nos seria fácil erguer uma vida melhor, e formamos em torno delas todo um sistema defensivo à base de crueldade, com o qual ferimos o próximo, dilacerando consequentemente a nós mesmos.


Estruturamos, assim, complicado mecanismo de cautela e desconfiança, para além da justa preservação, retendo, apaixonadamente, o instinto da posse e, com o instinto da posse, criamos os reflexos do egoísmo e do orgulho, da vaidade e do medo, com que tentamos inutilmente fugir às Leis Divinas, caminhando, na maioria das circunstâncias, como operários distraídos e infiéis que desertassem da máquina preciosa em que devem servir gloriosamente, para cair, sufocados ou inquietos, nas engrenagens que lhes são próprias.


Nesse círculo vicioso, vive a criatura humana, de modo geral, sob o domínio da ignorância acalentada, procurando enganar-se depois do berço, para desenganar-se depois do túmulo, aprisionada no binômio ilusão-desilusão, com que despende longos séculos, começando e recomeçando a senda em que lhe cabe avançar.


Não será lícito, porém, de modo algum, desprezar a rotina construtiva.


É por ela que o ser se levanta no seio do espaço e do tempo, conquistando os recursos que lhe enobrecem a vida.


A evolução, contudo, impõe a instituição de novos costumes, a fim de que nos desvencilhemos das fórmulas inferiores, em marcha para ciclos mais altos de existência.


É por esse motivo que vemos no Cristo — divino marco da renovação humana —todo um programa de transformações viscerais do espírito.


Sem violência de qualquer natureza, altera os padrões da moda moral em que a Terra vivia há numerosos milênios. 


Contra o uso da condenação metódica, oferece a prática do perdão.


A tradição de raça opõe o fundamento da fraternidade legítima.


No abandono à tristeza e ao desânimo, nas horas difíceis, traz a noção das bem-aventuranças eternas para os aflitos que sabem esperar e para os justos que sabem sofrer.


Toda a passagem do Senhor, entre os homens, desde a Manjedoura, que estabelece o hábito da simplicidade, até a Cruz afrontosa que cria o hábito da serenidade e da paciência, com a certeza da ressurreição para a vida eterna, o apostolado de Jesus é resplendente conjunto de reflexos do caminho celestial para a redenção do caminho humano.


Até agora, no mundo, a nossa justiça cheira a vingança e o nosso amor sabe a egoísmo, pelo reflexo condicionado de nossas atitudes irrefletidas nos milênios que nos precedem o “hoje”.


Não podemos desconhecer, todavia, que somente adotando a bondade e o entendimento, com a obrigação de educar-nos e com o dever de servir, como hábitos automáticos nos alicerces de cada dia, colaborando para a segurança e felicidade de todos, ainda mesmo à custa de nosso sacrifício, é que refletiremos em nós a verdadeira felicidade, por estarmos nutrindo o verdadeiro bem.




XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Emmanuel. Pensamento e Vida, cap.20, p.35-36.

terça-feira, 25 de junho de 2019

Tolerância - Emmanuel





Tolerância

Emmanuel


Vive a tolerância na base de todo o progresso efetivo.


As peças de qualquer máquina suportam-se umas às outras para que surja essa ou aquela produção de benefícios determinados.


Todas as bênçãos da Natureza constituem larga sequência de manifestações da abençoada virtude que inspira a verdadeira fraternidade.


Tolerância, porém, não é conceito de Superfície.


É reflexo vivo da compreensão que nasce, límpida, na fonte da alma, plasmando a esperança, a paciência e o perdão com esquecimento de todo o mal.


Pedir que os outros pensem com a nossa cabeça seria exigir que o mundo se adaptasse aos nossos caprichos, quando é nossa obrigação adaptar-nos, com dignidade, ao mundo, dentro da firme disposição de ajudá-lo.


A Providência Divina reflete, em toda parte, a tolerância sábia e ativa.


Deus não reclama da semente a produção imediata da espécie a que corresponde.


Dá-lhe tempo para germinar, crescer, florir e frutificar.


Não solicita do regato improvisada integração com o mar que o espera.


Dá-lhe caminhos no solo, ofertando-lhe o tempo necessário à superação da marcha.


Assim também, de alma para alma, é imperioso não tenhamos qualquer atitude de violência.


A brutalidade do homem impulsivo e a irritação do enfermo deseducado, tanto quanto a garra no animal e o espinho na roseira, representam indícios naturais da condição evolutiva em que se encontram.


Opor ódio ao ódio é operar a destruição.


O autor de qualquer injúria invoca o mal para si mesmo.


Em vista disso, o mal só é realmente mal para quem o pratica.


Revidá-lo na base de inconsequência em que se expressa é assimilar-lhe o veneno.


É imprescindível tratar a ignorância com o carinho medicamentoso que dispensamos ao tratamento de uma chaga, porquanto golpear a ferida, sem caridade, será o mesmo que converter a moléstia curável num aleijão sem remédio.


A tolerância, por esse motivo, é, acima de tudo, completo esquecimento de todo o mal, com serviço incessante no bem.


Quem com os lábios repete palavras de perdão, de maneira constante, demonstra acalentar a volúpia da mágoa com que se acomoda perdendo tempo.
Perdoar é olvidar a sombra, buscando a luz.


Não é dobrar joelhos ou escalar galerias de superioridade mendaz, teatralizando os impulsos do coração, mas sim persistir no trabalho renovador, criando o bem e a harmonia, pelos quais aqueles que não nos entendam, de pronto, nos observem com diversa interpretação, compreendendo-nos o idioma inarticulado do exemplo.


Oferece-nos o Cristo o modelo da tolerância ideal, em regressando do túmulo ao encontro dos aprendizes desapontados. Longe de reportar-se à deserção de Pedro ou à fraqueza de Judas, para dizer com a boca que os desculpava, refere-se ao serviço da redenção, induzindo-os a recomeçar o apostolado do bem eterno.


Tolerar é refletir o entendimento fraterno, e o perdão será sempre profilaxia segura, garantindo, onde estiver, saúde e paz, renovação e segurança.




XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Emmanuel. Pensamento e Vida, cap.25, p.42-43.

domingo, 23 de junho de 2019

Fé - Emmanuel





Emmanuel



Para encontrar o bem e assimilar-lhe a luz, não basta admitír-lhe a existência. 


É indispensável buscá-la com perseverança e fervor.


Ninguém pode duvidar da eletricidade, mas para que a lâmpada nos ilumine o aposento recorremos a fios condutores que lhe transportem a força, desde a aparelhagem da usina distante até o recesso de nossa casa.


A fotografia é hoje fenômeno corriqueiro; contudo, para que a imagem se fixe, na execução do retrato, é preciso que a emulsão gelatinosa sensibilize a placa que a recebe.


A voz humana, através da radiofonia, é transmitida de um continente a outro, com absoluta fidelidade; todavia, não prescinde do remoinho eletrônico que, devidamente disciplinado, lhe transporta as ondulações.


Não podemos, desse modo, plasmar realização alguma sem atitude positiva de confiança.


Entretanto, como exprimir a fé? — indaga-se muitas vezes.


A fé não encontra definição no vocabulário vulgar.


É força que nasce com a própria alma, certeza instintiva na Sabedoria de Deus que é a sabedoria da própria vida. Palpita em todos os seres, vibra em todas as coisas. 

Mostra-se no cristal fraturado que se recompõe, humilde, e revela-se na árvore decepada que se refaz, gradativamente, entregando-se às leis de renovação que abarcam a Natureza.


Todas as operações da existência se desenvolvem, de algum modo, sob a energia da fé.


Confia o campo no vigor da primavera e cobre-se de flores.


Fia-se o rio na realidade da fonte, e dela não prescinde para a sua caudal larga e profunda.


A simples refeição é, para o homem, espontâneo ato de fé. 


Alimentando-se, confia ele nas vísceras abdominais que não vê.


Todo o êxito da experiência social resulta da fé que a comunidade empenhe no respeito às determinações de ordem legal que lhe regem a vida.


Utilizando-nos conscientemente de semelhante energia, é-nos possível suprimir longas curvas em nosso caminho de evolução.


Para isso, seja qual for a nossa interpretação religiosa da ideia de Deus, é imprescindível acentuar em nós a confiança no bem para refletir-lhe a grandeza.


Recordemos a lente e o Sol. 


O astro do dia distribui equitativamente os recursos de que dispõe. 


Convergindo-lhe porém, os raios com a lente comum, dele auferimos poder mais amplo.


O Bem Eterno é a mesma luz para todos, mas concentrando-lhe a força em nós, por intermédio de positiva segurança íntima, decerto com mais eficiência lhe retrataremos a glória.


Busquemo-lo, pois, infatigavelmente, sem nos determos no mal.


O tronco podado oferece frutos iguais àqueles que produzia antes do golpe que o mutilou.


A fonte alcança o rio, desfazendo no próprio seio a lama que lhe atiram.


Sustentemos o coração nas águas vivas do bem inexaurível.


Procuremos a boa parte das criaturas, das coisas e dos sucessos que nos cruzem a lide cotidiana. 


Teremos, assim, o espelho de nossa mente voltado para o bem, incorporando-lhe os tesouros eternos, e a felicidade que nasce da fé, generosa e operante, libertar-nos-á dos grilhões de todo o mal, de vez que o bem, constante e puro, terá encontrado em nós seguro refletor.



XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Emmanuel. Pensamento e Vida, Cap.6, p. 10-11.