sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Convite à Alegria - Joanna de Ângelis




Convite à Alegria

Joanna de Ângelis



“Mas eu vos tornarei a ver e o vosso coração se encherá de alegria e  essa alegria ninguém vo-la tirará.” (João: capítulo 16º, versículo 22).




A constrição dos muitos problemas a pouco e pouco vem deixando ressaibos de amarguras e tens a impressão de que os melhores planos traçados nos painéis da esperança, agora são lembranças que a dura realidade  venceu.



Tantos esforços demoradamente envidados parecem redundar em lamentáveis escombros.



A fortuna fácil que alguns amigos granjearam e o êxito na ribalta social por outros lobrigado, afirmam o que consideras o fracasso das tuas aspirações.



Na jornada quotidiana “marcas passos”.



Na disputa das posições segues ladeira acima.



No círculo das amizades cais na “rampa do desprezo”.



No reduto da família és um “estranho em casa.



Aguilhões e escolhos surgem, multiplicam-se e estás a ponto de desistir.



Mesmo assim, cultiva a alegria.



Sorri ante a dadivosa oportunidade de ascender em espírito, quando outros estacionam ou decaem.



Exulta por dispores do tesouro que é a oportunidade feliz de não apenas te libertares das dívidas como também granjeares títulos de enobrecimento interior.



Rejubila-te com a honra de liberar-te quando outros se comprometem.



Triunfos e lauréis são antes responsabilidades e empréstimos de que somente poucos, quase raros espíritos conseguem desincumbir-se sem gravames ou insucessos dolorosos.



O sol que oscula a fonte e rocia a pétala da rosa é o mesmo que aquece o charco e o transforma, em nome do Nosso Pai, como a dizer-nos que o Seu amor nos chega sempre em qualquer situação e lugar em que nos encontremos.



Recorda a promessa de Jesus de voltar a encontrar-se contigo, dando-te a alegria que ninguém poderá tomar.



Cultiva, assim, a alegria, que independe das coisas de fora, mas que nasce na fonte cantante e abençoada do solo do coração e verte linfa abundante como rio de paz, por todos os dias até a hora da libertação, começo feliz da via por onde seguirás na busca da ventura plena.





FRANCO, Divaldo Pereira pelo Espírito Joanna de Ângelis. Convites da Vida Cap.1 , p. 3.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Fé - Hammed





Hammed



Fé não é uma questão de conveniência. Fé não é uma muleta milagrosa. Fé não é satisfação de caprichos, mas “um meio de demonstrar as realidades que não se vêem”.


A fé a qual se referia Jesus Cristo é aquela que vibra no coração das criaturas que acreditam que Deus tudo vê e provê. 


Essa fé verdadeira, que respeita os ritmos e os ciclos naturais da vida, considera que tudo está certo e nada está fora dos domínios da Ordem Providencial.


Ter fé é aceitar a dor e a dificuldade em nossas vidas como pedidos de renovação. Ter fé é perceber as nossas limitações e, da mesma forma, as dos outros e perdoar sempre.


Nossa consciência de vida é diminuta e frágil. 


Como esperar que um paralítico possa caminhar por uma ladeira íngreme, repleta de fendas e pedregulhos, com precisão e agilidade, sem vacilar? 


É óbvio que o erro traz conseqüências para quem errou, mas a Vida Maior não tem como método de educação punir ou condenar. 


Ela visa apenas transformar a “energia do ato” na “consciência do ato”. 


Em outras palavras, quer que a criatura possa extrair do erro ensinamentos e que fique cada vez mais atento às leis que regem sua existência. 


Portanto, ter fé é aprender a nos perdoar e aos outros, para que possamos ser perdoados.


Ter fé é entender que não se consegue paz meramente pedindo, e sim fechando as portas das sensações exteriores a fim de penetrar no sentido interior – a intuição sapiencial.


Enfim, ter fé é compreender que “Deus está em tudo, e tudo está em Deus”, conforme legitimou Jesus Cristo: “Quem me vê, vê o Pai. 


Como podes dizer: Mostra-nos o Pai? 


Não crês que estou no Pai e o Pai está em mim?”. 


Ou mesmo, quando asseverou “Em verdade vos digo: cada vez que o fizestes a um desses meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizeste”.


Sobre isso também escreve Paulo de Tarso em I Coríntios, 15:28: 

“para que Deus seja tudo em todos”, pois, na realidade, o Criador Excelso está em todas as criações e criaturas, mas não se confunde com nenhuma delas, nem nelas se dissipa.




ESPÍRITO SANTO NETO, Francisco pelo Espírito Hammed. Um Modo de Entender, uma Nova Forma de Viver.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Aura de Amor - Hammed




Aura de Amor


Hammed


Cada um de nós trás nas entranhas de si mesmo, a presença de Deus.


Pai por excelência, habita em cada criatura e, portanto, trazemos o selo divino impresso em nossa consciência, indicando Nossa Paternidade.


O reconhecimento da presença divina em nós e nos outros desabrocha, no indivíduo, o mais nobre dos sentimentos da alma, o amor, que se define como sendo a atmosfera de Deus em torno de nós próprios.


Portanto, ao enxergarmos a profundidade de cada criatura, identificaremos, ali, esta semente divina, espargindo vibrações de estreitamento dos laços afetivos, formando, assim, uma aura de amor e, em seguida, consciência profunda desta realidade ímpar.


Desta forma, seremos cada vez mais amorosamente condescendentes para conosco e para com os outros.



ESPÍRITO SANTO NETO, Francisco pelo Espírito Hammed. Mensagem recebida em 17/07/1996 na “Sociedade Espírita Boa Nova - Catanduva SP”.


terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Belo Planeta Terra - Hammed




Belo Planeta Terra

Hammed




Realmente, a Terra é um minúsculo grão de areia no imenso Cosmo Universal.


Mundos incontáveis, estrelas de maior grandeza que o Sol, circulam pelos complexos interplanetários, e constelações inúmeras se encaixam em galáxias de milhares de anos-luz.


Assegura a ciência que a Via-Láctea possui mais de 200 milhões de estrelas espalhadas harmonicamente entre suas nebulosas, e que sua forma espiralada tem uma extensão aproximada de 100 mil anos-luz para ser percorrida de uma ponta para outra.


Vivemos num turbilhão de galáxias, somos viajores do espaço, habitantes do Universo em busca da perfeição, e o nosso destino é a felicidade plena.


Nosso planeta é a residência que nos acolhe atualmente; portanto, amá-lo e protegê-lo é o nosso lema.


A Terra, de uma beleza sem igual, é para nós outros, encarnados e desencarnados, domiciliados temporariamente neste orbe azulado, o nosso ninho de aconchego e progresso espiritual.


Nossa concepção de beleza é ajustada às condições de evolução do planeta.


O que vemos e sentimos está sintonizado com nosso modelo de “belo interior” e, por conseguinte, vislumbramos fora o que somos por dentro.


“A boca fala do que está cheio o coração”, disse Jesus, e nós completamos: os olhos vêem conforme nossa atmosfera interior.


É por isso que alguns afirmam: este planeta é uma prisão; outros dizem porém: não, é um hospital; mais além outros asseguram: é um belo jardim de paz.


Tua casa psíquica determina tua existência, tua observação focaliza pântanos pestilentos ou fontes cristalinas, serpentes ou pássaros e, assim, diriges teu modo característico de ver, conforme teu modelo interior, materializando e evidenciando as coisas ou as pessoas fora de ti mesmo.


O mundo moderno coloca o pensamento ecológico como um dos meios para que os homens possam sobreviver no planeta, inter-relacionando perfeitamente a flora e a fauna existentes em nosso meio-ambiente.


Tudo está integrado em tudo: as águas necessitam das plantas e vice-versa; os animais, das florestas; e os homens fazem parte desse elo ecológico, não como parte imprescindível, mas como parte integradora.


Allan Kardec, um dos precursores do pensamento ecológico, desde 1868, refere-se à Providência Divina como a atenção de Deus para com tudo e todos, definindo-a como a solicitude que “está por toda parte, tudo vê e a tudo preside, mesmo as menores coisas; é nisso que consiste a ação providencial”.


Transcorrido mais de um século, a humanidade continua estudando e observando essa “atenção celestial”, em que cada ser vivo do planeta se interconecta, sendo todos essencialmente necessários para a manutenção de todos, e aprendendo a ver a vida em suas harmoniosas relações de “auto-ajuda”, visto que submetida sempre a uma “Ação Superior e Inteligente”, que a todos provê.


Paralelamente, e em razão disso, se os rios e as florestas morrerem, os homens também perecerão de modo parcial.


Todos nós somos Natureza, somos vida em abundância.


Também tu és Natureza, e as varias moradas às quais se referia Jesus são hoje, pelo Espiritismo, levadas a outras tantas interpretações de maior compreensão e discernimento quanto ao modo de examinar e analisar a vida no planeta.


Ama a Terra!


Ama a Natureza!


Nosso mundo, nossa casa!





ESPÍRITO SANTO NETO, Francisco pelo Espírito Hammed. Renovando Atitudes.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Orações encomendadas - Momento Espírita




Orações encomendadas



Quem sobe a montanha, respira o ar puro e descortina mais amplas paisagens.


Aquele que trabalha com perfumaria, se impregna das essências agradáveis dos aromas que manipula.


Quando alguém ora, comunga com Deus e experimenta renovação íntima e paz.


A oração ilumina o ser, acalma-o, renova-o, dá-lhe vida.


Orar é como arar.

É produzir recursos valiosos de sustentação do equilíbrio.


Quando se transfere esse tesouro para outra pessoa realizá-lo, perde-se a energia que se irradia do Pai na direção de quem pede.


Embora a onda mental daquele que ora alcance quem necessita, e a rogativa propicie socorro, o ato pessoal de orar é poderoso veículo de elevação espiritual.


Por tudo isso, habitua-te à oração para pedir, para louvar e para agradecer a Deus sempre.


No clima de harmonia que desfrutes, orando, roga pelo teu próximo, mas convida-o a orar também, a fim de que ele se impregne de luz.


Quem ora, se eleva a Deus e se penetra de bênçãos, exatamente como acontece com aquele que colhe flores perfumadas.


Quando se transfere a oportunidade de orar para outro, significa negar-se à conquista do equilíbrio emocional e da plenitude espiritual.


Orar é se banhar de claridade, colocando-se em sintonia com as chuvas de energias restauradoras.


Quem ora, se vitaliza e se enternece.


Jesus recomendou que orássemos uns pelos outros, num convite à solidariedade fraternal, a fim de que nos ajudemos através das ondas mentais da comunhão com Deus.


Quando a dor se apresenta sob qualquer forma, a oração é o veículo mais eficaz para suportá-la e superá-la.


Além disso, ela cria um campo de paz, no qual a alma se fortalece e se inspira, melhor identificando os recursos próprios para propiciar a alegria e o bem-estar.


Não deixes de interceder pelo próximo através da oração.


Todavia, não estimules as encomendas de preces, porque com essa medida os outros se sentirão desobrigados de orar, eles mesmos.


Desse modo, ora, ajudando aquele que sofre, no entanto, encoraja-o a sair do emaranhado de problemas psíquicos, orando, ele próprio, com o objetivo de restaurar-se.


Quando ores por alguém, envolve-o em ternura e envia-lhe pensamentos de bem-estar, participando emocionalmente da vibração que lhe destines.


Evita a repetição de palavras sem envolvimento emocional; a expressão maquinal, sem a onda do amor que ajuda.


Ao orares, abre-te a Deus. Doa-te de coração e de alma. Sentirás as dúlcidas respostas te impregnando de forças-luz que te vitalizarão por largo período.


*   *   *


Jesus nos ensinou pelo exemplo como se deve orar e porque se deve fazê-lo.


Sempre esteve buscando o Pai mediante a oração, que não transferiu para ninguém.


Dessa forma, ante as encomendas das preces por amigos ou conhecidos, orienta-os e convoca-os ao exercício de autoiluminação, orando.


Porém, intercede por eles a Jesus e mantém a tua sintonia com Deus, pela prece, a fim de seres feliz.




Redação do Momento Espírita, com base no cap. 27, do livro Desperte e seja feliz, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL. Disponível em www.momento.com.br.

domingo, 26 de janeiro de 2014

Amor, alimento das almas - André Luiz




Amor, alimento das almas


André Luiz

Vida
É o amor existencial.

Razão
É o amor que pondera.

Estudo
É o amor que analisa.

Ciência
É o amor que investiga.

Filosofia
É o amor que pensa.

Religião
É o amor que busca a Deus.

Verdade
É o amor que eterniza.

Ideal
É o amor que se eleva.

É o amor que transcende.

Esperança
É o amor que sonha.

Caridade
É o amor que auxilia.

Fraternidade
É o amor que se expande.

Sacrifício
É o amor que se esforça.

Renúncia
É o amor que depura.

Simpatia
É o amor que sorri.

Trabalho
É o amor que constrói.

Indiferença
É o amor que se esconde.

Desespero
É o amor que se desgoverna.

Paixão
É o amor que se desequilibra.

Ciúme
É o amor que se desvaira.

Orgulho
É o amor que enlouquece.

Sensualismo
É o amor que se envenena.

Finalmente, o ódio, que julgas ser a antítese do amor, não é senão o próprio amor que adoeceu gravemente.




XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito André Luiz.

sábado, 25 de janeiro de 2014

O amor existe sempre - Momento Espírita






O amor existe sempre



Há dias em que nos perguntamos, sinceramente: Será que o amor existe mesmo, ou será uma invenção daqueles que desejam que ele exista?


Será que o amor não passa de uma ilusão?


No entanto, quando lançamos o olhar um pouco além do nosso limitado círculo de visão, podemos perceber que uma força invencível rege a vida.


E é a essa força que podemos chamar amor.


Sim, o amor de Deus no qual o Universo inteiro está imerso.


Basta ter olhos de ver, que notaremos a ação do amor que, sem dúvida, existe sempre.


Arrebenta-se o átomo, desconcentrando a sua energia, e nasce o Cosmo.


Brilha a estrela, como gema policromada no velário do céu, e o Universo se incendeia.


Organiza-se a célula e exubera a vida.


Surge a semente, repositório de vida orgânica, e a floresta se instala.


Apresenta-se a flor como unidade de beleza, e multiplicam-se jardins.


Dobram-se os jardins, em homenagem à sensibilidade geral, e aromatiza-se todo o ambiente.


Goteja o pingo d´água e formam-se mananciais, deságuam rios e agiganta-se o mar.


Gesta a mulher, em cooperação com o Criador, e surge a Humanidade.


Brilha o intelecto, devidamente direcionado, e constitui-se a ciência.


Medita o cientista, querendo dar utilidade aos seus estudos, e elabora-se a técnica.


Multiplicam-se as técnicas e vive melhor o ser humano.


No ensejo do silêncio, que facilita o olhar para dentro de si mesmo, nasce a meditação.


Medita o ser sobre como ver o mundo, e a arte encontra nascedouro.


Desenvolve-se a arte, desentranhando a criatividade humana, e projetam-se ideias de Deus.


E Deus é todo o amor que existe.


E tudo quanto existe se nutre do amor, que é Deus, e nEle está imerso.


O amor existe sempre!


O zunzum dos insetos e o voo dos pássaros nos falam de amor.


A germinação da semente e a fecundação humana mostram-nos o amor.


O verme que fertiliza o solo e a fera que ruge na selva nos dão mostras de amor.


O sorriso da criança e o aconselhamento do velho são quadros do amor.


A disposição do jovem e a ponderação do adulto são obras do amor.


*    *   *


Em tudo vibra o amor... E o amor é Deus.


Busquemos, então, meditar sobre o que temos e o que não temos, sobre quem somos e sobre quem não somos, a respeito do que fazemos, e do que não fazemos, guardando a convicção de que sem a presença do amor naquilo que temos, no que fazemos e no que somos, estaremos imensamente pobres, profundamente carentes, desvitalizados.


Seja qual for a lida, a luta, a nossa atividade no mundo, vinculemos-nos ao amor, acatemos as suas sugestões e vibremos vitoriosos e felizes, plenos de vida, de candura, de harmonia, pois com o amor seguimos com Deus, agimos por Deus e em Deus, conscientemente, nos movimentamos.




Redação do Momento Espírita, com base em mensagem do Espírito Rosângela, psicografia de Raul Teixeira, na Sociedade Espírita Fraternidade, em Niterói, RJ, em 30.1.2002. Disponível no livro Momento Espírita, v. 3, ed. FEP. Disponível em www.momento.com.br.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Receita de sucesso - Momento Espírita




Receita de sucesso



O que é que cria uma carreira de sucesso?


Falamos do sucesso real, verdadeiro.


Não daquele efêmero, que dura uns anos, uma geração e depois, tão depressa quanto surgiu, desaparece.


Falamos do sucesso que alcança algumas pessoas e que se reflete em outras vidas, beneficiando-as, alterando o rumo para melhor.


No Brasil, uma das grandes carreiras de sucesso é a do Doutor Ivo Pitanguy.


Com ele, a cirurgia plástica no Brasil e no Exterior ganhou dignidade.


O que o levou a se especializar nesta área, foi exatamente o impacto que teve com as deformidades que viu no atendimento hospitalar, ao iniciar seus estudos médicos.


Principalmente os pacientes do Pronto-Socorro foram a grande escola e laboratório para o famoso cirurgião.


Numa época em que a função do médico era salvar vidas, sem atentar-se para o aspecto físico do paciente, ele passou a se questionar no quanto uma cicatriz podia perpetuar um momento desagradável para uma pessoa.


Sempre disposto a aprender mais, porque o que sabia achava que não era suficiente, ele foi se especializar nos Estados Unidos, na Inglaterra e na França.


E conta seu segredo de sucesso: muita determinação, disciplina, muito sacrifício, mas, sobretudo, entusiasmo.


A disciplina, diz, começou a adquirir com o esporte. Praticava natação, vôlei, tênis e outros esportes.


O esporte lhe deu modéstia, humildade, porque lhe ensinou a perder.


Mas sempre teve muita noção do tempo que poderia dedicar ao esporte e o que deveria aplicar nos estudos.


Quando era garoto, deixava de ir a uma festinha à noite para poder nadar.


Poder se afastar um pouco do que você faz é o que dá para a pessoa, enfatiza ele, forças para fazer seu trabalho com amor.


Dividindo-se entre o esporte e a leitura, nos momentos de descanso, conclui:


Tenho a impressão de que eu soube viver com intensidade e com enorme sacrifício pessoal e da minha família, vinte e quatro horas por dia, um sonho que eu continuo a viver.


*   *   *


Eis uma receita de sucesso.


Eis uma experiência de vida de alguém que avança no tempo enquanto cresce e aprimora a própria técnica de viver.


E, para completar, demonstrando que a sabedoria reside em passar adiante o que se sabe, o que constitui conquista do próprio esforço, ele criou uma escola, para que haja continuidade do seu trabalho.


Para os que lhe perguntam se não teme a concorrência dos próprios médicos aos quais repassa as suas técnicas, afirma que nunca pensou dessa forma.


Os que com ele aprendem são profissionais que se especializam e irão cuidar de outras tantas pessoas que ele não pode atender.


O seu objetivo é ensinar cirurgia, não só reparadora como também estética.


Abrir a sua intimidade para difundir aquilo em que ele acredita.


Sem medo de concorrentes. Pois o que de fato faz uma clientela e um nome é o que se faz de bom.


*   *   *


Transforma a tua vida num oásis de bênçãos.


Espalha boa semente por onde passes.


Ensina o que saibas.


Auxilia a quem possas.


O melhor da vida é dar.


É ser semeador.


A riqueza do mundo pesa, vergando o possuidor para baixo.


O tesouro do amor ergue a criatura, fá-la voar, livre e feliz, nos córregos do infinito.


Esvazia de qualquer ambição a tua vida, para que, pobre de poder, tenhas rico de amor o coração.




Redação do Momento Espírita, com base no artigo Mãos mágicas, de Seleções Reader´s Digest, de fevereiro/2002 e com versos finais do Canto XI, do livro Estesia, pelo Espírito Rabindranath Tagore, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL. Disponível em www.momento.com.br.


quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Parábola dos Potes de Barro - Alexandre Rangel





Parábola dos Potes de Barro



Havia dois grandes e belos potes de barro que conversavam entre si no canto de um quintal:


- Ah..., que tédio, que vida!


Viver aqui, exposto a tudo, sol, vento, chuva, calor...


Por mais que eu me proteja, como sobreviverei? 


Aqui estou perfeitamente tampado, lacrado para proteger-me e ainda assim sinto-me ameaçado, vazio.


Não vejo graça em estar aqui...


O outro pote tranquilamente respondeu:


- Cai a chuva e eu a recebo.


Vem o vento e eu o sinto bem dentro de mim.


Vem o sol e me leva as gotas que retornam para o céu.


E nem por isso sinto-me ameaçado...


- Ora, grande vantagem!

Seu interior não guarda mais a cor original como o meu, sua cor vai ficando cada dia mais diferente.


Você não é mais o mesmo...


- Sim (respondeu o outro) e isso me alegra!


Meu interior transforma-se a cada dia, à medida que novas coisas me penetram.


Posso sentir cada criatura que me visita e cada uma delas deixa algo de si para mim, assim como deixo para elas, pouco a pouco, a minha cor.


- É, mas você não tem mais paz!


A todo instante você é solicitado, carregam você todo o dia para levar água, ao passo que eu permaneço no meu lugar.


Ninguém me incomoda.


Quando se aproximam, já sei que é a você que eles querem.


- Sim, se me solicitam é porque tenho algo a dar, e o que dôo não é diferente do que você pode dar.


Deixo-me encher pela água da chuva, que cai tanto sobre mim como sobre você.


Encho-me até transbordar.


Outros seres precisam desta água e eu os sirvo.


Esvazio-me e deixo-me encher de novo.



Assim minha vida é um constante dar e receber.


Enquanto isso me desinstalo, saio do meu pequeno mundo e vou ao encontro de outros mundos.


Já conheci potes diversos, animais, pessoas, tantas coisas e seres...


E cada um faz-me perceber ainda mais o pote que sou.


- Não sei, mas se você continuar assim, brevemente será um pote quebrado, gasto, e então, de que adiantará tudo isto?


- Creio que se me desgasto a cada dia é para ser possível levar a vida a outros seres.


Vejo que o mais importante não é ser um pote intacto tal como fui feito, mas um pote de valor no qual estou me tornando.


Se vou durar pouco tempo, não importa;


se o pouco tempo  em que eu viver me trouxer alegrias e me fizer sentir cada vez mais o que é ser pote, isso me basta...


Já era tarde, o sol já havia se escondido quando os dois se cansaram de falar.


O pote aberto, sentindo-se cansado, logo adormeceu, o que não foi possível para o outro pote.


Ele não conseguira dormir, pois algumas palavras ditas pelo companheiro vinham-lhe à mente e não o deixavam em paz.


Transformar o interior!


Paz!


Esvaziar-se!


Deixar-se encher!


Deixar algo de si!


Ser pote!


Desinstalar-se!


Sair de seu pequeno mundo!


Ser feliz!


Ser útil!


Levar alegria!


Humildade!


Paciência!


Mansidão!


* * *


Na manhã seguinte, enquanto um pote acordava, o outro dormia, porque fora grande o seu esforço para tirar a tampa que o acompanhava há tanto tempo.       





RANGEL, Alexandre. Do Livro “As mais belas Parábolas de todos os tempos”.