sábado, 31 de março de 2018

31 DE MARÇO - 149 ANOS DA DESENCARNAÇÃO DE ALLAN KARDEC




31 DE MARÇO - 149 ANOS DA DESENCARNAÇÃO DE ALLAN KARDEC


Kardec passou os anos finais da sua vida dedicado à divulgação do Espiritismo entre os diversos simpatizantes, e defendê-lo dos opositores, através da Revista Espírita ou Jornal de Estudos Psicológicos.


Já com cerca de oito milhões de seguidores, faleceu em Paris, a 31 de março de 1869, aos 64 anos de idade, em decorrência da ruptura de um aneurisma, quando trabalhava numa obra sobre as relações entre o Magnetismo e o Espiritismo, ao mesmo tempo em que se preparava para uma mudança de local de trabalho.


Está sepultado no Cemitério do Père-Lachaise, uma célebre necrópole da capital francesa. Junto ao túmulo, erguido como os dólmens druídicos, acima de sua tumba, seu lema: "Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sem cessar, tal é a lei"; em francês.


Em seu sepultamento, seu amigo, o astrônomo francês Camille Flammarion, proferiu o seguinte discurso, ressaltando a sua admiração por aquele que ali baixava ao túmulo:


“Voltaste a esse mundo donde viemos e colhes o fruto de teus estudos terrestres. 


Aos nossos pés dorme o teu envoltório, extinguiu-se o teu cérebro, fecharam-se-te os olhos para não mais se abrirem, não mais ouvida será a tua palavra…


Sabemos que todos havemos de mergulhar nesse mesmo último sono, de volver a essa mesma inércia, a esse mesmo pó. 


Mas, não é nesse envoltório que pomos a nossa glória e a nossa esperança. Tomba o corpo, a alma permanece e retorna ao Espaço. 


Encontrar-nos-emos num mundo melhor e no céu imenso onde usaremos das nossas mais preciosas faculdades, onde continuaremos os estudos para cujo desenvolvimento a Terra é teatro por demais acanhado. 


(…) Até a vista, meu caro Allan Kardec, até a vista!"






Kardec codificador?


Dora Incontri



Allan Kardec foi o pseudônimo adotado pelo professor Hippolyte Léon DenizardRivail, nascido em 3 de outubro de 1804, em Lyon, na França. 


Ele realizou a tarefa missionária de codificar, isto é, apresentar em livros, metódica, didática e logicamente organizados, comentados e explicados, os postulados da Doutrina Espírita. 


Desencarnou no dia 31 de março de 1869 em Paris, França.



No Brasil, o país mais espírita do mundo, Kardec é normalmente chamado de o “codificador” do Espiritismo. 


Entretanto, esse termo não aparece em nenhuma obra de Kardec, só se observando o seu uso entre nós. 


Até agora, não se descobriu quem e por que puseram esse cognome ao mestre de Lyon. 


Já andei consultando os escritos de Bezerra de Menezes no século XIX e não encontrei nenhuma vez uma referência a Kardec como codificador. 


Também em Léon Denis, não há tal termo. 


Denis o chama algumas vezes de o “grande iniciador”; Bezerra, em seus artigos no jornal O Paíz, com o pseudônimo de Max, analisa o seu papel de missionário.

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No dicionário Houaiss, codificar significa: “reunir numa só obra textos, documentos, extratos oriundos de diversas fontes; coligir, compilar”. 


Vejamos, pois, se é pertinente essa qualificação a Kardec.

*

Ora, é exatamente essa a ideia que a maioria dos espíritas tem a respeito do trabalho de Kardec. 


Há muito tempo, já desde o meu livro Para entender Allan Kardec, venho apontado que o papel de Kardec no Espiritismo não foi apenas o de compilador, organizador de ideias prontas, vindas dos Espíritos. 


Essa visão, bem típica do movimento espírita brasileiro, reduz o Espiritismo a uma revelação acabada, sacralizada, e a função de Kardec a uma espécie de secretário dos Espíritos. 


Bem diferente é o que ele pensava sobre seu próprio trabalho. 


Diz ele em Obras Póstumas:

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“Conduzi-me, pois, com os Espíritos, como houvera feito com homens. Para mim, eles foram, do menor ao maior, meios de me informar e não reveladores predestinados.”

E na Gênese:


“O homem concorre para a revelação com o seu raciocínio e o seu critério; desde que os Espíritos se limitam a pô-lo no caminho das deduções que ele pode tirar da observação dos fatos. 


Ora, as manifestações (…) são fatos que o homem estuda para lhes deduzir a lei, auxiliado nesse trabalho por Espíritos de todas as categorias, que, de tal modo, são mais colaboradores seus do que reveladores, no sentido usual do termo.”

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Na verdade, Kardec foi um pesquisador, criador de um método genial que reúne a investigação científica dos fenômenos mediúnicos, com a articulação racional, filosófica e a revelação espiritual. 


Pela primeira vez na história da humanidade, a revelação é passada pelo crivo científico e a ciência se abeira da espiritualidade com métodos próprios de observação. 


Esse método de abordagem foi desenvolvido por Kardec e não pelos Espíritos.

*

No Brasil, justamente por termos perdido ou não compreendido suficientemente os critérios de racionalidade e pesquisa que Kardec criou para a análise dos fenômenos mediúnicos, ficamos apenas com a revelação, aceita cegamente. 


Por isso, o termo codificador combina melhor com essa nossa visão caseira do Espiritismo, como algo meramente revelado e não pesquisado e concebido pelo ser humano, em diálogo com os Espíritos.

*

Portanto, impõe-se resgatar Kardec como o grande pesquisador, pensador, fundador do Espiritismo – ainda muito desconhecido, desconsiderado e incompreendido, por não-espíritas e pelos próprios que se dizem seus seguidores.




Fonte

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PEDAGOGIA ESPÍRITA/ ABPE. Kardec codificador? Dora Incontri. 17 de setembro de 2016 .Disponível em https://blogabpe.org/2016/09/17/kardec-codificador/. Acesso: 31 Mar 2018.

32 Inexoravelmente - Joanna de Ângelis






32 Inexoravelmente

Joanna de Ângelis


É da lei o axioma que “cada um evolui com o esforço próprio” e que “acolheita é a resposta da sementeira”.


Fadado à perfeição, o Espírito adquire sabedoria mediante as experiências que vive, conquistando, palmo a palmo, os espaços da evolução.


Quando erra, repete o tentame até acertá-lo.


Quando prejudica, volve a reparar, auxiliando a quem afligiu.


Desse modo, o trabalho é pessoal e intransferível.


Embora receba ajuda, orientação e estímulo, a ação é de cada um.

*

Semeando sempre, porque a cada ação corresponde uma equivalente reação, seguirás adiante conforme te proponhas e te empenhes por executá-lo.


Ocorrendo injunções afligentes que te levem à dor, conscientiza-te de que são necessárias para mais valiosas conquistas morais, e esparze bondade embora as circunstâncias dolorosas.


O que hoje te chega, foi arrojado ontem.


Da mesma forma, o que ora aciones, reencontrarás mais tarde.


Não desperdices este momento recorrendo a queixas e a lamentações que somente perturbam e geram mal-estar.


Uma atitude otimista e uma realização fecunda fomentam resultados positivos que se transformam em conquistas libertadoras.



FRANCO, Divaldo Pereira , pelo Espírito Joanna de Ângelis. Episódios Diários, 1985.

quinta-feira, 29 de março de 2018

31 Meditação - Joanna de Ângelis







31 Meditação


Joanna de Ângelis



Reserva-te alguns minutos para a meditação antes de tomares atitudes, de assumires compromissos.


Os melhores conselhos que recebas são guias e não soluções.


Os teus problemas pertencem-te e a ti cabe solucioná-los.


Transferir responsabilidades para os outros é fugir ao dever.


Como não é justo que te acredites responsável por tudo, também não é correto que culpes os outros por todas as ocorrências infelizes que te alcancem.


Renovação moral é compromisso para já, e não para oportunamente.


Cada vez que postergas a ação dignificadora em favor de ti mesmo, as circunstâncias se tornam mais complexas e difíceis.


*


Em ti próprio estão as respostas para as interrogações que bailam em tua mente.


Aclimata-te ao silêncio interior e ouvirás com clareza as diretrizes para equacioná-las.


No dia-a-dia aprenderás a te encontrares, se o intentares sempre.


Um dia é valioso período de tempo, cheio de incidentes para serem resolvidos e rico de oportunidade para elevação pessoal.


Ganha cada momento, fazendo uma após a outra cada tarefa, e terminarás a jornada em paz.


Reflexiona, portanto, antes de agires, para que, arrependido, não venhas a meditar só depois.


FRANCO, Divaldo Pereira , pelo Espírito Joanna de Ângelis. Episódios Diários, 1985.

terça-feira, 27 de março de 2018

30 Ante a Calúnia - Joanna de Ângelis






30 Ante a Calúnia

Joanna de Ângelis



É inevitável ser vítima da calúnia, que faz parte do orçamento moral de muitas pessoas, a fim de ser apresentada no mercado da leviandade humana.


Muitos se comprazem em urdi-la e desferi-la, por inveja, ciúme ou,
simplesmente, por doença moral.


Outros se encarregam de divulgá-la, alegrando-se em fazê-lo, porque também atormentados.

*

Não sintonizes com aqueles que vivem nessa faixa.


Igualmente não te permitas atingir pelas farpas caluniosas que te arrojam.


Vive de tal forma, que o caluniador fique desmoralizado por falta de
provas.


Cada dia é lição que se transforma em vida, ao longo do teu caminho eterno.


Diariamente surgem episódios de calúnia, intentando alcançar alguém.


Assim, perdoa o caluniador. 


Ele não fugirá de si mesmo.

*

Contam que uma caluniadora buscou o seu confessor e narrou, arrependida, a sua insensatez.


Pedindo a absolvição para o triste delito, perguntou ao ouvinte atento qual era a sua penitência.


Aquele reflexionou e pediu-lhe que fosse ao lar e trouxesse uma almofada de plumas, subisse à torre da igreja e dali as espalhasse ao vento com máximo cuidado, e, após, viesse receber a competente liberação.


Tão logo terminou de fazê-lo, a confessa retornou e perguntou:


— E agora?


— Volta lá — respondeu o sacerdote — recolhe todas as plumas e
refaze a almofada.


A calúnia são plumas ao vento que vão sempre adiante para a amargura do caluniador.



FRANCO, Divaldo Pereira , pelos Espírito Joanna de Ângelis. Episódios Diários, 1985.


domingo, 25 de março de 2018

NÃO É POR ACASO PESSOAS QUE CRUZAM SEU CAMINHO - Haroldo Dutra Dias

29 Moda - Joanna de Ângelis





29 Moda

Joanna de Ângelis


Os caprichos da moda!


As criaturas engendram tormentos nos quais tombam de forma leviana e lamentável.


Dentre outros, assoma o que se refere à moda.


Versatilidade no vestir e calçar, variedade para usar.


Armários abarrotados e as pessoas lamentando-se ausência de trajes condignos para este ou aquele evento.


Noites insones por causa de um modelo; preocupações exageradas para a aquisição de uma indumentária.


Roupa exclusiva para causar sensação ou extravagante para chamar a atenção.


A vacuidade inspira formas de automaceração e de realização em disfarces de trapos de alto custo, que logo perdem o sentido.

*

Não são poucas as criaturas que se consideram infelizes por causa da moda, que as impede de estar em dia com os figurinos e os lançamentos últimos.


... E são portadoras de apenas um corpo!

*

Veste-te para que te sintas asseado e confortável na tua roupa.


Se for factível usar o que ora é aceito, fica à vontade para fazê-lo.


Se não puderes acompanhar os lançamentos, usa da simplicidade e veste o que te seja possível, sem tormento nem angústia.


Na maioria das vezes, ninguém nota como estás vestido, exceto quando chamas a atenção pela originalidade, pelo inusitado...


Importa o que és e não como te vestes.


O invólucro ajuda, porém, o importante mesmo é o produto que ele
reveste.


Excesso, em moda, jamais!



FRANCO, Divaldo Pereira , pelos Espírito Joanna de Ângelis. Episódios Diários, 1985.



sexta-feira, 23 de março de 2018

28 Crítica - Joanna de Ângelis





28 Crítica

Joanna de Ângelis


Diante dos acontecimentos chocantes do dia-a-dia e face a determinados comportamentos equivocados que recebem aplauso geral, vem-te a tentação de criticar.


Algumas palavras bem colocadas, e serão suficientes para desmascarar mandatários inescrupulosos e indivíduos subservientes de conduta vil.


Quase todas as pessoas do círculo onde eles se movimentam, conhecem-lhes as falhas. 


Não obstante, sorriem com falsa anuência em relação à sua forma de viver, quase os detestando.

*

Tu, que procuras ser honesto contigo mesmo e com o teu próximo, ficas magoado, desejoso de te referires às deficiências que caracterizam essas pessoas e esses fatos.


Este procedimento em nada ajudará aos criticados, que se irritarão,
carregando-se de ódio contra ti e passando a perseguir-te, piorando a própria situação.


A crítica ácida, inspirada pela revolta ou pelo ressentimento, não contribui para a mudança delas ou das ocorrências examinadas.


Ninguém gosta de sofrer críticas, mesmo quando merecidas.

*

A palavra gentil de ajuda e de esclarecimento produz melhor efeito do que a acusação, irada, a censura severa.


A tua melhor maneira de criticar o erro será agir com acerto, diferenciando-te pela forma de atuar, em relação àquele que se comporta irregularmente.


A força da retidão se expressa pela conduta, muito mais do que através das palavras.


Evita a crítica, forma sutil de vingança e, não raro, de despeito sórdido.


A tua vida deve tornar-se uma lição viva de correção e dignidade, sem que estejas apontando os erros e debilidades alheios.



FRANCO, Divaldo Pereira , pelos Espírito Joanna de Ângelis. Episódios Diários, 1985.