quarta-feira, 15 de maio de 2024

Convite à Definição - Joanna de Ângelis




Convite à Definição

Joanna de Ângelis


“Eis agora vós que dizeis... amanhã.” (Tiago: capítulo 4º, versículo 13).



O desânimo exsuda tóxico deprimente e destruidor.


A indiferença é o anestésico da desdita.


A dúvida pode ser comparada à fumaça que perturba a visão.


A incerteza produz distonia perniciosa à paz.


A suspeita dilata a insegurança, estabelecendo contágio perigoso e molesto.


No entanto, o convite do Evangelho à definição é claro:


“Eia agora!” — proclama Tiago.


Não somente hoje, mas seguramente, agora.


Agora é o instante azado da definição de propósitos.


O convite para a resolução libertadora das paixões ultrajantes é ensancha que merece reflexão, sem dúvida, todavia, é, também, diretriz irreversível a ser seguida.


Por toda parte pululam aflições e desaires, multiplicando-se, complexas, as desditas mas a edificação moral nas linhas austeras do Cristianismo que jaz à margem, tem regime de urgência, é inadiável. Define-te cristão, e, se possível, espírita, atestando-o através dos atos salutares.


Decidido à superação das imperfeições e resolvido à sublimação, começa, agora, a programática renovadora partindo dos pequenos compromissos negativos a que te vinculas, de modo a prosseguires, seguro, pela senda feliz, - a do dever reto nobremente exercido- a única que produz alegria e paz reais.


Definição é atitude de maturidade espiritual.


Realiza-a, agora.




FRANCO, Divaldo Pereira pelo Espírito Joanna de Angelis. Convites da vida, Cap. 11, p .10-11 , 1972.


terça-feira, 14 de maio de 2024

Convite à Decisão - Joanna de Ângelis





Convite à Decisão

Joanna de Ângelis



“Nenhum servo pode servir a dois senhores.” (Lucas: capítulo 16º, versículo 13).



Será possível o consórcio da Espiritualidade com as ambições mundanas?


Será crível amar as estrelas e demorar-se no charco?


Pode-se estudar o bem e cultivar a ilusão?


Permite-se o concurso da saúde no organismo debilitado?


É factível a dedicação à caridade e o comércio com a rebeldia?


Disse Jesus com propriedade inalterável:


—“Não se serve bem a dois senhores.”


Sem dúvida não nos encontramos diante da necessidade de construir comunidades novas em que a ojeriza ao mundo se patenteie pela fuga aos cometimentos humanos.


Não estamos diante de uma imposição para que se edifiquem células quistosas no organismo social, em que os seus membros se transformem em marginais da vida contemporânea.


 Desejamos aclarar quanto à necessidade de que aquele que encontrou a rota luminosa da Verdade, por um princípio de coerência natural, não se deve permitir engodos.


Desde que não se podem coadunar realidades que se contrapõem, tu que conheces os objetivos da vida não deves permitir fixações e posições falsas que já deverias ter abandonado a benefício da paz interior, enquanto conivindo com atitudes dúbias, navegando no mar das indecisões, estarás na crista e nas baixadas das ondas das dúvidas sob as contingências das posições emocionais em atropelo.



O convite do Cristo tem sido sempre imperioso.


Tomando-se da charrua não se deve olhar para trás.


Diante do desejo da retificação, marchar para o bem e não tornar ao pecado...


Imprescindível decidas o que desejas da vida, como conduzires a vida, qual a idéia que fazes da vida e por fim marcha na direção da Vida que venhas a eleger como rota para a verdadeira Vida.



FRANCO, Divaldo Pereira pelo Espírito Joanna de Angelis. Convites da vida, Cap. 10, p .10 , 1972.


segunda-feira, 13 de maio de 2024

Convite à Continência - Joanna de Ângelis





Convite à Continência

Joanna de Ângelis


“... A vossa santificação que vos abstenhais da prostituição.” (1º Tessalonicennses: capítulo 4º, versículo 3).


Referimo-nos ao equilíbrio no uso das funções sexuais, em face dos modernos conceitos éticos, estribados nas mais vulgares expressões do sensualismo e da perversão.


Disciplina moral, como condição de paz fomentadora de ordem física e psíquica, nos diversos departamentos celulares do corpo que te serve de veículo à evolução.


A mente atormentada por falsas necessidades, responsabiliza-se por disfunções glandulares, que perturbam a boa marcha das organizações fisiológica e psicológica do homem.


Entre as necessidades sexuais normais, perfeitamente controláveis, e as ingentes exigências do condicionamento a que o indivíduo se permite por educação, por sociabilidade, por desvirtuamento, há a fuga espetacular para os prazeres da função descabida do aparelho genésico, de cujo abuso só mais tarde aparecem as consequências físicas, emocionais e psíquicas, em quadros de grave comprometimento moral.


Em todos os tempos, o desregramento sexual dos homens tem sido responsável por crises sérias no estatuto das Nações. 


Guerras cruéis que assolaram povos, arbitrariedades cometidas em larga escala, em toda parte, absurdos do poder exorbitante, perseguições inomináveis, contínuas, tragédias bem urdidas, crimes nefandos têm recebido os ingredientes básicos das distonias decorrentes do sexo em desalinho, eito de maldições e poste de suplícios intérminos para quantos se lhe tornam áulicos subservientes.


Quedas espetaculares na rampa da alucinação, homicídios culposos, latrocínios infelizes e perversões sem conta fazem a estatística dos disparates nefandos do sexo em descontrole, perfeitamente adotado pela falsa cultura hodierna.


Continência, portanto, enquanto as forças do equilíbrio íntimo se fazem condutoras da marcha orgânica.


Dieta salutar, enquanto o matrimônio não se encarrega de propiciar a harmonia indispensável para a jornada afetiva.


Mesmo na vida conjugal, se desejas estabelecer normas para a felicidade, cuida-te da licenciosidade perniciosa, do abuso perturbador, da imaginação em desvario...


Se te parecerem difíceis os exercícios de continência, recorda-te da oração e mergulha a mente nos rios da prece, onde haurirás resistência contra o mal e inspiração para o bem.


Quando, porém, te sentires mais açulado e inquieto, a ponto de cair, refaze-te através do passe restaurador de forças e da água fluidificada, capazes de ajudar-te na empresa mantenedora da harmonia necessária ao progresso do teu espírito, na atual conjuntura carnal, evitando a prostituição dos costumes sempre em voga, responsável por mil desditas desde há muito.




FRANCO, Divaldo Pereira pelo Espírito Joanna de Angelis. Convites da vida, Cap. 8, p .8-9 , 1972.

domingo, 12 de maio de 2024

O Dia Das Mães - Divaldo Pereira Franco





O Dia Das Mães

Divaldo Pereira Franco




Quem ainda tiver na Terra sua mãe aproveite a oportunidade para homenageá-la sempre, mesmo que seja apenas com um sorriso, porque o mais importante não são os objetos materiais que ficam e desaparecem com o tempo.


Preste a sua homenagem com um toque de mão, com algo que pertence verdadeiramente à sua intimidade, com uma frase nascida no recôndito da alma.


Não espere que a oportunidade desapareça.


Corra até ela agora mesmo e diga esta frase mágica: “Eu amo você!”.


*

 Três palavras que às vezes tornam-se difíceis de dizer, mas que são tão agradáveis de ouvir...


E, para não ser muito econômico, você poderá completar: “Mãezinha querida, eu amo você!”.


*

Eu já vi passar a minha mãe que hoje prossegue sua jornada no  Mundo Espiritual.


E quem viu passar a sua mãe na direção da Imortalidade, nesse amanhecer para uma vida nova, tenha a certeza de que, em nome da Mãe de todas as mães, ela virá suavemente o despertar e dizer palavras de estímulo aos seus ouvidos.


*

E o filho que foi ou que tem sido ingrato, que procura desculpas  para dizer que sua mãe não faz jus a nenhum tipo de reconhecimento, pelo menos no dia do aniversário dela ou na data comemorativa do Dia das Mães entre em contato de alguma forma e diga-lhe palavras gentis, mesmo que não sinta afeto. 


E, ao se comunicar com ela, suplique-lhe:



“Perdoe-me, mamãe!


Perdoe-me por ter sido tão ausente, desatencioso ou ingrato!”.


Se você está incurso nesse contexto, eu sugiro que faça isso quanto antes, porque, depois que ela se for, não adiantará pedir notícias, nem agasalhar remorsos.


Quem não é bom filho jamais será bom pai, bom irmão, bom profissional...


 Quem não é bom filho não é bom coisa nenhuma!


Se o indivíduo não pode amar a quem deu a vida pela sua vida, a quem ele amará?

*

O Espírito Anna Jarvis, a criadora do Dia das Mães, está aqui  neste momento e me inspira a dizer:


“Neste mar de ingratidão, que é a vida física, pelo menos uma vez no ano recordemo-nos de quem merece a nossa permanente gratidão.


E se por acaso alguma mãe não merecer extensas homenagens, o problema não nos pertence, porque o nosso compromisso é amar!”.



No Dia das Mães, dulcifiquemos nossas almas!


E se desejarmos algo ainda maior, sejamos mães, de certa forma, de alguém que nos cruze o caminho, utilizando para isso um aperto de mão, um gesto de ternura, em nome daquela mãe que dizia:


“Isabel, Yeshua, que é meu filho, disse que veio em nome de Deus para ajudar o cordeiro a beber no mesmo regato junto com o lobo, e sentar à mesma mesa o delinquente e a sua vítima, dando-se as mãos...”




FRANCO, Divaldo . Franco . Do livro "Vivências do amor em família", Editora LEAL.



sábado, 11 de maio de 2024

Convite à Compaixão - Joanna de Ângelis




Convite à Compaixão

Joanna de Ângelis 


“Jesus, Mestre, tem compaixão de nós.” (Lucas: capítulo 17º, versículo 14).


São poucos os que a cultivam.


Há a alegação generalizada de que todo aquele que se apiada, sofre desnecessariamente, e depois não há qualquer compensação. 


Logo se recupera o que ora padece e este retribui a generosidade, o auxílio, com a torpe ingratidão.


Que te importa, porém, se o ingrato for o outro? 


Não se renova a árvore após a poda, produzindo em abundância e o solo revolvido, não aceita melhor a semente?


O essencial é que sejas partícipe ativo da renovação social e espiritual da Terra.


Para esse mister não arroles dificuldades, não apontes incompreensões, não relaciones queixas.


Possivelmente não poderás fazer muito, ante a larga faixa dos que expungem, dos que padecem necessárias retificações. 

Dispões, no entanto, do amor, e assim enriquecido ser-te-á possível oferecer valiosas moedas de compaixão e fraternidade.


Disporás de um momento para ouvir as ânsias do espírito atribulado e ofereceres o roteiro seguro do Evangelho; 


terás a moeda da esperança para distenderes ao desafortunado, que tudo perdeu no jogo da ilusão e agora está à borda da loucura ou do suicídio; 


contribuirás com a oração intercessoria, quando outros recursos já não sejam utilizáveis junto ao que se permitiu colher pelas circunstâncias infelizes que ele mesmo engendrou e das quais não pode escapar; 


distenderás o lenço do conforto, sugerindo que o perseguidor reconsidere a atitude, pois que mais tarde será ele o perseguido; 


lembrarás o impositivo das leis divinas àqueles que se facultam desonestidade e torpezas morais, se tiveres compaixão..


O Mestre, apiedado daqueles leprosos, sugeriu que se apresentassem aos sacerdotes, acontecendo que, em pleno caminho, se tornaram limpos...


Todos possuímos males que nos maculam o espírito e nos maceram interiormente. 


Apiadando-nos do próximo, credenciar-nos-emos à compaixão do Senhor, que nos favorecerá com a oportunidade de nos limparmos pelo caminho, também, antes de nos apresentarmos à Lei.



FRANCO, Divaldo Pereira pelo Espírito Joanna de Angelis. Convites da vida, Cap. 7, p .7-8 , 1972.



sexta-feira, 10 de maio de 2024

Convite à Caridade - Joanna de Ângelis




Convite à Caridade

Joanna de Ângelis


“Filho, vai hoje trabalhar na minha Vinha.” (Mateus: capítulo 21º, versículo 28)



Enquanto a saúde enfloresce as tuas possibilidades de bem-estar, reserva um dia por mês, ao menos, para visitar os irmãos enfermos, que ressarcem pesados tributos pretéritos, muitas vezes em dolorosa soledade, com o espírito tomado de apreensões e angústias.


Companheiros tuberculosos que expungem em leitos de asfixiante espera, em duros intervalos de hemoptises rudes.


Amigos leprosos em isolamento compulsório, acompanhando a dissolução dos tecidos que se desfazem em purulência desagradável.


Irmãos cancerosos sem esperança de recuperação orgânica entre dores ásperas ansiedades.


Homens e mulheres em delírios de loucura ou presos por cruéis obsessões coercitivas, longe da lucidez, à margem do equilíbrio, em desoladora situação.


Crianças surpreendidas por enfermidades que as ferreteiam impiedosamente, roubando-lhes o frescor juvenil e macerando-as vigorosamente.


Anêmicos e penfigosos, operados em situação irreversível e distônicos vários que enxameiam nos leitos dos hospitais públicos e particulares, nos Nosocômios de Convênio governamental ou em Clínicas diversas sob azorrague incessante.


Seja teu o sorriso de cordialidade franca, através da lembrança de uma palavra fraterna, de uma flor delicada, de uma pergunta gentil em que esteja expresso o interêsse pela sua recuperação, de uma prece discreta ao lado do seu leito, de uma vibração refazente com que podes diminuir os males que inquietam esses seres em necessário resgate.


Lembra-te, porém, que acima do bem que lhes possas fazer, a ti fará muito bem verificar o de que dispões e pouco consideras, bem precioso e de alto valor com que o Senhor te concede a honra de crescer: a saúde!


Vai desde hoje trabalhar na vinha do Senhor.


Caridade para com os que sofrem, em última análise é caridade para contigo mesmo.



FRANCO, Divaldo Pereira pelo Espírito Joanna de Angelis. Convites da vida, Cap. 6, p .6-7, 1972.


quinta-feira, 9 de maio de 2024

Convite à Calma -Joanna de Ângelis



Convite à Calma

Joanna de Ângelis


“Não resistais ao mal que vos queiram fazer.” (Mateus: capítulo 5º, versículo 39.)


O espinho do ciúme vence-a; 


o estilete da ira dilacera-a; 


o ácido da inveja corroe-a; 


os vapores do ódio enlouquecem-na;


a agressão da calúnia despedaça- a; 


o tóxico da maledicência perturba-a; 


a rama da suspeita inquieta-a; 


petardo da censura fere-a; 


as carregadas tintas do pessimismo tisnam-na se o cristão decidido não se resolve mantê-la a qualquer preço.


Não importa que exsudes, agoniado, em quase colapso periférico, ou estejas com a pulsação alterada, ou, ainda, sofras o travo do amargor nos lábios. 


Imprescindível não precipitares atitudes, nem conclusões aligeiradas, nem desesperações injustificáveis.


Não nos reportamos à posição inerme, à aparência, pois o pântano que parece tranqüilo é abismo, reduto de miasmas e morte traiçoeira.


Aludimos a um espírito confiante, fixado nas diretrizes do Cristo, sem receios íntimos, sem ambições externas. 


Equilibrado pela reflexão, possuidor de probidade pela ponderação.


Calma significa segurança de fé, traduzindo certeza sobre a Justiça Divina.


Ante o dominador tíbio que lavava as mãos, em referência à Sua vida, Jesus se fez o símbolo da calma integral e da absoluta certeza da vitória da verdade.


Cultiva, portanto, os sentimentos e mantém os propósitos edificantes.


Perceberás, surpreso, que as atitudes dos maus não te atingirão, facultando-te
através da calma não resistir ao mal que te queiram fazer, conforme lecionou o Senhor, porqüanto a integridade da fé em exteriorização de calma dar-te-á
forças para vencer as próprias limitações e prosseguir resolutamente, em qualquer circunstância.



FRANCO, Divaldo Pereira pelo Espírito Joanna de Angelis. Convites da vida, Cap. 5, p .6, 1972.


quarta-feira, 8 de maio de 2024

Convite à Ascensão - Joanna de Ângelis



Convite à  Ascensão

Joanna de Ângelis


“Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida.” (João: capítulo 14º, versículo 6)


Inumeráveis os óbices.


Sem conto as dificuldades.


O cardo multiplicado na rota cravando-se aos pés andarilhos; a pedra miúda penetrando pela alparcata protetora; a canícula ardente sobre a cabeça ou a chuva impertinente, prejudicial como circunstâncias impeditivas.


O apelo do alto, no entanto, chegando-te como poema de sol, encanto de paisagem visual a perder-se além do horizonte, ar rarefeito, renovador, abençoado...


Na estreiteza do caminho estão a visão próxima do detalhe nem sempre atraente, a lama e o abismo.


De cima, porém, a grandeza do conjunto harmonioso, em mosaico festivo, concitando-te a maiores cogitações...


No torvelinho agressivo do dia-a-dia é mister crescer na direção da vitória, libertando-te das paixões que coarctam as aspirações elevadas.


Examina, assim, a situação em que te encontras e arregimenta forças a fim de ascenderes.


Cá, na nesga da baixada dos homens, a dor em mil faces, o desespero em polimorfia fisionômica, a desdita em vitória.


Mesquinhez abraçada a coisa-nenhuma asfixiando esperanças, esmagando alegrias...


Lá, nas alturas do ideal, a amplitude de vistas e a largueza de realizações...


Concitado ao programa redentor não te detenhas no ultraje dos fracos, nem te
fixes na insensatez dos desolados.


Paga o tributo do crescimento a peso de jovial renúncia e cordata submissão,
superando detalhes desvaliosos e conjunturas lamentáveis, de modo a alçares o ser e a vida aos cimos espirituais.


Asseverou Jesus ser o caminho, e ensinando como alcançar vitórias legítimas,
enquanto conviveu com os homens e lhes sofreu a ingratidão não se permitiu deter com eles, ascendendo do topo de uma cruz, além do solo das paixões, aos cimos da sublimação.


Medita e segue-o, liberando-te da canga dos melindres e cogitações que te retêm no solo pegajoso das baixadas, desde hoje.





FRANCO, Divaldo Pereira pelo Espírito Joanna de Angelis. Convites da vida, Cap. 3, p 4-5, 1972.