quinta-feira, 10 de abril de 2025

Ao Médium Consciente - André Luiz



 Ao Médium Consciente

André Luiz

M - Questão 166


Se a incorporação consciente é o campo de atividade que o Senhor te confia, na prática mediúnica, encontras, em verdade, a perseverança como sendo o maior imperativo de apoio e a dúvida sem proveito, por perigo maior.


Convence-te, porém, de que o serviço paciente, a pouco e pouco, dirimirá, em definitivo, todas as tuas vacilações.


Sê persistente no dever a cumprir e dias virão, nos quais distinguirá, em ti, de forma irretorquível, a legitimidade do fenômeno através de provas simples e várias:


1.Manifestações por teu intermédio de personalidade que desconheces, identificadas por outros participantes da sessão.


2.Comunicações de familiares e amigos por tuas faculdades, ofertando-te valores irrecusáveis de identidade.


3.Ocorrências de sensação íntima na abordagem inicial desse ou daquele manifestante que, para surpresa tua, interrompe o transe, afasta-se e se comunica incontinenti por outro médium, na mesma reunião, revelando as mesmas ideias e o mesmo tom emocional que experimentavas, momentos antes.


4.Diferenciação imediata dos teus estados psicológicos antes e após a sessão, quando se verificam intercorrências de tensão e desafogo semelhantes às da atmosfera carregada de forças.


5.O teu próprio reajuste físico e moral, à medida que te consagras com pontualidade e devotamento às tarefas de cooperação com os Benfeitores espirituais e de assistência aos sofredores desencarnados.


6.Elevação do teu índice de lucidez mental, depois de certo tempo de trabalho, em que se te rearticulam e alimpam as energias do espírito, pelo exercício constante do pensamento aplicado às boas obras.


7.Manifestas claras vantagens espirituais hauridas mecanicamente por parentes e companheiros, cuja autoria não podes reivindicar.


8.Reação do reconforto e regozijo dos enfermos melhoramentos ou recuperados que nem de longe conseguirias atribuir a ti próprio.


9.Renovação a melhoria incontestáveis dos ambientes sociais e domésticos em que transitas, indiretamente beneficiados por teu concurso à desobsessão. 


10.Cobertura de confiança e alegria que fornecerás aos companheiros de equipes medianímicas diversas, por funcionares qual agente irradiante de fé renovadora e nobre estímulo no amparo geral aos seareiros do bem.


Analisa as tuas indagações.

***

Existe muita preguiça mascarada de dúvida, existindo até mesmo o médium cuja mediunidade todos reconhecem, prezam e valorizam, menos ele...


XAVIER, Francisco Cândido; Waldo Vieira Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz. Opinião espírita, cap 17. Médium Consciente:  Ilustração Reproduzida da Internet. 

quarta-feira, 9 de abril de 2025

Ao Companheiro Espírita - André Luiz

 


Ao Companheiro Espírita

André Luiz

E - Cap. XVII - Item 4


Afirma Allan Kardec "que se reconhece o verdadeiro espírita por sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar as tendências inferiores".


Quem se transfigura por dentro, no entanto, pensa por si e quem raciocina por si desata as amarras dos preconceitos e escala renovações, no rumo do conhecimento superior pelas vias do espírito.


É por isso que o raciocínio claro te arrancou ao ninho da sombra.


Não mais para nós o claustro nebuloso da fé petrificada em que se nos desenvolvia o entendimento, em multimilenária gestação.


Cessou para nós a nutrição mental por endosmose, no bojo dos pensamentos convencionais.


Todavia, porque te transferes incessantemente de nível, quase sempre, despertas no mais doloroso tipo de solidão - a solidão dos que trabalham no mundo, a benefício do mundo, mas desajustados no mundo, sem que o mundo os reconheça.


***

Falas - e frequentemente, as tuas palavras voam sem eco.


Ages - as tuas ações nobres sofrem, não raro, o menosprezo dos mais queridos.


Emancipas a própria alma - escravizando-te a deveres maiores.


Auxilias - desdenhado.


Compreendes - desdenhado.


Trabalhas - padecente.


Edificas - por entre lágrimas.


Consola - e vergastam-te os sentimentos.


Cultivas o bem - e arrasam-te o campo.


Urge perceber, porém, que quantos consomem as próprias energias, na exaltação do bem, se fazem clarão, e aos que se fazem clarão as sombras não mais oferecem lugar em meio delas. 


Segue, assim, trilha adiante, erguendo a luz para que as trevas não amortalhem, indefinidamente, os valores do espírito.


Se temes a extensão das dificuldades, reflete na semente, a morrer em refúgio anônimo para que a vida se garanta; mas, se o exemplo de um ser pequenino te não satisfaz, medita no ensinamento do maior e mais glorioso espírito que já pisou caminhos terrestres.


Ele também transitou, na estância dos homens, sem pouso certo. 


Para nascer, socorreu-se da hospitalidade dos animais; 


enquanto esteve diretamente no mundo, não reteve uma pedra em que resguardar a cabeça; 


transmitiu a sua mensagem libertadora em recintos de empréstimos e, em vista das sombras não lhe suportarem as eternas fulgurações, já que não poderiam devolvê-lo ao Céu e nem lhe desejavam a presença, junto delas, no chão, deram-se pressa em suspendê-lo na cruz, para que se extinguisse, entre um e outro. 


Ele, no entanto, não se agastou, de leve, e qual ocorre à semente que regressa da retorta escura a que foi relegada, convertendo abandono em pão redivivo, Jesus também, ao terceiro dia, contado sobre o desprezo extremo, voltou, em plenitude de amor, e ao transformar sacrifício em luz renascente, retomou a construção da concórdia e da fraternidade, na Terra, afirmando aos companheiros fracos e espantados:


- "A paz seja convosco."


XAVIER, Francisco Cândido; Waldo Vieira Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz. Opinião espírita, cap 16. Allan Kardec :  Ilustração Reproduzida da Internet. 


terça-feira, 8 de abril de 2025

Ao Médium Doutrinador - André Luiz

 


 Ao Médium Doutrinador

André Luiz

M - Questão 182


Meu Amigo.


Considera na mediunidade uma poderosa alavanca de expansão do Espiritismo, reconhecendo, porém que a Doutrina Espírita e o serviço mediúnico são essencialmente distintos entre si.


Todos os encarnados são médiuns e antigos devedores uns dos outros.

*


Nunca destaques um gênero de mediunidade como sendo mais valioso que outro, sabendo, no entanto, que o exercício mediúnico exige especialização para produzir mais e melhores frutos e benefício de todos.


A mediunidade existe sempre como fonte de bênçãos, desde que exercida com devotamento e humildade.

*


No burilamento de faculdades mediúnicas, situa a feição fenomênica no justo lugar para não te distraíres com superfluidades inconsequentes.


O aspecto menos importante da mediunidade reside no próprio fenômeno.

*


Relaciona-te pois, com o fenômeno quando ele venha a surgir espontaneamente em tarefas ou reuniões que objetivem finalidades mais elevadas, que não o fenômeno em si, usando equilíbrio e critério na aceitação dos fatos.


A provocação de surpresas em matéria de mediunidade não raro gera a perturbação.

*


Jamais perca a esperança ou a paciência no trato natural com os nossos irmãos enfermos, especialmente quando médiuns sob influenciação inferior, para que se positive a assistência espiritual desejável.


Quem aguarda em serviço o socorro da Divina Providência, vive na diretriz de quem procura acertar.

*


Mobiliza compreensão, tato e paciência para equacionar os problemas que estejam subjugando os enfermos desencarnados, elucidando-os com manifesta indulgência quanto à Realidade Maior no que tange ao fenômeno da morte, ao intercâmbio mediúnico, ao corpo espiritual e a outras questões afins.


A palavra indisciplinada traumatiza quem ouve.


Analisa com prudência as comunicações dos espíritos sofredores, segundo a inspiração do amor e a segurança da lógica, aquilatando-lhes o valor pelas lições que propiciem inequivocamente a nós mesmos.


O bom senso é companheiro seguro da caridade.

*


Compenetra-te dos teus deveres sagrados, sabendo que o medianeiro honesto para consigo mesmo, chega à desencarnação com a mediunidade gloriosa, enquanto que o medianeiro negligente atinge o rio da morte com a tortura de quem desertou da própria responsabilidade.


A mediunidade não se afasta de ninguém, é a criatura que se distancia do mandato mediúnico que o Plano Superior lhe confere.


XAVIER, Francisco Cândido; Waldo Vieira Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz. Opinião espírita, cap 15. Médium Doutrinador:  Ilustração Reproduzida da Internet. 

segunda-feira, 7 de abril de 2025

Espíritas No Evangelho - André Luiz

 


 Espíritas No Evangelho

André Luiz

E - Cap. I - Item 5

Comenta o Evangelho, nas tarefas doutrinárias do Espiritismo, entretanto, diligencia exumar as sementes divinas da verdade, encerradas no cárcere das teologias humanas, para que produzam os frutos da vida eterna no solo da alma.


*

Exalta a gloria de Cristo, mas elucida que ele não transitou, nos caminhos humanos, usufruindo facilidades e sim atendendo aos desígnios de Deus, nas disciplinas de humilde servidor.


*

Refere-te, mas explica que o céu é o espaço infinito, em suja vastidão milhões de mundos obedecem às leis que lhes foram traçadas, a fim de que se erijam em lares e escolas das criaturas mergulhadas na evolução.


*

Menciona os anjos, mas esclarece que eles não são inteligências privilegiadas no Universo e sem espíritos que adquiriram a sabedoria e a sublimação, à custa de suor e preço de lágrimas.


*

Reporta-te à redenção, mas observa que a bondade não exclui a justiça e que o espírito culpado é constrangido ao resgate de si próprio, através da reencarnação, tantas vezes quantas sejam necessárias, porquanto, à frente da Lei, cada consciência deve a si mesma a sombra da derrota ou o clarão do triunfo.


*

Cita profetas e profecias, fenômenos e influências, mas analisa os temas da mediunidade, auxiliando o entendimento comum, no intercâmbio entre encarnados e desencarnados, e ofertando adequados remédios aos problemas da obsessão.


*

Salienta os benefícios da fé, mas demonstra que a oração sem as boas obras assemelha-se à dolosa atitude nos negócios da alma, de vez que se a prece nos clareia o lugar de trabalho, é preciso apagar o mal para que o mal nos esqueça e fazer o bem para que o bem nos procure.


*

Define a excelência da virtude, mas informa que o crédito moral não é obtido em deserção da luta que nos cabe travar com as tentações acalentadas por nós mesmos, a fim de que a nossa confiança nas Esferas Superiores não seja pura ingenuidade, à distância da experiência. 


Expõe o Evangelho, mas não faças dele instrumento de hipnose destrutiva das energias espirituais daqueles que te escutem.


Mostra que Jesus não lhe plasmou a grandeza operando sem amor e sem dor, e nem distraias a atenção dos semelhantes, encobrindo-lhes a responsabilidade de pensar e servir, que a Boa Nova nos traça a todos, de maneira indistinta. 


O Espiritismo te apoia o raciocínio para que lhe reveles a luz criadora e a alegria contagiante, auxiliando-te a despertar os ouvintes da verdade na compreensão do sofrimento e na felicidade do dever, nos tesouros do bem e nas vitórias da educação.


XAVIER, Francisco Cândido; Waldo Vieira Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz. Opinião espírita, Cap. 14. Espíritas No Evangelho:  Ilustração Reproduzida da Internet. 

domingo, 6 de abril de 2025

Auto Crítica - André Luiz

 

 

 
Auto Crítica

André Luiz

E - Cap. XVII - item 3


O milagre é invenção da gramática para efeito linguístico, pois na realidade somos arquitetos do próprio destino.


Se algum erro de cálculo existe na construção de nossas existências, o culpado somos nós mesmos.


Todos caminhamos suscetíveis de errar, todos já erramos bastante e todos ainda erraremos necessariamente para aprender a acertar; contudo, nenhum de nós deve persistir no erro, porquanto incorreríamos na abolição do raciocínio que nos constitui  a maior conquista espiritual.


No reconhecimento da falibilidade que nos caracteriza, se não é lícito reprovar a ninguém, não será justo cultivar a indulgência para conosco; e se nos cabe perdoar incondicionalmente aos outros, não se deve adiar a severidade para com as próprias faltas.


Portanto, para acertar, não devemos fugir ao "conhece-te a ti mesmo", que principia na intimidade da alma, com o esforço da vigilância interior.


Esse trabalho analítico de dentro e para dentro nasce da humildade e da intenção de acertar com o bem, demonstrando para nós próprios o exato valor de nossas possibilidades em qualquer manifestação.


Autocrítica sim e sempre...


Podão da sensatez - apara os supérfluos da fantasia.


Balança do comportamento - sopesa todos os nossos atos.


Lima da verdade - dissipa a ilusão.


Metro moral - define o tamanho de nosso discernimento.


Espelho da consciência - reflete a fisionomia da alma.


Em todas as expressões pessoais, é possível errarmos para mais ou para menos.


Quem não avança na estrada do equilíbrio que somente a autocrítica delimita com segurança, resvala facilmente na impropriedade ou no excesso, perdendo a linha das proporções.


Com a autocrítica, lisonja e censura, elogio e sarcasmo deixam de ser perigos destruidores, de vez que a mente provida de semelhante luz, acolhe-se ao bom senso e à conformidade, evitando a audácia exagerada de quem tenta galgar as nuvens sem asas e o receio enfermiço de quem não dá um passo, temendo anular-se, ao mesmo tempo que amplia as correntes de cooperação e simpatia, em derredor de si mesma, por usar os recursos de que dispõe na medida certa do bem, sob a qual, a compaixão não piora o necessitado e a caridade não humilha quem sofre.


Sê fiscal de ti mesmo para que não te levantes por verdugo dos outros e, reparando os próprios atos, vive hoje a posição do juiz de ti próprio, a fim de que amanhã, não amargues a tortura do réu.

 


XAVIER, Francisco Cândido; Waldo Vieira Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz. Opinião espírita, cap 13. Jesus Cristo:  Ilustração Reproduzida da Internet. 


 

sábado, 5 de abril de 2025

Aplicação Espírita - André Luiz

 


 Aplicação Espírita

André Luiz

E - Cap. I - Item 5


Tudo aquilo que podemos nomear, como sendo a grandeza da civilização, é conjunto de planos experimentados.


Educação, ciência, economia e indústria demonstram isso.


Diretrizes modernas do ensino nasceram no pensamento de orientadores que alentam a instrução na Terra; 


substancializadas pelos professores que lhes hipotecaram confiança, patrocinam agora a generalização da cultura.


Antibióticos eram projetos estanques nas cogitações das autoridades que se dedicam à saúde humana; 


fabricados pelos cientistas que lhes conferiram o crédito necessário, são hoje o amparo à existência de milhões de pessoas.


Aproveitamentos de áreas desérticas foi simples ideia na cabeça de estudiosos, preocupados em melhorar as condições do povo; 


utilizada pelos técnicos que lhe consagraram atenção, aumentou recursos e provisões, em benefício da Humanidade.


O automóvel, a princípio, reduzia-se a esboços traçados pelas inteligência, interessadas na solução ao problema das distâncias no mundo; 


executados por obreiros do progresso que lhes empenharam a própria ação, transfiguraram-se na máquina que atualmente promove a aproximação dos homens, em todas as direções.


Avaliam-se motores.


Praticam-se esportes.


Ensaiam-se bailados.


Testam-se receitas culinárias.


Experimenta-se a qualidade do sabão, aconselhado no programa radiofônico.

***


A Doutrina Espírita é código de princípios trazidos ao mundo pelos mensageiros do Cristo, objetivando a restauração do Evangelho, cuja vivência, no campo das atividades terrestres, o próprio Cristo demonstrou claramente possível.


Cabe, assim, a nós, os discípulos e seguidores da Nova Revelação, - o dever de não interromper-lhe a marcha, no enlevo improdutivo, diante dos fenômenos, e nem paralisar-lhe a força edificante nas conjecturas estéreis, reconhecendo que compete a nós todos a obrigação de incorporá-la à nossa própria vida, de modo a provar que o Espiritismo é a religião natural da verdade e do bem que renova e funciona.

 

XAVIER, Francisco Cândido; Waldo Vieira Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz. Opinião espírita, Cap . 12. Jesus Cristo:  Ilustração Reproduzida da Internet. 

 


sexta-feira, 4 de abril de 2025

Ante O Próximo Mais Próximo - André Luiz




 Ante O Próximo Mais Próximo

André Luiz

L - Questão 918


Aconselha, mas esquece o sarcasmo. 


Se a ironia carreia fugaz bom-humor, gera duradouro ressentimento...


Indaga, mas controla a própria curiosidade. 


Há venenos de que basta apenas o cheiro para empeçonhar quem os aspira...


Trabalha, mas não se incomode à sombra do anonimato. 


As raízes que sustentam as grandes árvores são vivas e poderosas na obscuridade do chão...


Prega, mas governa a própria língua. 


As pedras não se levantam e nem se arremessam por si mesmas...


Coopera, mas foge à crítica. 


Quem usa vergastas de lama acaba lambuzado por ela...


Chora, mas estuda a razão das próprias lágrimas. 


Há muito pranto formado pelos quistos da malquerença ao calor da discórdia...


Sê enérgico, mas brando ao mesmo tempo. 


Tanto a seca quanto a enchente trazem prejuízo e destruição...


Sofre, mas espera e confia. 


As provações, à maneira das nuvens, são nômades no caminho...


Busca orientação, mas poupa o benfeitor espiritual. 


O amigo encarnado ou desencarnado não é ponto a cochichar-te o dever diuturno, nas representações que te cabem no teatro da vida...


Ajuda, mas indistintamente. 


Os seguidores do Excelso Mestre são todos irmãos na consanguinidade sublime do amor...


Ante o próximo mais próximo, sintamo-nos sob as bênçãos do Criador, na certeza de que todas as criaturas existem e crescem interligadas no abraço universal da fraternidade.


No serviço desinteressado e espontâneo, movamos a trolha da fé viva e operante, elevando o prumo do discernimento e assentando o nível do bom ânimo para construir as obras do bem.


Para a frente e para o alto!


Rompendo as ondas adversas, no roldão do vendavais, que a nossa agulha de marear tenha sempre por mira o porto da caridade.


Partamos da semente à seara, através das folhas da esperança e das flores do trabalho para atingir os frutos opimos da evolução que o Senhor espera de nós.


Demandemos a vanguarda com os lábios borbulhantes de compreensão e alegria, entoando o hino triunfal da bondade constante, trazendo à memória a palavra de Jesus nas páginas contagiosas do Evangelho:

 

- "Vinde a mim, benditos de meu Pai, porque tive fome e me destes de comer; tive sede e me saciastes; estive nu e me vestistes; estive enfermo e prisioneiro e me visitastes."

 

Somente assim atendêramos ao divino chamado, comparecendo diante do Cristo para repetir com os servos fiéis:


- "Senhor, eis-nos aqui! Faça-se em nós, segundo a tua vontade."

 

XAVIER, Francisco Cândido; Waldo Vieira Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz. Opinião espírita, cap 11. Jesus Cristo:  Ilustração Reproduzida da Internet. 

 


quinta-feira, 3 de abril de 2025

Instrução Espírita - André Luiz

 


 Instrução Espírita 

André Luiz

L - Questão 799


Escola benemérita, o templo espírita é um lar de luz, aberto à instrução geral para o entendimento das leis que regem os fenômenos da evolução e do destino.


Cada irmão de ideal, entre as paredes que lhe demarcam o recinto, quando se pronuncia no grau do conhecimento que já conquistou, é comparável ao professor que fala da cátedra que lhe pertence para a edificação dos alunos.


E não se diga que um instituto terrestre de ensino usual, onde sejam pagas as explicações professadas em aula, seja mais importante.


A matemática é instrumento inseparável da ciência para que se meça a propriedade das grandezas, mas, sem a educação do caráter, é passível de transformar-se em delírio de cálculos para a destruição.


A linguística descerra a estrutura dos idiomas, no entanto, sem espírito de fraternidade, o poliglota mais hábil pode não passar de um dicionário pensante.


A psicologia investiga as ocorrências da vida mental, a desdobrar-se nos meandros da análise psíquica, entretanto, sem o estudo da reencarnação, reduz-se a frio holofote que desvenda males e chagas sem oferecer-lhes consolo.


A historia esclarece o passado, todavia, não guarda o objetivo de consertar a história presente de quantos lhe acolhem apontamentos e informações.


Um título acadêmico atribui honrosa competência cerebral, contudo, apesar de todos os roteiros da deontologia, não determina de modo positivo, em renovações do sentimento.


Amemos no templo espírita a escola das diretrizes que nos orientem escolha e conduta.


Dentro dele, abramos a alma com sinceridade aos que nos escutam e ouçamos com respeito os que nos dirigem a palavra, permutando experiências que nos corrijam as preferências e as atitudes.


O Evangelho, que consubstancia as mais altas normas para a sublimação do espírito, acima de todas as técnicas que aformoseiam a inteligência, não nasceu nem de ritos, nem de imposições, nem de etiquetas e nem de culto externo.


A maior mensagem descida dos Céus à Terra, para dignificar a vida e iluminar o coração surgiu das palavras inesquecíveis de Jesus que procurava o povo e do povo que procurava Jesus.


XAVIER, Francisco Cândido; Waldo Vieira Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz. Opinião espírita, cap. 10. Centro Espírita :  Ilustração Reproduzida da Internet.