segunda-feira, 22 de setembro de 2025

Sabes Disso - Emmanuel



Sabes Disso

Emmanuel

Tema principal

Reunião pública de 20-3-1961. 

1ª Parte — Cap. VII — Item 3 — § 32.

 

 

Essas doces crianças que observas, com sublime enternecimento, são teus filhos, pérolas de luz; 


cujo escrínio geraste no coração, muitas vezes coagulando as próprias lágrimas.

 

Tomaste algo de teu sangue e amassaste-o com o hálito de teu hálito, adicionaste os melhores sonhos e os mais límpidos ideais e formaste semelhantes maravilhas que te nasceram por esperanças em flor.

 

Sentindo-as por aves frágeis, à busca de asilo em teu peito, sabes acolher-lhes as necessidades, no carinho incessante.

 

Dias de laborioso cuidado, preservando-lhes a existência.

 

Noites de dolorosa vigília, quando a enfermidade aparece.

 

Alimento, agasalho, escola, responsabilidades e inquietações…

 

Entretanto, mais tarde, nunca te lembrarás de cobrar-lhes impostos de reconhecimento ou exigir se convertam em fantoches de teus caprichos.

 

Ver-lhes a honradez e o trabalho, o passo reto e a independência construtiva representa, em verdade, todo o triunfo que ambicionas.

 

E, um dia, dobado longo tempo sobre a tua renúncia, se essas crianças, transfiguradas em pessoas adultas, caem sob terríveis enganos, na conquista da experiência, sabes esquecer as rugas de dor e refazer os ossos desconjuntados… 


Sabes começar a luta de novo para ajudar os rebentos da própria vida a se transferirem das dívidas de aflição para os júbilos do resgate… 


E a todos os que te reprovam o devotamento e a fadiga, censurando-te a persistência no sacrifício, sabes responder, na mesma reserva de confiança e ternura, com alegria misturada de pranto: “são meus filhos”.

 

Isso acontece no lar terreno, onde as criaturas humanas, embora imperfeitas, não se resignam a ferretear os próprios filhos com o estigma de escravos…


Imagina, pois, a longanimidade do amor que vibra e reina, infinito, no Lar Divino da Criação!…

 

XAVIER, Francisco Cândido ditada pelo Espírito Emmanuel Francisco .Justiça divina : estudos e dissertações em torno da obra “O Céu e o Inferno”, de Allan Kardec. , cap 18. Filho e pais :  Ilustração Reproduzida da Internet. 



domingo, 21 de setembro de 2025

Exames - Emmanuel



Exames

Emmanuel

Tema principal

Reunião pública de 17-3-1961.

1ª Parte — Cap. VII — Item 3 — §33.

 

 

A dor é agente de fixação, expondo-nos a verdadeira fisionomia moral.

 

O sofrimento é fotógrafo oculto.


Deslinda os mais íntimos aspectos da personalidade, situando-os a descoberto.

 

Aclara os menores impulsos do coração, deixando-os à mostra.

 

Em razão disso, cada problema que te procura é semelhante ao trabalho de análise dirigida, como que a radiografar-te certas zonas do ser, de modo a verificar-lhes o equilíbrio.

 

Cada provação pode ser comparada a um banho de substâncias químicas, testando-te ideias e sentimentos, para definir-lhes a sanidade.

 

A vida, expressando a Sabedoria Divina, observa cada um de nós, diariamente, examinando-nos o possível valor, a fim de valorizar-nos.

 

Cultura nobre granjeia tarefas enobrecidas.

 

Virtude alcança merecimento.

 

Quem aprende pode ensinar.

 

Quem semeia o melhor adquire o melhor.

 

Quem ajuda sem recompensa colhe apoio espontâneo.

 

Em todas as borrascas e provações, adversidades e sombras, permanece fiel ao bem, no serviço incansável, para que o bem te revele através dos outros.

 

Não consultes a palavra “impossível”, no dicionário da experiência. 


Todos temos a vontade por alavanca de luz e toda criatura, sem exceção, demonstrará a quantidade e o teor da luz que entesoura em si própria, toda vez que chamada a exame, na hora da crise.


XAVIER, Francisco Cândido ditada pelo Espírito Emmanuel Francisco .Justiça divina : estudos e dissertações em torno da obra “O Céu e o Inferno”, de Allan Kardec. , cap 17. Sofrimento fotógrafo oculto:  Ilustração Reproduzida da Internet. 

sexta-feira, 19 de setembro de 2025

Na Escola da Vida - Emmanuel



Na Escola da Vida

Emmanuel

Tema principal

Reunião pública de 13-3-1961. 

1ª Parte — Cap. VII — Item 3 — § 23.

 

 

De alma confrangida, observas os semelhantes, considerados na Terra em faltas e culpas maiores que as tuas.

 

De muitos deles, tens notícias que assombram, e sabes de outros muitos positivamente estirados na delinquência.

 

Agitam-se alguns, por ignorância, sob as tenazes do crime.

 

Vários conhecem que amargas consequências recolherão, mais tarde, e, apesar disso, rendem-se, inermes, às garras da tentação.

 

Declaram-se outros adeptos da virtude e rolam na crueldade.

 

E outros, ainda, que te animavam à fé, permanecem na retaguarda, entregues ao desespero…

 

Junto deles, há quem diga: “são almas empedernidas”.

 

E há quem reforce: “são feras em forma humana”.

 

Entretanto, ainda mesmo te arroles entre as vítimas, carregando o peito dilacerado, não ergas a voz para persegui-los.  


Estão marcados em si mesmos pelo remorso que trazem no seio.

 

Não é necessário te aproximes com vergastas para zurzir-lhes a carne.  


Além de sitiados na dor do arrependimento, quase sempre transitam em cárceres de amargura ou respiram exilados do carinho doméstico, sorvendo lágrimas de aflição.

 

Em lugar de fel e desprezo, dá-lhes amor e esperança, a fim de que despertem a vontade entorpecida para o campo do bem.

 

Diante de todos eles, nossos irmãos enganados na sombra, abençoa e ora… 


E, se te agridem, desvairados e inconscientes, abençoa e ora, de novo, na certeza de que Deus a ninguém abandona e, ainda mesmo para os filhos mais depravados, providenciará reajuste, através da reencarnação, que é a escola da vida, a levantar-se, divina, do bendito colo de mãe.

 

 

XAVIER, Francisco Cândido ditada pelo Espírito Emmanuel .Justiça divina : estudos e dissertações em torno da obra “O Céu e o Inferno”, de Allan Kardec. , cap 16. Dor do Arrependimento:  Ilustração Reproduzida da Internet. 

 

 

quinta-feira, 18 de setembro de 2025

Cada Existência - Emmanuel



Cada Existência

Emmanuel

Tema principal

Reunião pública de 10-3-1961. 

1ª Parte — Cap. V — Item 4.

 

 

É como se retivesses milenárias esperanças, procurando explodir, e, por essa razão, sofres a impossibilidade transitória de alcançar o ideal a que te propões.

 

Queres realizar os melhores sonhos, aspiras ao estudo edificante do Universo, anseias atingir as culminâncias da Ciência e da Arte, atormentas-te pela aquisição da felicidade e choras pela integração da própria alma no amor supremo…

 

Entretanto, quase sempre tens ainda o coração preso à dívida, à feição do diamante engastado ao seixo.

 

Há problemas que solicitam toda uma existência de renúncia constante, para que o fio do destino se alimpe e desembarace.

 

À vista disso, não desertes da prova que te segrega, temporariamente, na grande tribulação.

 

O lar pejado de sacrifícios, a família consanguínea a configurar-se por forja ardente, a viuvez expressando exílio, a obrigação qual golilha atada ao pescoço, o compromisso em forma de algema e a moléstia semelhando espinho na própria carne constituem liquidações de longo prazo ou ajuste de contas a prestações, para que a liberdade nos felicite.

 

Resgata, pois, sem revolta, o próprio caminho.

 

Enquanto há inquietação na consciência, há resto a pagar.

 

Agradece, assim, as dificuldades e as dores que te rodeiam.

 

Cada existência, no Plano físico, pode ser um passo adiante, que te projete na vanguarda de luz.

 

Misericórdia na Justiça Divina, consolações inefáveis, braços amigos, diretrizes renovadoras e auxílio constante não te faltam, em tempo algum; 


contudo, está em ti mesmo aceitar, adiar, reduzir, facilitar ou agravar o preço da tua libertação.


XAVIER, Francisco Cândido ditada pelo Espírito Emmanuel  .Justiça divina : estudos e dissertações em torno da obra “O Céu e o Inferno”, de Allan Kardec. , cap   15. Reencarnação:  Ilustração Reproduzida da Internet. 


quarta-feira, 17 de setembro de 2025

Quitação - Emmanuel



Quitação

Emmanuel

Tema principal

Reunião pública de 6-3-1961. 

1ª Parte — Cap. VII — Item 3 — § 9.

 

 

Todas as contas a resgatar pedem relação direta entre credores e devedores.

 

É por isso que te vês, frequentemente, na Terra, diante daqueles a quem deves algo.

 

No lar ou nas linhas que o marginam, é fácil reconhecê-los, quando entregas desinteresse e dedicação, recolhendo aspereza e indiferença.

 

Muitas vezes, trazem nomes queridos, no recinto doméstico, e assemelham-se a impassíveis verdugos, apresando-te o coração nas grades do sofrimento.

 

Em muitos lances da estrada, são amigos a quem te dás, sem reserva, e que te arrastam a dificuldades de longo curso.

 

Em várias ocasiões, são pessoas das quais enxugaste as lágrimas, situando-as na intimidade da própria vida, e que, de inesperado, te agridem a confiança com as pedras do desapreço.

 

Noutras circunstâncias, são companheiros de experiência que, súbito, se transformam em adversários gratuitos de teu caminho, hostilizando-te, em toda a parte.

 

Entretanto, se defrontado por semelhantes problemas, é indispensável te municies de amor e paciência, tolerância e serenidade, para desfazeres a trama da incompreensão.

 

Guarda a consciência no dever lealmente cumprido e, haja o que houver, releva os golpes com que te firam, ofertando-lhes o melhor sentimento, a melhor ideia, a melhor palavra e a melhor atitude.

 

Água cristalina, pingando, gota a gota, converte o vaso de vinagre em vaso de água pura.

 

E, se depois de todos os teus gestos de fraternidade e benevolência ainda te perseguem ou te injuriam, abençoa-os em prece e continua, adiante, fiel a ti mesmo, na certeza de que humildade, na hora da crise, é nota de quitação.


 

XAVIER, Francisco Cândido ditada pelo Espírito Emmanuel  .Justiça divina : estudos e dissertações em torno da obra “O Céu e o Inferno”, de Allan Kardec. , cap 14. Justiça Divina Credores e Devedores:  Ilustração Reproduzida da Internet. 

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terça-feira, 16 de setembro de 2025

De Ânimo Firme - Emmanuel



De Ânimo Firme

Emmanuel

Tema principal

Reunião pública de 3-3-1961. 

1ª Parte — Cap. VII — Item 3 — § 28.

 

 

É possível estejas descobrindo o que não esperavas.

 

Construções, que supunhas de ouro, acabaram em resíduos de pedra.

 

Promessas, acalentadas por muitos anos, parecem-te agora rematadas mentiras.

 

Afetos, julgados invulneráveis, abandonaram-te o passo, quando mais necessitavas de apoio.

 

Surpreendeste a incompreensão nos companheiros mais nobres e colheste amargos problemas nos próprios filhos que viste crescer, ao calor de teu corpo.

 

Ruíram aspirações, lembrando preciosos vasos quebrados.

 

Sonhos desfizeram-se, de improviso, como se ventania arrasadora te devastasse a existência.

 

Apesar de tudo, porém, renova-te, a cada instante, e caminha incessantemente, arrimando-te à fé viva.

 

Na Terra ou além da Terra, a soma das lutas que carregamos reúne as parcelas dos compromissos assumidos, junto à bolsa do tempo.

 

Aflição de hoje, dívida de ontem.

 

Merecimento de agora, crédito amanhã.

 

Banha as mais íntimas energias nas torrentes do amor puro que compreende e edifica sempre; 


veste o arnês do trabalho que aprimora e sublima, e sigamos à frente, honrando a nossa condição de almas eternas.

 

Nada tendo e tudo possuindo…

 

Sozinhos e com todos…

 

Chorando jubilosos e suando contentes…

 

Atormentados e tranquilos…

 

Desfalecentes e refeitos…

 

Dilacerados e felizes…

 

Batidos e levantados…

 

Morrendo cada dia para reviver no dia seguinte, em plano superior…

 

E, atingindo os marcos do túmulo, de partida para a Luz Espiritual, se viveste amando e perdoando, purificando e servindo, encontrarás em ti mesmo a flama da alegria, ressurgindo do sofrimento, como a glória solar renascendo das trevas.

 

XAVIER, Francisco Cândido ditada pelo Espírito Emmanuel  .Justiça divina : estudos e dissertações em torno da obra “O Céu e o Inferno”, de Allan Kardec. , cap 13. Jesus Cristo:  Ilustração Reproduzida da Internet. 


segunda-feira, 15 de setembro de 2025

Nas Leis Do Amor - Emmanuel



Nas Leis Do Amor

Emmanuel


Tema principal

Reunião pública de 27-2-1961. 

1ª Parte — Cap. III — Item 12.

 

 

Se alguém te fala em descanso inútil, depois da morte, pensa nos que sofrem por amor, na experiência terrestre.

 

Indaga das mães devotadas se teriam coragem de relegar os filhos delinquentes à solidão da masmorra…

 

Preferem chorar na pocilga do cárcere, trabalhando por eles, a morarem no paraíso com o peito rebentando de lágrimas.

 

Pergunta aos pais afetuosos se pediriam a forca para os rebentos do próprio sangue, comprometidos em débitos insolúveis…

 

Escolhem a condição dos grilhetas, de modo a vê-los recuperados, renunciando aos prêmios que a sociedade lhes destine à honradez.

 

Inquire da esposa abnegada se deixaria o companheiro, enredado à loucura, para brilhar num desfile de santidade…

 

Disputará as vigílias no manicômio para servi-lo, fugindo aos louros da praça pública.

 

Interroga do amigo verdadeiro se deixará o amigo confiante em dificuldade…

 

Aceitará partilhar-lhe as provações, recusando os privilégios com que o mundo lhe acene.

 

Isso acontece na Terra, onde o amor ainda se mistura ao egoísmo, qual o ouro perdido na ganga do solo.

 

Para além das cinzas do túmulo, há paz de consciência e alegria profunda no dever nobremente cumprido, mas, se te afeiçoas à bondade e à renúncia, poderás, quanto quiseres, continuar auxiliando os entes amados que aprendeste a venerar e querer, ou prosseguir exaltando os ideais e as tarefas edificantes que abraças.

 

À medida que penetramos os segredos do amor puro, vamos reconhecendo que ninguém pode ser realmente feliz sem fazer a felicidade alheia no caminho em que avança.

 

O próprio Criador determinou que a noite se cobrisse de estrelas e que o espinheiral se levantasse recamado de rosas.

 

Trabalharemos e sofreremos, assim, por amor, pelos séculos adiante, ajudando-nos uns aos outros a erguer a felicidade de nosso nível, até que possamos entrar, todos juntos, na suprema felicidade que consiste em nossa união com Deus para sempre.

 

XAVIER, Francisco Cândido ditada pelo Espírito Emmanuel Francisco .Justiça divina : estudos e dissertações em torno da obra “O Céu e o Inferno”, de Allan Kardec. , cap 12. Lei de Amor:  Ilustração Reproduzida da Internet. 


 

 

domingo, 14 de setembro de 2025

Culpa e Reencarnação - Emmanuel



Culpa e Reencarnação

Emmanuel


Tema principal

Reunião pública de 24-2-1961. 

1ª Parte — Cap. V — Item 7.

 

 

Espíritos culpados!

 

Somos quase todos.

 

Julgávamos que o poder transitório, entre os homens, nos fosse conferido como sendo privilégio e imaginário merecimento, e usamo-lo por espada destruidora, aniquilando a alegria dos semelhantes…

 

Contudo, renascemos nos últimos degraus da subalternidade, aprendendo quanto dói o cativeiro da humilhação.

 

Acreditávamos que a moeda farta nos situasse a cavaleiro dos desmandos de consciência…

 

Entretanto, voltamos à arena terrestre, em doloroso pauperismo, experimentando a miséria que infligimos aos outros.

 

Admitíamos que as vítimas de nossos erros deliberados se distanciassem, para sempre, de nós, depois da morte…

 

Mas tornamos a encontrá-las no lar, usando nomes familiares, no seio da parentela, onde nos cobram, às vezes com juros de mora, as dívidas de outro tempo, em suor do rosto, no sacrifício constante, ou em sangue do coração, na forma de lágrimas.

 

Supúnhamos que os abusos do sexo nos constituíssem a razão de viver e corrompemos o coração das almas sensíveis e nobres com as quais nos harmonizávamos, vampirizando-lhes a existência…

 

No entanto, regressamos ao mundo em corpos dilacerados ou deprimidos, exibindo as estranhas enfermidades ou as gravosas obsessões que criamos para nós mesmos, a estampar na apresentação pessoal a soma deplorável de nossos desequilíbrios.

 

Espíritos culpados!

 

Somos quase todos.

 

A Perfeita Justiça, porém, nunca se expressa sem a Perfeita Misericórdia, e abre-nos a todos, sem exceção, o serviço do bem, que podemos abraçar na altura e na quantidade que desejarmos, como recurso infalível de resgate e reajuste, burilamento e ascensão.

 

Atendamos às boas obras quanto nos seja possível.

 

Cada migalha de bem que faças é luz contigo, clareando os que amas.

 

E assim é porque, de conformidade com as Leis Divinas, o aperfeiçoamento do mundo depende do mundo, mas o aperfeiçoamento em nós mesmos depende de nós.


XAVIER, Francisco Cândido ditada pelo Espírito Emmanuel Francisco .Justiça divina : estudos e dissertações em torno da obra “O Céu e o Inferno”, de Allan Kardec. , cap 11. Culpa:  Ilustração Reproduzida da Internet.