domingo, 6 de julho de 2014

Convite à Calma - Joanna de Ângelis




Convite à Calma

Joanna de Ângelis



“Não resistais ao mal que vos queiram fazer.” (Mateus: capítulo 5º, versículo 39.)


O espinho do ciúme vence-a; 


o estilete da ira dilacera-a; 


o ácido da inveja corroe-a; 


os vapores do ódio enlouquecem-na;


a agressão da calúnia despedaça- a; 


o tóxico da maledicência perturba-a; 


a rama da suspeita inquieta-a; 


petardo da censura fere-a; 


as carregadas tintas do pessimismo tisnam-na se o cristão decidido não se resolve mantê-la a qualquer preço.


Não importa que exsudes, agoniado, em quase colapso periférico, ou estejas com a pulsação alterada, ou, ainda, sofras o travo do amargor nos lábios. 


Imprescindível não precipitares atitudes, nem conclusões aligeiradas, nem desesperações injustificáveis.


Não nos reportamos à posição inerme, à aparência, pois o pântano que parece tranqüilo é abismo, reduto de miasmas e morte traiçoeira.


Aludimos a um espírito confiante, fixado nas diretrizes do Cristo, sem receios íntimos, sem ambições externas. 


Equilibrado pela reflexão, possuidor de probidade pela ponderação.


Calma significa segurança de fé, traduzindo certeza sobre a Justiça Divina.


Ante o dominador tíbio que lavava as mãos, em referência à Sua vida, Jesus se fez o símbolo da calma integral e da absoluta certeza da vitória da verdade.


Cultiva, portanto, os sentimentos e mantém os propósitos edificantes.


Perceberás, surpreso, que as atitudes dos maus não te atingirão, facultando-te
através da calma não resistir ao mal que te queiram fazer, conforme lecionou o Senhor, porqüanto a integridade da fé em exteriorização de calma dar-te-á
forças para vencer as próprias limitações e prosseguir resolutamente, em qualquer circunstância.



FRANCO, Divaldo Pereira pelo Espírito Joanna de Angelis. Convites da vida, Cap. 5, p .6, 1972.


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