quarta-feira, 18 de abril de 2018

HOMENAGEM AOS 161 ANOS DO LIVRO DOS ESPÍRITOS - HAROLDO DUTRA





Oh! Bendito o que semeia
Livros... livros à mão cheia...
E manda o povo pensar!
O livro caindo n'alma
É germe - que faz a palma,
É chuva - que faz o mar.

O Livro e a América - Castro Alves



O LIVRO DOS ESPÍRITOS

Foi num sábado de primavera, na Galeria d'Orleans, no Palais Royal, em Paris, aos 18 de abril de 1857, que Allan Kardec publicava sua primeira obra: "O Livro dos Espíritos". 


Era um marco para o início de um novo momento para a evolução espiritual da humanidade. 


No plano espiritual, a equipe formada pelos Espíritos Superiores encarregados da nova revelação, sob as ordens de Jesus, mobilizava-se para que, a partir daquele século 19, a verdade consoladora fosse organizada, consolidada e divulgada. 


O primeiro passo havia sido dado. 


Surgia uma filosofia com bases científicas e consequências morais.


No Brasil, porém, esse livro demorou a chegar. 


Os que tinham acesso às obras de Allan Kardec eram, geralmente, intelectuais que conheciam o idioma francês. Além disso, naquele século, a maioria da população brasileira, descendente de escravos e índios, era analfabeta. 


Enquanto a Europa ainda vivia o século das luzes, o Brasil ainda estava no século das cruzes.


Os intelectuais que se dedicavam ao estudo da Doutrina Espírita, perdiam-se em polêmicas e a Doutrina Espírita corria o sério risco de ficar restrita somente entre os mais intelectualizados. Por outro lado, a Igreja havia proibido, por lei, a prática do Espiritismo.


Mas, o estabelecimento da Doutrina Espírita era projeto para mais de um século. 


Em 1831 reencarnava, no Brasil, Adolfo Bezerra de Menezes, com uma tarefa missionária: conciliar e consolidar a Doutrina Espírita no território brasileiro. 


Sua tarefa se confirmou ao assumir, em agosto de 1895, a presidência da Federação Espírita Brasileira (fundada em 1884).


Nessa mesma época, a Livraria Espírita, em Paris, de propriedade da viúva do Sr. Allan Kardec, entra em liquidação por absoluta falta de recursos financeiros. 


Não havia interessados em manter a tarefa de divulgação espírita. 


Foi assim que, em 15 de novembro de 1897, o Sr. Leymarie, responsável pela continuidade do trabalho de Kardec, concede, gratuitamente, à Federação Espírita Brasileira, o direito de publicar, em português, todas as obras de Kardec, com o compromisso de manter fidelidade aos originais. Bezerra de Menezes foi o responsável por essa transação. 


Transferia-se, assim, para o Brasil, a tarefa de continuar a propagação da Doutrina Espírita. 


Na França daqueles anos, a tarefa espírita havia chegado ao fim, com a desencarnação da viúva de Kardec e do Sr. Leymarie e o fechamento definitivo da Livraria.


No Brasil, a Espiritualidade Maior continua com seus projetos. 


Após a desencarnação de Bezerra de Menezes, eis que reencarna, em 2 de abril de 1910, no interior de Minas Gerais, um espírito evangelizado, com uma tarefa especial: popularizar a Doutrina Espírita, comprovando a existência do mundo espiritual e a comunicação entre encarnados e desencarnados. Reencarnava, em solo brasileiro, Francisco Cândido Xavier.



Ao longo de seus 92 anos de existência, 75 deles dedicados à mediunidade e ao livro espírita, Chico Xavier psicografou, segundo a Federação Espírita Brasileira, 412 obras. 


Mas o que impressiona não é somente a quantidade mas sim os inúmeros exemplos e testemunhos que ele nos deixou, comprovando a existência dos espíritos e da realidade espiritual.



Não sabemos se tivemos a honra que tiveram os judeus, de viver, no mesmo local e na mesma época em que Jesus viveu. 


Também não sabemos se tivemos uma existência na mesma época e local em que Kardec viveu e organizou os ensinamentos dos Espíritos.



No entanto, a Misericórdia Divina sempre nos proporciona oportunidades para nos aproximarmos da mensagem de Jesus e da verdade. 


Assim é que reencarnamos no mesmo século em que Chico Xavier viveu; estamos no mesmo país e bem próximos dos locais onde ele viveu. Se não pudemos conhecê-lo pessoalmente, temos o acesso aos livros que ele nos deixou, há vários vídeos e filmes sobre sua vida.



E nós, o que estamos aguardando para abraçar, definitivamente, a causa espírita? 


Quantos séculos ainda aguardaremos para vivenciar a mensagem consoladora de Jesus, ampliada de maneira tão maravilhosa, pela Doutrina Espírita? 


O caminho já temos: o livro espírita!




Fonte: 
Grupo Espírita Allan Kardec. disponível em < 

http://www.espiritbook.com.br/profiles/blogs/18-de-abril-dia-do-livro-espirita>>acesso : 15 ABR 2018.






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