Espiritismo Explicando
Emmanuel
Tema principal
Reunião pública de 3-2-1961.
1ª Parte — Cap. I — Item 14.
Indagavas quanto ao Grande Porvir.
A Doutrina Espírita sossegou-te as ânsias, explicando que te encontras provisoriamente no mundo, a serviço do próprio burilamento, para a imortalidade vitoriosa.
Perguntavas sobre os amargos desajustes, entre corpo e alma,
quando a enfermidade ou a mutilação aparecem.
A Doutrina Espírita asserenou-te a aflitiva contenda íntima,
explicando que a individualidade eterna se utiliza, temporariamente, de um
corpo imperfeito, como alguém que se vale de instrumento determinado para
determinada tarefa de corrigenda a si mesmo.
Inquirias, com respeito à finalidade dos problemas domésticos.
A Doutrina Espírita harmonizou-te o pensamento, explicando que o
lar é instituto de regeneração e de amor, onde retomas a convivência dos amigos
e desafetos das existências passadas, para a construção do futuro melhor.
Interrogavas em torno dos entes amados, além do túmulo.
A Doutrina Espírita dissipou-te as dúvidas, explicando que o
sepulcro não é o fim, tanto quanto o berço não é o princípio, e que toda
criatura, ao desenfaixar-se dos laços físicos, prossegue na marcha de
aprimoramento e ascensão, do ponto evolutivo em que se achava na Terra.
Interpelavas o campo religioso, acerca da Justiça Divina.
A Doutrina Espírita suprimiu-te a inquietação, explicando que
Deus não concede privilégios, e que, em qualquer estância do Universo, a alma
recebe, inelutavelmente, da vida, o bem ou o mal que dá de si própria.
Torturavas a mente, qual se devesses respirar em cárcere de
mistério, toda vez que cogitavas das questões transcendentes da fé.
A Doutrina Espírita acalmou-te, explicando que ninguém pode
violentar os outros, em matéria de crença, acentuando, porém, que toda fé, para
nutrir-se de luz, deve ser raciocinada, em bases de lógica, porquanto, diante
das Leis Divinas, cada consciência é responsável pelos próprios destinos.
É necessário valorizar a Doutrina que, generosamente, nos valoriza.
Sustentar-lhe a integridade e a pureza, perante Jesus que a chancela,
é procurar o nosso aperfeiçoamento e trabalhar por nossa união.
XAVIER, Francisco Cândido ditada pelo Espírito Emmanuel Francisco .Justiça divina : estudos e dissertações em torno da obra “O Céu e o Inferno”, de Allan Kardec. , cap 5. Allan Kardec: Ilustração Reproduzida da Internet.
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