domingo, 9 de novembro de 2025

Sentenciados - Emmanuel


Sentenciados

Emmanuel

Tema principal

Reunião pública de 20-10-1961.

1ª Parte — Cap. VII — Item 3 — § 31.


Sentenciados, sim!


A vida, porém, não nos suplicia pelo prazer de atormentar.

 

À face de nossa destinação à suprema felicidade, todos estamos intimados ao bem, impelidos ao progresso, endereçados à educação e policiados pela justiça.

 

Jesus, o Divino Penalogista, exortou-nos, convincente:

 

“Perdoa não sete vezes, mas setenta vezes sete.” 

 

É que o mal expressa grave desequilíbrio naquele que o pratica.

 

Comparados às moléstias do corpo, a dor moral de haver ferido a alguém é o abcesso reclamando dreno adequado; 


o vício é a fístula corruptora, esperando remoção da causa que a produz, 


e a delinquência é o tumor de caráter maligno, comprometendo a estrutura orgânica, em prenúncio de morte.

 

Esposar revolta e vingança seria expor o próprio sangue a infecções perigosas, entrando, voluntariamente, nas faixas destrutivas da enfermidade.

 

Tolerância e perdão, por isso, constituem profilaxia e imunização infalíveis.

 

Diz Allan Kardec: 


“Às penas que o Espírito experimenta na vida espiritual ajuntam-se as da vida corpórea, que são consequentes às imperfeições do homem, às suas paixões, ao mau uso das suas faculdades e à expiação de presentes e passadas faltas.” 

 

Esparze, desse modo, as vibrações confortativas da prece sobre todo aquele que caiu no logro do mal.

 

O caluniador está, sentenciado à repressão da própria língua,


o desertor está sentenciado à frustração que marcou a si mesmo, 


o ingrato está sentenciado ao arrependimento tardio,


o ofensor está sentenciado ao ferrete da consciência,


o criminoso está sentenciado a carregar consigo o padecimento das próprias vítimas.

 

Além disso, cada conta exige resgate proporcional aos débitos assumidos, com o remorso de quebra.

 

Assim pois, à frente do irmão que te golpeia, recolhe-te em silêncio e esquece todo o mal. 


Não precisas indicá-lo a esse ou àquele castigo, perante a barra dos tribunais, porque o maior sistema de punição já está dentro dele.

 

 XAVIER, Francisco Cândido ditada pelo Espírito Emmanuel  .Justiça divina : estudos e dissertações em torno da obra “O Céu e o Inferno”, de Allan Kardec. , cap 67.Jesus Cristo e o Perdão: Ilustração Reproduzida da Internet.

 


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