domingo, 9 de agosto de 2015

Anotações do Bem - André Luiz





Anotações do Bem

André Luiz


Não importa quanto você disponha para agir e servir, a beneficio de outrem, vale o que fizer e como fizer daquilo que o Senhor já confiou a você.


Dizem os sábios que Deus dá o frio conforme o cobertor, para que o Homem saiba dar o cobertor, conforme o frio.


Por onde você passe e do tamanho que possa, deixe um rastro de alegria.


Você voltará, mais tarde, para colher-lhe a bênção de luz.


A Terra, a fim de produzir com segurança e eficiência, pede cultivo.


Acreditará você, porventura, que os valores da Vida espiritual surjam sem trato?


Devemos unicamente amar, entregando a Deus qualquer problema de defensiva.




XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito André Luiz. Endereços  de Paz, p.06.

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Ainda - André Luiz






Ainda


André Luiz


Efetivamente, você ainda não resplande tanto quanto a luz, mas pode acender uma vela, afastando as sombras.


Não atingiu ainda os mais altos graus da sabedoria, no entanto, nada lhe impede articular uma frase de encorajamento, em auxílio aos que sofrem.


Não possui ainda a paz invariável, entretanto, você detém a possibilidade de fazer silêncio sobre o mal, afim de que o mal se transforme no bem, dentro do menor prazo possível.


Não conquistou ainda a alegria permanente, todavia, consegue endereçar um sorriso de simpatia aos que necessitam de esperança.


Não maneja ainda toda uma fortuna, de modo a construir, por si só, uma instituição de beneficência, contudo, pode doar um pão ao companheiro desamparado.


É provável que você se afirme, sem qualquer condição para fazer isso, no entanto, dispõe você do privilégio da ação. 


Trabalhando, você é capaz de servir e, servindo aos outros, em qualquer situação e em qualquer tempo, você pode começar.


Procure agir no bem incessante e a alegria ser-lhe-á precioso salário.




XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito André Luiz. Endereços  de Paz, p.04.

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Julgamentos precipitados - Momento Espírita






Julgamentos precipitados




Quantas vezes já aconteceu?


Um servidor dedicado, após anos de trabalho irrepreensível, comete um deslize. 


Logo, todos os tantos anos de dedicação são esquecidos.


Sobre ele recaem acusações, desconfianças.


Um amigo de infância, adolescência, juventude, alguém com o qual rimos, choramos, confiamos, comete uma pequena falha.


Diz-nos um não. 


É o suficiente.


Anos de convivência são sepultados de um só golpe.


Um voluntário que serve dedicada e perseverantemente meses, anos, sempre sorridente, feliz, um dia, por algo que lhe ocorre e o perturba, se exaspera, fala mais alto.


Logo, tudo que fez até então é esquecido e somente aquele gesto de um momento de irreflexão é apontado, falado, julgado.


São retratos da vida. 


Ocorrem em muitos lugares.


E nos fazem recordar de uma história muito interessante.


A de um pai que desejava ensinar aos seus quatro filhos a respeito de julgamentos.


Assim, a cada um enviou em uma estação diferente do ano a uma terra distante para observar uma determinada árvore.


O primeiro filho chegou no inverno, o segundo na primavera, o terceiro no verão e o quarto no outono.


O primeiro informou que a árvore era feia, além de seca e toda distorcida.


O segundo disse que, ao contrário, a árvore estava carregada de botões, cheia de promessas.


O outro filho contestou aos dois irmãos e afirmou que viu a árvore coberta de flores. 


Que elas tinham um cheiro tão doce e eram tão bonitas, que ele arriscaria dizer que eram a coisa mais graciosa que ele jamais havia visto.


Finalmente, o quarto filho falou que a árvore estava tão cheia de frutas, tão carregada de vida, que chegava estar arqueada.


O pai, ponderado, explicou que todos estavam certos, no entanto, cada um deles julgara a árvore exatamente pela época do ano em que a havia visto.


Na vida, continuou, também é assim. Quase sempre somos precipitados nos julgamentos.


Para julgar com acerto, compete-nos observar com atenção, colher informações detalhadas.



*   *   *


Dessa forma, não julguemos situações e pessoas por um momento apenas.


Consideremos que todos passamos pelos dias desolados do inverno. 


Dias de tristeza, de solidão, de problemas superlativos.


Nessa estação da vida, parecemos árvores de galhos retorcidos.


Contudo, quando a esperança faz morada na intimidade, carregamo-nos de promessas, de botões prontos a explodirem em flores.


Então, acenamos com cores vibrantes, flores perfumadas, graciosas que, logo mais, se transformarão em produção abundante de frutos.


Pensemos nisso e não façamos julgamentos precipitados de situações, de pessoas, de companheiros, de amigos.


Verifiquemos, antes, em que estação do ano estagia a alma de quem vamos julgar.


E, se descobrirmos que o inverno envolve aquela criatura, estendamos a contribuição do sol da nossa amizade, o adubo do nosso auxílio, a proteção do nosso carinho.


Pensemos nisso.





Redação do Momento Espírita, com base no texto  A Pereira, de autoria desconhecida. Disponível em www.momento.com.br.