quarta-feira, 21 de maio de 2014

Mediante esforço - Momento Espírita






Mediante esforço





A siderurgia transforma a estrutura dos metais e os trabalha para finalidades compatíveis com programas antes estabelecidos.





Artistas alteram as formas de pedras, do bronze, do cobre, do ouro, da prata e lhes transmitem vida, lhes arrancando das entranhas, sob inspiração e esforço, a beleza e a utilidade para enriquecimento da sociedade.





Débil raiz cravada na frincha de uma rocha, obedecendo ao finalismo da sua existência, fende a pedra rude e sustenta a planta que sobre ela se desenvolve.





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A vida responde de acordo com a ação desencadeada.





O violento tropeça com a truculência a cada passo.





A paciência encontra a harmonia quando persiste.





O sanguinário torna-se vítima da própria impetuosidade.





O pacifista adquire tranquilidade enquanto defende os ideais que o dominam.





O intrigante padece da neurose do medo.





A lealdade produz confiança.





A irritabilidade leva às ulcerações gástricas, duodenais e ao desequilíbrio da emoção.





A concórdia gera harmonia em toda pessoa e lugar.





O mal é sombra pelo caminho de quem lhe sofre a ação.





O bem é luz irradiante a produzir alegria.





Allan Kardec, em sua obra O céu e o inferno, ao abordar o tema Código penal da vida futura, afirma:





O Espírito sofre, quer no mundo corporal, quer no espiritual, a consequência das suas imperfeições.





As misérias, as vicissitudes padecidas na vida corpórea, são oriundas das nossas imperfeições, são expiações de faltas cometidas na presente ou em precedentes existências.





O sofrimento é inerente à imperfeição.





Toda imperfeição, assim como toda falta dela promanada, traz consigo o próprio castigo nas consequências naturais e inevitáveis:





Assim, a moléstia pune os excessos e da ociosidade nasce o tédio, sem que haja mister de uma condenação especial para cada falta ou indivíduo.





Da parte do bem que se faz, podemos aplicar o mesmo raciocínio: toda virtude traz consigo sua felicidade própria.





Quando cumprimos as leis Divinas - inscritas na consciência - recebemos por consequência imediata a harmonia, o refazimento e a paz íntima.





É Deus dentro de nós afirmando diariamente que os caminhos do amor são os mais seguros, e os únicos que nos levam à anelada felicidade plena e aos braços do Criador.





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Que nos possamos moldar ao programa do dever de crescer para Deus, domando as más inclinações.





A princípio, essa atitude deve ser concentrada nas imperfeições de pequena monta.





Esse exercício, feito com disciplina e seriedade, já é caminho para a vitória sobre as paixões mórbidas que procedem do passado delituoso.





O alvo permanente deve ser nos libertarmos delas.





O homem torna-se o que se trabalha.





Não há milagre de transformação moral, em quem não se exercitou nas realizações humanas para a própria sublimação pessoal.





Pensemos nisso.









Redação do Momento Espírita, com base no cap.7, do livro O céu e o inferno, de Allan Kardec, ed. Feb e no cap. 14, do livro Alegria de viver, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal. Disponível em www.momento.com.br.

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