quinta-feira, 16 de agosto de 2018

Campanha do Quilo com a Criançada





"É pela educação que as gerações se transformam e aperfeiçoam. Para uma sociedade nova são necessários homens novos. Por isso, a educação desde a infância é de importância capital"  Léon Denis



A criança é o futuro


E, com exceção dos espíritos missionários, os homens de agora serão as crianças de amanhã, no processo reencarnatório.


O trabalho redentor da nova era há de começar na alma da infância, se não quiserdes divagar nos castelos teóricos da imaginação superexcitada. 


É lógico que a legislação será sempre a casa nobre dos princípios que asseguram os direitos do homem, entretanto, os governos não poderiam realizar integralmente a obra renovadora sem a colaboração daqueles que hajam sentido a verdade e o bem com Jesus Cristo.


A crise do mundo não estará solucionada com a simples extinção da guerra.


O quadro de serviço presente é campo de tarefas esmagadoras que assombram pela grandeza espiritual.


Pede-se a paz com vitória do direito e ninguém contesta a legitimidade de semelhante solicitação. Mas é indispensável organizar o programa de amanhã.


A sociologia abrirá as possibilidades que lhe são próprias, por restituir ao mundo o verdadeiro equilíbrio de sua evolução ascencional.


Não nos esqueçamos, porém, de que a psicologia do homem comum ainda se enquadra na esfera de análise devida à criança.


É por isto, talvez, que Jesus, por mais de uma vez, deixou escapar o sublime apelo: - “Deixai vir a mim os pequeninos”.


Não observamos aqui, tão somente, o símbolo da ternura.


O Mestre não demonstrava atitude meramente acidental, junto à paisagem humana, aureolada de sorriso infantis.


Aludia, sim, à tarefa bem mais profunda no tempo e no espaço.


Sabia Ele que durante séculos a grande questão das criaturas estaria moldada em necessidades educativas.


E com muita propriedade o Cristo exclama – “deixai vir a mim” – e não simplesmente – “vinde a mim”.


Sua exortação divina atinge a todos os que receberam a mordomia da responsabilidade espiritual nos quadros evolucionários da Terra, para que não impeçam à mente humana o acesso real às suas fontes de verdades sublimes.


Constituindo a infância a humanidade futura, reconhecemos ao seu lado a região de semeadura proveitosa. 


E, reconhecendo, nós encontraremos outra senda de redenção, estranha aos fundamentos de sua doutrina de verdade e de amor.


Desse modo, a par do esforço sincero de quantos cooperam pelo ressurgimento da concórdia no mundo, voltemo-nos para as crianças de agora, cônscios de que muitos de nós seremos a infância do porvir. 


Organizemos o lar que forma o coração e o caráter, e a escola que iluminará o raciocínio.


Estejamos igualmente atentos à verdade de que educar não se resume apenas a providências de abrigo e alimentação do corpo perecível.


A Terra, em si mesma, é asilo de caridade em sua feição material. Governantes e sacerdotes diversos nunca esqueceram, de todo, a assistência à infância desvalida, mas são sempre raros os que sabem oferecer o abrigo do coração, no sentido de espiritualidade, renovação interior e trabalho construtivo.


Em nutrindo células orgânicas, não olvideis a alimentação espiritual imprescindível às criaturas.


No quadro imenso da transformação em que vossas atividades se localizam atualmente, a iniciativa de educação é de importância essencial no equilíbrio do mundo.


Cuidemos da criança, como quem acende claridades no futuro. 


Compareçamos, em companhia delas, à presença espiritual de Cristo e teremos renovado o sentido da existência terrestre, colaborando para que surjam as alegrias do mundo num dia melhor.




XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Emmanuel. Coletâneas do Além. 

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