domingo, 6 de junho de 2021

24-A FERRAMENTA - Casimiro Cunha

 


24-A FERRAMENTA

Casimiro Cunha

 

O êxito no trabalho, com que o homem se apresenta, depende da vigilância que se deve à ferramenta.


A enxada laboriosa, que coopera e não se cansa, pede zelo no serviço, para agir com segurança.


A agulha por ministrar benefícios e atenções, não dispensa tratamentos, desvelos e condições.


Nos trabalhos do tecido, em tudo que atinja o assunto, o tear pede harmonia nas peças do seu conjunto.


A própria cozinha humilde, no que diz respeito a ela, reclama copo asseado e limpeza na panela.


No círculo das tarefas, da mais simples à maior, descuidada a ferramenta, tudo vai pelo pior.


Sem isto, qualquer serviço inclina-se à negação e tende com rapidez às sombras da confusão.


Instrumento corrompido marca início de insucesso.


Sem lutas de vigilância, não há bênçãos de progresso.


O problema do utensílio, é tão belo quão profundo...


Lembra sempre que teu corpo atende essa lei no mundo.


Viveres de corpo ao léu, estranho aos cuidados teus, é injúria feita ao trabalho, menosprezo aos dons de Deus.



XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Casimiro Cunha. Cartilha da natureza. São Paulo/SP: Butterflay editora Ltda,2002, ed.1. Cap 24, p.23.

  

Nenhum comentário: