sexta-feira, 13 de maio de 2022

AINDA HOJE - Meimei

 


AINDA HOJE

Meimei


Irritavas-te, ainda hoje, no justo momento da caridade.


E pensavas contigo mesmo: "valerá suportar a bílis do companheiro encolerizado, desculpar o insulto da ignorância, sofrer sem revolta aos golpes da violência e ajudar aos que me incomodam na via pública?"


Refletias a extensão do mal e confiavas- te ao desespero.


Entretanto, não se pode julgar o campo pelo talo de erva, nem avaliar espiritualmente a multidão pelo movimento da praça.


O amigo que te oferece o semblante áspero guarda provavelmente um espinho de aflição a espicaçar- lhe o peito, a pessoa que te injuria talvez padeça lastimável cegueira, a mão que te fere expõe o próprio desequilíbrio e esses rostos ulcerados que te pedem consolo trazem também consigo um coração suspirando por Deus.


Deixa que a bondade se externe por ti, estendendo a fonte da esperança e a melodia da bênção.


Silencia a palavra candente e apaga todo impulso de crueldade.


Ergue ainda hoje os que caíram.


Amanhã, é provável necessites escudar- te naqueles que levantas.


Reflitamos no Eterno Amigo que passou na Terra, compreendendo e servindo, sem descrer do amor, embora sozinho nos supremos testemunhos da própria fé.


Ampara, alivia, ilumina e socorre sempre.


Todo auxílio na obra do bem é uma prece silenciosa. 


E, toda vez que auxilias, o anjo da caridade está perto, orando também por ti.


XAVIER, Francisco Cândido  pelo Espírito Meimei. Espíritos Diversos. Ed. IDE. Passos da Vida. Cap 1.


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