sexta-feira, 4 de abril de 2025

Ante O Próximo Mais Próximo - André Luiz




 Ante O Próximo Mais Próximo

André Luiz

L - Questão 918


Aconselha, mas esquece o sarcasmo. 


Se a ironia carreia fugaz bom-humor, gera duradouro ressentimento...


Indaga, mas controla a própria curiosidade. 


Há venenos de que basta apenas o cheiro para empeçonhar quem os aspira...


Trabalha, mas não se incomode à sombra do anonimato. 


As raízes que sustentam as grandes árvores são vivas e poderosas na obscuridade do chão...


Prega, mas governa a própria língua. 


As pedras não se levantam e nem se arremessam por si mesmas...


Coopera, mas foge à crítica. 


Quem usa vergastas de lama acaba lambuzado por ela...


Chora, mas estuda a razão das próprias lágrimas. 


Há muito pranto formado pelos quistos da malquerença ao calor da discórdia...


Sê enérgico, mas brando ao mesmo tempo. 


Tanto a seca quanto a enchente trazem prejuízo e destruição...


Sofre, mas espera e confia. 


As provações, à maneira das nuvens, são nômades no caminho...


Busca orientação, mas poupa o benfeitor espiritual. 


O amigo encarnado ou desencarnado não é ponto a cochichar-te o dever diuturno, nas representações que te cabem no teatro da vida...


Ajuda, mas indistintamente. 


Os seguidores do Excelso Mestre são todos irmãos na consanguinidade sublime do amor...


Ante o próximo mais próximo, sintamo-nos sob as bênçãos do Criador, na certeza de que todas as criaturas existem e crescem interligadas no abraço universal da fraternidade.


No serviço desinteressado e espontâneo, movamos a trolha da fé viva e operante, elevando o prumo do discernimento e assentando o nível do bom ânimo para construir as obras do bem.


Para a frente e para o alto!


Rompendo as ondas adversas, no roldão do vendavais, que a nossa agulha de marear tenha sempre por mira o porto da caridade.


Partamos da semente à seara, através das folhas da esperança e das flores do trabalho para atingir os frutos opimos da evolução que o Senhor espera de nós.


Demandemos a vanguarda com os lábios borbulhantes de compreensão e alegria, entoando o hino triunfal da bondade constante, trazendo à memória a palavra de Jesus nas páginas contagiosas do Evangelho:

 

- "Vinde a mim, benditos de meu Pai, porque tive fome e me destes de comer; tive sede e me saciastes; estive nu e me vestistes; estive enfermo e prisioneiro e me visitastes."

 

Somente assim atendêramos ao divino chamado, comparecendo diante do Cristo para repetir com os servos fiéis:


- "Senhor, eis-nos aqui! Faça-se em nós, segundo a tua vontade."

 

XAVIER, Francisco Cândido; Waldo Vieira Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz. Opinião espírita, cap 11. Jesus Cristo:  Ilustração Reproduzida da Internet. 

 


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