segunda-feira, 31 de março de 2025

O Espírita Deve Ser - André Luiz

 


O Espírita Deve Ser

André Luiz

L - Questão 843


O espírita deve ser verdadeiro, mas não agressivo, manejando a verdade a ponto de convertê-la em tacape na pele dos semelhantes.


Bom, mas não displicente que chegue a favorecer a força do mal, sob o pretexto de cultivar a ternura.


Generoso, mas não perdulário que abrace a prodigalidade excessiva, sufocando as possibilidades de trabalho que despontam nos outros.


Doce, mas não tão doce que atinja a dúbia melifluidade, incapaz de assumir determinados compromissos na hora da decisão.


Justo, mas não implacável, em nome da justiça, impedindo a recuperação dos que caem e sofrem.


Claro, mas não desabrido, dando a ideia de eleger-se em fiscal de consciências alheias.


Franco, mas não insolente, ferindo os outros.


Paciente, mas não irresponsável, adotando negligência em nome da gentileza.


Tolerante, mas não indiferente, aplaudindo o erro deliberado em benefício da sombra.


Calmo, mas não tão sossegado que se afogue em preguiça.


Confiante, mas não fanático que se abstenha do raciocínio.


Persistente, mas não teimoso, viciando-se em rebelar-se.


Diligente, mas não precipitado, destruindo a si próprio.


"Conhece-te a ti mesmo" - diz a filosofia, e para conhecer a nós mesmos, é necessário escolher atitude e posição de equilíbrio, seja na emotividade ou no pensamento, na palavra ou na ação, porque, efetivamente, o equilíbrio nunca é demais.

 

XAVIER, Francisco Cândido; Waldo Vieira Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz. Opinião espírita, cap 7. Allan Kardec:  Ilustração Reproduzida da Internet. 

 

domingo, 30 de março de 2025

Facho Libertador - André Luiz

 


Facho Libertador

André Luiz

E - Cap. VI - Item 4


Consolador prometido por Jesus, o Espiritismo alcança o homem por mensageiro divino, estendendo-lhe as chaves da própria libertação.


Rompe os limites que lhe circunvalam o planeta, em forma de horizontes, e descortina lhe a visão do Universo, povoado de mundos inumeráveis, rasgando a venda de ilusão que lhe empana a ideia da vida.


Funde as grades da incompreensão, entre as quais se acredita cobaia pensante em vale de lágrimas, e fala-lhe da justiça perfeita e da bondade incomensurável do Criador que concede oportunidades iguais a todas as criaturas, nos planos multiformes da Criação, extirpando a cegueira que lhe escurece o entendimento e ensinando-lhe a reconhecer que deve a si mesmo o bem ou mal, que lhe repontem da senda.


Parte as grilhetas de sombra, que lhe encerram a inteligência em falsos princípios de maldição e favor, impropriamente atribuídos à Excelsa Providência, e oferece-lhe o conhecimento da reencarnação do espírito, em aperfeiçoamento gradativo na Terra ou em outros mundos.


Derrete as algemas de tristeza que lhe aprisionam o sentimento, na tenebrosa perspectiva de eterno adeus perante a morte, e clareia-lhe o raciocínio na consoladora luz da sobrevivência, para além da estância física.


Solucionando em cada um de nós os problemas da evolução e do ser, da dor e do destino, o Espiritismo é o facho libertador, desatando correntes de angústia, demolindo muralhas de separação, eliminando clausuras de pessimismo e abolindo cativeiros de ignorância.


Se te encontras, quanto nós, entre aqueles que tanto recebem da Nova Revelação, perguntemos a nós mesmos o que lhe damos em serviço e apoio, cooperação e amor, porque sendo o Espiritismo crédito e prestigio de Cristo entregues às nossas consciências endividadas, é natural que a conta e o rendimento que se relacionem com ele seja responsabilidade em nossas mãos.

 

XAVIER, Francisco Cândido; Waldo Vieira Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz. Opinião espírita, cap 6. Jesus Cristo:  Ilustração Reproduzida da Internet. 


sábado, 29 de março de 2025

Economia Espírita - André Luiz


 


Economia Espírita

André Luiz

E - Cap. XIII - Item 11


O Espiritismo abrange com a sua influência regenerativa e edificante não apenas a individualidade, mas também todos os círculos de atividade em que a pessoa respire. 


É assim que o Espiritismo na economia valoriza os mínimos recursos, conferindo-lhes especial significação.


Vejamos o comportamento do espírita, diante dos valores considerados de pouca monta:


Livro respeitável - Não o entregará à fome do cupim. 


Deligenciará transferi-lo a companheiros que lhe aproveitem a leitura.


Jornal espírita lido - Não alimentará com ele o monte de lixo. 


Respeitar-lhe-á o valor fazendo-o circular, notadamente entre os irmãos entregues à fauna rural ou núcleos distantes ou ainda entre reclusos em hospitais e penitenciárias, sem maiores facilidades para o acesso ao conhecimento doutrinário.


Publicações de qualquer natureza - Não fará com elas fogueiras sem propósito. 


Saberá empacotá-las, entregando-as aos necessitados que muitas vezes conquistam o pão catando papéis velhos.


Objetivos disponíveis - Não fará dos pertences sem uso, elogio à inutilidade. 


Encontrará meios de movimentá-los, sem exibição de virtude, em auxílio dos irmãos a que possam prestar serviço.



Móvel desnecessário - Não guardará os trastes caseiros em locais de despejo. 


Saberá encaminhá-lo em bases de fraternidade para recintos domésticos menos favorecidos, melhorando as condições do conforto geral.


Roupa fora de serventia - Não cultivará pastagem para as traças. 


Achará meios de situar com gentileza todos os petrechos de vestuário, cobertura e agasalho, em benefício de companheiros menos quinhoados por vantagens materiais.


Sapatos aposentados - Não fará deles ninhos de insetos. 


Providenciar-lhes-á reforma e limpeza, passando-os, cordialmente, àqueles que não conseguem o suficiente para se calçarem.


Medicamento usado mas útil - Não lançará fora o remédio de que não mais careça e que ainda apresenta utilidade. Cedê-lo-á aos enfermos a que se façam indicados.


Selos utilizados- Não rasgará sem considerações os selos postais já carimbados.


Compreenderá que eles são valiosos ainda e oferta-los-á a instituições beneficentes que os transformarão em socorro aos semelhantes. 


Recipientes, garrafas e vidros vazios - Não levantará montes de cacos onde resida.


Empregará todos os invólucros e frascos sem aplicação imediata na benemerência para com o próximo em luta pela própria sustentação.


Gêneros, frutos, brinquedos e enfeites sem proveito no lar - Não exaltará em casa o egoísmo ou o desperdício. 


Lembrar-se-á de outros redutos domésticos, onde pais doentes e fatigados, entre crianças enfraquecidas e tristes receber-lhe-ão por bênçãos de alegria as pequenas dádivas de amor, em nome de solidariedade, que é para nós todos simples obrigação.


A economia espírita não recomenda desapreço à propriedade alheia e nem endossa o esbanjamento. 


Seja no lar ou na casa de assistência coletiva, no campo ou no vilarejo, nas grandes cidades ou nas metrópoles, é a economia da fraternidade que usa os dons da vida sem abuso e que auxilia espontaneamente sem ideias de recolher agradecimentos ou paga de qualquer espécie, por reconhecer, diante do Cristo e dos princípios espíritas, que os outros necessitam de nós como necessitamos deles, de vez que todos somos irmãos.


XAVIER, Francisco Cândido; Waldo Vieira Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz. Opinião espírita, cap 5. Jesus Cristo:  Ilustração Reproduzida da Internet.