Letreiros Vivos
André Luiz
Cap. XVII – Item 3
Nas faixas mínimas da sua experiência
cotidiana surge o roteiro humano que você representa para os outros.
Os traços do semblante pintam-lhe o
clima interior.
Os seus objetos de uso pessoal
compõem o edifício da sua simplicidade.
A ordem dos seus afazeres indica-lhe
o grau de disciplina.
O cumprimento das suas obrigações
denuncia-lhe o valor da palavra empenhada.
O teor da amizade dos seus vizinhos,
para com a sua pessoa, qualifica a sua capacidade de se fazer entendido.
O diapasão da sua palestra dá o tom
da sua altura íntima.
A segurança da sua opinião traduz a
firmeza dos seus ideais.
Os tecidos que lhe envolvem o corpo
configuram-lhe o senso de naturalidade.
As iguarias da sua mesa revelam-lhe o
papel do estômago no mundo moral.
A natureza do cuidado com o seu
físico fala francamente de suas possíveis relações com a vaidade.
O seu presente diz, para todos, o que
você foi no passado e o que você será no porvir, com reduzidas possibilidades
de erro.
A uniformidade entre o movimento das suas ideias, dos seus conceitos e das suas ações disseca, à vista de todos, a fibra da sua vontade.
*
Todas as criaturas que lhe partilham
a existência leem incessantemente os letreiros vivos que lhe estabelecem a
verdadeira identidade nos panoramas da Vida, respondendo-lhe as mensagens
inarticuladas com aversão ou simpatia, contentamento ou desagrado, conforme a
sua plantação de bem ou mal.
XAVIER, Francisco Cândido; Waldo Vieira Por Espíritos Diversos. Espírito da verdade, cap 76. Imagem : Rute, uma jovem viúva moabita que decidiu seguir a Deus e
cuidar de sua sogra. Segundo o Antigo Testamento, Deus a abençoou por sua
fidelidade, fazendo parte da genealogia de Jesus Cristo (Rute
1:16) : Ilustração
Reproduzida da Internet.
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