quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Saúde Física e Mental - Entrevista com Divaldo Pereira Franco


  


Saúde Física e Mental 


Entrevista com Divaldo Pereira Franco



  Nos tempos atuais, terapias alternativas para a saúde se multiplicam e se diversificam. Como o senhor explica este desenvolvimento?


  Divaldo - A evolução do conhecimento científico sobre o ser humano, especialmente nas áreas das ciências psicológicas e médicas, constatou que todos somos energia condensada, naquilo que denominamos como corpo somático, e que a maioria dos conflitos e enfermidades são decorrência da desarmonia entre mente e emoção, além da hereditariedade que exerce um papel muito significativo na construção da saúde.


  Oportunamente, a Organização Mundial da Saúde estabeleceu que não existem doenças, mas doentes, isto é, pessoas predispostas às doenças.


  Como espíritas, acreditando na reencarnação, sabemos que somos herdeiros dos hábitos passados e das construções mentais e morais do passado, que se transformam em saúde ou enfermidade na nova experiência carnal. Desse modo, as modernas terapêuticas alcançam o ser interior, não ficando somente nos efeitos dos distúrbios, porém, indo até às causas. Isto tem contribuído para auxiliar o indivíduo a alcançar um estado de saúde integral e, não somente, proporcionando a cura de uma ou de outra enfermidade mas deixando campo aberto a novas doenças.



  Quais os caminhos para encontrarmos a saúde plena, física e mental?


  Divaldo - Inicialmente, recordamo-nos do ensinamento latino: “mens sana in corpore sano” (mente sã em corpo são). Isto significa que o equilíbrio emocional perante a vida é decorrência das heranças psíquicas de outras existências e que, para a conquista da saúde plena, torna-se indispensável a harmonia entre o pensar, o sentir e o agir.


  Carl Gustav Jung, o psiquiatra e neurologista suíço, demonstrou que somos aquilo que pensamos, que cultivamos, como aliás, a quase totalidade dos psicoterapeutas, psicólogos e psiquiatras. O hábito, portanto, de cultivar os pensamentos edificantes, o respeito por si mesmo, a meditação, as leituras saudáveis, a prática do bem, do perdão e da compaixão, em forma de caridade e de amor, mesmo que sem a conotação religiosa, constituem excelentes caminhos para a aquisição da saúde integral.



  Como desenvolver nossa força de vontade na luta contra nossos males?


  Divaldo - A melhor maneira de desenvolver nossa força de vontade para a luta contra os males que nos afligem é perseverar nos bons propósitos, e, mesmo repetindo o erro, recomeçar tantas vezes quantas se façam necessárias. O exercício da paciência na conquista e edificação interior produz a energia que nos dá resistência para os enfrentamentos internos com os males que nos ameaçam.




  MEDIUNIDADE PARA O BEM


  Como o exercício da mediunidade pode contribuir para o bem comum?



  Divaldo - O ato de exercer a mediunidade abre espaço para a comprovação da imortalidade do Espírito à disjunção cadavérica, o que se torna uma valiosa contribuição para os conflitos que aturdem os seres humanos, libertando-os do medo da morte, do sofrimento, da amargura. Isto porque os fenômenos mediúnicos oferecem as paisagens do bem-estar, da saúde e da alegria de viver, em razão do grande júbilo interior que caracteriza os médiuns em auxiliar o próximo, aplicando, inclusive, a bioenergia que tem efeitos curativos.


  O senhor realiza curas?


Divaldo - Não realizo curas, infelizmente, mas proporciono os esclarecimentos   próprios para a libertação dos sofrimentos que transtornam os indivíduos.




  CONVÍVIO COM OS ESPÍRITOS


  Como é o convívio cotidiano, vendo, ouvindo e sentindo a presença dos Espíritos?


  Divaldo - A princípio, quando surge a mediunidade, é algo perturbador, pelo inusitado da ocorrência. Posteriormente, à medida que há a educação das faculdades mediúnicas, o sensitivo passa a controlar as ocorrências, conseguindo o equilíbrio para uma vida saudável e perfeitamente compatível com os níveis do que denominamos como normalidade emocional, mental e de conduta.


  Como é promovida a saúde das crianças e jovens que se beneficiam de seu projeto social “Mansão do Caminho”?


  Divaldo- Utilizamo-nos de todos os recursos e contributos da ciência médica, tomando os cuidados próprios na alimentação, higiene e hábitos saudáveis, acompanhados pelos exercícios mentais da meditação, da oração, das leituras edificantes e dos diálogos pedagógicos para uma existência feliz.



  Qual mensagem o senhor teria para os leitores?


  Divaldo - A minha mensagem é feita de paz, rica de amor e de ternura. O ser humano sofre porque não se permite o autoamor, e, não se amando, aos demais não ama, o que gera inumeráveis conflitos que o infelicitam.


  Mesmo sem esperar pela retribuição, vale a pena amar. O amor já não é mais uma proposta da libido ou da teologia, mas um processo psicoterapêutico que favorece a harmonia interior no ser humano, proporcionando-lhe bem-estar e paz, com efeitos positivos na saúde.


  Desse modo, não nos devemos preocupar quando temos inimigos, mas ficarmos vigilantes, a fim de não nos tornarmos inimigos de ninguém, porque todo aquele que guarda ódio, ressentimento e desejo de vingança, conduz lixo mental e esse envenena os neurônios, tornando inditoso aquele que lhe sofre a injunção.




1) Esta entrevista foi elaborada, em conjunto, pelos Grupos de Estudos Allan Kardec de Praga e de Viena e traduzida para o idioma tcheco pelo confrade Josef Jackulak, para publicação na revista de saúde alternativa "Medunka", de que Vera Keilová é redatora-chefe. O site da revista é http://www.mojemedunka.cz/default.aspx



Fonte

Portal das mocidades espíritas. Disponível em http://www.mocidadesespiritas.com.br/modules.php?name=Conteudo&pa=showpage&pid=1525. Acesso: 06 SET. 2012.

Nenhum comentário: