Nilson de Souza Pereira
Fundador da Mansão do Caminho, amigo de Divaldo Pereira Franco, desencarnou na madrugada de quinta-feira,
21 de novembro, às 4:40h, no Hospital Santa Isabel, em Salvador/BA, devido à falência
múltipla dos órgãos.
Tio Nilson, como era chamado pelos amigos e crianças da
Mansão, tinha 89 anos e fazia tratamento contra um câncer.
A informação é de
Miguel de Jesus Sardano, comunicador da Rede Boa Nova de Rádio e amigo pessoal
de "tio Nilson", que estava em viagem pelo interior de São Paulo com Divaldo.
Sabendo que a partida do amigo estava próxima e com uma
série de palestras no interior de São Paulo, Divaldo havia conversado com "tio
Nilson" , se despedido e orientado a equipe da Mansão do Caminho para o
sepultamento.
Tio Nilson, conheceu Divaldo em 1945 e fundaram a
instituição em 15 de agosto de 1952.
Foram 61 anos de dedicação e amor às
crianças da periferia de Salvador, sob as bênçãos da mentora Joanna de Ângelis,
contribuindo para uma vida com dignidade e respeito, à luz da Doutrina Espírita
e do Evangelho de Jesus.
Mensagem psicofônica de Nilson de Souza Pereira, em 30/12/2013, recebida pelo médium Divaldo Pereira Franco
Vitória Da Vida
Meus irmãos: Sou eu que volta sob a proteção da Divina
Misericórdia.
A vida triunfa sobre a morte, e, há 40 dias desde o momento
final no corpo, o amor incondicional do Pai prossegue socorrendo-me de modo que
neste momento eu possa dizer com o coração túmido de saudade mas com o Espírito
exultante: estou vivo!
Tenho orado com fervor aguardando este momento de reencontro
para agradecer a Deus a felicidade incomparável da longa existência aureolada
de bênçãos que reconheço não merecer.
Nossa Benfeitora trouxe-me hoje, às vésperas do encerramento
do ano, para agradecer tudo quanto recebi durante a existência e,
particularmente, nos dois últimos anos de impedimento e de limitação.
De alma ajoelhada agradeço o devotamento, o respeito, o
carinho de que fui objeto, mais especialmente a vigília dos filhos, de
Gerulina, das cuidadoras e a paciência dos irmãos da Casa Grande, que não se
enfastiaram com o meu demorado processo de libertação.
Agradeço as homenagens que me foram oferecidas, as
condolências, as lembranças, todo este colar de bondosas referências que não
condizem com a minha existência humilde, sempre em plano secundário, de
trabalhador braçal que sempre me considerei...
Desejo registrar as emoções profundas, falar das alegrias
incontáveis do reencontro com os seres queridos, alguns dos quais de saudosas
recordações. Agradeço a todos que não me atrevo a nomear, que usaram de
misericórdia para com o velho amigo causador de problemas...
Que me perdoem os erros que não pude superar, as
imperfeições que não consegui corrigir e a pequenez que não pude transformar em
grandeza moral. Comovo-me com as saudades daqueles que me amam e suplico que
sejam felizes.
Suplico a Deus que transforme nossa Casa de amor num
santuário de misericórdia, porque tudo passa mas o amor permanece.
Ninguém
nunca se arrependerá por ter agido com misericórdia, compaixão e amor.
Que o nosso ninho de esperança permaneça como o lar dos que
não têm abrigo, a estância, última que seja, para o repouso, na certeza de que,
aqui entre nós de ambos os lados, Jesus estará de braços abertos dizendo com
suavidade: Vem, meu filho, este lar é teu!
Perdoem-me as emoções.
É a primeira experiência.
Embora
preparando-me para este momento, a mente desatrela o corcel das lembranças, das
saudades, da gratidão...
Eu suplico que as preces continuem envolvendo-me para que eu
possa corresponder às expectativas dos corações que me amam. Paz e
misericórdia, gratidão profunda e súplica em favor de todos os que sofrem.
O
velho companheiro agradecido, Nilson
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