segunda-feira, 25 de março de 2024

A Tempestade - Casimiro Cunha

 


 

A Tempestade 

Casimiro Cunha

 

Quando o ar sufocante, quando a sombra tudo invade, eis que chegam de repente os carros da tempestade.


Trovões, coriscos, estalos, granizos, treva. 


Aspereza; são convulsões dolorosas das forças da Natureza.


Velhas copas opulentas, antigas frondes em festa, tombam gritando assustadas na escuridão da floresta.


Os furações implacáveis matam flores, levam ninhos; a corrente do aguaceiro muda a face dos caminhos.


Mas no dia que sucede ás sombras da convulsão, a terra é limpa e tranquila.


O céu é claro-azulado, o dia é de linda cor, tudo chama novamente a nova expressão de amor.


Quem não teve em sua vida a tempestade também?


Depois de tudo arrasado, floresceu, de novo, o bem.


Aflições e desencanto, renovação de ideais, desilusões dolorosas, desabamentos fatais.


Deus, porém, jamais esquece de atender e renovar; apenas pede aos seus filhos a energia de esperar.


Caso venha a tempestade, guarda a força calma e sã.


Deus é Pai.


Ora e confia.


A  vida volta amanhã.

 

XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Casimiro Cunha. Cartilha da natureza. São Paulo/SP:Butterflay editora Ltda,2002, ed.1. Cap 50, p.51. 

 

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