terça-feira, 2 de abril de 2024

A Chuva - Casimiro Cunha

 


A Chuva 

Casimiro Cunha

 

Folhas secas. 


Terra ardente.


Calores. 


Desolação.


Mas a chuva vem do céu trazendo consolação.


Toda semente que é boa, entre júbilos germina, e a bela fecundação da natureza divina.


As árvores ganham forças, alimpa-se a atmosfera, a verdura em toda parte tem cantos da primavera.


Às cidades, como aos campos, aos ninhos, à sementeira, o pombo níveo da paz traz o ramo da oliveira.


Sopra o vento brando e amigo, em vagas cariciosas, levando a mensagem doce que nasce do odor das rosas.


A chuva que cai do alto e benção que se derrama...


Na flor é orvalho celeste, no pó do chão faz a lama.


Assim, também, os ensinos, que nos dão verdade e luz, são a chuva generosa da inspiração de Jesus.


Cai sobre todos. No amor é raio de perfeição, mas no pó da ignorância é falsa compreensão.


Deus, porém, que é Pai Bondoso entre as leis universais, faz com que a lama produza sementes, flores, trigais.


Eis a razão pela qual nossa indigência produz: Inda mesmo em nossas sombras, o evangelho é sempre luz.


XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Casimiro Cunha. Cartilha da natureza. São Paulo/SP:Butterflay editora Ltda,2002, ed.1. Cap 15, p.14.

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