quarta-feira, 21 de julho de 2021

68-O DIAMANTE - Casimiro Cunha

 


68-O DIAMANTE


Casimiro Cunha


No serro desamparado que chama ao suor e à luta, o diamante luminoso descansa na pedra bruta.


Por conquistá-lo é preciso vencer enorme aspereza, eliminando os percalços que surgem da Natureza.


Sobretudo, é imprescindível estudar todo o cascalho, sem desprezar-lhe a dureza no espírito do trabalho.


Longo esforço, longa espera, serviço e compreensão, tudo isso  é indispensável ao bem da lapidação.


Ao preço de luta ingente, a pedra sonha e rebrilha.


É a divina descoberta da gota de maravilha.


Pouca gente lembrará que a joia de perfeição constitui a experiência dos

átomos de carvão.

A princípio, não passava de míseros fragmentos de carbono desprezível na força dos elementos.


Nas grandes transformações, viveu obscura e ao léu, mas, agora, é flor de luz, refletindo a luz do céu.

Quem não vê na joia rara, sublimada e soberana, a história maravilhosa dos caminhos da alma humana?


Nos serros da Humanidade que a ignorância domina, cada ser guarda o diamante da Consciência Divina.

 

XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Casimiro Cunha. Cartilha da natureza. São Paulo/SP:Butterflay editora Ltda,2002, ed.1. Cap 68, p.69.

 

 

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