quinta-feira, 20 de maio de 2021

6-A CAÇAROLA - Casimiro Cunha



6-A CAÇAROLA

Casimiro Cunha

 

Dos serviços da cozinha onde há sempre grande escola, lembremos o ensinamento da obscura caçarola.


Ao receber substância indispensável à mesa, requisita vigilância no que concerne à limpeza.


Utilizada em serviço, embora pobre e singela, pede todos os desvelos das mãos que se servem dela.


Por limpá-la, muitas vezes é justa a grande atenção; Largos banhos da água pura, doses fortes de sabão.


Se não bastam tais processos, um esforço mais ativo: Recursos da água fervente misturada a corrosivo.


De outra forma é descuidar da pureza do alimento, entregar o pão do corpo ao lixo e ao relaxamento.


A erva mais saborosa, o leite nevado puro, na panela descuidada são coisas para o monturo.


Caçarola maltratada, sem o concurso do asseio, faz o pão envenenado, escuro, amargoso e feio.


Vendo o quadro, não te esqueças que os nobres ensinamentos são substâncias que nutrem a fonte dos pensamentos.


Receber lições divinas sem limpar o coração, é transformar dons de vida em sombras de confusão.


XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Casimiro Cunha. Cartilha da natureza. São Paulo/SP:Butterflay editora Ltda,2002, ed.1. Cap 6, p.5.


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