sexta-feira, 21 de maio de 2021

7-A CACHOEIRA - Casimiro Cunha

 


7-A CACHOEIRA

Casimiro Cunha

 

Quando passes meditando no cimo da ribanceira, repara na majestade que esplende na cachoeira.


É bom pensar na grandeza que a sua potencia encerra; Na entrosagem dos elementos das forças de toda a Terra.


No lugar mais solitário, é cântico de alegria, derramando em derredor a abundancia de energia.


Para dar-se em benefícios, a sua maior ciência não quer admiração, pede esforço e inteligência.


Mesmo longe das cidades, depois de compreendida, a cachoeira renova a expressão dos bens da vida.


Retamente aproveitada, é fonte de evolução, movendo milhões de braços nas lutas do ganha-pão.


É mãe generosa e augusta das fábricas de trabalho, que distribui, no caminho, a luz, o pão, o agasalho.


E aprendemos na lição, quando a vemos, face a face, que a água buscou um abismo por onde se despenhasse.


Nesse símbolo profundo, de grandeza e dinamismo, vemos nós o amor de Deus e a extensão do nosso abismo.


Nós somos o sorvedouro de misérias e discórdia; Deus é a eterna cachoeira de luz e misericórdia.

 

XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Casimiro Cunha. Cartilha da natureza. São Paulo/SP:Butterflay editora Ltda,2002, ed.1. Cap 7, p.6.

 

 

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